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O Informador

Big Brother, fórmula repetida e mal gerida

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Anunciada como uma noite de dilemas, a terceira gala do Big Brother começou com um Alerta, o que já é conhecido de todos nós de outras aventuras produzidas pela Endemol para a TVI, o que logo ajudou a antever que iriam aparecer aqueles jogos da treta ao longo da noite com escolhas vãs entre uns e outros, mas afinal até foi calmo. 

Antevisão feita e eis que somente um dilema a dois foi feito de forma inusitada com os concorrentes a terem de escolher entre a Soraia ler uma carta enviada pela mãe ou o Pedro Soá ler a carta da sua namorada, tendo sido o seleccionado para ouvir o apoio e força para continuar em jogo. Uma questão básica e já batida entre outros reality shows do canal e que acaba por ser um completo enche chouriços para uma noite onde se procura criar polémica e instabilidade no grupo. Não havia necessidade de voltarem com este momento que não serve para nada e que só atrasa o alinhamento que fica sem espaço para debater o que realmente interessa.

O grupo foi confrontado com imagens das compras semanais, existindo pouco orçamento, uns pedidos especiais de alguns concorrentes, como a Teresa, que foram recusados por quem fez as escolhas, e depois pelas costas da maioria, eis que existiu tabaco a mais do que tinha sido combinado e que passou sem que os colegas soubessem. Não existiu orçamento para os quatro hamburgueres da Teresa, mas para tabaco extra e omitido o dinheiro já estava a mais. Um mau momento da Sónia que escondeu tabaco para o Daniel Monteiro que havia revelado que se abstinha do tabaco pelo pouco orçamento e afinal comeu e calou a pensar que passava despercebido. Queria ver discurso de batalha em direto mas a Teresa foi muito simples e deixou para mais tarde o confronto, talvez quando a nova lista de compras for feita, não tendo a produção obtido exito nesta tentativa de discussão em plena gala, talvez um pouco porque o próprio apresentador não conseguiu puxar pela oportunidade de debater o tema. 

Numa nova tentativa de provocarem a discórdia para os próximos dias, eis que a divisão entre os concorrentes que se apelidam de Kamikaze foi pedida, resultando a constituição do grupo na união entre Pedro Soá, Pedro Alves, Jéssica, Rui, Hélder, Daniel Monteiro e Angélica, ficando os restantes, Diogo, Teresa, Sandrina, Soraia, Noélia, Iury, Sónia, Slávia, Ana Catharina, Daniel Guerreiro e Renato, apelidados por neutros. Tudo isto foi feito pelas discussões que têm surgido ao longo da semana e também como uma balança que acabou por culmatar na expulsão por parte do público do Rui, que se tem assumido como um dos elementos dos Kamikaze e do meu ponto de vista acabou por levar assim por tabela, como se diz na gíria, por se deixar influenciar pelos concorrentes com maior capacidade de liderança dentro daquele que parece ser um núcleo defensivo e onde quase todos se acham os donos da razão. Com isto, Pedro Soá teve que fazer a palhaçada que já tinha anunciado na primeira semana se o Hélder saísse e que voltou a afirmar que faria se fosse o Rui a ser expulso na segunda semana. Se da primeira escapou, da segunda o Rui saiu mesmo e eis que Pedro Soá armou o teatro de que queria sair para mais uma demonstração de show off porque continua a acreditar que segue forte no jogo quando é um dos concorrentes com imagem negativa dentro da casa da Ericeira. 

E lá fomos convidados para uma batalha de palavras, desta vez apelidada de círculo da verdade, outra invenção de velhos tempos, onde Angélica e Soraia num frente a frente tiveram de debater o diz que disse dos últimos dias entre as duas, com uma Angélica a ouvir uma coisa e a alterar as palavras para prejudicar a Soraia junto dos restantes concorrentes. Um diz que diz causado pela Angélica, a cobrita da casa que ouve e espalha de outro modo, talvez por culpa da língua num sinal de que ouve e interpreta bem mas depois vira o jogo a seu favor para criar conflitos e afastar os concorrentes uns dos outros. Com outra concorrente no lugar da Soraia poderia resultar uma discussão, mas com uma pessoa que não quer causar polémica não deu mesmo, criando mais um momento constrangedor por não resultar como seria a intenção de quem idealizou o plano da noite.

A prova do líder chegou e foi feita a seleção de quem não queriam ver como líder, através de várias voltas num processo de colocação de bolas em caixas com as imagens dos concorrentes até chegarem ao concorrente com menos bolas onde às três iam sendo eliminados da competição. No final Pedro Soá, num jogo estranhíssimo, volta a ser o líder da casa à terceira semana de jogo, repetindo assim a imunidade da semana de estreia, e ficando a premissa de que para os que estão contra o jogo do Soá as coisas poderão não ser fáceis. Pedro Soá na mesma noite quer sair e é eleito líder, ficando assim imune, numa conspiração estranha que parece um ciclo vicioso. 

Após a prova do líder chegou o momento dos favoritos e primeiramente foi anunciado o Diogo, que foi escolhido na aplicação pelo público, perceber que ficava imune se optasse por retirar metade da comida ao grupo para os próximos dias, o que não aconteceu. A outra concorrente eleita pelo público foi a Iury, que ficou com o poder de salvar um dos nomeados, tendo deixado o Hélder de fora da votação mas para isso irão ficar durante cinco noites sem poderem dormir no quarto grande e sem direito aos colchões, o que me parece que não vai correr bem por existir um menor poder de descanso que irá causar instabilidade e cansaço em concorrentes mais vulneráveis e que precisam de períodos completos de descanso.

E as nomeações chegaram e algumas não me surpreenderam pelas conjugações feitas ao longo da semana entre conversas e tricas. Ficaram assim nomeados a Ana Catharina, Diogo, Noélia, Teresa e Renato, estando a minha ideia de saída e também em quem votaria entre a Ana Catharina, que pouco pode mexer com o jogo, e a Noélia de quem gosto mas que já devia ter percebido que não está no jogo para ser a empregada dos restantes para que a casa se mantenha limpa a toda a hora.

No meio de tudo isto tivemos direito a várias pérolas do Cláudio Ramos mas o expoente máximo foi quando cantou Dois Corações Sozinhos de Tony Carreira e Estupidamente Apaixonado de Toy para lançar os melhores momentos da Jéssica e do Pedro Alves como casal ao longo da semana e da aproximação do Diogo Monteiro à Iury, respetivamente. 

Faltam os aplausos e reações do público em estúdio desde a estreia mas sem culpa da produção, falta a polémica que tentam criar em vão em direto, o Cláudio consegue seguir a linha mas depois tem tiradas desnecessárias quando fala para o público, acabando por cair no ridículo e a falta de educação de certos concorrentes quando estão em direto já atingiu um nível que em outros reality shows não existiu nem sequer foi permitido, muito por culpa de terem dado espaço de início. Tenho gostado de acompanhar o canal TVI Reality mas depois no que toca a Galas e Diários existe muito a ser alterado, só ficando até ao momento convencido com o formato do Extra, mas isso não chega para um formato que tem tanto para dar e que está a ser mal aproveitado pelo impacto positivo que tem nas redes sociais e que não chega ao ecrã e muito pela culpa de quem cria alinhamentos e pensa nas alterações do jogo. 

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