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O Informador

Toda a Minha Raiva | Sabaa Tahir

Kathartika

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Título: Toda a Minha Raiva

Título Original: All My Rage

Autor: Sabaa Tahir

Editora: Kathartika

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Janeiro de 2024

Páginas: 416

ISBN: 978-989-562-624-3

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: Salahudin e Noor são mais do que melhores amigos: enquanto emigrantes paquistaneses que cresceram juntos numa pequena cidade no deserto da Califórnia, entendem-se como ninguém e são quase como família. Mas uma discussão ocorrida no verão quebra o vínculo que havia entre eles.

Agora Sal debate-se por manter o motel da família a funcionar à medida que a doença da mãe, Misbah, se agrava e o pai afoga as mágoas no álcool. Já Noor vive uma situação delicada: trabalha na loja do tio e procura esconder-lhe os seus planos para ingressar na universidade e deixar Juniper para sempre.

Quando as tentativas de Sal para salvar o motel entram numa espiral descontrolada, ele e Noor vêem-se obrigados a questionar o valor da amizade e a encarar, de uma vez por todas, os fantasmas do passado…

 

Sinopse: Toda a Minha Raiva é um romance inspirador sobre o poder da superação e perdão perante o amor, seja ele vivido de que forma for, entre dois jovens paquistaneses que se conheceram numa terra distante de onde nasceram e que acabaram por criar laços que perante várias tempestades ficam presos na balança sobre a força da confiança. Tudo ao mesmo tempo que o leitor vai conhecendo o diário que uma mulher, mãe e tia de coração de ambos os jovens, foi escrevendo em vida sobre o seu passado e presente até ao dia em que sucumbiu e deixou muito por fazer na vida de ambos.

Salahudin e Noor são as duas almas que procuram encontrar o caminho certo para sobreviverem perante uma sociedade que os recrimina e onde várias situações parecem servir de entrave para que vislumbrem um futuro melhor. Estes dois jovens vivem de dor, memórias e o sonho de conquista quando são confrontados com o poder da perda que muito consegue transformar e levar cada um por caminhos não desejados e onde ambos pretendem não ser descobertos. Se existe em Salahudin a vontade de lutar pela reestruturação do motel que tem sustentado a família às custas da sua mãe falecida com um pai alcoólico que não lhe dá qualquer apoio e com diversas contas por pagar, também existe Noor que vive com o seu tio e único familiar que pretende que a jovem siga os seus passos no comércio local sem poder ambicionar os estudos que a poderão levar por caminhos promissores. Juntos pretendem conquistar a estabilidade e paz no futuro e em desespero praticam vários erros que os podem levar a um afastamento, isolamento e recriminação que ambos não tencionam ter. 

O Nome Que a Cidade Esqueceu | João Tordo

Companhia das Letras

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Título: O Nome Que a Cidade Esqueceu

Autor: João Tordo

Editora: Companhia das Letras

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Novembro de 2023

Páginas: 376

ISBN: 978-989-784-927-5

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: Nova Iorque, 1991.

Ao aterrar na América, Natasha, refugiada de um país da ex-União Soviética, está longe de imaginar que o seu exílio se transformará numa aventura labiríntica pela grande cidade e pela alma humana. O caminho desta rapariga cheia de medos e sonhos cruza-se com o de George B., homem marcado por um passado misterioso, que vive em total isolamento em plena cidade, barricado num apartamento apinhado de objectos inúteis.

George oferece a Natasha um emprego bizarro: ler-lhe em voz alta a lista telefónica de Nova Iorque. Enquanto a rapariga aprende a suportar as saudades da sua família e do seu país, esboçando uma nova vida na metrópole vibrante e crua, George, por seu lado, procura obsessivamente um nome entre os milhões de nomes que a cidade esqueceu; um nome que poderá salvá-lo, ou ser a sua danação.

Tomando como inspiração uma história verdadeira publicada no New York Times, João Tordo constrói um romance enigmático, impulsionado pelo acaso e pela memória. O resultado é uma narrativa que disseca a solidão, grande doença dos nossos tempos, confrontando as suas personagens e os leitores com o passado com que todos tentamos reconciliar-nos. O nome que a cidade esqueceu marca o regresso de um dos escritores mais estimados do público a um lugar que lhe é familiar, numa história plena de imaginação, arrojo, candura e compaixão.

