Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

O Informador

Calma alentejana

CC778679-57BD-4912-AC90-4DE374E6D190.jpeg

Sempre que regresso ao Alentejo a sensação de descanso com tranquilidade acontece. Por vezes com pausas mais prolongadas e repousadas do que outras, no entanto o certo é que por terras alentejanas, seja mais para cima ou mais para baixo, para a esquerda ou direita, a calmaria existe, a tranquilidade surge e o descanso acontece de verdade.

Por aqui não existem horários, a confusão do trânsito ficou longe, os dias corridos não fazem parte da rotina e o tempo é coisa rara para se aproveitar em bom estado. No Alentejo tudo acontece mas de forma distante, de maneiras diferentes, sobrevivendo o silêncio que nos grandes centros urbanos se torna caótico. Em terras rurais e distantes a natureza tem o seu espaço na comunidade, os pássaros organizam as suas famílias pelas aldeias, os caminhos cheiram a natureza e todo o ar é respirável. 

Hoje estou sentado na relva de um jardim, telemóvel na almofada mesmo ao lado a receber as notificações, a atual leitura pousada numa das pernas e o tablet na outra e escrevo enquanto uns dormem e outros assistem a um evento desportivo pela televisão. Aqui no jardim entre a sombra e o sol do meio da tarde deixei-me levar pelas palavras que me sustentam mais um dia, sempre e para sempre, entre leituras e escritos, ouvindo os pássaros e a abelha que vai passando sem chatear, percebendo que raramente um carro passa do outro lado dos muros. A paz acontece e sei que é cada vez mais destas pausas que quero fazer a minha vida, por paragens como esta onde cada dia é seguido de outro, sem o stress e sem aquela rotina da corrida onde todos somos sempre e somente mais um no meio da louca sociedade dos tempos turbulentos que atravessamos. 

Visitem e façam férias cá dentro, descubram os pequenos recantos de Portugal e percebam que viver nos grandes centros urbanos não nos torna melhor e muito menos nos consegue ajudar a encontrar a real paz de espírito que só ao longe, no sossego, encontramos. Obrigado Alentejo!

2 Comentários

Comentar post