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O Informador

Contradições de um Natal pandémico

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Os portugueses e as suas contradições nem avançam nem melhoram, mesmo em tempos de pandemia. 

Todos sabemos bem que o nosso Governo aconselhou a sociedade a ter em conta todos os cuidados nesta época festiva para não existirem grandes ajuntamentos sugerindo até a permanecermos em casa, passar o Natal cada um na sua, sem grandes festas, convívios familiares e sem que se tenha de viajar muito dentro do país. Nós que vivemos em Portugal somos aconselhados a permanecer em casa, mas depois os que vêm de fora são tão bem-vindos que até os milhares que entrarem vindos de Inglaterra chegam, fazem um teste e seguem livres e contentes, mesmo com a nova estirpe do vírus a dar que falar e sem terem de enfrentar a quarentena como por outros países.

Tanta contradição para quem cá está ao longo dos últimos tempos a viver numa inconstante e depois chegam os portugueses turistas para passarem o Natal e Ano Novo por cá e parece que são aplaudidos porque estão de regresso a casa para matarem saudades e trazerem a nova mutação do Covid19 consigo. 

Contradições a mais num só país onde quem está tem de cumprir tudo e mais alguma coisa e quem chega entra livre e de bem com a vida, abraçando e beijando com saudades, já que segundo os dados da balança os nossos comandantes acham que quem sempre cá esteve não tem saudades de andar de um lado para o outro, viajar dentro do próprio país e abraçar como os que estão a chegar internacionalmente o podem fazer. 

Se não podemos circular livremente pelo país durante meses, pelo menos nesta época que também bloqueassem os voos para que em Janeiro os novos casos não voltem a subir em flecha, já não bastasse os descuidos que quem já cá está irá ter. Tanto que tentaram fazer para agora abrirem as portas porque quem está fora tem saudades de casa e nós, que sempre cá estivemos, não podemos sentir falta de quem está longe e com quem deixamos de estar.

Contradições a mais num país tão pequeno. Isto é Portugal!

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