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O Informador

Insensível, eu? Nãooooooo!

Serei assim tão insensível para não conseguir ter pena ou ficar perplexo com as histórias de vida que os novos colegas de trabalho contam logo nas primeiras conversas que vão tendo?

Podem-me acusar de ser frio e trapel a sete, mas conforme os anos passam menos consigo encontrar verdades nas pessoas que vou conhecendo por obrigação laboral durante uns meses. Como o passado já revelou mentiras atrás de mentiras de vidas que muitas vezes nem existiam na proximidade da realidade, nos dias que correm estou sempre com um pé atrás com o que vão desfiando com os primeiros impactos sem quase lhes ser perguntado nada. 

Sim amigos, eu não quero que me contem a vossa vida porque não vos irei pagar contas, alterar o passado ou melhorar o que poderá ter sido o vosso sofrimento. Ouço, vou proferindo aquelas palavras de bom ouvinte como o «sim», «pois», «isso é chato» e a narrativa prossegue talvez para me conseguirem emocionar ao estilo dos entrevistadores dos programas de conversa que levam os seus convidados ao choro. 

Protecção literária

Aquelas pessoas que afirmam que ler é desperdiçar tempo não sabem mesmo do que falam e devem adorar viver no seu mundo onde não existem reflexões, comentários e debates. Ao ler reflete-se sobre os diversos temas que vão aparecendo ao longo das histórias e isso é tão melhor que andar por aí em busca da imperfeição da vida alheia.

Ando a ler O Pintassilgo, tal como já tinha revelado, e ao longo da leitura das duas primeiras partes desta obra, que me está a conquistar, dei por mim a pensar em como uma pessoa viúva ou separada sem saber onde o seu antigo parceiro foi parar lida com o pensamento da própria morte quando existem filhos menores ao seu cuidado.

Tenho amigos e conhecidos que foram criados simplesmente com um dos progenitores e ao longo das primeiras cem páginas da obra de Donna Tartt fui pensando em como seria a vida de x ou y se o seu principal e único cuidador faltasse quando ainda existissem vários anos pela frente enquanto criança? O que um pai/mãe pensa ao longo dos anos em que é o único sustento das suas crias sobre a possibilidade, porque existe sempre a hipótese de acontecerem fatalidades, de uma perda? Onde ficam as crianças nessa altura, com quem, quando por vezes não existem avós com condições para os aceitarem ou familiares próximos capazes de se chegarem à frente? Situações complicadas que por vezes atiram jovens para instituições porque a vida não lhes foi meiga com a perda, por variados motivos, de quem mais os queria ver bem.

Vidas alteradas

A vida está sempre sujeita a entrar na roleta gigante da mudança! Os ricos e poderosos de sempre conseguem passar com uma facilidade tão grande para o outro lado que deixam os que já lá estão e que aos poucos esperam ganhar novas vidas estáveis surpreendidos!

Há dias, em conversa aqui por casa, perguntava eu por uns primos de primos que fiquei a saber tinham deixado as empresas construídas, os estabelecimentos abertos e a casa onde viviam desde casados porque as dívidas começaram a surgir, os gastos, muitas vezes supérfluos, elevaram-se perante os lucros e o abandono da vida que parecia risonha desde o início desapareceu.

Nos tempos que correm voltaram a ser empregados, quem sabe de alguém a quem deram emprego por outras alturas, vivem numa pequena casa de renda, longe da família, talvez por vergonha ou para que não tenham as suas novas vidas expostas aos mais próximos dia após dia.

Atual leitura... Se Isto É Um Homem

Primo Levi é dos autores mais vendidos mundialmente pelos seus testemunhos pessoais e narrativas criadas sobre passados sangrentos vividos em torno de Auschwitz. Há mais de um ano que comprei Se Isto É Um Homem pela Feira do Livro de Lisboa mas sempre fui adiando a sua leitura por achar que estava perante um livro com poucas páginas mas algo maçador, porque eu e os temas históricos não andamos de mãos dadas. Agora, porque ando numa onda de tentar ler os livros mais finos que tenho aqui por casa para despachar números ao mesmo tempo que coloco em dia a prateleira das esperas, resolvi optar por pegar neste retrato do Holocausto contado na primeira pessoa pelo autor que já partiu mas que deixou obra entre nós. Pelos próximos dias terei então como companheiro literário Se Isto É Um Homem, a primeira obra de Primo Levi que leio! 

«É mentira!», pois claro!

Mário SoaresA capa da revista Lux desta semana é daquelas que de ser tão boa e óbvia até dá vontade de comprar a publicação! Alguma imprensa noticiou há dias que a família de Mário Soares andava incomodada com a proximidade entre o antigo Presidente da República e a sua enfermeira. Agora a revista, talvez por querer mostrar que o senhor está muito bem com a sua Maria aos noventa anos, entrevistou Soares onde este fez o que qualquer pessoa faria... Negar um caso extra conjugal!