 

Opinião: Natasha chega sozinha a Nova Iorque como refugiada da União Soviética e sem nada nem ninguém a quem se amparar, tem de arregaçar as mangas para sobreviver perante as exigências que a sua nova condição lhe exigem. Esta nova vida leva-a a conhecer George, um homem entre tantos, que vive sozinho, isolado dentro de quatro paredes, e que recorre a jovens mulheres que precisam de dinheiro para lhe lerem a extensa lista telefónica em busca de nomes que lhe são familiares e que estão envoltos em segredos. Assim se juntam duas pessoas que vivem perante a solidão numa sociedade em movimento e que levam o leitor a percorrer caminhos que vão para lá da ligação que os une de início. Através de Natasha e George encontramos muito Mundo por vezes sem sairmos de casa pelo recurso da memória, encontramos um pouco de cada um de nós nos momentos em que por vezes só necessitamos de respirar com calma para se seguir em frente por caminhos translúcidos marcados pelas dores de percurso.

João Tordo coloca em O Nome Que a Cidade Esqueceu a sua escrita emotiva e poética onde o poder da descrição das personagens muito bem retratadas e desenvolvidas levam o leitor a sentar-se e a percorrer caminhos ao seu lado para se perceber como cada um irá conseguir dar a volta para seguir em frente perante os presságios que os acompanham do início ao fim.

Os Crimes do Verão de 1985 | Miguel D'Alte

Suma de Letras

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Título: Os Crimes do Verão de 1985

Autor: Miguel D'Alte

Editora: Suma de Letras

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Outubro de 2023

Páginas: 384

ISBN: 978-989-787-069-9

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: Uma ilha fustigada por uma tempestade durante a noite. Três desaparecidos. Um culpado. Onde estão os corpos?

Verão. 27 de agosto de 1985. Numa noite de tempestade, duas crianças e a sua cuidadora, Beatriz - uma adolescente de dezasseis anos -, desaparecem da casa de férias dos Mariz, uma família abastada de Lisboa, ligada à banca, na pequena Ilha do Poço Negro.

Quando os pais regressam depois de jantar, encontram a casa vazia e sinais de luta e sangue. Em pânico, e com a ajuda de Ademar Lear - um jovem jornalista que passava na rua a caminho de casa -, contactam as autoridades. A ilha está isolada devido à tempestade, as buscas decorrem toda à noite, sem sucesso. De manhã, após a tempestade passar, uma dupla de inspetores da Polícia Judiciária chega à ilha para investigar. A população acorda em choque e acolhe as forças da autoridade com desconfiança; jornalistas invadem a ilha: o caso torna-se mediático.

Dias depois, o violento namorado de Beatriz é preso. Todas as provas apontam para ele, mas são circunstanciais. É então que confessa os crimes e é condenado.

Até que, em 2012, um documentarista estrangeiro chega à ilha com novas provas sobre o caso e entra em contato com Ademar Leal - jornalista caído em desgraça, atormentado pela investigação que o tornou famoso -, entretanto regressado à ilha.

O que se passou no Verão de 1985?

 

Opinião: Numa noite de Verão em 1985, uma jovem e duas crianças que estavam ao seu encargo desaparecem de forma misteriosa na pequena Ilha do Poço Negro. A família abastada Matiz passava os seus períodos de férias fora de Lisboa e partia para descanso neste paraíso nacional, recorrendo quando era necessário a Beatriz Lessa para tomar conta dos seus filhos sempre que se tinham de ausentar por algumas horas da sua casa de férias para eventos com a população local. No entanto numa noite de tempestade, quando o casal regressa a casa nem sinal da babysitter e dos seus filhos.

