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O Informador

Vestimenta adequada

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A sociedade enfrenta uma nova moda onde a liberdade sobre o vestuário é total, existindo o poder de arriscar sem levar com a critica de outros tempos pela cor, pelos modelos ousados ou até pelo tecido mais curto que o aceite pelos outros. No entanto, com a liberdade mesmo sendo total, existirá sempre bom senso a levar em conta em certas situações, porque andar à-vontade não é à vontadinha e do meu ponto de vista há que ter em conta os locais, compromissos e pessoas com quem iremos estar para que a escolha do modelito não caia num grande erro.

Apetece-me levar este texto para o prisma das entrevistas de emprego. Há uns meses, na empresa onde trabalhei, existiu um processo de entrevistas e os candidatos aparecem dos mais variados locais da zona mas também com os mais diversos aspetos. Nada de mal até aqui, mas o que dizer quando olhas para uma das candidatas que se aproxima e percebes que optou por se apresentar para uma entrevista de futura administrativa de calças de fato-de-treino e t-shirt? Ora bolas!

Primeiramente, seja para que cargo for e na empresa que seja, quem vai a uma entrevista de fato-de-treino sem o mínimo pensamento de se arranjar? Se a pessoa estivesse nos seus afazeres diários, na rua, por exemplo, e lhe ligassem a perguntar se podia ir naquele momento à entrevista, ainda se admitia porque podia não haver tempo de se preparar. Agora com uma entrevista marcada uns dias antes e mesmo assim apresentar-se com aquela indumentária? Aparentemente a conversa correu bem mas o facto da sua apresentação não ter sido a melhor no primeiro impacto levou a que tudo caísse por terra e ficasse como suplente para o lugar. Se numa entrevista se apresenta de fato-de-treino, como é que irá trabalhar aquela rapariga com o decorrer dos dias depois? 

Será uma boa aposta profissional?

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Iniciei o mês com uma entrevista de emprego. Sim, eu estou empregado, mas quero mudar e ando a ver o mercado de contratações, tendo sido chamado em dois dias para me sentar nos escritórios de uma Imobiliária.

Gostei do que ouvi por parte do diretor e da responsável comercial que me explicaram todos os procedimentos e métodos de trabalho da empresa. No entanto o facto de não ter um ordenado base incomoda-me um pouco pela instabilidade que isso me dá. Sei que fui praticamente escolhido na entrevista, irão ligar-me na próxima semana para lhes dar a resposta e não sei o que fazer.

Deverei saltar de onde estou com ordenado com valores exatos mensalmente mas onde não estou bem ou partir para uma área onde tenho de aprender e correr o risco de existir um mês sem nada levar para casa como ordenado. Será que o mercado imobiliário está à minha espera ou será uma má aposta esta mudança?

Se alguém conhecer o ramo que me dê alguma dica para me ajudar a decidir nesta hora tão complicada!

Curtas e Diretas #94

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Tony Carreira a limpar-se muito bem sobre a polémica do plágio na sua primeira entrevista após a acusação do Ministério Público. Saber apresentar provas contra os argumentos, estar no noticiário mais visto e poder dizer o que quer ajuda a fazer a sua auto-defesa publicamente. 

Quem sabe, sabe!

Citações #16

Assumo que sou uma provocadora. Gosto de provocar, porque é assim que também se conhecem as pessoas. Provocam-se reações e, através das reações, tu consegues perceber como é que reage o país, como é que reage um povo. 

Manuela Moura Guedes, em entrevista a Cristina Ferreira, na revista Cristina

À Conversa com... Vanessa Silva

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Vanessa Silva é uma das melhores vozes nacionais do nosso país mas nem sempre o seu talento tem sido reconhecido. Multifacetada em palco e exigente como um bom profissional tem de ser, Vanessa tem conquistado o público por onde tem passado ao longo de mais de duas décadas de carreira onde além de trabalhar com nomes de excelência como se tornou, ganhou amigos e encontrou o amor ao lado do bailarino Pedro Bandeira. Sem ter medo de arriscar e mudar, Vanessa tem seguido os seus sonhos e é por isso que de Portugal para o Mundo a artista é nossa mas tem conquistado os aplausos internacionais através do seu trabalho que vai já para além dos palcos nacionais, percorrendo mares em aventuras pessoais que mostram a verdadeira essência que um profissional de qualidade tem na sua arte. 

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Estreou-se nas lides artísticas bem cedo ao tentar a sorte em programas como Chuva de Estrelas e Cantigas da Rua da SIC mas foi através da entrada em Academia de Estrelas, na TVI, que deu os derradeiros passos junto do público. Que sonhos tinha a Vanessa antes de pisar os palcos televisivos e o que já havia sido feito antes destas experiências?

