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O Informador

Amor Sem Fim, engravidar depois da partida

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A TVI passou durante a semana e após o serviço informativo da noite a reportagem documental Amor Sem Fim, no espaço Alexandra Borges, num trabalho de Emanuel Monteiro.

Resumindo o tema de forma rápida, nesta grande reportagem uma mulher pretende com o esperma do marido engravidar. O marido faleceu com cancro, horas após casarem no hospital, tendo deixado tudo tratado para que o sonho de ambos se realizasse. O problema agora impõe-se!

Com a documentação devidamente assinada por ambos em como Ângela podia usar o esperma de Hugo para terem um filho em comum, a lei portuguesa não o permite. No entanto essa mesma lei permite a que esta mulher viúva recorra a um banco de esperma para ter um filho de dador anónimo. 

Em que país vivemos para que uma mulher com um sonho comum de um casal não possa usar o que tem do seu falecido marido mas que o possa fazer de outro homem? Qual o problema de Ângela poder dar vida a um filho desejado por ambos, mesmo quando Hugo já não está com vida, quando ao usar um banco de esperma também não existirá um pai presente no futuro da criança?

Esta mulher luta por uma alteração na lei para que possa realizar um sonho e este problema de leis e regras não se entende em pleno século XXI onde se percebe que existem falhas nos regulamentos impostos. Até quando isto vai acontecer? Ângela e Hugo fizeram tudo de forma correta nos últimos tempos da doença, casaram mesmo no último dia pelo amor sentido, ambos queriam ficar unidos para sempre, ter um filho de ambos. O futuro está a um passo e a lei não permite que esta mulher possa ter o fruto tão desejado de um amor verdadeiro.

 

Que estado livre enfrenta uma mulher que só quer fazer as coisas de forma legal no seu próprio país e terá de viajar até ao país vizinho para que possa ser mãe de um grande amor? Ângela, se nada for feito pelos próximos dias, terá de ir mesmo para Espanha para tentar fazer inseminação e esperar que tudo dê resultado de forma legal, mas precisando dos vizinhos, porque em Portugal as leis quando são alteradas ficam sempre com problemas de percurso por não pensarem em possíveis situações como esta. 

Este casal viveu a paixão até ao fim da forma possível, agora o desejo é manter o que os uniu e serem pais! Ângela tem o direito nos dias que correm de seguir em frente com a vontade de ambos e a ciência já o permite, não fosse a lei obsoleta que todos os dias se opõe a casos que podem ser apelidados de complexos quando o real problema está em quem não desbloqueia a felicidade. 

 

Amor Sem Fim - Episódio 1

Amor Sem Fim - Episódio 2

Amor Sem Fim - Episódio 3

Amor Sem Fim - Episódio 4

 

 

Amor na Literatura