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O Informador

Um casting e um sonho

Retro microphone on stageA maioria é capaz de não saber, mas quem me acompanha há mais tempo deverá ter a ideia de que andei a tirar um workshop de representação e que depois deixei o sonho pelo mundo dos atores de lado. Tinha uma ambição, tive aprendizagem para o fazer, alguns dos colegas de curso estão a trabalhar na área neste momento e eu optei por nem tentar. A razão? Tinha o emprego que ainda tenho hoje e achei que as coisas não seria compatíveis caso fosse seleccionado para algum projeto, não querendo correr o risco de deixar um trabalho fixo por algo temporário e que depois de uns meses me deixaria no desemprego. Hoje, ao ver audições como esta que o Teatro Politeama está a lançar, penso que talvez fosse uma oportunidade para tentar a sorte e realizar um desejo antigo e pelo qual não lutei!

Filipe La Féria prepara-se para lançar em Julho o seu novo projeto e para isso anda a formar o elenco que subirá ao palco do Teatro Politeama. Além dos atores consagrados novos rostos poderão estar presentes em Portugal à Gargalhada e eu poderia tentar marcar presença nesta audição onde atores, cantores, bailarinos, acrobatas, políticos e aspirantes a comentadores são procurados. Será que conseguiria enfrentar o temível comentário do produtor que revela diretamente se a pessoa tem ou não talento para a representação?

Seria um bom teste para perceber se deixei um sonho onde podia ser feliz pelo caminho, no entanto não me parece que a minha presença no dia 5 pelo Politeama esteja garantida!

Público indisciplinado

Ir a um espetáculo, sessão de cinema ou peça de teatro é sempre um bom momento, no entanto contra factos não existem argumentos e o povo português não pode assistir a nada com piada e falado na mesma língua mãe que tudo descamba.

Ir ao cinema assistir a uma comédia portuguesa que contém piada, música popular e mulheres é uma verdadeira anedota porque quem está na sala não se consegue conter com os comentários e ao longo da passagem da película tudo se diz e comenta. Será que quem vê um filme mais comercial português não vê cinema internacional? É que os comportamentos são diferentes, mesmo que os filmes sejam do mesmo género. Por que razão os portugueses têm que se comportar da pior forma numa sala que passa um produto nacional com piada?

O público é indisciplinado e é por isso que a nossa cultura e modo de olhar para o que é feito por nós não evoluí. Parece que tudo o que é nacional é motivo de gozo e mau comportamento.

Pessoas, numa sala de cinema não gosto de ouvir comentários sobre tudo e mais alguma coisa só porque os atores estão a falar no mesmo dialecto que nós. Pode ser?

40 horas da Função Pública

Percebo todos os protestos que os funcionários públicos têm feito contra a alteração da lei que os irá fazer trabalharem 40 horas por semana porque se tivesse na mesma situação também não gostaria de ser obrigado a aceitar tal medida. Mas por outro lado, concordo com a decisão dos nossos governantes porque se quem trabalha no privado tem que as fazer, porque os outros não? Ora bolas!

A economia vai mal, e embora existam sinais de melhoramento, não se podem atirar os festejos ao ar e esta decisão já andava a ser tomada há algum tempo só que os adiamentos foram acontecendo porque os públicos são muitos e têm sempre feito pressão para não trabalharem mais que as 35 horas a que estão habituados.

Antes era um privilégio trabalhar para o Estado, mas nos dias que correm tudo é igual e as outroras regalias já não existem, estando tudo mais unânime. Podem-me atirar pedras e basucas porque eu não estou do lado dos funcionários públicos, muito menos daqueles que tratam os cidadãos que lhes pagam o ordenado como ralé quando se está perante um balcão de atendimento e parece que tudo está a ser feito como um frete!

Eu, que trabalho num sistema privado, tenho que trabalhar 40 horas por semana para trazer o meu ordenado completo para casa. Os públicos agora também o terão que fazer porque não são nem mais nem menos que eu! Temos pena!