A Rapariga no Comboio
A Rapariga no Comboio saltou da obra literária de Paula Hawkins para o grande ecrã e as expetativas estavam altas! No geral o filme não fica com melhor qualificação que o livro, no entanto a adaptação até foi bem feita com várias alterações na tentativa de atrair o público!
Com uma história soberba, tal como logo percebi na leitura do livro, o filme de A Rapariga no Comboio consegue cativar o espetador, principalmente quem leu o livro quando o lançamento foi feito. Três mulheres com personalidades bem vincadas e que acabam por viver em torno de um amor obsessivo conseguem fazer girar toda esta história do início ao fim através do recurso temporal e de passagens pelo passado que vão fornecendo dados bem importantes para o que vai acontecendo no presente, os dias após tudo ter acontecido.
Rachel é a heroína que rapidamente consegue cativar. Alcoólica, sem emprego e com um passado a dois deixado para trás, esta mulher passa diariamente de comboio na casa onde foi feliz e vê a família do seu ex, composta agora por Anna e pela filha de ambos, a viver numa felicidade que podia ser sua. A par disto existem os vizinhos, um casal aparentemente feliz onde Megan ainda é ama da filha do ex de Rachel.
Do original passado em Londres para os arredores de Nova Iorque, a história levou ligeiras alterações e no grande ecrã não consegue passar a verdade dos factos de forma total para quem conhece a origem, no entanto A Rapariga no Comboio em versão filme tem qualidade, argumento e consegue conquistar, mesmo com personagens a perderem destaque, o que é sempre de esperar quando a adaptação é feita para uma película de duas horas.
As mulheres são as grandes vencedoras desta história de dor, verdades omitidas e mentiras de uma vida! Para os fãs do livro vale a pena ver porque não ficarão desiludidos, no entanto para quem não leu talvez A Rapariga no Comboio seja somente mais um filme, sem grande expressão junto do que está na sala ao lado!
A Rapariga no Comboio
Título original: The Girl on the Train
De: Tate Taylor
Com: Emily Blunt, Haley Bennett, Rebecca Ferguson, Luke Evans
Género: Drama
Classificação: M/14
Outros dados: EUA, 2016, Cores, 105 min.
Links: Site Oficial
Depois de um divórcio algo traumatizante, Rachel desistiu de si mesma, entregando-se à depressão e ao alcoolismo. Todos os dias faz o mesmo percurso de comboio até ao local de trabalho. Durante a viagem, observa, através da janela da carruagem, as rotinas diárias de várias pessoas dentro das suas casas. Entre elas está um jovem casal com uma vida aparentemente perfeita. Recriando o seu dia-a-dia – em paralelo com o vazio da sua própria existência –, ela cria um cenário e uma narrativa, sentindo-se cada vez mais ligada a eles e a uma ideia de amor inabalável. Mas tudo se altera quando, numa dessas viagens, Rachel repara em algo perturbador. Nesse instante, vê colapsar todas as fantasias. Horas mais tarde, descobre que a mulher se encontra desaparecida e partilha a informação com a polícia. Sem que o esperasse, vê-se enredada na situação: ao procurar as autoridades, tornou-se uma das principais suspeitas.
Com realização de Tate Taylor ("As Serviçais") e argumento de Erin Cressida Wilson, um "thriller" que adapta o "best-seller" homónimo da inglesa Paula Hawkins.
PÚBLICO