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O Informador

Passagem de ano da família

A passagem de ano da minha família é sempre bem diferente do Natal. No salto para um novo lote de doze meses todos se juntam e a festa é feita com talvez vinte pessoas sentadas à mesa entre os grelhados e os cozidos, as febras e os doces. Na família a passagem para um novo ano é um momento de união e festejo!

Pais, tios, primos, tios-avós, pequenos primos... Todos se juntam naquele serão como manda a tradição! Cada qual leva partes da refeição que se estende pela noite fora e o final de tarde é passado a ultimar os preparativos para nada faltar na mesa onde sobra sempre algo para o almoço e jantar do dia seguinte.

Momentos alegres e algumas peripécias engraçadas pelo meio, é assim que as últimas horas de Dezembro são passadas, dando as boas-vindas ao Janeiro que trás consigo todo um novo ano pela frente. Conversas, gritos, música, televisão, barulho... Acima de tudo, a passagem de ano da minha família é uma completa balbúrdia familiar! Que coisa boa!

Um pormenor, esta será a sétima vez em que passo o último dia do ano e o primeiro do próximo longe do seio familiar, passando entre a outra família, a do coração e a que escolhi!

Ainda não comi marisco este ano

Poucos dias já passaram desde que entramos em 2013, mas o que costuma acontecer sempre, este ano não aconteceu, e já passaram várias horas e ainda nada fiz. Não comi marisco nas primeiras horas do ano, será isso sinal de que não o irei comer muita vez nos próximos meses?

Ao contrário do habitual e uma vez que tive uma passagem de ano mais movimentada que o costume, não comi marisco nas primeiras horas deste novo ano e mesmo depois quando regressei a casa, os meus pais também não me tinham guardado uns camarões, daqueles que sabem que eu adoro. Tenho que meter a escrita em dia, que é como que diz, tenho que meter esta falta para trás das costas e nos próximos dias o marisco tem que aparecer na minha vida. Quero camarões, que é do que mais gosto!

Passar o ano de fato e gravata

Enfim, este ano lá me convenceram e vou passar o ano de fato e gravata, como se estivesse presente numa cerimónia com requinte. Confesso que não me apetece nada, mas mesmo nada ter de me vestir a rigor para esta noite que nos leva para 2013, mas lá terá que ser, ou não...

Convenceram-me a estar presente num jantar de amigos e depois partir para uma das mais faladas festas da nossa capital para celebrar o enterro de 2012 e dar as boas-vindas ao novo ano, mas só de pensar que tenho que ir de fato e gravata, dá-me logo vontade de me baldar.

Acho que vou ter esta sensação mesmo até à hora de ter que apanhar a boleia para me por a caminho de Lisboa e poder festejar por várias horas esta passagem de ano. Não me apetece nada ir a este festa todo repimpado. Vou passar o ano meio contrariado e isso não deve ser nada bom presságio, não é verdade?

Se eu passar o ano a fazer algo de que não gosto e num sítio onde não me apetece, será que ficarei ao longo dos doze meses de 2013 sempre a viver contra as minhas vontades e desejos?!