A partir daqui o leitor é convidado a conhecer os dias que antecederam estes desaparecimentos, o pós perante a investigação decorrida e o período de 2012, onde o conhecido jornalista Ademar Leal, que acompanhou o caso na altura, é convidado a recuperar este tema por um documentarista internacional, também ele misterioso, e juntos pretendem descobrir, com a ajuda do responsável da GNR, o chefe Pratas, o que na altura dos acontecimentos parece ter ficado mal esclarecido e resolvido pela investigação a cargo de José Gonçalves.

Da Janela Vejo o Sandokan, de Rosária Casquinha da Silva

Intelectual Editora

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Título: Da Janela Vejo o Sandokan

Autor: Rosária Casquinha da Silva

Editora: Intelectual Editora

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Dezembro de 2016

Páginas: 128

ISBN: 978-989-35283-5-8

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: «Da janela vejo o Sandokan» resume-se a 52 short stories cheias de vida e de curiosidade pelo que rodeia a autora. Ela, que adora "observar da sua janela" as pessoas, a natureza, o milagre da vida, cria estórias e cenários para lá do que observa; diverte-se enquanto absorve a vida real e a possibilidade do imaginário; entrega-se às pequenas coisas que passam despercebidas ao olhar de quem corre, sem saber muito bem para onde; perde-se em pensamentos e observa-se intensamente; contempla a revelação daquilo que é e aspira a ser.

Ela vê o Sandokan da sua janela, e você?

 

Opinião: Da Janela Vejo o Sandokan e tudo o que nos é permitido perceber através do olhar ou pelo poder da imaginação e dos sentimentos. E foi assim que Rosária Casquinha da Silva nos brindou com este seu compêndio de contos onde abre o seu coração perante uma escrita poética mexendo nas suas próprias memórias e histórias e em momentos que vão sendo desfiados perante si e que acabam por ficar de alguma forma como recordação para mais tarde lembrar.

Sabes aqueles pequenos diários que algumas pessoas vão mantendo ao longo da vida e que raramente são partilhados com os outros? Aqui senti que a Rosária deixou que nós, leitores, descobríssemos um pouco do que vai apontando sobre o que lhe tem acontecido ao longo da vida e também perante o que vai sentindo sobre cada situação, mostrando as suas ideias originais sobre os temas que se atravessam na sua caminhada sem perder a sua sensibilidade e ao mesmo tempo colocando uma boa pitada de critica social e sabedoria nos seus pensamentos agora revelados. 

O Meu Nome é Lucy Barton | Elizabeth Strout

Alfaguara

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Título: O Meu Nome é Lucy Barton

Título Original: My Name Is Lucy Barton

Autor: Elizabeth Strout

Editora: Alfaguara

Edição: 2ª Edição

Lançamento: Setembro de 2016

Páginas: 176

ISBN: 978-989-665-117-6

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: Lucy Barton está numa cama de hospital, a recuperar lentamente de uma cirurgia que deveria ter sido simples. As visitas do marido e das filhas são escassas e pouco aproveitadas por Lucy. A branca monotonia dos dias de hospital é quebrada pela inesperada visita da mãe, que fica cinco dias sentada à sua cabeceira. Mãe e filha já não se falavam há anos, tantos quantos os que Lucy passou sem visitar a casa onde cresceu e os que a mãe passou sem a visitar em Nova Iorque, nem sequer para conhecer as netas.

Reunidas, as duas trocam novidades e cochichos sobre os vizinhos da infância de Lucy, mas, por baixo da superfície plácida da conversa de circunstância, pulsam a tensão e a carência que enformaram todos os aspectos da vida de Lucy: a infância de pobreza e privação no Illinois, a fuga para Nova Iorque (a única dos três filhos que o fez) e a desintegração silenciosa do casamento, apesar da presença luminosa das filhas. Com um passado que ainda a atormenta e o presente em risco iminente de implosão, Lucy Barton tem de focar para ver mais longe e para voltar a pôr-se de pé.

Mais ainda do que uma história de mãe e filha, este é um romance sobre as distâncias por vezes insuperáveis entre pessoas que deveriam estar muito próximas, sobre o peso dos não-ditos no seio das relações mais íntimas e sobre a solidão que todos sentimos alguma vez na vida. A entrelaçar esta poderosa narrativa está a voz da própria Lucy: tão observadora, sábia e profundamente humana como a da escritora que lhe dá forma.

