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O Informador

O Diário de Anne Frank no Teatro da Trindade

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Imaginem-se escondidos num sótão.
Imóveis.
Silenciosos.
Durante dois anos.
Privados da vossa liberdade, porque lá fora reina a morte.
Anne Frank tinha apenas 13 anos quando foi lançada a este cruel desafio, juntamente comos seus pais, irmã, um casal amigo com um filho e um homem. Destas oito pessoas, sobreviveu apenas uma, Otto Frank, pai da Anne Frank, que mais tarde decidiu dar a conhecer ao mundo o diário da sua filha, que morreu num campo de concentração com apenas 15 anos.
Nesse diário, a jovem Anne descreve-nos o período em que sobreviveu à perseguição Nazi, que, entre 1941 e 1945, matou mais de 6 milhões de Judeus, e deixa-nos um testemunho pleno de resiliência e esperança que continua a inspirar gerações até aos dias de hoje.

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O palco da Sala Carmem Dolores do Teatro da Trindade tem recebido a história que a jovem judia Anne Frank deixou contada sobre o período vivido na Segunda Guerra Mundial. O Diário de Anne Frank é a adaptação para teatro da história que a jovem vivenciou aos 13 anos enquanto dividia um pequeno anexo numa casa em Amesterdão, nos Países Baixos, com os seus pais, irmã, um casal com o seu filho e um outro homem, ao longo de dois anos, escondidos dos horrores exteriores perante os quais sabiam que tinham o seu destino traçado.

A jovem Anne foi relatando a experiência no seu diário e esse mesmo diário foi tornado público pelo seu pai, o único sobrevivente do grupo. A jovem Frank acabou por morrer aos 15 anos, em 1945, num campo de concentração de Bergen-Belsen e o seu testemunho guardado tornou-se no espelho da realidade entre os anos 1941 e 1945 e um dos livros mais lidos mundialmente ao longo do tempo e que ainda hoje é recordado e faz parte dos grandes clássicos da literatura. O sonho de uma jovem em ser escritora a tornar-se realidade póstuma pela sua vivência entre os conflitos de uma sociedade que se flagela a si própria. 

Uma história pesada e real, que é retratada nos dias que correm e que nos remete para situações tão presentes como o conflito que nos tem afetado entre a Rússia e a Ucrânia. Passada em tempos conturbados, eternizada por vários relatos, foi o famoso livro publicado, Diário de Anne Frank, que serviu como inspiração a este trabalho teatral com o mesmo nome onde o medo e o amor se confundem num espaço tão pequeno onde era necessário não dar nas vistas para sobreviver. Bem encenado e interpretado, O Diário de Anne Frank dispensa apresentações e o seu sucesso na sala lisboeta tem provado isso mesmo, tendo a temporada sido prolongada para que novos públicos possam assistir a este trabalho onde a História do passado se parece cruzar com o presente num momento em que o público é convidado a refletir e viver com aquelas personagens. 

Na Conversa com... Maria Henrique

Luiza de Jesus - A Assassina da Roda

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Imagem: Filipe Ferreira

A completar 30 anos de carreira, Maria Henrique estreia no Teatro da Trindade o monólogo Luiza de Jesus - A Assassina da Roda a 29 de Abril. Em conversa com a atriz sobre este seu novo espetáculo, onde além de atriz está também no papel de encenadora, o passado do país e o futuro da cultura em Portugal ganharam destaque, sendo ainda revelada a vontade de Maria Henrique em voltar pelos próximos tempos também ao mundo do cinema e à televisão. 

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Mais de um ano após ver a vida pelos palcos adiada, como foi para uma atriz passado este tempo de confinamento forçado?

Há um ano atrás quando a pandemia começou eu tinha dois espetáculos de teatro agendados que foram imediatamente adiados sem data certa porque toda a gente foi muito apanhada de surpresa, não é, portanto como devem imaginar tudo isso gera alguma ansiedade. No entanto a minha cabeça nunca parou de trabalhar, de tentar manter-me ativa em termos artísticos, e assim foi, portanto agora um ano e um mês depois prestes a estrear um espetáculo, um monólogo em que faço co-produção com o Teatro da Trindade, em que enceno o espetáculo, em que interpreto, estou sozinha em palco a contracenar com uma data de vozes, a adrenalina é muito grande e a felicidade é gigantesca pelo facto da cultura voltar a estar ativa, dos espetadores poderem voltar a alimentar-se que estão a precisar bastante da cultura e de eu poder voltar a sentir o público bem perto de mim e voltar a subir a um palco.

