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O Informador

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Primeiro dia de confinamento a meio gás em Portugal continental e eu, que fui para o último dia de trabalho antes de entrar de lay-off, constatei pelas estradas e por passar pelo interior de localidades na deslocação casa/trabalho e trabalho/casa e também pelas imagens que fui vendo ao longo do dia, tanto nas redes sociais como na televisão, que de confinamento pouco existiu nesta Sexta-feira, 15 de Janeiro de 2021.

Alunos nas escolas, com pais a deslocarem-se para deixarem os filhos nos institutos de ensino e mais tarde os voltarem a levar para casa ou transportes públicos cheios com jovens que se deslocam assim para as aulas. Supermercados, farmácias, clínicas, veterinários, igrejas, bancos, oculistas, dentistas, talhos, peixarias, papelarias, padarias e outros tantos serviços abertos como se nada se estivesse a passar. Restaurantes em take-way, cafés e pastelarias a servirem o que os clientes pretendem junto a portas e janelas, esplanadas como que montadas só porque ainda não existiu tempo de serem retiradas, e muitos incumprimentos logo na partida para esta jornada. Encontros em grupo nas esquinas e jardins, pais que esperam na conversa junto dos carros que os filhos saiam da escola, crianças que saem dos autocarros e que de imediato retiram as máscaras. Ou seja, confinamos em termos laborais mas ao que parece existe tanto para se fazer lá fora que a vontade é mesmo a de sair e arranjar uma das várias desculpas possíveis para se poder circular na via pública.

Marcelo Rebelo de Sousa

 

Marcelo Rebelo de Sousa bem avisou que não estaria virado para fazer campanha eleitoral para ser reeleito Presidente da República e agora, mesmo na reta final para todos os candidatos darem tudo antes do dia E, de eleições, eis que surgiu o Covid19 e atirou o professor para isolamento no Palácio de Belém.

Marcelo não iria gastar centenas de milhares de euros com a sua campanha para continuar como Presidente, prescindindo também dos seus minutos diários de Direito de Antena e agora, como que um sinal, testou positivo ao vírus do momento e ficará mesmo em casa, a trabalhar dentro do possível, já que se mantém assintomático.

Feitas as contas assim por alto, o nosso Marcelo ficará, se tudo correr dentro do previsto, livre para circular mesmo nas vésperas do dia E, regressando assim ao ativo aquando a sua entrada no local das urnas lá da sua longínqua aldeia, reforçando junto das portuguesas e portugueses o dever de voto em direto em todos os canais televisivos e dando o ar da sua graça no seu regresso. Até lá acredito que o atual Presidente faça um direto algures para que o povo se mantenha atualizado e fique tranquilizado sobre o seu estado viral.

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Outubro está a ser um mês crítico, fazendo perceber que Novembro e Dezembro ainda serão dois conjuntos de trinta dias mais críticos no que toca ao estado da pandemia em Portugal. As coisas estão a avançar para uma situação de alguma desestabilização nacional com os cuidados de saúde a verem as ocupações hospitalares vagas a diminuírem e com os profissionais a voltarem a dar o litro para bem de todos nós. E o que teremos de fazer? O nosso rigoroso trabalho, não ficar em espera que os outros o façam por nós já que, como em várias situações da vida, se não remarmos contra a mesma maré não alcançaremos a outra margem.

Podemos instalar a StayAway Covid, sendo alertados sobre possíveis cruzamentos com casos positivos pelos últimos dias. Podemos andar de máscara e álcool gel atrás por todo o local público mas não podemos, em momento algum, esquecer que entre familiares e amigos a porcaria do vírus também se transmite. E é aqui que está um dos principais fatores para que os milhares de novos casos atuais estejam a bater recordes até de recordes a desfavor do nosso bem estar, tal como vários eventos ilegais e festividades onde a organização dos cuidados necessários é deixada de lado. 

Eu falo por mim, em casa nunca usei máscara, mas à umas semanas atrás, quando tudo parecia já andar mais calmo e com números entre os duzentos e trezentos novos casos diários, em casa de familiares e mesmo amigos já ia retirando a máscara, ora para comer, ora por me sentir à vontade, sabendo sempre que existe a possibilidade de o vírus já existir e ser passado antes dos primeiros sintomas surgirem no portador. Com o tempo e os meses de Verão a decorrerem fomos perdendo de forma negativa os cuidados inicias, por cansaço e ao se entender que os novos casos não estavam tão altos. 

Agora, em menos de um mês, a curva tem subido de forma vertiginosa e a maioria ainda não encaixou que voltamos a um nível pior do que aquele que já havíamos passado anteriormente, quando meio país ficou fechado em casa durante semanas e mesmo meses. A situação atualmente está a tomar contornos bem mais agressivos, não iremos voltar em bando para casa porque a economia não aguenta e o esforço feito antes tem de ser agora reforçado dentro e fora de portas, respeitando e com mil cuidados possíveis. Agora a ideia é viver o mais normal possível, convivendo com o vírus e tentando escapar sempre mais um dia ao seu ataque. Vamos estudar, trabalhar, conviver e mesmo celebrar, mas tudo com a máxima proteção possível para que o país não entre em rutura a nível da saúde e consequentemente económico.

