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O Informador

Insólitos na educação

Em pleno século XXI os acontecimentos insólitos ainda surgem! Agora tenho uma situação bem caricata que aconteceu com o meu primo e com as duas escolas onde estava matriculado, por engano do ministério da educação ou dos responsáveis das matrículas de ambos os estabelecimentos de ensino. Não se sabe!

Então não é que o meu tio recebeu um telefonema da Escola Secundária de Alenquer pedindo explicações pela razão do meu primo estar a faltar às aulas do décimo ano onde estava matriculado? O meu tio ficou incrédulo com a afirmação que a funcionária do estabelecimento lhe fez, já que o meu primo chumbou e encontra-se na turma do nono ano, como é devido a quem reprovou de ano!

Ou seja, o miúdo foi matriculado pela própria escola no décimo antes da saída das notas no final do ano escolar passado e uma vez que chumbou a sua matricula não foi anulada, continuando ativa como sendo aluno do décimo ano! Desde o início das aulas que o primo anda a ser chamado, aula após aula, pelos professores da sua suposta turma do secundário porque a escola errou! O meu primo tem marcado presença no seu horário pelo nono ano e não está no décimo, tendo estado todos estes dias matriculado em duas escolas por erro das regras do ministério da educação.

A questão agora que se coloca é... E se isto continuasse e as faltas fossem acumulando por mais dias sem o caso ser esclarecido, o que se iria passar? Será que a autoridade iria bater à porta dos meus tios à procura do miúdo por um erro que não foi seu, o de faltar às aulas e por ser menor de idade? E se o meu tio quando recebeu o telefonema tivesse outro tipo de personalidade e começasse logo a disparatar com o filho sem tentar perceber o que se passava?

Os erros acontecem pelos sistemas públicos nacionais e quando se diz que tudo funciona na perfeição lá aparece mais um novo caso bem insólito e que só dá vontade de rir!

Senti-me velho!

Encontrei uma conhecida dos tempos de escola com quem me dava e cheguei a tomar conta das suas duas crianças em algumas situações. Quando terminei o 12º ano comecei a deixar de ter ligação com os dois pequenitos e foram raras as vezes em que os voltei a ver posteriormente. Hoje têm onze anos e de certo que já não os reconheço se me cruzar com ambos! Como o tempo passa e como me senti velho quando ouvi a idade dos gémeos que talvez achasse que continuavam pequenos como antes!

Nas horas mortas entre as aulas íamos para casa dela e brincávamos na altura com as duas crianças que vimos crescer talvez até aos três anos! Fomos acompanhando a sua evolução até deixarmos o secundário e a partir daí só os voltei a ver uma vez, já teriam eles uns sete anos. Agora têm onze e além de não me conhecerem também tenho quase a certeza que me posso cruzar com ambos e não os vou associar àqueles pequenos seres com quem andei ao colo!

Como o tempo passa e como me senti velho no momento de perceber que uma década passou na vida de todos nós e que a Raquel e o Rodrigo já estão crescidos! Coisa chata que me atormentou a ideia!

Saudades do tempo de escola

Quando se é jovem e estudante só se pensa em terminar de estudar para ir trabalhar e poder comprar com o que ganhamos o que queremos. Passado um tempo de se trabalhar, o regresso ao passado é desejado, mas não passa disso mesmo, um desejo...

Já passaram quase sete anos desde que terminei os estudos e agora em que se está na época das férias de Natal penso que por esta altura já tinha as minhas notas afixadas, estava a descansar, a passar as tardes na vadiagem e tudo corria bem. Hoje em dia trabalho, corro de um lado para o outro e as coisas são tão mais reais do que eram naquela altura de estudante sem preocupações.

Os mais velhos sempre me disseram para estudar até querer, para não deixar a escola, mas a crença que iria parar para trabalhar, mas que depois voltava a estudar falou mais alto. Parei, comecei a trabalhar, mas não voltei a estudar!

Não me arrependo disso, mas nestas alturas em que os estudantes estão de férias, estão despreocupados, tendo boas notas ou não, faz-me pensar que podia ter continuado a marrar nos livros por mais uns anos, e agora já estaria a trabalhar com uma outra profissão, ou estaria no desemprego.

Enquanto somos estudantes surgem as queixas que custa muito estudar, que os outros não compreendem o quanto trabalho se tem, mas quando se começa a trabalhar é que se percebe que o duro não está na escola, mas sim quando se tem uma profissão que não a de estudante.

Quando olho para a vida que fazia no tempo de escola lembro-me das aulas, mas num dos últimos planos, pensando primeiramente nos momentos que passava nos intervalos com os meus amigos, nas horas de almoço e tardes livres. Andávamos mesmo sem preocupações, agora corre-se para ver se se alcança alguma coisa, mas...