Até que a morte nos separe
Diariamente as vítimas de violência doméstica aparecem através das mãos dos namorados ou maridos e se com o tempo tudo poderia mudar com a evolução da sociedade, o que tem sido alterado no número de casos que têm aparecido ao longo dos últimos anos? Nada, rigorosamente nada, ainda para mais quando surgem depoimentos de mulheres que afirmam que em poucas semanas de namoro já sofriam de tal violência e que mesmo assim deixaram seguir um romance complicado que chegou ao casamento, tendo anos de sofrimento sem denunciarem o que as poderia levar à morte!
O medo, a humilhação e a aniquilação são assim tão fracos sobre um amor de agressões onde muitas vezes amigos, familiares e vizinhos percebem e também não partilham tais crimes públicos por cumplicidade e covardia para com o agressor?!
Como as vítimas, em grande maioria as mulheres, conseguem enfrentar anos de passagem por um deserto vazio sobre a mão pesada de criminosos sem escrúpulos não fugindo e procurando ajuda junto de autoridades e instituições? O apoio às vítimas de agressão existe, mulheres e homens morrem constantemente por sucessivos maus tratos corporais por parte dos companheiros com quem partilham as suas vidas transformadas num inferno e a mudança social tarda em acontecer!
A APAV tem uma linha de apoio à vítima - 707 200 077 - sempre disponível para qualquer esclarecimento! Não há que ter medo, há sim que enfrentar a realidade e perceber que existe todo um mundo de liberdade onde poder viver sem a repressão e ameaça constante de quem não consegue estar bem consigo próprio é bem possível! A fuga não é nada nestes casos que só podem desejar o afastamento dos agressores!
A liberdade pessoal existe e as agressões são punidas, procurem ajuda enquanto é tempo porque a morte não é a única solução para o final de uma união de violência!