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Agosto é uma autêntica maravilha no que toca aos serviços informativos dos principais canais de televisão e mesmo imprensa escrita em Portugal. No mês de férias, e em pleno feriado de 15 de Agosto, todos ficamos a saber como grande destaque que o nosso Presidente da República se tornou num quase nadador-salvador para ajudar duas jovens que caíram da sua canoa na Praia do Alvor, no Algarve.

Ao se encontrar de férias na praia algarvia, e num momento em que aproveitava o bom tempo à beira-mar, Marcelo Rebelo de Sousa, ao perceber que as duas jovens estavam atrapalhadas na água e com dificuldades em voltarem a canoa para subirem a bordo, decidiu ajudar com a sua boa forma de nadador e apoiou e ajudou as jovens a subirem a bordo dos meios de socorro, como um autêntico herói dos mares.

Marcelo, o Presidente que se tornou por um dia nadador-salvador é a notícia cor-de-rosa do fim-de-semana, acompanhando as férias de Cristiano Ronaldo, o sucesso online de Cristina Ferreira como figura mais pesquisada nos últimos dias, os dramas das guerras entre estrelas nos corredores da TVI e a contratação de Ljubomir Stanisic por parte da SIC. A vedeta nomeio disto tudo acaba por ser mesmo Marcelo, o salvador de Portugal, em trabalho ou de férias, na terra e no mar. 

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A 01 de Maio de 2020 André Ventura, o querido humorista deputado do Chega, proferiu as seguintes palavras na sua conta do Twitter. «A malta que se junta na Alameda para celebrações do 1 de Maio, numa altura em que se pede confinamento aos portugueses, são uns palhaços tristes. Não têm outro nome!».

No passado Sábado, 27 de Junho de 2020, o mesmo André Ventura liderou uma manifestação dos preconceituosos que dizem que não são racistas por Lisboa onde se pedia adesão, mais felizmente só uns poucos perderam o seu tempo para seguirem os passos da organização. Neste passeio dos tristes pelas avenidas da capital podemos tirar duas ilações. Primeiro que André Ventura é esquecido sobre o que diz, já que criticou a manifestação da CGTP a 01 de Maio, quando estávamos confinados e menos de dois meses depois organizou a sua própria manifestação quando a região de Lisboa continua com regras apertas devido à pandemia. Segundo, o senhor bem tentou mas não conseguiu levar os milhares que pretendia atrás de si, protagonizando sim um passeio dos tristes, como afirma Cristina Torrão no Delito de Opinião

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Treze anos passaram após o desaparecimento de Madeleine McCann, a criança inglesa que passava férias com os pais e irmãos em Maio de 2007 na praia da Luz, em Lagos. Muito se noticiou, vários suspeitos, investigações dentro e fora do país e Maddie desaparecida sem um ponto final no processo. Agora, treze anos depois a Polícia Judiciária, a Metropolitan Police de Londres e a Polícia Alemã (BKA) têm um suspeito formal que vivia na zona de Lagos na altura do desaparecimento da criança e que esteve no resort uma hora antes do alerta dos pais de Maddie, estando de momento preso pela violação de uma mulher. Por curiosidade, ao que parece este suspeito já havia sido mencionado pela Polícia Judiciária nos meses seguintes ao desaparecimento da menor, sem ganhar relevância das autoridades de investigação internacional que lideravam o caso. 

Preparava-me para jantar, já sentado à mesa com a televisão ligada, o noticiário iniciou e a primeira notícia foi mesmo «Notícia TVI: polícia identifica alemão como suspeito formal do rapto e morte de Maddie». Fiquei de imediato todo arrepiado com esta informação. Passaram treze anos, na altura tinha vinte, acompanhei o caso, todo o aparato que foi feito pela comunicação social com o Mundo de olhos postos em Portugal por se tratar do desaparecimento de uma criança inglesa. Agora percebe-se que a investigação mesmo silenciosa continuou e não foi deixada, existindo um novo suspeito, que está preso por outros crimes, mas que poderá estar por detrás do rapto de Maddie, num caso onde os pais sempre serão também culpados por deixarem menores sozinhos em casa, mesmo que estivessem a cem metros da habitação mas sem visibilidade. 

Imagem retirada de https://sol.sapo.pt/

Imagem retirada do portal Sol

 

O início de Junho está a assinalar o retomar de atividade em várias áreas, onde se incluem as atividades culturais, podendo realizar-se a partir de agora concertos, espetáculos teatrais, estando também as salas de cinema abertas, tudo com as novas e necessárias medidas de segurança. O que não ficou com luz verde para poder recomeçar foi a tauromaquia que terá de esperar mais uns tempos para poder iniciar, o que está a gerar descontentamento por parte de cavaleiros, forcados e todos os profissionais envolvidos que na passada Segunda-feira, 01 de Junho, protestaram junto ao Campo Pequeno, com vários rostos conhecidos a acorrentarem-se aos portões da praça. 