 

Agora que regressa ao palco da Sala Estúdio do Teatro da Trindade com Luiza de Jesus – A Assassina da Roda, podemos saber como surgiu a ideia para este espetáculo onde para além de intérprete também é a sua própria encenadora?

A ideia para trazer este espetáculo Luiza de Jesus – A Assassina da Roda a cena surgiu quando eu estava a ouvir uma entrevista com a autora, Rute de Carvalho Serra, sobre o lançamento do seu livro, A Assassina da Roda, e fiquei tão fascinada com o tema, fui pesquisar e realmente sabendo que esta mulher existiu , sabendo que é sobre a história do nosso país, sobre um passado que nós não podemos esquecer e sobre o fascinante que esta mulher ou esta personagem e todo o ambiente histórico que a envolve poderá ser pertinente para nós, eu quis fazer questão de tentar conhecer a própria autora e lutar para trazer este espetáculo a cena.

 

Quem é esta Luíza de Jesus?

Penso que esse pode ser um dos principais temas que o espetador pode levar na sua cabeça quando sair do espetáculo, «quem seria afinal esta mulher?». Porque eu tento através da construção desta mulher, desta personagem, mostrar várias camadas possíveis duma personalidade do ser humano e ainda de todo o contexto político, histórico, económico que era vivido em 1772. Nenhum ser humano é linear, a Luiza de Jesus sendo também um ser humano podendo ser alegadamente realmente uma serial killer, quem seria, porque, esse é dos grandes motes que me move a fazer este espetáculo e que eu gostaria que deixasse o publico a pensar porque nunca ninguém é uma coisa só.

 

Com mais de trinta anos de representação, e desta vez sozinha em palco. Este regresso com um monólogo não é uma boa loucura de quem já tanto fez pelos palcos?

Fiz em Janeiro deste ano, em 2021, trinta anos de carreira e eu já tinha pensado muitos antes de surgir este projeto Luiza de Jesus, já tinha pensado que gostaria de fazer alguma coisa diferente, alguma coisa de especial e entretanto surgiu-me este projeto e eu achei que poderia ser pertinente tendo em conta o desafio em todas as frentes que ele é. É uma boa loucura, é uma loucura sã, é uma loucura de quem já fez todo o tipo de espetáculos e adora a versatilidade, adoro comédia, adoro drama, eu gosto acima de tudo de fazer sempre na minha personagem um registo diferente da personagem que eu fiz anteriormente. Por isso, talvez seja o projeto certo na altura certa na comemoração destes trinta anos de carreira.

 

Uma serial killer bem portuguesa nos tempos da Inquisição vai estar em cena, numa balança entre a verdade e a mentira. Como se prepara a Maria para um espetáculo onde estará sozinha entre o bem e o mal e praticamente desnudada perante a transparência destas personagens que vão passando e deixando as suas pesadas vidas?

