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O Informador

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Comédia e intriga invadiram o Teatro Armando Cortez pela mão da Yellow Star Company! Maria Emília Correia é a mãe, Núria Madruga a diva de Hollywood e Sara Salgado a empregada! Um trio de atrizes bem conhecidas do público que se junta em palco com a finalidade de criar falsas identidades que o público é convidado a identificar ao longo de cada sessão. 

Tudo começa com a chegada de Marilyn a casa de sua mãe e um pedido bem particular à jovem empregada «Deixe-me a sós com a minha mãe». A partir deste momento a conversa entre mãe e filha desenrola-se entre momentos de nostalgia, comédia e algum afeto, num carrossel de emoções que convoca a assistência a estar preparada para saltar do drama para o riso de forma fácil, como se um simples clique aconteça. Basta para isso dizer que a mãe, Gladys, da loira mais famosa do cinema é uma figura completamente desconcertante e com grandes saltos de humor ao longo de um serão que se queria familiar e de reencontro, em paz e comunhão. 

O abandono, as causas do sofrimento enquanto jovem, a perturbação de mãe e filha, os esquemas de uma empregada aparentemente inocente, a vida sexual misturada com a fama, o poder, a figura e acima de tudo o amor não correspondido. Tudo serve como base para conversas, desabafos e confrontos entre duas pessoas com um passado em comum e que no presente mal se conhecem pelas frustrações pela qual as duas foram passando ao longo do tempo.

Uma mãe com culpa e sem compreender os caminhos e ambições da filha. Uma filha mal resolvida essencialmente com o passado. E no final de contas se tudo não passasse de um conjunto de farsas bem misturadas num enredo que vive da mentira onde a representação de Marilyn não passa de uma criação? E a mãe biológica da estrela será mesmo quem diz ser ou estará mais próxima da suposta empregada que da própria filha?

Um quadro bem divertido que consegue enganar o público grande parte do tempo, até mesmo à revelação da verdade que após ser desvendada começa a cair em catadupa até ao final, num tropeção de identidades que afinal não passam de ilusões e sonhos. 

Com texto de Armando Nascimento Rosa e encenação de Paulo Sousa Costa, A Mãe de Marilyn Monroe estará em cena pelo Teatro Armando Cortez até ao dia 30 de Outubro de Quinta-feira a Sábado pelas 21h30 e aos Domingos pelas 18h00 e os bilhetes estão à venda nos locais habituais com preços entre os 12 e 16 euros.

Acreditem que vale a pena ver este jogo de identidades entre três mulheres tão bem representadas!

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Marilyn Monroe chega supostamente uma noite a Gainsville, na Flórida, à casa onde a sua mãe biológica Gladys Baker, uma mulher mentalmente enferma, vive na companhia de uma cuidadora, a jovem Lydia Martinez, de ascendência cubana. Parece estarmos no Verão de 1962, pouco tempo antes da morte de Marilyn, mas esta não passará somente de uma impressão inicial. Nada é o que aparenta ser numa peça que joga em permanência com a simulação teatral de identidades. Gladys, não obstante a doença psíquica que a impediu de criar a filha, mantém hoje, surpreendentemente, um lúcido duelo verbal com esta mulher que a visita e lhe assegura ser aquela que ela deu à luz com o nome de Norma Jeane. Mas será Lydia a quebrar esta primeira ilusão dramática, ao declarar que duas décadas se passaram desde a morte de Marilyn, e a visitante que ali está jamais poderia ser ela, embora Gladys se deseje enganar a si mesma, porque esta ficção a consola por momentos pela perda precoce da filha, tornada «Vénus do cinema».

Mas existem mais simulações inesperadas numa peça repleta de sobressaltos na inscrição temporal em que a suposta ação decorre. Gladys, ela mesma, também não é quem diz ser porque Gladys Baker também já morreu há alguns anos, em Gainsville. E se Kathy de Sousa é o nome verdadeiro da jovem luso-descendente que ganhou um concurso de sósias de Marilyn, quem se esconderá no perfil da atriz que simula o papel de Gladys, nessa espécie de casa temática de que somos inesperados espetadores? O jogo das identidades entre estas três mulheres deflagra diante de nós e descobrimos-nos a testemunhar um evento cénico em tempo real no qual figuras e eventos históricos, simulacros deles e teorias da conspiração se enovelam para nos seduzir num crescendo emocionante de enigmas que aguardam resolução.

Armando Nascimento Rosa

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