Não sou defensor da arte do toureiro, bem pelo contrário, mas mesmo recriminando esta histórica tradição e sua continuação tenho de admitir que neste caso está a existir uma clara discriminação por parte do Ministério da Cultura. Se permitem a retoma de praticamente todas as atividades culturais, como não o fazem com os toureiros?

O que ainda piorou esta situação foi o facto de barrarem o regresso de homens, cavalos e touros à arena quando na praça do Campo Pequeno, transformada em sala de espetáculos, foi realizado o concerto humorístico Deixem o Pimba em Paz, idealizado por Bruno Nogueira, logo no primeiro dia de abertura das salas. Coincidência ou provocação pura?

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Claro que não é a primeira vez que podemos ver o nosso Presidente Marcelo na praia, mas este Sábado o direto que a TVI fez praticamente na abertura do Jornal da Uma será inesquecível. Para quem não viu, deixo aqui o link do vídeo, para perceberem os passos de Marcelo, a saída da praia e os cumprimentos aos populares e vizinhos de Cascais. Seguimos e acompanhamos o nosso Presidente a sentar no banco para sacudir a areia do corpo e ainda ter tempo para conversar com outra sua vizinha e um turista brasileiro sobre o estado do seu país e as diferenças entre Portugal e Brasil em tempos de pandemia.

Quem nunca sonhou ver um Presidente da República a sair da praia em direto na televisão nacional, de calção no corpo e sem qualquer segurança por perto? Andei trinta anos para ver estes preparos de um Presidente como um cidadão comum que o é... Ao longo do direto até tive tempo para imaginar Cavaco Silva de tanga na sua saída magnífica do areal de uma praia dos arredores de Boliqueime ou mesmo Ana Gomes, se vier a ser Presidente um dia, com o seu biquíni pela piscina municipal de Estremoz a espalhar charme e sensualidade por todo o lado. 

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A morte da pequena Valentina tem feito as manchetes da imprensa pelos últimos dias. Com quatro dias de investigação, após o alerta do pai pelo seu desaparecimento, o crime foi descoberto e pai e madrasta presos preventivamente por serem alegadamente os autores confessos desta morte macabra. 

Muito se tem noticiado, comentado e divulgado, mas destaco um pormenor que todos nós deveremos ter detetado através das imagens que têm sido divulgadas pela comunicação social. Desde que a notícia começou a ganhar destaque pelos vários serviços de informação que deteto que população e autoridades que têm aparecido em grupo nas buscas e também agora nas reportagens feitas e filmadas aleatoriamente, que grande parte não se encontra com as preocupações necessárias para com a proteção perante o Covid19.

Percebo que a procura até encontrarem o corpo gerou alguma confusão e ansiedade por parte de todos, mas também nestes momentos há que precaver o vírus que tem feito com que centenas de portugueses já tenham morrido, milhares que estão neste momento infetados e que todos nós estamos vulneráveis para com esta transmissão que pode acontecer mais facilmente pela proximidade sem proteção. Falta de máscaras e proximidade física nas buscas, abraços e conversas entre populares de forma completamente normal como se não vivêssemos em estado de pandemia e até as próprias buscas entre populares, militares e bombeiros onde foi visível ver parte das pessoas sem usarem máscaras. Isto não pode acontecer!

Isto não aconteceu sempre e com todas as pessoas, mas em muitas das imagens que foram passando foi visível este descuido da sociedade, o que há que ter em conta para futuras situações do género. Nada nos pode deixar de manter a precaução, mesmo estes crimes praticados por pessoas que jamais podem ser considerados pais. 

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Os anos passam e a questão da proibição das touradas continua a ser adiada por existirem várias faixas da sociedade, inclusivamente políticas, que são a favor da tortura em praça pública de animais. Não sou de todo defensor desta teoria de tradição que se deve manter num momento em que se defende cada vez mais o bem-estar animal, com leis que vão de encontro à sua proteção.

As últimas informações dão conta de que o atual Governo tem no seu Programa a intenção de aumentar a idade mínima para assistir a touradas. Indo de encontro às medidas defendidas pelo PAN, o executivo de António Costa quer aumentar assim a idade mínima dos 12 para os 16 anos e quando o Programa de Governo foi anunciado logo começou o debate público sobre a questão.

Sim, já que ainda estamos com anos de atraso em relação à proibição das touradas, que tantos políticos apoiam de pé pelas bancadas onde por vezes conseguem ganhar votos dos aficionados, pelo menos que se tentem educar gerações, mostrando que massacrar animais como forma de arte não está dentro dos comportamentos corretos a tomar. Uma luta inglória entre animal e humano, onde o touro é espetado para mais tarde ser abatido após ser usado como um simples objeto que é criado para sofrer por intenção dos humanos nas suas últimas horas de vida. Que tal colocarem defensores de touradas numa praça ao lado de leões para perceberem se conseguem ficar no mesmo patamar do animal que enfrentam?

Quando um animal ataca um humano de forma violenta o que lhe acontece? É de imediato abatido porque se torna perigoso. Até agora quantos toureiros e seus camaradas das arenas foram presos por matarem animais por terem a desculpa de estarem a proporcionar ao público um espetáculo com tradição?

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