Bem, essa pergunta é mais ou menos verdade... É verdade que a Academia me expôs mais, dado ter sido um reality show, mas antes da Academia já tinha feito parte do elenco  do “Cantigas de Maldizer” na SIC , em 1998/99, e do “Sábado à Noite “ na RTP, em 1999|2000, ambos tiveram a duração aproximadamente de um ano, e foram antes da academia. Antes disso e como disseste e muito bem, concorri a uma série de programas, já tinha a minha banda de bares e tocávamos quase todos os dias , sendo que também ainda andava a estudar.

 

Se existisse agora nova oportunidade para entrar num reality que envolve-se aprendizagem como aconteceu na altura com Academia de Estrelas voltava a arriscar sabendo como o modelo de programa está alterado neste momento?

Não, de maneira nenhuma... Não que ache que não tenho nada a aprender, antes pelo contrário, mas dados os moldes dos programas, acho que ao fim de 23 anos de trabalho, se calhar já me podia sentar na cadeira dos júris/mentores...

 

Na Academia alcançou o terceiro lugar e foi a partir daí que começou a ser convidada para integrar vários projetos, tendo sido durante anos, um dos rostos residentes das manhãs da SIC onde fazia o que melhor sabe fazer, cantar. Quando saiu do formato matinal sentiu que tinha de o fazer porque existia outros projetos para abraçar ou foi um pouco empurrada para deixar o programa?

No fundo um pouco dos dois. As manhãs deixaram de ter cantores residentes, e eu nunca parei de fazer outras coisas ao mesmo tempo, fiz espetáculos musicais como “Esta Vida É Uma Cantiga”, “High School Musical”, “Fame”, etc, então foi só o fechar de um ciclo, no fundo.

À Conversa com… Diogo Garcia

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Diogo Garcia já fez cinema e televisão mas é no teatro onde pode ser visto com maior frequência, fruto do amor pela arte e das oportunidades que têm surgido na sua carreira. Com espetáculos para miúdos e graúdos no processo de crescimento enquanto ator, este jovem ainda tem muito para percorrer no mundo da representação onde cada momento serve para ajudar a ganhar conhecimento e criar laços que ficam para a vida.

Convido-vos a conhecer um pouco do seu percurso e dos projetos que mais marcaram o Aladino dos palcos nacionais!

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Gostaria que o Diogo se apresentasse ao público em geral que ainda não teve contacto com o seu trabalho.

Ora bem... Então o Diogo é um rapaz cheio de sonhos, um ator com uma maluqueira saudável em palco e na vida, por vezes em excesso, que preza a verdade em cena e fora dela.

 

Atualmente tem sido uma presença assídua dos palcos nacionais, mas até atingir o início de um sonho, que caminhos foram percorridos?

(Assídua acho exagerado) Foram audições em cima de audições, muitos "não", trabalhos fora da área, muito estudo, muitas alegrias e pouco choro, mesmo em situações de maior aperto. A persistência é o fator essencial e a sorte dá trabalho. Não tive medo de "bater à porta" e dizer "Olá, sou ator e estou disponível para trabalhar". Com o tempo aprendi a ter "lata".

À Conversa com... Patrícia Resende

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Patrícia Resende não se recorda da primeira vez em que o pano subiu e enfrentou o público, mas sabe que foi a partir daquele momento que começou a perceber que o seu futuro estava na representação. Hoje, quase duas décadas após ter integrado o elenco da primeira temporada do musical Amália continua nos palcos e já experimentou as lides televisivas e do cinema onde pretende voltar sempre que for possível. Assumindo um grande carinho por Filipe La Féria e por vários colegas de representação com quem teve o gosto de trabalhar ao longo do tempo, é como atriz que se sente feliz e no caminho certo para continuar. Vamos conhecer um pouco sobre Patrícia Resende, uma profissional que vai muito para além do Teatro Politeama!

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Cedo triunfou pelos palcos nacionais dando vida a Amália pequena na primeira temporada do musical Amália, produzido por Filipe La Féria. Ainda se lembra como foi ver o pano subir pela primeira vez no palco do Teatro Politeama para a primeira grande experiência que durou anos em cena?

Não me consigo recordar especificamente da primeira vez que o pano subiu mas, lembro-me de ainda estar nos ensaios e alguém me dizer "antes de entrares em cena respira fundo 3 vezes e os nervos vão-se embora", e eu passei a fazer sempre isso. E funcionava. Eu vinha lá de cima da plataforma e, antes dela começar a descer, eu respirava fundo 3 vezes.