Então senhores jornalistas, o que se passou para fazerem a questão que tinha uma resposta tão óbvia? Não estou a dizer que o senhor esteja a mentir e nem tenho nada haver com isso, no entanto fazer um destaque de capa com uma expressão esperada como resposta a uma questão que qualquer pessoa nega é um daqueles casos que mostra como está presentemente a imprensa nacional.

Uns inventam notícias, outros especulam e a Lux faz entrevistas com respostas tão previsíveis que até dá dó!

Casa dos Segredos [Lunáticos]

Depois de três edições de Secret Story - Casa dos Segredos, com a polémica sempre em modo crescente, avisei na estreia da atual temporada que as coisas iriam ser bem mais apimentadas que no ano passado e, por consequência, que nos outros anos. E é isso que está a acontecer!

Ainda poucas semanas passaram desde a estreia e o role de emoções, polémicas e atritos já está ao rubro com mil e uma coisas a acontecerem. Estes concorrentes foram escolhidos melhor que nunca para darem espetáculo e criarem discussão por todos os lados! Eles discutem, envolvem-se, atacam-se, agridem-se psicologicamente (por enquanto) e devido às suas complicadas personalidades são os concorrentes mais fortes que nunca e que parecem terem sido trilhados para darem o verdadeiro show no programa dos segredos que tenta mostrar a vida real.

Casais e ex-casais, trios amorosos com tendências para quartetos, ondulações a dois e a três, ondulações rotativas de noite para noite... O que dá tudo isto? Fortes corridas de palavras que giram e atacam quem aparece pela frente e já nem os objetos da casa e os adereços pessoais escapam aos furacões que nela habitam! Uns dizem que sim, outros dizem que não, uns calam-se, os outros falam demais, existem os que fazem e os que ficam a assistir, os que assumem e os que se escondem... Ufa, que estes polémicos concorrentes fazem tudo e mais alguma coisa porque lhes apetece e não medem as consequências da sua exposição perante as câmaras!

Pessoas capazes de tudo e que ao viverem em comunidade têm levado o programa a um nível superior às edições anteriores porque quando se quer polémica é com estas novas estrelas que apareceram há tão pouco tempo, através de um casting bem realizado, e que já tanto dão que falar. Aguardo novas movimentações porque as coisas se já andam a pegar fogo e ainda estamos no início, quando se chegar ao fim não deverá existir casa que resista a tanto grito, abanão e confusão. Quero mais porque isto não é uma casa com segredos e com jovens, é mais uma casa com lunáticos que se esquecem que todos os estão a ver e que vão ter de enfrentar a verdadeira realidade cá de fora!

Internet, venda, roupa e Marta Melro

O mundo da internet é cada vez mais promissor para a compra e venda de tudo e mais alguma coisa e os famosos da nossa praça também não deixam escapar esta onda e fazem negócio. Apetece-me falar da venda de artigos em segunda mão que tanto anda na moda...

Marta Melro, a atriz que já entrou em várias novelas, principalmente da TVI, revelou esta semana à revista Vidas que encerrou a sua loja online de roupa em segunda mão, mas que «O balanço é muito positivo. Já tive duas lojas, na primeira vendi 300 peças, nesta última, já vendi mais de mil em apenas um ano. Já consegui escoar grande parte das coisas que tinha».

Primeiro quero realçar o facto de que só mesmo quem ganha bem poder ter assim tantas peças de roupa, porque uma pessoa comum não tem mais de mil peças para poder vender e ainda ficar com o que vestir, nem metade, quanto mais... É certo que a Marta é mulher, mas acho que é um exagero ter tanta roupa e não a usar! Também compreendo que muitas das suas peças lhe tenham sido oferecidas, mas mesmo assim é um exagero!

Como percebeu que o que tinha era abusivo lá começou a fazer a sua venda e a lucrar com a mesma. Deve ter feito um bom dinheiro e agora diz que esta venda em segunda mão ajudou-a a perceber que não pode comprar tanta roupa como até aqui fazia porque depois não lhe dá uso.

A venda de peças em segunda mão pelo mundo da internet está na moda e as figuras públicas já perceberam isso e dão asas para poderem assim ganhar uns trocos a mais para reforçarem o seu orçamento, o que acho bem! Já que não precisam, pelo menos vendem por um preço mais baixo do que a peça lhes custou e fazem alguém ficar feliz pela compra!

É uma boa lógica, mas será que fica bem dizer-se publicamente que se têm assim tantas peças de roupa para vender e que a maioria quase nem foram usadas? Criticaram e gozaram tanto com a mala que a Pepa queria e estas coisas dos famosos são levadas como se fosse algo normal de acontecer!

Eu vejo com normalidade isto acontecer porque até defendi o desejo da Pepa na altura, por exemplo, e compreendo que os famosos tenham mais peças de roupa que as pessoas que trabalham no supermercado, mas tinha que comentar esta venda em segunda mão das peças de Marta Melro por achar que outras pessoas o deveriam também fazer para seu próprio bem e pelos outros, já que não precisam de ter tanta coisa em casa como devem ter.