Trabalhar a personagem desta mulher que existiu, desta Luiza de Jesus que existiu é fascinante porque sendo a pessoa a pessoa que existiu, sendo a última mulher que foi condenada à morte, que foi torturada, que foi massacrada, de alguma forma foi também obrigada a confessar todos os seus crimes sob tortura porque na altura a maior parte das pessoas que estava na prisão era torturada para confessar esta balança em que o prato vai mudando tanto vai ficando mais pesado o prato da verdade ora fica mais pesado o prato da mentira, faz com que estejamos aqui num limbo do que é que está certo, do que é que está errado, do que é que se devia ter feito, do que é que se poderia ter feito melhor. Há umas das partes que se fala em cena, porque eu estou sozinha em cena, é um monólogo mas existem várias vozes gravadas, e uma delas é a voz do Intendente Pina Manique, essencial para esta história, em que ele começa o espetáculo por falar com o Cardeal Dom João Cosme da Cunha, inquisidor mor, para lhe pedir mais tempo para estudar o processo e esse tempo não lhe é dado e já na parte final do espetáculo, Pina Manique está bastante incomodado a por estes ses, a pensar será que poderíamos ter feito isto de outra forma, será que me deixei pressionar, será…, ao fim e ao cabo será que os fins justificam os meios, ou seja, quem é que é mais criminoso, se esta mulher foi um monstro e que, na verdade, foi uma serial killer que matou tantos inocentes, tantas crianças, será que não é muito grave a forma criminosa como ela foi atazanada, queimada nas costas, arrastada pelas ruas com a forca ao pescoço, cortaram-lhe as mãos, enforcada à frente do público, humilhada, massacrada e depois da morte queimada e reduzido o seu corpo a cinzas e como é dito pelas personagens da época para que nunca mais aja memória de semelhante monstro, portanto será que os meios justificam os fins? É um monólogo mais existem realmente várias vozes de várias personagens importantes nesta época tão histórica, tão forte e tão pesada do nosso passado português, que é o tempo da Inquisição, a altura em que no caso da Luiza de Jesus, quando ela chega a tribunal a sentença já está escrita, isto é muito importante para que, eu não faço tensões nem de desculpar uma Luiza de Jesus, que poderá ter sido realmente uma seria killer horrível, nem para estar a tentar julgar um inquisidor nem para pensar o que é que poderia ter sido feito melhor ou não. Acima de tudo é para por o espetador a pensar sobre o que é que é certo, o que é que é errado, o que é isto de ser humano, o que é a humanidade, como é que a humanidade se pode revelar no seu melhor e no seu pior. É um espetáculo para deixar a pensar porque nós não poderemos ter um bom futuro se não soubermos de onde vimos. Qual é o nosso passado?

 

Chicago | Teatro da Trindade

Força de Produção

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Finalmente e muito graças ao prolongamento de temporada, fui ver o musical Chicago ao Teatro da Trindade, em Lisboa. Como a ocasião é que permite a opinião, tenho a dizer que o sucesso deste espetáculo é merecido, percebendo assim as sessões esgotadas e a necessidade de prolongarem por mais uns meses esta produção encenada por Diogo Infante. 

Com o elenco composto por Gabriela Barros, Soraia Tavares, Miguel Raposo, José Raposo, Catarina Guerreiro, Ana Cloe, Carlota Carreira, Catarina Alves, Filipa Peraltinha, Leonor Rolla, Mariana da Silva, Sofia Loureiro, David Bernardino, Gonçalo Cabral, João Lopes, JP Costa, Pedro Gomes e Ricardo Lima, Chicago é mesmo um dos espetáculo de 2019 com direito a prolongamento em 2020. Numa história conhecida há anos através do filme e das várias representações pelos palcos mundiais, finalmente chegou a Portugal Chicago, onde a história de duas rivais de vaudeville, que são acusadas de assassínio, nos anos 20, é contada. Velma, interpretada por Soraia Tavares, e Roxia, ao encargo de Gabriela Barros, são as heroinas desta história que envolve sexo, crime, prostituição, ambição e bastante persuação pelas influências numa cidade que vive de enganos perante a grandeza e com todo o mundo obscuro a viver mesmo ao lado da grandeza. 

Bem encenado e com um bom modelo de palco que permite rápidas passagens entre cenas, Chicago no Teatro da Trindade pode não ter a grandiosidade de outros palcos mundiais, no entanto consegue surpreender. Com uma Gabriela Barros em grande destaque que vai para além da sua personagem pelo bom desempenho da atriz, uma Soraia Tavares que vai atrás mas que para mim deixou algo a desejar perante o que já a vi fazer, um José Raposo com uma personagem que só um grande ator podia interpretar para sair bem e ter algum impacto junto do público e um Miguel Raposo, sim o filho, a ser a surpresa que desconhecia dos palcos por agarrar a atenção e pela boa dicção e interpretação que vai para além das expressões verbais, Chicago segue bem e recomenda-se por mais uns tempos, sem mexidas e sem paragens!

Ainda sobre o espetáculo Zoom

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Já me ia esquecendo de vos transmitir um apontamento sobre o espetáculo Zoom, que se encontra em cena no Teatro da Trindade, em Lisboa. 