 

Opinião: Lucy Barton é uma sonhadora escritora que se encontra presa numa cama hospitalar onde poucas visitas recebe do marido e das filhas, no entanto existe uma pessoa de quem tem estado afastada que a vai acompanhar neste percurso solitário e de luta. A mãe de Lucy regressa após vários anos de afastamento e as horas que começam a partilhar no quarto do centro hospitalar traduz-se num duro embate de sentimentos de situações mal resolvidas onde as memórias de ambas acabam por ainda no tempo presente magoar. 

O Meu Nome é Lucy Barton traduz-se num romance onde o debate entre a comunhão entre mães e filhas acontece e se na maioria dos casos essa união significa paz, amor e cumplicidade, neste caso e também como retrato de várias famílias, por aqui existe a mágoa, os temas tabu do passado e agora a vontade de ambas em recuperarem o tempo perdido mas sempre com muito receio por não existir confiança mútua. 

Crime no Expresso de Natal | Alexandra Benedict

Guerra e Paz

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Título: Crime no Expresso de Natal

Título Original: Murder on the Christmas Express

Autor: Alexandra Benedict

Editora: Guerra e Paz

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Maio de 2023

Páginas: 264

ISBN: 978-989-702-960-8

Classificação: 2 em 5

 

Sinopse: Na véspera de Natal, o comboio noturno para as Terras Altas da Escócia descarrila, juntamente com os planos festivos dos seus passageiros. O comboio está preso na neve no meio do nada e há um assassino em série à solta entre as carruagens. Quem dorme no comboio nocturno pode nunca mais acordar.

Conseguirá Roz Parker, uma antiga inspectora da Polícia Metropolitana de Londres, encontrar o assassino antes que ele ataque de novo?

Todos a bordo para um… Crime no Expresso de Natal.

 

Opinião: Oh! Oh! Oh! É Natal e existe um crime no comboio noturno que tem como destino as Terras Altas da Escócia. Tudo parecia correr como planeado na vida de Roz Parker, uma recente reformada da Polícia Metropolitana de Londres. A sua filha está prestes a ser mãe, o Natal aproxima-se e a inspetora está de malas feitas para partir para a sua reunião familiar. Primeiramente o adiamento da partida do comboio devido às más condições climatéricas logo a começar a causar algum transtorno na agenda de Roz, seria esse um mal maior se depois na viagem não tivesse acontecido um descarrilamento de uma carruagem e um crime que foi o ponto de arranque para outros que se seguiram. Ou seja, a ex-inspetora Roz ficou com uma investigação em curso porque dentro do comboio que já seguia atrasado algumas pessoas apareceram mortas e um culpado estava entre os passageiros, tudo isto ao mesmo tempo que a sua filha se torna mãe e lhe dá o poder familiar de ser avó pela primeira vez. 

Crime no Expresso de Natal é aquele comboio a alta velocidade entre a ternura e o crime onde várias personagens com pouco em comum se unem num entre carruagens com destino aos seus dias natalícios em família e de um momento para o outro são surpreendidos por crimes que levam a investigações e um rol bem forte de cenas inesperadas que os fazem passar a noite de Natal juntos mas com bastantes receios porque não podem confiar nos desconhecidos que os acompanham. 

Que Pouca Vergonha | Guilherme Fonseca

Manuscrito Editora

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Título: Que Pouca Vergonha

Autor: Guilherme Fonseca

Editora: Manuscrito Editora

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Novembro de 2023

Páginas: 184

ISBN: 978-989-9078-98-9

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: Guilherme Fonseca não tem um pingo de vergonha. Ora repare: nem sempre se lava dos joelhos para baixo por preguiça, trata os gatos por «filhos», tem pavor a quem dobra sacos em triângulos e nojo de banhos de imersão.

Mas não comece já a apontar-lhe o dedo, que o leitor também é um sem-vergonha: é bem provável que circule na faixa do meio, seja viciado em true crime ou publique 34 stories seguidas quando a sua amiga faz anos. Porquê? Não bastava uma?

