Alma social
«A alma escolhe a sua própria sociedade. Depois fecha a porta.»
Emma Donoghue em O Quarto de Jack
Encontrar um caminho nem sempre é tarefa fácil, no entanto ao longo de um percurso, seja ele feito de umas maneiras ou outras, cada ser vai escolhendo os seus bens essenciais, os seus parceiros, a sua cultura e a sua localização privilegiada. Ao longo de uma vida vários são os confrontos, barreiras e obrigações que vão sendo colocados pela frente desse ser, porém, é a conquista, a teimosia e as escolhas que ajudam o sentido das opções a tornarem-se reais e concretas.
Definindo as crenças e as rejeições sem hesitações, a alma vai seleccionando a sua sociedade, o seu local, as suas presenças e os seres que quer ter perto de si. Ao longo de vários percursos são várias as metas que vão sendo estabelecidas, sendo sempre necessário abrir e fechar portas ou optar por espreitar por uma janela, sem querer voltar a dar as oportunidades a erros do passado. Quando as certezas existem assinam-se contratos, estabelecem-se ligações, enfrentam-se adversários, mas acima de tudo, protege-se o que se quer ter por perto por bons períodos de tempo.
A escolha é unilateral e a continuação perante a sua aproximação só depende de cada ser, se consegue auto conquistar-se a si para ter o que mais quer e deseja do seu lado.