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O Informador

A Misteriosa Mulher da Ópera

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Autor: Afonso Cruz, Alice Vieira, André Gago, Catarina Fonseca, David Machado, Isabel Stilwell e José Fanha

Data: Novembro de 2013

Editora: Casa das Letras

Número de páginas: 300 páginas

Classificação: 4 em 5

 

Opinião:

Sete autores e uma só história poderia ter corrido mal, no entanto em A Misteriosa Mulher da Ópera a coordenação narrativa esteve presente e as sete personagens criadas por cada mente conseguiram ter uma história bem condimentada onde os passados se cruzam a favor de um presente bem complicado com desaparecimentos amorosos e mortes que andam ao sabor da maré. 

Nesta união de personagens tão diferentes e onde a história vai seguindo a escrita de cada autor, tão diferente mas ao mesmo tempo com tão boa comunhão geral, este produto ficcional segue um bom fio condutor contado na primeira pessoa por quem vive dentro da trama. Assassinos, bruxos, tias, fantasmas e inspectores, todos não passam de farsas sociais que foram criadas por um ego com necessidades transcendentes de ser algo mais perante os outros. 

Embora pouco conheça de cada autor presente nesta obra, é engraçado perceber as diferenças gerais ao logo da explicação de cada personagem que ficou ao cargo de cada autor. As diferenças na escrita e explicativas são bem notórias ao longo das trezentas páginas, fazendo com que esta criação acabe por não cansar, já que tão depressa estamos perante uma personagem com toques de comédia com um autor que adora provocar, como entramos num mundo esotérico e mais sério. 

Ao terminar a leitura de A Misteriosa Mulher da Ópera percebo que não devia ter deixado este livro tantos meses em espera pela estante enquanto outros menos bons lhe foram passando à frente. Bom e diferente do habitual!

 

Sinopse:

Um desafio. Sete autores (Alice Vieira, Afonso Cruz, André Gago, David Machado, Catarina Fonseca, Isabel Stilwell e José Fanha). Catorze mãos.

Sete personagens inesquecíveis. Uma única história. Uma trama arrebatadora que contém de tudo, desde crimes misteriosos, o fantasma de uma avó violinista, flûtes de champanhe, um gato persa chamado Psiché que por vezes se vê obrigado a fazer de pêndulo de Foucault, uma caixa de violino suspeita de assassinato, uma taberna onde se canta o fado em Xabregas, e amor, amor em catadupas, uma grande paixão, desencontros terríveis, equívocos inexplicáveis, reencontros inesperados.

A aventura vai das avenidas de Paris, à Rua Heróis de Quionga, ao Teatro Nacional de São Carlos, ao cais de Xabregas e a um cacilheiro que parte para Veneza deixando um cadáver para trás.