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O Informador

Amigos das redes? Não existem!

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Faz-me um pouco espécie quando ouço alguém falar de amizade entre pessoas que nunca conviveram pessoalmente e que só comunicam através das redes sociais, com assuntos base como tema, sem se conhecerem verdadeiramente e como uma real amizade assim o exige. Pode ser o meu ponto de vista sobre uma questão de amigos distante do da maioria, no entanto o facto de ter bem poucos e perceber que preciso de muito para os sentir como meus leva-me a questionar a superficialidade com que se usam certas palavras para se elevaram conhecimentos.

Uma amizade envolve tempo e bastante conhecimento sobre outros. Encontramos num amigo a confiança, o tempo, o olhar que diz tudo sem se ter de dizer. O que essas amizades virtuais dão a ambos os lados quando não se consegue sentir a real pessoa que está do outro lado, sendo tudo muito ocasional, sem criar ligações com piadas que só os amigos têm entre si, a troca de uma imagem vista numa rede social e que sem descrição ambos conseguem perceber o que o outro pensou e já brincou. É com os amigos que passamos os verdadeiros e bons momentos, com quem podemos ir lanchar e as horas passarem na conversa e nem um gole de água se tomou. É com os amigos que podemos desabafar, contar os nossos pontos mais sensíveis, contar o que nos incomoda pessoalmente e surpreender pelas nossas conquistas. São os amigos que estão e devem estar sempre lá, nos bons e maus momentos. 

Amigos virtuais? Sim, podemos conhecer alguém com quem começamos a falar através das redes sociais mas passar a ter uma grande amizade do nada só porque por vezes existe interesse de um dos lados para tirar as suas curiosidades do outro? Nunca sei com quem estou realmente a falar, pensando sempre que atrás de um teclado todos podem muito bem criar personagens falsárias que não revelam nada do que se é pessoalmente. Preciso de muito para poder dizer que alguém faz parte do meu núcleo restrito de amigos, talvez seja assim demasiado exigente, mas é assim que entendo a diferença entre amizade e conhecimento. 

Já no contacto diário e de anos entre pessoas sou sempre reticente nos primeiros tempos quanto mais quem está lá longe, através de ecrãs. Felizmente que sei bem quem são os que me pertencem e sei que a palavra Amizade não se deve utilizar de qualquer forma como se existisse uma necessidade para se sobressair por ter um certo número de pessoas, embora virtuais, a que se apelidam por serem amigos. O importante aqui é a qualidade e não a quantidade tão inexistente nos dias modernos. 

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