Amigos que seguem O Informador
Quando este blogue nasceu poucas eram as pessoas mais próximas que o conheciam e o meu à-vontade para com a escrita acontecia de forma livre porque deduzia que poucos eram os que estavam do outro lado, o da leitura, que sabiam ao certo quem eu era. Agora as coisas não acontecem da mesma forma porque O Informador ganhou um rosto que andava escondido e os amigos e familiares também já seguem as palavras que diariamente partilho por aqui como se estivesse a escrever um diário privado relatado secretamente ao mundo.
Não me importo que as pessoas que me estão mais próximas sigam esta minha casa, mas tenho que confessar que é uma sensação estranha quando penso que aquela pessoa com quem converso e saio lê o que escrevo. O que será que pensam e não dizem acerca dos meus textos? Será que criticam e gozam com os meus pensamentos escritos?
Seria tão mais fácil ter O Informador e não pensar que sou seguido por amigos e conhecidos com quem me cruzo e falo constantemente porque a vida no mundo da internet em confronto com a vida social causa um certo grau de vergonha. Não que seja difícil de admitir que o que escrevo é o que penso, mas sim pelo facto de ficar a pensar o que aquela pessoa que está à minha frente pensou sobre um determinado texto quando o leu e não me disse nada sobre o mesmo. Será que gostou? Será que gozou? Será que nem leu? Será que riu? Será que eu sou parvo com estas ideias egocêntricas que me levam a pensar que o mundo já gira ao meu redor?
Já agora, tu que lês este meu texto sobre os «Amigos que seguem O Informador», conheces-me? Que vergonha animalesca!