 

A partir de Amália não mais parou e foram vários os projetos teatrais em que entrou. Chegar aos dias que correm com tantos sucessos pelos palcos é obra sua e de quem não deixou de acreditar no seu talento. Que projetos distingue ao longo do percurso profissional?

O musical Amália, sem dúvida. A peça A Flor do Cacto, que foi a minha primeira protagonista enquanto mulher adulta. Recordo também os anos que trabalhei na companhia Palco 13, porque me deram a oportunidade de me desafiar a mim mesma, ao fazer textos diferentes, géneros diferentes. O Meu Pé de Laranja Lima no Teatro Turim, encenado pelo Rui Luís Brás, visto que fazia o papel de um menino brasileiro de 6 anos, o que foi um grande desafio para mim como atriz, sem dúvida. As revistas que fiz foram muito importantes para mim, aprendi imenso com aquele género, e aprendi muito com a Marina Mota. E é claro, As Árvores Morrem de Pé, pelo texto, pelos atores com quem trabalhei, pela partilha em palco, pelo ambiente em bastidores.

 

Voltando anos mais tarde a incorporar o elenco do renovado Amália, que está atualmente em cena no Teatro Politeama, é como voltar a casa sem nunca de lá ter saído?

Não. É uma experiência completamente diferente, mas completamente. Por motivos vários, porque a peça levou várias mudanças, porque o meu papel é outro, nada tem a ver com o de Amália pequena. Porque a idade é outra e a bagagem também. É uma peça única, apesar de já a ter feito há 17 anos atrás.

À Conversa com... Filipe de Albuquerque

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Filipe de Albuquerque começou cedo a pisar os palcos nacionais mas tem sido nas produções de Filipe La Féria que nos últimos anos tem conquistado os aplausos do público pelo seu talento. Neste momento a dar vida a Passepartout na comédia musical A Volta ao Mundo em 80 Minutos, no Salão Preto e Prata do Casino Estoril, onde também tem o papel de assistente de encenação, o jovem ator, bailarino e cantor é o típico homem dos sete ofícios em palco e é assim que pretende continuar. Sendo feliz a representar abraçou recentemente uma participação especial em televisão, área que gostaria de continuar a experimentar, tal como o cinema onde ainda não tocou mas que pretende conquistar assim que tiver oportunidade. Vamos descobrir um pouco mais sobre Filipe de Albuquerque, uma das estrelas do teatro musical nacional.

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Iniciou a sua carreira profissional como bailarino no Parque Mayer. Como foi o seu percurso de criança e jovem adolescente até pisar um palco com maior visibilidade?

Desde que me entendo como gente que quis ser artista. Comecei no coro do meu colégio D. Maria Pia fazíamos espetáculos aos fim de semana por todo o país essa foi a minha primeira experiência, depois veio o grupo de dança Batoto-Yetu era um grupo muito popular pois tinha ganho o Bravo Bravíssimo cá em Portugal então eles tinham imensos espetáculos tanto fazíamos a abertura dos Globos de Ouro como as festas de verão de Oeiras. Estas duas experiências fizeram-me perceber que o palco era a minha casa! Antes do Parque Mayer fiz uma revista na Academia de Santo Amaro, depois fiz audições para o Maria Vitória não entrei à primeira e voltei o ano seguinte e fiquei, assim começou o meu percurso profissional.

 

Do bailado começou aos poucos a representar em teatro musical onde integrou vários projetos. Ser ator era um dos objetivos ou o sonho inicial não passava da dança?

Eu sempre quis ser cantor mas sempre que cantava mandavam-me calar, comecei a dançar um pouco por acidente e a representar também…

 

Somando sucessos pelos palcos com Fame, A Gaiola das Loucas, Um Violino no Telhado, Grande Revista à Portuguesa e Portugal à Gargalhada, entre outros, como existe a preparação diária para enfrentar um público sempre diferente a cada sessão?

Sim existe, eu tento sempre estar o mais aquecido possível mesmo quando o papel não o exige… Faço uma preparação física e vocal, assim sinto-me mais “desperto” é um ritual que tento manter.

 

Aos poucos tornou-se num dos rostos do espetáculos de Filipe La Féria, provando que o talento existe e está a ser recompensado. Trabalhar com um dos melhores e mais exigentes encenadores nacionais é das melhores formações que se pode ter?

É sem dúvida, tenho o privilégio de trabalhar há quase 10 anos com o Sr. Filipe La Féria como ator e há um ano como assistente de encenação e é uma aprendizagem constante todos os dias conheço novos atores, pintores, músicos, compositores… Sinto-me como se estivesse a tirar um curso sem pagar propinas!

