Bonding | T1 | Netflix
Bonding é a comédia rápida sobre uma dominadora que contrata o seu melhor amigo, gay, por sinal, para seu assistente. Dando a conhecer ao público um lado muito escondido, mas que existe, no mercado do sexo a nível mundial, esta primeira temporada da série Netflix conta com sete episódios de ligeiros quinze minutos, mais coisa menos coisa, e é capaz de ser vista de uma só assentada, em modo filme.
Tiff, interpretada por Zoe Levin, é a personagem feminina central. Detentora dos seus dotes corporais como dominadora, esta jovem mulher é conhecida pelos seus clientes como Mistress May e é na sua masmorra de sexo, numa cave no centro da cidade, que recebe Pete, interpretado por Brendan Scannell, pela primeira vez para lhe dar a conhecer as suas novas funções enquanto seu assistente. Precisando de um companheiro de viagem, guarda costas, amigo e confidente, Tiff apela ao seu amigo de ensino para uma forma de ganhar dinheiro bem mais fácil do que outras profissões. Precisando de um rendimento extra para o auxiliar nas contas, Pete aceita, hesita mas acaba por ficar e conhecer melhor tudo o que rodeia a sala sexual de Tiff e os seus afazeres enquanto dominadora. Ganhando o nome Carter para com os clientes, a vida deste jovem gay fica alterada consoante as suas novas ligações e conhecimentos no que toca ao prazer.
Sem descurar a vida pessoal, o público é convidado também a perceber como Tiff vive num apartamento, com um empregado que usa máscara e que lhe faz tudo em casa. Já Pete vive num quarto alugado, tendo de passar pelo espaço do seu colega de casa, para entrar no seu pequeno cubículo. Cansado e mal pago por tentar ser comediante, o jovem acaba por se envolver demais neste mundo que lhe acaba por dar outro poder de sustentação.
Criada e escrita por Rightor Doyle, Bonging é uma produção com potencial, embora necessite de melhoria caso surja a hipótese de nova temporada. Com pouco tempo de duração em cada episódio, algo parece ficar sempre por contar, tal como acontece logo nos primeiros episódios em que não existe uma explicação quando nos deparamos com tudo o que está a acontecer. Não existe apresentação e quando percebemos já estamos envolvidos na história e a entrar na cave, ao lado de Pete, onde quase tudo acontece. Depois lá vão surgindo algumas explicações sobre a relação dos dois, o passado em comum de ambos, mas só mesmo no final quase entendemos o que já existiu, o que existe e o que poderá existir no futuro naquela relação entre dois jovens adultos preparados para quase tudo.
Esta série é daquelas comédias sexuais que até acabam por ser leves, sem cenas explicitas que possam chocar as mentes mais sensíveis. Em Bonding não existe sexo, mas sim domínio, fetiches, sexualidade e ao mesmo tempo muita trapalhada!
Vi de forma rápida, gostei e até acho que esta série vos pode fazer boa companhia!