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O Informador

Morte animal em direto na RTP

A RTP continua a transmitir touradas em pleno século XXI!

Serviço público de qualidade onde? De público é que aquele canal não tem nada, só se for o dinheiro que todos nós pagamos na fatura da luz para serem transmitidos espetáculos de morte animal em direto!

Aplausos para todas as direcções, incluindo a atual onde a comédia impera e as cunhas reinam, para a má organização e programação que apresentam ao espetador!

Tenho cá uma pena!

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Os dados audiométricos revelam que o público rejeita cada vez mais a transmissão de touradas em canal aberto. A última palhaçada do género que a RTP transmitiu foi vista por 350 mil espetadores, longe dos milhões de outros tempos, quando muitos veneravam este estilo de espetáculo de morte do animal na arena. 

Com estes valores espera-se que a mais recente administração do canal público abra os olhos e não gaste milhares com o que não vale a pena e nem deve ter apoios!

Degredo tauromáquico

Na tarde de Sábado e pelo café da aldeia em pleno Alentejo assiste-se à repetição da tourada que foi transmitida no serão de Sexta-feira pela RTP1. Não gosto mas enquanto estava de jornal na mão e telemóvel ligado pelas redes sociais, lá fui ouvindo o que estava a passar no pequeno ecrã e os comentadores que enchiam a sala sobre o que se iria passar a seguir...

O touro ia contra o cavalo que caia contra as tronqueiras e o cavaleiro saltava em segurança para onde o touro geralmente não chega. Eis que o momento que todos aqueles telespectadores alentejanos esperavam acontece, com direito a repetição atrás de repetição. O cavalo de Gilberto Filipe, o cavaleiro desconhecido para a minha pessoa, torce por completo o pescoço contra as tábuas, enquanto o touro lhe dá voltas e voltas até há chegada do pessoal entendedor no assunto que fizeram com que a besta soltasse o animal indefeso.

Confesso que talvez esteja mais sensível e naquele momento em que aquelas cenas foram vistas só me apetecia chorar com pena de um animal, o cavalo, que tal como o touro, não tem culpa da estupidez dos humanos que os obrigam a entrar num espectáculo cada vez mais fora de época e desnecessário culturalmente.

Se tenho pena dos homens que se magoam numa corrida de touros? Nenhuma! Colocam-se na posição que querem e de livre vontade, não lhes sendo apontadas farpas e ferros para que cumpram obrigatoriamente as suas funções. Aleijem-se com vontade meus senhores que não me faz qualquer diferença porque são livres de fazerem o que querem, não arrastem é os animais que não têm culpa alguma das ideias absurdas dos humanos convosco.

Touradas cruéis

Na sala os meus pais insistem em continuar a ver touradas e mais touradas como se aquele espetáculo degradante tivesse bons momentos para aplaudir.

Enfim, nem sempre os gostos familiares são passados de geração em geração. Embora em criança tenha adorado o mundo tauromáquico, hoje abomino completamente e continuo sem perceber quem defende esta prática matadora de animais indefesos num completo show da vida sanguinária ao vivo. 

Vejam as farpas a serem espetadas num touro e imaginem que é em vós, público que venera uma arte histórica tão miserável, que tal crueldade é imposta!

Touradas

As touradas e as suas festas, que compreendo cada vez menos, ainda continuam a ser transmitidas e a fazerem notícias como se fossem um bom espetáculo! Enfim!

Valerá mesmo a pena andarem a sacrificar animais publicamente, numa espécie de brincadeira para o povo ver e depois essas mesmas pessoas serem defensoras dos direitos dos animais? Aplaudem as regras que são colocadas em prática para salvaguardarem cães e gatos dos maus tratos que tantos donos praticam, no entanto depois sentam-se pelas praças nacionais a baterem palmas com gritos imundos a moralizarem os terroristas do mundo animal que se vangloriam por espetarem afiadas facas a criaturas que correm durante uns bons minutos em auto defesa inglória para com o ser humano.

Em criança adorava o ritual das touradas e tudo o que envolvia a festa tauromáquica, com o crescimento e as mudanças de pensamento fui percebendo que as ideias que sempre me foram dando acerca daquele sacrifício animal estavam todas erradas. Assistir ao início do leito de morte de um touro num ato de cobardia do homem perante os seus semelhantes mostra um estado lastimável da cultural do país.

Matar animais em praça pública e com aplausos pelo meio não é um estado cultural de que o povo se tenha que orgulhar por ser uma tradição a manter. Eliminar a vida de um touro é matar um animal, é ferir um ser e festejar tal cena macabra perante centenas ou milhares de pessoas!

Uma tourada, no sentido figurado da palavra, é uma verdadeira correria onde se persegue alguém que furta algo. Será que os pobres animais que levam os maltratos pela arena fizeram algum mal às pessoas com quem se acabam de encontrar na triste festa?!

Existem vários papéis trocadas nesta espécie de arte aplaudida por muitos e criticada por poucos!