Bruno Nogueira, és o elo mais fraco!
Alguns dos humoristas em Portugal têm feito a sua carreira através do gozo e da laracha fácil sobre os outros, mas por vezes o feitiço vira-se contra o feiticeiro para com essas mentes que se dizem brilhantes.
Apetece-me falar de Bruno Nogueira, o fantástico cérebro do programa da RTP, Odisseia, isto porque depois de andar a fazer vários programas onde acrescenta rótulos aos outros e de atirar piadas fáceis para o seu público fiel, agora parece que o feitiço se virou contra o feiticeiro.
Com a criação de Odisseia, que só podia ter mesmo aparecido de um cérebro que se acha brilhante e que nunca achei piada, as criticas têm surgido. O formato é uma série sem nexo, onde o seu protagonista se quer mostrar como o conquistador com piada. Neste formato, que a RTP deu luz verde e autonomia para ser criado e colocado no lugar do desvalorizado pela direcção do canal, Estado de Graça, Bruno Nogueira convidou alguns amigos para partirem à aventura. Mas as coisas são tão más, mas tão más neste programa que acabam por afugentar quem passa por esta mistura de cenas, textos e gente rídicula.
A maioria dos críticos não tem deixado espaço para se dizerem coisas positivas sobre o programa e quem o diz é porque deve ser amigo ou tem algo a ganhar com isso. A par disso, o público já mostrou rejeitar esta aposta e mesmo as pessoas do mundo televisivo já deixam escapar comentários sobre o mau programa que é Odisseia.
Bruno Nogueira sempre se achou o senhor que consegue fazer coisas engraçadas e rebuscadas e embora eu nunca tenha achado graça a nada, até o compreendo, porque se tem que ser bom em algo e quando isso não acontece temos que nos valorizar, não é?
Odisseia foi mesmo o último tiro no pé que o humorista deu. Espera-se que exista bom senso para se terminar com este mau projeto o mais rápido possível porque na RTP não se tem que assistir a tudo, muito menos fazer as vontades a quem pode fazer birra!
Não compreendo como se deixa arrancar com programas deste tipo num canal generalista quando existem tantas coisas que podem ser transmitidas e outros formatos de que o público gosta e adere são retirados do ar.
Ainda se o Bruno fizesse caso das críticas que se fazem sentir, mas o pior é que me parece que mesmo ouvindo, sentindo e lendo ainda vai pensar... «eles gostam mesmo desta minha ideia brilhante, para falarem dela, é porque sou mesmo bom nisto».
Enfim, uma Odisseia foi criada sem nexo nenhum, mas com muita auto-estima do seu autor. Este país vai de mal a pior! Esta aposta nem num canal de cabo seria certeira, enfim...