Sandra Faleiro, João Reis e Virgílio Castelo são atores de mão cheia e com provas mais que dadas, mas em Zoom a Sara Matos surpreende em palco e a ideia televisiva que tinha da moça que namora com Pedro Teixeira só veio melhorar ainda mais pela simplicidade que transmite em cada cena que faz, do humor ao drama, mas sempre bem. A Sara é mesmo uma das jovens atrizes com mérito próprio que mostra que chegou onde chegou graças ao seu trabalho e não por ser simplesmente um rosto bonito e por estar ligada a namoros bem badalados pela imprensa. 

 

Zoom | Teatro da Trindade

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Zoom, da autoria de Donald Margulies, chega a Portugal através do Teatro da Trindade que ao encargo de Diogo Infante aposta assim também como encenador nesta história de amor onde Sandra Faleiro, João Reis, Sara Matos e Virgílio Castelo dão vida a quatro personagens bem consistentes e formadas para agitar a vida e os pensamentos umas das outras. 

Destacando a relação de Sarah, uma fotojornalista que chega ferida da Guerra do Iraque, e do seu namorado, James, jornalista que a acompanha como repórter de guerra, em Zoom o debate surge a partir do momento em que o casal se apercebe que existem divergências entre a vontade e a forma de estar e assumir o futuro entre ambos. Se para Sarah, e mesmo após o acidente que a lesionou, o futuro é continuar a enfrentar o caos e a morte dos outros para os mostrar ao Mundo, já para James é tempo de parar e refazer a sua vida como alguém que possa trabalhar com horários, tendo dias de pausa, férias, optando por uma paragem para pensar em criar família e ter filhos. Os debates como casal com divergências começam aqui e os sentimentos começam a ser revelados num momento em que as diferenças no seio da relação surgem.  

Ao mesmo tempo que Sarah e James começam a revelar as suas fragilidades como casal, ambos vão recebendo em casa o editor de fotografia com quem trabalham. Steve apresenta a sua nova namorada, Mandy, alguns anos mais nova e com uma aparente ingenuidade do seu lado que a leva a colocar o dedo na ferida em vários momentos de conversa cruzada entre os quatro. A forma como Mandy olha para a vida e para as relações de forma descontraída acaba por influenciar a decisão de Sarah e James perante o que lhes está pela frente. Afinal de contas viver de forma livre e saudável é andar a correr o Mundo atrás do mal dos outros? Construir uma vida não é só ver trabalho pela frente, o que os comentários inofensivos e desconcertantes de Mandy acabam por levar Sarah a ter reações que tudo mudam perante o seu estado de normalidade onde retratar a realidade como uma paragem é o seu dever contra a normalidade de quem só quer ser feliz. 

A Pior Comédia do Mundo | Força de Produção

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E se de repente a porta dos bastidores se abrisse e o espetador tivesse acesso ao que por lá se passa?

Um olhaalucinante sobre o teatro e as loucuras e devaneios dos que o fazem, cujas tendências para crises descontroladas de ego, falhas de memória e alguma promiscuidade transformam cada atuação numa verdadeira aventura de alto risco. A Pior Comédia do Mundo não é só uma peça, mas, simultaneamente, um espetáculo de comédia e o drama de bastidores que se desenvolve durante a sua preparação. Através de três momentos chave - o ensaio geral, a noite de estreia e um espetáculo no fim de uma atribuladdigressão - acompanhamos a crescente tensão entre os membros de um elenco à beira de um colapso nervoso coletivo.

A Pior Comédia do Mundo poderia ter como nome Tudo Nu, porque de facto é assim que o que está por detrás do espetáculo é apresentado ao público. O nome deste trabalho da autoria de Michael Frayn é um bom predicado sobre o que acontece por detrás do que está a ser representado em palco perante uma plateia que quer ser entretida. Nesta aposta da Força de Produção acompanhamos um grupo de teatro que entre ensaios e estreias mostra que atrás do bom ambiente perante as luzes do palco, o convívio não é assim tão convidativo e de cumplicidade. Em A Pior Comédia do Mundo está Tudo Nu porque os disfarces perante os aplausos são colocados em destaque, numa comédia tão divertida que leva à gargalhada geral da sala do início ao último minuto. 

