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O Informador

Concentração em fuga

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Sempre fui um leitor regular e continuo a ser, no entanto deteto que nos últimos anos vários fatores digitais têm atormentado os momentos literários, principalmente o tempo de paragens que faço para pegar no telemóvel e dedicar uns minutos, a meio da leitura, às redes sociais e não só. 

Leio umas páginas e percebo pelo frenesim do pensamento que tenho de fazer uma breve paragem para dar um olho ao que está a acontecer pelo Instagram. Volto uns minutos depois à leitura para umas páginas em diante fazer nova pausa e perceber o que tanto se comenta no Twitter. Volta e meia e vou confirmar o email e o blog para perceber se existem novidades e novos comentários para serem respondidos. Ou seja, no espaço de uma hora, que em tempos era dedicada somente ao livro que me andava a fazer companhia, agora percebo que esse tempo é dividido entre o livro e o telemóvel que mesmo sem querer, porque tento contrariar estas paragens, me apanha cada vez mais na curva, quebrando a concentração que tanto desejo. 

Passava horas a ler, ficava numa união com os livros sem interrupção e agora tudo parece diferente. Sinto que as redes sociais me distraem, sempre por tentar perceber se existem novas publicações ou mensagens, tal como os sistemas de streaming que desde que surgiram no mercado português que também passaram a ocupar algumas das horas semanais que habitualmente eram dedicadas à literatura. 

Ah e tal devemos deixar as tecnologias de lado, não estar tão atentos às redes sociais e no fim percebemos que o que devíamos fazer e até defendemos não se revela uma verdade comportamental, bem pelo contrário. 

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