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O Informador

Ainda não fiz a passagem...

A tecnologia entra cada vez mais na literatura, no entanto ando há anos a resistir aos Kobo's e aplicações de telemóvel aptas para passar umas boas horas na companhia de obras com prémios literários, as últimas novidades, os livros do momento e tudo o que tem sido lançado em formato digital pelos últimos anos.

A magia do papel, o peso do livro físico e o gosto por olhar para as estantes e ver as obras que já li são fatores que me têm ajudado a empurrar a adesão à leitura virtual para mais tarde. O facto de em Portugal ainda serem poucas as editoras a lançarem algumas das suas novidades em formato digital também talvez não ajude os leitores a optarem mais pela leitura através das novas tecnologias. Nos dias que correm ainda é complicado para o mercado nacional a opção sistemática e permanente por este tipo de publicação porque por muito que possa existir intenção, os custos e a fraca adesão acabam por ainda não compensar, estando muitos leitores agarrados ao gosto pelo papel como eu, sempre com a ideia de que um livro é um livro, não querendo começar a ver um livro como uma aplicação que ocupa espaço ilusório e que depois fica guardado numa área virtual que não está à vista dos nossos olhos de forma permanente. 

Sei e conheço quem vibre com literatura de noite e dia e que tenha sempre uma narrativa aberta disponível no telemóvel ou através do seu Kobo para quando existem uns minutos livres e não existe livro físico por perto, mas como ando geralmente com a leitura do momento atrás ainda não senti aquele chamamento para aderir às novas tecnologias que bem tentam há alguns anos invadirem o mundo literário mas que parecem ter uma corrida complicada pela frente. 

Os portugueses gostam de seguir a tradição e embora defenda, por exemplo, que os livros escolares deviam ser já na sua maioria virtuais a pensar não só nos gastos mas também na saúde dos mais novos, no que toca a literatura não tenho (ainda) a mesma opinião, mas quem sabe se aos poucos não consigo alterar esta ideia antiga de que é necessário ver e sentir para crer. 

 

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