Com encenação de Fernando Gomes, um especialista na matéria que me tem dado boas surpresas pelos últimos anos com o seu trabalho, e com Ana Cloe, Cristovão Campos, Elsa Galvão, Fernando Gomes, Inês Aires Pereira, Jorge Mourato, José Pedro Gomes, Paula Só e Samuel Alves no elenco, A Pior Comédia do Mundo é dos melhores trabalhos dentro da área que vi pelos últimos tempos. 

Num texto nada fácil onde a mesma cena é representada praticamente três vezes e sempre de forma diferente com percalços pelo caminho e posições distintas com uma movimentação incrível de palco, esta produção é o verdadeiro sinónimo de bom entretenimento. Conhecemos as personagens de forma calma e quando tudo parece estar controlado por um encenador que quer perfeição quando o próprio tem erros de percurso pelo caminho, a preparação de Tudo Nu, antes mesmo da estreia, começa a correr mal. Em poucos minutos as falhas começam a surgir e com o tempo só têm tendência a serem adensadas com o convívio entre personalidades distintas que entre o ciúme, a inveja e os problemas pessoais conseguem fazer da preparação de Tudo Nu a melhor comédia em palco. 

Uma autêntica caixa recheada de cromos nada repetidos, com um cenário simples mas completo onde os dramas de bastidores são refletidos antes, no decorrer e após cada sessão de representação. Os atores que estão encarregues dos ensaios e da apresentação de Tudo Nu esquecem falas, trocam adereços, levam os seus conflitos para o palco e a peça continua a ser representada com bastantes imprevistos enquanto o entra e sai com bater de portas continua perante uma azafama de complicações que tomam conta do espetáculo que segue desgovernado, como sempre esteve, logo a partir do que seria suposto ser o ensaio geral. 

Credores | Teatro da Trindade

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Credores, escrito por August Strindberg em 1888, ano em que escreveu também Menina Júlia, centra-se na frágil relação de um casal, ameaçada pela chegada de um estranho.

Adolfo é um jovem pintor muito devoto à sua mulher, Tekla. Depois de se tornar amigo do professor Gustavo, o tal estranho, Adolfo vê-se enredado numa teia que o faz duvidar do carácter da sua própria mulher.

A peça expõe conflitos e questões que, mesmo após 130 anos, continuam atuais. Despe-nos daquilo que é o mais importante da nossa existência - o nosso posicionamento numa relação a dois, o modo como habitamos esse amor e estabelecemos esse equilíbrio em constante dinâmica. Apesar do tempo passado, a narrativa dialoga bem com a época contemporânea, característica que comprova o lado visionário do dramaturgo sueco.

 

Texto August Strindberg

Tradução João Paulo Esteves da Silva

Encenação Paulo Pinto

Com Ivo Canelas, Paulo Pinto e Sofia Marques,

Cenografia / Figurinos Ana Limpinho 

Desenho de Luz Daniel Worm

Assistente de Encenação Nelson Cabral

Produção Executiva Patrícia Costa

Coprodução Teatro da Trindade INATEL e C.R.I.M. Produções

Apoios Fundação GDA, C.M. Lisboa e Polo Cultural Gaivotas

Escrito há mais de 130 anos, o texto Credores, da autoria do sueco August Strindberg e traduzido por João Paulo Esteves da Silva, é agora levado a palco no Teatro da Trindade através das interpretação de Ivo Canelas, Sofia Marques e Paulo Pinto, que também é o encenador do espetáculo.

Com base em três personagens que nutrem vários sentimentos ambíguos consigo próprios, este enredo desenvolve-se em torno de um casal que vive muito do ciúme e da falta de vontade. Adolfo é um pintor que tem na sua mulher Tekla a sua grande devoção. Tudo já não está bem entre o casal quando surge um ex-marido, Gustavo, que aparece para abanar com uma relação já de si frágil e que parece tão desequilibrada como estes três seres que vivem para cobrarem aos outros os seus males, julgando e colocando as forças negativas sobre quem lhe é mais próximo, magoando e desvalorizando.