À Conversa com... Maria João Costa

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Maria João Costa, a autora da novela de sucesso da TVI, Ouro Verde, aceitou o meu convite e partilhou um pouco da aventura que foi escrever a sua primeira trama para televisão. Com formação além fronteira e com uma carreira onde sempre deixou que as suas ideias e sonhos falassem mais alto, Maria João revela-se nesta longa entrevista onde para além do seu trabalho em televisão falamos do passado e do futuro, das amizades e das paixões de um nome que conquistou Portugal e não só com a novela que logo ao primeiro episódio apaixonou o público. 

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Ouro Verde foi a sua primeira novela. Alimentar um projeto de sucesso do início ao fim foi um trabalho árduo?

Bom, na prática a novela ainda não acabou pois vai continuar no ar por mais uns meses, apesar de eu ter a terminado de escrever. Faço figas para que essa sua frase esteja certa e este consiga manter-se como um projeto de sucesso do início ao fim. O trabalho foi árduo sim, como suponho que seja sempre o de qualquer novela. Tendo em contra o número de episódios de que estamos a falar, este acaba por ser um desafio que vai muito para além da nossa capacidade intelectual. Diria mesmo que há um momento em que o tema é mais físico do que mental. Pelo menos no meu caso que sou obsessiva com o trabalho: escrevo todas as grelhas detalhadamente, edito todos os episódios, releio-os sempre que posso mais do que uma vez, apesar de admitir que se chega a um momento em que torna impossível olhar para trás... Aí já estamos a falar de uma espécie de trabalho de circo em que temos de continuar a manter várias bolas no ar, mas agora de olhos tapados. Como digo sempre, este é um trabalho absolutamente “braçal”, onde não há muito por onde fugir: esteja-se bem ou mal disposto, inspirado ou não, os episódios têm de aparecer feitos dia após dia, o que nos obriga a uma grande disciplina física e mental.

 

Já com o final escrito, como resume este projeto na sua vida?

O balanço parece-me naturalmente positivo e importante. Por outro lado, e tal como já escrevi algures, por se tratar de uma primeira novela, o processo foi vivido por mim como se de uma primeira grande paixão se tratasse, com direito a todo o tipo de excessos no caminho. Será sempre marcante por isso também, pelo tipo de emoções que conseguiu despertar em mim.

 

Terminada a escrita desta produção, qual a sensação com que o autor fica ao despedir-se das personagens?

Sinceramente?... Toda a gente me dizia que depois de terminar algo assim ficaria um vazio enorme dentro de mim; diziam que me ia custar imenso a desapegar deste universo e destas personagens, mas, curiosamente, aconteceu-me exatamente o contrário. Depois de, confesso, cinco minutos de nostalgia após a escrita da última cena, já a altas horas da madrugada, durante os quais não resisti a mandar uma mensagem de despedida com um tom quase “amoroso” para a minha equipa de escrita talentosa e dedicada (Mª João Vieira, Roberto Pereira e Sebastião Salgado), fiquei felicíssima por ter terminado. Acho que o cansaço físico falou mais alto, ou então talvez a enxaqueca que não me largava há dias e que me deu, finalmente, descanso. (risos) Agora a sério: fiquei sobretudo feliz por ter conseguido levar esta história com ritmo até ao final. Acho que o público vai notar que a tensão se mantém até ao último momento. E diria mesmo que os três últimos episódios são imperdíveis.

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Uns bons meses após o início do projeto Ouro Verde e já com o final escrito, como é o dia-a-dia de um autor que está constantemente a criar a trama que não pode parar por tudo estar a ser gravado muito em cima da fase de escrita?

O dia-a-dia, na verdade, acaba por se revelar muito simples e desinteressante, especialmente nos últimos três meses de escrita: no meu caso passava por escrever, comer e dormir (aliás, dormir tornou-se vital, mais do que comer para alguém como eu que dorme pouco. Descobri que todos os momentos se podem revelar bons para tirar uma sesta. Nem que seja de 15 minutos apenas e com direito a despertador). Além disso, e ainda no meu caso, com isso encadeava apenas umas idas ao ginásio, ao osteopata e à acupunctura, todos necessários para conseguir manter a energia e saúde necessária até ao final. De resto... Vida social e cultural muito próxima do zero, o que foi bastante redutor. No momento tenho mil coisas para pôr em dia (entre filmes e séries que quero ver, livros que venho acumulando para ler, espetáculos que tenho perdido, amigos que mal tenho visitado, viagens que quero fazer, novos cursos). Em resumo, estou a precisar de renovar o meu stock de conhecimentos, emoções e vivências. Na minha opinião, um autor tem de viver mais do que escreve.