Há filósofos, pensadores e comentadores preparados para responder às grandes questões da Humanidade. Guilherme Fonseca prefere as pequenas e insignificantes:

- COMO É QUE O PUTIN FAZ COCÓ?

- PORQUE É QUE OS DENTISTAS INSISTEM EM FALAR CONNOSCO QUANDO ESTAMOS DE BOCA ABERTA?

- QUANDO É QUE PARAMOS COM OS TRIGGER WARNINGS?

- PORQUE É QUE NÃO SABEMOS FAZER «BICHAS»?

Depois do sucesso de Deve Ser, Deve, dedicado à estupidez dos chalupas negacionistas, o humorista vira a atenção para a sua própria estupidez. E para a do leitor. E para a de toda a Humanidade, no fundo. Uma pouca-vergonha, é o que é.

 

Opinião: Que Pouca Vergonha vem a ser esta? Guilherme Fonseca revela neste seu compêndio do humor que o próprio não tem um pingo de vergonha quando faz ou deixa por fazer determinadas coisas. O autor deste manual bem disposto do reconhecimento humano revela vários factos sobre a sua pessoa onde a higiene e os hábitos alimentares estão em destaque em parceria com o facto de ser um anti social no que toca a atender chamadas telefónicas e como eu o entendo.

Numa segunda fase desta obra aplaudida pela sua esposa, Rita da Nova, Guilherme Fonseca fala dos leitores, ou melhor, dos indivíduos indisciplinados que circulam na faixa do meio da auto estrada e que não sabem fazer bichas em Portugal, sendo por outro lado viciados em true crime nas plataformas de streaming e na partilha de várias stories para felicitarem alguém do seu aniversário ou quando não publicam um post sobre um falecimento de alguém famoso. 

Guilherme Fonseca fala sobre os seus podres e o que lhe causa comichão nos outros e depois existe todo um "nós" sobre as questões sociais que estão na atualidade e que acabam por inquietar todos e mais alguns, até os mais conservadores e com zero pingo de humor a correr pelo seu lindo e esbelto corpo de Verão.

Olá, Linda | Ann Napolitano

TopSeller

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Título: Olá, Linda

Título Original: Hello Beautiful

Autor: Ann Napolitano

Editora: TopSeller

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Outubro de 2023

Páginas: 464

ISBN: 978-989-787-7160-3

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: William Waters cresceu numa casa silenciada pela tragédia, na qual os seus pais mal conseguiam olhar para ele, muito menos amá-lo; mas quando conhece a vivaz e ambiciosa Julia Padavano, é como se o seu mundo se iluminasse. E com Julia vem a sua família, pois ela e as três irmãs são inseparáveis: Sylvie, a sonhadora, é feliz com o nariz enfiado nos livros; Cecelia é um espírito livre, apaixonado pelas artes; Emeline cuida pacientemente de todos eles. Com os Padavanos, William experimenta um novo sentimento: ter um lar, pois cada momento naquela casa é repleto de caos amoroso.

É então que a escuridão do passado de William vem à tona, colocando em risco não apenas os planos cuidadosamente pensados por Julia para o futuro de ambos, mas também a inexorável devoção das irmãs umas pelas outras. O resultado é uma desavença familiar catastrófica que muda irremediavelmente as suas vidas.

Será a inabalável lealdade que outrora os ligava forte o suficiente para voltar a reuni-los quando é mais importante?

 

Opinião: A história de quatro irmãs bastante unidas é acompanhada pelo leitor a partir do momento em que William entra nas suas vidas. William cresceu numa família disfuncional, tornando-se num adulto solitário e quando conhece Julia que entra no mundo das irmãs Padavano e o seu rumo é alterado. A paixão entre os dois acontece desde cedo e William encontra uma família bem distinta da sua, entregando-se e percebendo que estas quatro irmãs se complementam bastante pelas suas diferenças mas acima de tudo pelo amor que nutrem umas pelas outras. 

