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O Informador

a livraria.jpg

Autor: Penelope Fitzgerald

Lançamento: Outubro de 2016

Editora: Clube do Autor

Páginas: 192

Classificação: 2 em 5

 

Sinopse: Florence Green vive numa pequena vila costeira, longe de tudo, e que se caracteriza sobretudo por aquilo que não tem, e decide abrir a primeira livraria da terra. Florence compra um edifício abandonado há anos, gasto pela humidade e com o seu próprio fantasma. Como se não bastasse o mau estado da casa, ela terá de enfrentar as pessoas da vila, que lhe demonstram a sua insatisfação com a existência da primeira livraria local. Só a sua ajudante, uma menina de dez anos, não deseja sabotar o seu negócio.

 

Opinião: Florence Green acredita que abrir uma livraria em Hardborough resolverá o seu problema para que consiga obter uma mudança de vida. Só que os impedimentos e mal estar que os habitantes da pequena vila revelam desde o início acabam para alterar o rumo das ideias sobre este investimento. A par de tudo isto existe também Mrs. Gamart, o homem forte do lugar que pretende usar o edifício adquirido por Florence para o transformar num centro de artes. Terá esta mulher capacidades para seguir em frente e lutar contra um sociedade fechada e que não vê com bons olhos a mudança?

Os valores pessoais e a persistência por se acreditar que os objetivos conseguem ser atingidos são os itens a destacar em A Livraria. Sonhos recheados de percalços que surgem através dos comportamentos e opiniões de quem passa e comenta a concretização e idealização de Florence sobre o seu projeto pessoal para servir com agrado uma comunidade que não vê com bons olhos o que lhes pode dar algo de bom no futuro através da leitura de boas obras.

Será que com tanto trabalho para que tudo dê certo existirá algo de bom para acontecer? Acredito que seja essa a ideia com que o leitor faz a leitura deste romance de Penelope Fitzgerald para se tentar perceber se a perseverança de Florece conseguirá dar frutos. Só que salto a salto, desaforo a desaforo, acabamos por ser conduzidos por um projeto de vida que tem um desfecho que fica de fora dos «finais felizes» da literatura mundial. Florence não consegue ver o seu objetivo totalmente concretizado e acaba por se ver abafada por quem se encontrava do outro lado da barrica e contra a abertura da livraria, tendo também as pessoas que se fizeram passar por suas amigas contra si a médio prazo. Esta é uma história que termina mal e a mostrar que nem sempre a esperança de colher bons frutos é sinómino de concretização pessoal e profissional. 

Uma narrativa rápida que poderia estar bem melhor desenvolvida e que acaba por ser maçadora, mesmo que aguce a curiosidade do leitor para saber o seu desfecho. As ideias são apresentadas de forma rápida, tal como a presença das figuras adversárias que surgem, agem e seguem com as suas acções sem grande empenho da autora para pegar e envolver o leitor na sua criação com um maior número de pormenores que dariam grandeza à obra. Em A Livraria encontrei uma possível boa história caso existissem desenvolvimentos consistentes, o que foi substituído por uma história rápida e vazia por ser contada à pressão. 

Um livro que não marca pela simplicidade e rapidez da narrativa mas que ajuda à reflexão sobre os sonhos e pontos de vista pessoais.

 

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