 

Muito do sucesso da novela acontece não só pela escrita mas muito também pelo elenco. Poderemos dizer que Ouro Verde tem o elenco certo para o projeto líder que é?

Eu acho que uma novela é, antes de mais, um enorme projeto coletivo onde o talento de cada uma das peças desta enorme engrenagem, faz toda a diferença. Ouro Verde teve o mérito de conseguir reunir um elenco de luxo que funciona muito bem entre si e onde todos tentam dar o seu melhor. É muito bom ver os atores felizes com os seus papéis, dos mais pequenos aos maiores. Muda totalmente o empenho com que trabalham. E isso é interessante de assistir pois quando vemos algum ator agarrar o que escrevemos e fazer aquilo crescer percebemos a importância que um bom elenco tem, para além de uma boa história, para o sucesso de uma novela. Também acredito, ao contrário, que um ótimo elenco com uma má história, não convence.

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Ter Diogo Morgado, Joana de Verona e Ana Sofia Martins como protagonistas foi uma surpresa ou existia uma vontade sua junto da produtora em conseguir algum destes nomes no elenco?

Este projeto sempre foi tratado como uma grande aposta do canal, por isso sempre foram pensados nomes relevantes para Ouro Verde. O caso do Diogo Morgado é um bom exemplo disso. Eu mesma me atrevi, uma vez, a dizer em voz alta ao José Eduardo Moniz que “bom, bom, era se conseguíssemos ter o Diogo a fazer o papel de Jorge”. Pensei que tal seria difícil, tendo em conta o percurso internacional que o ator tem vindo a fazer, mas quer dizer... o não está sempre garantido. Por que não tentar? Fiquei feliz quando soube que ele aceitou. Assim como estou muito feliz com o trabalho que a Joana de Verona tem feito, muito credível, acho-a uma atriz muito talentosa, assim como a Ana Sofia, que se tem revelado muito no papel da Vera (o seu ar louco às vezes mete-me medo, de tão bem feito que está). Mas além desses nomes que referiu temos outros que se têm revelado grandes surpresas e que eu adoro ver, tais como Dina Felix da Costa, como Rita, Nuno Pardal como Antonio, Vitor d’Andrade como Lucio, Ana Saragoça como Laurinda. E depois temos pessoas como Manuela Couto que faz de Amanda, que é uma atriz excepcional, José Wallenstein que parece ter nascido para inspetor corrupto da PJ (de tal modo encarnou bem a personagem), temos a Sofia Nicholson como Judite, assim como Luis Esparteiro como Miguel (que tem sido um excelente vilão) e vários outros atores em outros papéis que dão peso e credibilidade ao elenco, como o Rui Mendes, o Nuno Homem de Sá. E ainda temos o elenco brasileiro que, especialmente com Zeze Motta e Silvia Pfeiffer vieram dar uma consistência ao todo interessante. Mesmo em papéis pequenos temos tido atores muito bons, como foi o caso do Gracindo Junior, Cassiano Carneiro e da Mafalda Vilhena. Na verdade, acho que foi uma sorte enorme poder contar com um grupo de atores tão talentosos e empenhados.

Já arranjei emprego!

Venho informar que aqui o desempregado já irá inicar nova experiência profissional na próxima semana! Após dois meses por casa e somente um com direito a fundo desemprego, eis que após entrevistas com passagem direta em que optei por não ficar por salários, ordenados e condições, eis que na passada Segunda-feira fui a nova entrevista onde percebi que teria hipóteses de voltar a ser chamado! E fui mesmo!

Após entrevista de praticamente quarenta minutos e com explicação ao pormenor do que iria fazer ficou a ideia que no início da próxima semana me ligariam com a certeza de ser um dos selecionados para falar com o diretor da empresa. Só que não tive de esperar muito, é que na mesma tarde em que realizei a primeira entrevista fui contactado para voltar ao local para ter de imediato conversa com o superior da empresa e sem concorrência. E mais uma vez passei no teste e irei entrar ao serviço no início da próxima semana, já tendo conhecido todas as instalações e os colegas com quem trabalharei de forma direta. 

Muitas vezes as pessoas estão no desemprego meses e mesmo anos e dizem não existirem empregos e que está complicado. Compreendo que dentro de certas áreas esteja complicado, mas pessoalmente não tive problemas em voltar ao ativo. Assim que iniciei o processo de procura fui chamado para fazer entrevistas para mais de metade das candidaturas que enviei, passei em todas e fiz a minha própria escolha, mostrando interesse para o local onde vou agora iniciar o processo de adaptação às novas funções e ao novo espaço.