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O Informador

A ministra que não se demita!

Primeiro tudo ficou aflito por causa dos incêndios e da tragédia de Pedrógão Grande, mas mal as coisas acalmaram por um dia e eis que os partidos políticos de direita logo começaram a atirar pedras à Ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa. Existia mesmo necessidade de nem deixarem arrefecer as coisas para pedirem a demissão de uma pessoa que herdou pesos do passado de outras legislaturas partidárias que agora são os opositores que lançam as questões e atiram a passadeira contra uma mulher que apanhou a situação mais complicada de todos os tempos no que toca a tragédias nacionais a envolverem incêndios?

Constança Urbano de Sousa é simplesmente a Ministra da Administração Interna numa altura devastadora, mas se fosse outra pessoa tudo seria igual porque só quando os problemas acontecem é que se percebem os verdadeiros erros e os que se encontram do outro lado da barricada esquecem-se de olhar para trás para perceberem que nada fizeram também para alteraram a situação atual das florestas nacionais, dos bombeiros e das forças de segurança e protecção civil para que tudo tivesse tido uma melhor coordenação. 

A atual Ministra não errou sozinha, todos os que estiveram no seu lugar nada fizeram e agora queriam que tudo fosse alterado em ano e meio só porque esta tragédia de maior envergadura aconteceu? Não faz sentido sequer falar-se em demissão de uma pessoa que tem atuado, que reagiu de imediato, acompanhou a situação no local e fez, pelo menos quero acreditar que sim, tudo o que estava ao seu alcance e achou correto ser feito naqueles dias de caos e complicações que colocaram um país em estado de alerta total. 

Tenham tento nas palavras quando pedem uma demissão quando os outros tudo fizeram de mal e agora ainda se enchem de palavras agressivas para atacarem quem tem seguido as linhas do passado. Quem é a presidente da minoria de direita para falar da maneira como o tem feito sobre esta situação que podia ter acontecido na altura em que esteve no Governo? O que dizer do principal partido que ficou para trás nas eleições que segue o rumo das ideias da minoria para ficar bem na fotografia?

Primeiro não acho que se tivesse de existir demissão fosse de imediato com todo o tema tão quente e a sensibilidade das pessoas que acompanharam o processo no local ainda frágil e depois acho que é rídiculo este pensamento de pedir satisfações de forma a provocar aos adversários quando sabem perfeitamente que se a tragédia tivesse acontecido enquanto estavam no poder tudo se tinha desenvolvido da mesma forma ou talvez ainda pior, dado o estado de poupança que se atravessava na altura. 

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