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O Informador

O cartaz do Bloco

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Ai! Ai! Ai! Estamos todos a sofrer horrores com o cartaz que o Bloco de Esquerda resolveu lançar a favor da lei da adoção por casais homossexuais.

A igreja comenta, os políticos criticam e a sociedade divide-se! Os católicos reprimem e os descrentes nem ligam. Na verdade este cartaz conseguiu o pretendido, colocar o país a comentar a discriminação que ainda existe e que irá continuar a existir pelos próximos tempos no que toca à adoção por parte de duas pessoas do mesmo sexo de crianças que muitos dos que criticam devem preferir ver crescer em instituições onde tantas vezes não existe amor e educação. Duas pessoas do mesmo sexo que querem construir uma família capaz de dar um lar a quem teve o azar de não o ter não serão mais capazes que tantos casais heterossexuais que lançam filhos para o mundo sem conseguirem desempenhar o verdadeiro papel de «pai» e «mãe» e depois essas mesmas pessoas conseguem apontar o dedo quando uma criança tem dois pais ou duas mães tão mais competentes que os supostos casais normais acolhidos pela igreja. 

Família

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A imagem do dia é esta! O Parlamento aprovou esta manhã a adoção de crianças por casais homossexuais, isto após já terem chumbado com a maioria de direita os mesmos diplomas em tempos. Com a crise política do momento todos podem ganhar alguma coisa, pelo menos, as famílias que até aqui não eram consideradas como tal. 

Esta matou tudo...

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António Simões, cidadão português e banqueiro prestigiado assume agora a liderança de um dos maiores bancos do mundo, o HSBC. Até aí tudo bem! O que não percebi nesta mensagem notíciosa do Observador que a Vodafone me enviou foi o facto de referirem que além de banqueiro, António Simões é gay assumido! Não havia necessidade!

O que isso tem mesmo de relevante para o caso da sua escolha para ser o presidente do banco? Ok, ainda existe muito a pedalar neste tipo de temas, para mais com a imprensa a fazer cabeçalhos homofóbicos e completamente desnecessários!

Enfim Cláudio!

Estava a ver o programa Esquadrão do Amor, do canal Q, e eis que percebo que o Cláudio Ramos por vezes perde a noção da realidade onde circula e da pessoa que é. 

Em conversa com Ana Markl, Carlão e a convidada da semana Rita Mendes, Cláudio Ramos começou a falar das bichas que passeiam de mãos dadas com as melhores amigas pelo Chiado, imitando e criticando tiques que se fazem acompanhar de gritinhos histéricos. O que logo me surgiu sobre o que estava a ver foi o facto do Cláudio não ter noção do que é e dos seus próprios comportamentos sociais. Será que quer mesmo passar a imagem de que não é o que todos sabem? Ou que é mas que nada tem haver com todos os outros, vivendo e comportando-se de forma tão exemplar que ninguém lhe quererá seguir as pisadas?!

Uma pessoa que há anos se exibia para quem quisesse ver todas as manhãs de boxers pelas redes sociais, que sempre frequentou e se deu com todo o tipo de pessoas, tem o estereótipo que tem e mesmo assim consegue criticar os que agem como o próprio é estranho não?

Flores preconceituosas

Uma florista em Washington recusou vender flores para um casamento gay, isto depois de anos a fornecer ao mesmo casal todos os arranjos que estes encomendavam. Vender esporadicamente sim, agora apoiar um casamento entre duas pessoas do mesmo sexo é que não!

Barronelle Stutzman recusou vender flores para o casamento de um casal gay por considerar que o enlace ia contra as suas convicções religiosas. Agora está com um processo em tribunal por preconceito, arriscando perder o seu negócio.

Há uns meses um caso do género só que numa pizzaria também levou a um processo crime por os proprietários do restaurante recusarem fornecer pizzas para um casamento entre duas pessoas do mesmo sexo por motivos religiosos, tendo o espaço encerrado portas por obrigação judicial pouco tempo depois.

A senhora agora arrisca o que conquistou durante anos e poderá colocar as flores recusadas ao casal num bom sítio que tão bem deve conhecer, no seu jardim, claro está! Já agora, será que quem não seguir as crenças religiosas da dita senhora mas for heterossexual tem tido um bom atendimento ou também é tratado de forma imprópria ou com recusas por não seguir o supostamente idilico?

Coadoção homossexual

Finalmente Portugal deu mais um passo em frente a favor da adoção de crianças por parte de casais homossexuais. Com a aprovação da coadoção é a partir de agora possível aos casais do mesmo sexo terem uma criança ao ser encargo e finalmente se percebeu que ser pai não é quem tem as dores e faz um filho. Ser pai é quem educa e passa por todos os conflitos para fazer de um pequeno ser um bom adulto que estará ao seu lado para os bons e maus momentos!

Com a mudança social e agora com a alteração da lei, o nosso país vai poder ter crianças que têm estado em instituições e em famílias que não as aceitam a serem criadas com pessoas que as amam, independentemente de viverem com uma pessoa de outro sexo ou não! Finalmente é mudada a lei que defende o amor e não o preconceito e se começa, devagar, a perceber que os sentimentos existem para serem partilhados com todos e não com quem estava socialmente estabelecido há uns anos. O mundo mudou e agora amam-se pessoas e não os diferentes de nós! Agora o amor de dois seres do mesmo sexo pode ser partilhado a três, com uma criança que não é sua de sangue mas que receberá o amor que existe para dar.

Fase às notícias de maus tratos por parte de progenitores biológicos que são pais porque sim e que não sabem dar valor a esse estado, este é sem dúvida um passo que vai ajudar a termos um país bem melhor daqui a uns tempos. Várias crianças vão poder, a partir de agora, ter um lar onde duas pessoas as amam e não é por se terem dois pais ou duas mães que tudo mudará. O amor que lhes será dado é o mesmo ou ainda maior do que o que é transmitido por um casal tradicional.

O que poderá ser mais complicado com esta mudança de lei será a visão dos outros, os comentários que as crianças adotadas vão ter que ouvir quando começarem a perceber que a sua família não é igual à da maioria dos seus amigos. Mas aí existe a explicação de quem cria e o que os outros dizem só mostra o quanta falta de respeito as pessoas têm para com os outros que só querem deitar abaixo. Quando se criticarem casais homossexuais que criam uma criança com tudo o que lhe têm para dar devia-se pensar se na casa desses bons críticos os mais pequenos sentem carinho e bem-estar... Talvez essas mesmas crianças que vivem com os seus pais de sangue fossem mais felizes fora dessa família que não dá valor ao que tem!

Portugal deu mais um passo a favor das crianças e dos sentimentos dos adultos! Agora só falta mesmo a adoção em pleno por parte dos casais homossexuais!