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O Informador

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Aos poucos começo a notar que os dias de pausa no trabalho levam-me a tirar do armário roupas descontraídas, mais largas e que por vezes nem conjugam entre si. 

Andar melhor arranjado de semana, na maioria dos dias de sapatos, camisa e tentando fugir das calças de ganga leva-me a esquecer um pouco o aprumo nas pausas, vestindo aquelas camisolas largas com capuz e desenhos, trocando os sapatos pelos ténis mais antigos e usando o casaco mais baldas que encontrar. Começo a perceber cada vez mais quem tem este comportamento desde sempre, deixando o aprume no armário e virando um modelo desleixado que não tem cuidado com a forma como sai há rua. 

A descontração desejada após uns dias mais arranjado torna cada vez mais lugar em fins-de-semana de descanso e onde a preocupação é somente aproveitar cada hora sem criar grandes planos porque é necessário fazer uma pausa, desfrutar do momento, ficar esticado a ver uma série ou a colocar a leitura em dia, dentro ou fora de casa.

Em casa e com o tempo mais fresco o momento aconselha a ficar estendido na cama ou sofá, com um chá e umas bolachas por perto e deixar que as horas ditem de sua justiça, sem elaborar, mas deixando que o corpo se deixe levar pelo cansaço e desfrute das pequenas paragens e momentos para descansar. Noto que estou a ficar cada vez mais preso à ideia do «fazer pouco ou nenhum» quando não estou a trabalhar, querendo desligar um pouco do dia-a-dia semanal que acaba por ser rotineiro e por fazes pouco estimulante psicologicamente. 

A vontade de querer andar descontraído e sem pensar se a sociedade que se cruza comigo repara que aos trinta gosto de me sentir como um quase adolescente em determinados momentos, sem pensar em pormenores de conjugações de roupa e sobre o que vestir para uma saída de casa para ir simplesmente ao café. Para que me tenho de arranjar para ir ao supermercado ou dar uma volta ao jardim se a intenção é sentir-me bem e livre, aproveitando um pouco o espaço que não posso ter enquanto se trabalha dentro de quatro paredes, de forma mais formal e com algumas regras que não são impostas mas sim secretamente ditadas pelos semelhantes?!

O cansaço leva por vezes à paragem e essa paragem conduz a alguma liberdade de espírito e despreocupação sobre a forma de estar perante os outros, ideia sobre a qual estou cada vez mais adepto. 

 

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