Convites Duplos | Quase Normal | 27.05.2018

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Next to Normal QUASE NORMAL é um musical rock escrito por Brian Yorkey e com música de Tom Kitt. Entre os ingredientes principais de um musical que vão desde a comédia ao drama, conta a história de uma mãe que luta contra a sua bipolaridade e os efeitos que esta doença e as tentativas da sua cura têm sobre a família. O musical também se debruça sobre outras temáticas como a perda, suicídio, uso de drogas, as éticas da psicologia moderna e o submundo da vida suburbana. O musical estreou-se Off Broadway em 2008 e venceu o prémio dos Outer Critics Circle Award para Best Score (Melhor Partitura) bem como duas nomeações para os Drama Desk Awards nas categorias de Melhor Atriz e Melhor Partitura.. Após a sua temporada Off-Broadway, foi apresentado na Arena Stage em Washington até finalmente chegar à Broadway em 2009.

Foi nomeado para 11 Tonys vencendo 3 Melhor Partitura, Melhor Orquestração e Melhor Atriz. Venceu também o Prémio Pulitzer para Drama em 2010 sendo o oitavo musical de sempre a receber esta honra.

É unanimemente considerado um poderoso musical rock que lida com questões de doenças mentais numa família suburbana, alargando assim a panóplia de assuntos que podem ser explorados em musicais.

FICHA ARTÍSTICA

Música: Tom Kitt

Texto e letras: Brian Yorkey

Tradução, Adaptação e Encenação: Henrique Feist

Direção Musical: Nuno Feist 

Com: Lúcia Moniz, Henrique Feist, Mariana Pacheco, Valter Mira, André Lourenço, Diogo Leite

Produção executiva: João de Oliveira Pereira 

Produção: ArtFeist

Quase Normal está de regresso aos palcos com novas sessões de 05 de Maio a 03 de Junho no Teatro da Trindade, em Lisboa. Adaptado do sucesso da Broadway, Next to Normal, este espetáculo da Artfeist volta assim a juntar Lúcia Moniz, Henrique Feist, Mariana Pacheco, Valter Mira, André Lourenço e Diogo Leite dois anos após a primeira temporada.

Premiado pelo mundo e também com destaque para os atores nacionais que receberam nomeações para vários prémios pelas suas interpretações, Quase Normal está assim de regresso e a julgar pelas primeiras sessões, o sucesso continua. 

Para vos presentear tenho convites duplos para oferecer destinados à sessão de 27 de Maio, Domingo, pelas 16h30. Este passatempo irá estar disponível até às 19h00 de dia 25 de Maio, Sexta-feira, e nesse mesmo dia serão revelados os nomes vencedores nesta mesma publicação, sendo o sorteio feito através do sistema automático random.org. Os premiados serão contactados via email com as recomendações para o levantamento dos convites duplos acontecer nas melhores condições. Para a participação ser válida tens de seguir os passos que se seguem...

Convites Duplos | Quase Normal | 25.05.2018

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Next to Normal QUASE NORMAL é um musical rock escrito por Brian Yorkey e com música de Tom Kitt. Entre os ingredientes principais de um musical que vão desde a comédia ao drama, conta a história de uma mãe que luta contra a sua bipolaridade e os efeitos que esta doença e as tentativas da sua cura têm sobre a família. O musical também se debruça sobre outras temáticas como a perda, suicídio, uso de drogas, as éticas da psicologia moderna e o submundo da vida suburbana. O musical estreou-se Off Broadway em 2008 e venceu o prémio dos Outer Critics Circle Award para Best Score (Melhor Partitura) bem como duas nomeações para os Drama Desk Awards nas categorias de Melhor Atriz e Melhor Partitura.. Após a sua temporada Off-Broadway, foi apresentado na Arena Stage em Washington até finalmente chegar à Broadway em 2009.

Foi nomeado para 11 Tonys vencendo 3 Melhor Partitura, Melhor Orquestração e Melhor Atriz. Venceu também o Prémio Pulitzer para Drama em 2010 sendo o oitavo musical de sempre a receber esta honra.

É unanimemente considerado um poderoso musical rock que lida com questões de doenças mentais numa família suburbana, alargando assim a panóplia de assuntos que podem ser explorados em musicais.

