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O Informador

Aquelas saídas!

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A idade pesa e quando falamos em saídas noturnas o fator idade revela-se cada vez mais!

Há uns anos, não há muitos, sendo talvez somente necessário recuar uns cinco anos, fazer uma noitada até altas horas era fácil. Ver as horas passarem e quase chegar ao amanhecer a casa não acontecia regularmente mas quando existia algo que o justificasse ia e ficava bem, tanto ao longo da noite como no dia seguinte após dormir umas horas pela manhã. Hoje, após os trinta, sair à noite não pode passar certos horários, já que mentalmente começo a bloquear por pensar no dia seguinte e acabar por não conseguir descansar tanto como desejado. 

A idade pesa e quem diga o contrário que se vá lixar com a sua conversa! Os anos passam e não dá para andar em festa sistematicamente, já não sentindo a pedalada de outros tempos onde cheguei a fazer diretas, trabalhar no dia seguinte em boas condições e voltar a sair, passando quase quarenta e oito horas sem ver a cama e estando bem. Agora isso não acontece, mesmo que para muitos essa possibilidade exista e nem consigam compreender a minha opção de querer chegar mais cedo a casa, poder dormir o que o corpo exige para ter um dia seguinte mais pacífico, sem cansaço e moleza a prejudicarem as horas que estarei acordado a pensar que tenho de voltar a sentir os lençóis de perto para recompor o que ficou para trás.

É tudo muito bonito quando estamos nos primeiros anos de querer sair pela noite fora, achando que a energia será sempre a mesma, mas não, para mais quando se encontra estabilidade e se percebe que existe muito mais para aproveitar além das saídas que nos fazem saltar de bar em bar, rua em rua, discoteca em discoteca ao longo de várias horas, em grupo ou não, com conhecidos e algumas vezes com novos desconhecidos que se vão juntando por serem amigos de amigos. 

Hoje, aos trinta e um anos, não consigo fazer a vida festeira que tinha aos vinte e seis e as saídas noturnas são só um exemplo de mudanças que chegam com a idade porque existem bem mais que se vão sentido com o peso dos anos, que muitos preferem não assumir por optar querer mostrar socialmente que estão sempre bem, quando depois acabam por descarregar as suas frustrações em quem não tem culpa alguma sobre as suas mudanças de vida.