A Porta Trancada | Freida McFadden

Alma dos Livros

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Título: A Porta Trancada

Título Original: The Loched Door

Autor: Freida McFadden

Editora: Alma dos Livros

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Outubro de 2023

Páginas: 272

ISBN: 978-989-570-175-9

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: Há sempre uma boa razão para uma porta estar fechada...

Nora tinha onze anos. Não fazia a mínima ideia de que, enquanto fazia os trabalhos de casa no quarto, o seu pai passava o tempo a matar mulheres na cave... Até ao dia em que a polícia lhes bateu à porta.

Décadas depois, o pai está a cumprir pena de prisão num estabelecimento de segurança máxima e Nora é uma cirurgiã de sucesso com uma existência tranquila e solitária. Ninguém sabe que o pai é um conhecido assassino em série e Nora deseja que assim continue.

Um dia, uma das pacientes de Nora é assassinada da mesma maneira única e cruel usada pelo pai para matar as suas vítimas.

Alguém conhece o passado de Nora e quer imputar-lhe a culpa deste crime. No entanto, Nora não é uma assassina como o pai. A polícia não a pode acusar. A não ser que procurem na sua cave…

 

Opinião: "Eu sou a Nora Nierling, uma cirurgiã reconhecida, e vou contar a minha vida atual com o recurso a lembranças de um passado cujo rumo foi alterado quando o meu pai foi preso há vinte e seis anos por ser um assassino em série que praticava os crimes na cave da nossa própria casa e que me levou a adotar o nome Nora Davis para não ser reconhecida como a filha de um assassino." Este podia ser o mote para o início de A Porta Trancada, porque de facto é mesmo isto que resume o início deste excelente thriller de Freida McFadden.  

Nora tem uma vida solitária e sem família, uma vez que nunca visitou o pai na prisão, a mãe se terá suicidado por ser cúmplice dos vários crimes e por também sempre ter optado por não deixar que os outros se aproximassem de si. Com uma certa estabilidade a nível profissional, de um dia para o outro Nora começa a ser confrontada pelo surgimento de algumas das suas pacientes mortas com sinais de violência como os que o seu pai praticava nas suas vítimas. Nora é a principal suspeita do detetive Barber perante estes novos crimes e é a partir daqui que o leitor é convidado a desconfiar de quem está por detrás deste mistério porque os poucos que rodeiam a cirurgiã podem esconder segredos para incriminarem uma pessoa que somente quis distância do peso do seu passado.

 

Enquanto o Fim Não Vem | Mafalda Santos

Suma de Letras

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Título: Enquanto o Fim Não Vem

Autor: Mafalda Santos

Editora: Suma de Letras

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Outubro de 2023

Páginas: 256

ISBN: 978-989-787-174-0

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: O inspetor Lobo quer descobrir quem matou Laura. Afonso quer que o deixem escrever o que ele gosta. Gabriela quer que o inspetor Lobo faça o seu trabalho e quer que Afonso escreva o que lhe pedem.

Mas Laura continua morta, os pais dela pressionam as forças policiais, e é preciso apanhar o culpado. Ou será mais que um? Que forças estranhas os rodeiam sem que deem por nada?

Quando Afonso perde a namorada, Júlia, num horrível acidente, vê no luto a oportunidade que precisa para parar de escrever, sem ninguém contestar.

Se o leitor acha que já percebeu este livro, podemos afirmar, com toda a certeza, que não. Porque quando pensa que descobriu o que se passou, Mafalda Santos abre outra cortina com outra realidade, desafiando-nos. Mas quando o fim, finalmente, chegar, pode ter a certeza de que não passará despercebido.

 

Opinião: Se dúvidas existirem sobre o futuro promissor de Mafalda Santos acredito que quem pegar em Enquanto o Fim Não Vem fique convencido que este é um nome que se irá falar bastante pelos próximos tempos. Estreei-me com a obra da Mafalda com este romance e se disser que o li em menos de vinte e quatro horas podes mesmo acreditar porque a vontade de devorar cada capítulo foi sendo mais que muita talvez pela forma original como esta narrativa é contada, tudo graças a uma excelente capacidade criativa que foi implementada neste livro que me conquistou do início ao fim sem qualquer hesitação.