FICHA ARTÍSTICA

Música: Tom Kitt

Texto e letras: Brian Yorkey

Tradução, Adaptação e Encenação: Henrique Feist

Direção Musical: Nuno Feist 

Com: Lúcia Moniz, Henrique Feist, Mariana Pacheco, Valter Mira, André Lourenço, Diogo Leite

Produção executiva: João de Oliveira Pereira 

Produção: ArtFeist

Quase Normal está de regresso aos palcos com novas sessões de 05 de Maio a 03 de Junho no Teatro da Trindade, em Lisboa. Adaptado do sucesso da Broadway, Next to Normal, este espetáculo da Artfeist volta assim a juntar Lúcia Moniz, Henrique Feist, Mariana Pacheco, Valter Mira, André Lourenço e Diogo Leite dois anos após a primeira temporada.

Premiado pelo mundo e também com destaque para os atores nacionais que receberam nomeações para vários prémios pelas suas interpretações, Quase Normal está assim de regresso e a julgar pelas primeiras sessões, o sucesso continua. 

Para vos presentear tenho convites duplos para oferecer destinados à sessão de 25 de Maio, Sexta-feira, pelas 21h30. Este passatempo irá estar disponível até às 18h00 de dia 24 de Maio, Quinta-feira, e nesse mesmo dia serão revelados os nomes vencedores nesta mesma publicação, sendo o sorteio feito através do sistema automático random.org. Os premiados serão contactados via email com as recomendações para o levantamento dos convites duplos acontecer nas melhores condições. Para a participação ser válida tens de seguir os passos que se seguem...

Convites Duplos | Quase Normal | 18.05.2018

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Next to Normal QUASE NORMAL é um musical rock escrito por Brian Yorkey e com música de Tom Kitt. Entre os ingredientes principais de um musical que vão desde a comédia ao drama, conta a história de uma mãe que luta contra a sua bipolaridade e os efeitos que esta doença e as tentativas da sua cura têm sobre a família. O musical também se debruça sobre outras temáticas como a perda, suicídio, uso de drogas, as éticas da psicologia moderna e o submundo da vida suburbana. O musical estreou-se Off Broadway em 2008 e venceu o prémio dos Outer Critics Circle Award para Best Score (Melhor Partitura) bem como duas nomeações para os Drama Desk Awards nas categorias de Melhor Atriz e Melhor Partitura.. Após a sua temporada Off-Broadway, foi apresentado na Arena Stage em Washington até finalmente chegar à Broadway em 2009.

Foi nomeado para 11 Tonys vencendo 3 Melhor Partitura, Melhor Orquestração e Melhor Atriz. Venceu também o Prémio Pulitzer para Drama em 2010 sendo o oitavo musical de sempre a receber esta honra.

É unanimemente considerado um poderoso musical rock que lida com questões de doenças mentais numa família suburbana, alargando assim a panóplia de assuntos que podem ser explorados em musicais.

FICHA ARTÍSTICA

Música: Tom Kitt

Texto e letras: Brian Yorkey

Tradução, Adaptação e Encenação: Henrique Feist

Direção Musical: Nuno Feist 

Com: Lúcia Moniz, Henrique Feist, Mariana Pacheco, Valter Mira, André Lourenço, Diogo Leite

Produção executiva: João de Oliveira Pereira 

Produção: ArtFeist

Após ter estreado em 2016 com uma temporada de sucesso no Casino Estoril, Quase Normal está de regresso aos palcos com novas sessões de 05 de Maio a 03 de Junho no Teatro da Trindade, em Lisboa. Adaptado do sucesso da Broadway, Next to Normal, este espetáculo da Artfeist volta assim a juntar Lúcia Moniz, Henrique Feist, Mariana Pacheco, Valter Mira, André Lourenço e Diogo Leite dois anos após a primeira temporada.

Premiado pelo mundo e também com destaque para os atores nacionais que receberam nomeações para vários prémios pelas suas interpretações, Quase Normal está assim de regresso e a julgar pelas primeiras sessões, o sucesso continua. 

Para vos presentear tenho convites duplos para oferecer destinados à sessão de 18 de Maio, Sexta-feira, pelas 21h30. Este passatempo irá estar disponível até às 19h00 de dia 17 de Maio, Quinta-feira, e nesse mesmo dia serão revelados os nomes vencedores nesta mesma publicação, sendo o sorteio feito através do sistema automático random.org. Os premiados serão contactados via email com as recomendações para o levantamento dos convites duplos acontecer nas melhores condições. Para a participação ser válida tens de seguir os passos que se seguem...