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O Informador

Obra de Paulo Coelho em série

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Considerado como um dos melhores escritores do Mundo, com os seus livros publicados em todos os cantos do planeta, Paulo Coelho verá daqui a uns tempos três das suas obras serem transformadas em série.

Assinado o contrato entre o autor e a produtora The Fremantle Corporation, a responsável pela série American Gods, o novo projeto com as histórias criadas pelo autor brasileiro será um thriller policial que envolverá as personagens de Brida, O Demónio e a Senhorita Prym e A Bruxa de Portobello numa conjugação que já se encontra a ser desenvolvida.

Ao que tudo indica através das poucas notícias já tornadas públicas, a série centrar-se-á num jovem padre que inicia um caminho sobre o auto conhecimento e redenção após ser expulso de uma família complicada e envolvida no mundo do crime. Com um passado familiar marcado este jovem terá um futuro pela frente onde o mal de outrora não fica esquecido por ninguém. 

Bom lembrar que não será só Paulo Coelho a ter as suas narrativas transformadas em série, já que a mesma produtora tem em mãos a adaptação de A Amiga Genial, de Elena Ferrante, para o canal HBO. 

Leituras de Abril

Abril, águas mil! Por aqui foi mais Abril, leituras triplas! Não rimei, pois não? Mas também não era para rimar, a intenção era só mesmo fazer uma introdução assim meio engraçada sobre as minhas leituras do mês de Abril. Foram três os livros que li no passado mês, como tem vindo a ser hábito nos últimos meses. Vamos lá atirar-nos de cabeça às minhas leituras...

O Olho de HertzogO Olho de Hertzog

Vencedor do Prémio Leya 2009, este livro da autoria de João Paulo Borges Coelho foi comprado por um preço irrisório numa feira do livro de um supermercado bem conhecido. Com uma escrita óptima e bem explicita sobre o rescaldo da Grande Guerra, mas que a mim não me convenceu, isto porque para além de não gostar do tema central, não consegui perceber a história, não tendo encaixado logo de início com as suas personagens principais O Olho de Hertzog é um livro ideal para os fãs da história que envolve esta guerra. Um livro que mereceu uma boa distinção por parte da crítica, mas que a mim não me conquistou pelo que é contado e não pela forma como o é.

AcraManuscrito encontrado em Accra

Paulo Coelho voltou a fazer sucesso comigo! Pela segunda vez adquiri um livro do autor brasileiro assim do nada e sem intenção, não conseguindo perceber se existe uma espécie de chamamento ou não para isto me acontecer, o que é verdade é que vou com a intenção de comprar uma coisa e depois pego nos livros do autor e trago-os comigo deixando a minha intenção para trás. Ao longo de pouco mais de 150 páginas, Paulo Coelho reflecte sobre a vida, a sua existência e a morte, mostrando todos os lados das várias fases pessoais pelas quais todos passamos e necessitamos de sentir. Os valores do ser humano, a razão da sua existência e da luta diária pelo bem são contados neste manuscrito que passa pelos momentos de solidão, julgamento, ansiedade, inimizade, beleza, coragem… ao longo deste último desabafo de Paulo Coelho através das palavras.

Preces AtendidasPreces Atendidas

Danielle Steel é a minha autora de romances preferida e mais uma vez deixei-me levar através destas Preces Atendidas. Com uma história básica e onde o final ficou previsível logo desde o início da leitura, a forma como Danielle conduziu as suas personagens foi-me agarrando a este livro porque, e mesmo pensando que o final seria o que foi, existiram vários momentos em que pensei que aquelas pessoas iam desistir dos seus novos projetos e vidas para se deixarem ficar com o que tinham, mesmo vivendo situações de solidão e baixa auto-estima. Felizmente e graças quem sabe, às minhas preces, tudo terminou como eu desejei. Um bom livro para se ter como companhia nos momentos em que apetece ler, mas não apetece pensar!

Batalha

«Essas pessoas poderão dizer com orgulho: «Nunca perdi uma batalha.» Mas jamais poderão dizer: «Ganhei uma batalha.»»

Paulo Coelho, em Manuscrito Encontrado em Accra

Cada vez acredito mais que me encontro na linha do «Nunca perdi uma batalha». Os meus objetivos de vida foram acontecendo ao longo dos últimos anos, e embora nunca tenha feito grandes elaborações do que queria no dia de amanhã, sempre tive uma noção do caminho a seguir e as coisas foram acontecendo mais ou menos dentro dos parâmetros que idealizei. Não chamo à minha vida uma conquista de batalhas, já que fui vivendo o meu dia-a-dia com normalidade e sem pensar que me teria que desafiar a mim próprio para conseguir algo mais. Será que devia ter pensado que ir contra alguém e lutar por algo seria o ideal? Não acho, acredito sim que a vida nos faz ver o que verdadeiramente merecemos, conquistando-nos com o decorrer do tempo, fazendo o mesmo perante os outros em relação à nossa pessoa. 

A vida tem-me surpreendido com mil e uma coisas e por vezes acredito que nunca me vi envolvido numa verdadeira batalha onde pudesse sair vitorioso ou com a perda do meu lado. Gostaria imenso de poder dizer que «ganhei uma batalha», mas isso não me ocorre acontecer, pelo menos que me lembre neste momento. Fui batalhando aos poucos, mas não tenho um acontecimento em si que me tivesse dado uma grande luta perante a vida e os outros.

Quando falo em batalhas, falo de verdadeiras guerras entre o sim e o não, o bem e o mal. Não me desafiei a mim próprio, tendo sido levado pela vida e pelos outros a ser quem sou hoje e a ter o que tenho. Estarei errado por não ter procurado batalhas? Não sei, mas não me sinto nem melhor nem pior por isso!

Não gosto de pensar que poderia ter isto e estar assim ou de outra maneira se tivesse seguido outros caminhos, porque as suposições não nos levam a lado nenhum. Se não quis optar por uma coisa foi porque achei que não o devia fazer na altura, logo não quis seguir essas batalhas de vida, seguindo outros caminhos, deixando-me levar pelo presente e futuro que agora também já fazem parte do passado.

Manuscrito encontrado em Accra

AcraO Manuscrito encontrado em Accra foi o segundo livro da autoria de Paulo Coelho que li e embora este não tenha uma história, mas sim várias mensagens deixadas pelo autor, é uma das minhas sugestões literárias para quem gosta de reflectir sobre os livros e os seus ensinamentos.

Tal como é citado na capa desta obra editada em Portugal pela Pergaminho, «não há arma mais forte que a palavra» e isso faz todo o sentido com a leitura deste livro. 

Ao longo de quase 150 páginas, Paulo Coelho mostra aos seus leitores como responde e reflecte sobre a vida, a sua existência e a morte, mostrando todos os lados das várias fases pessoais pelas quais todos passamos e necessitamos de sentir. Os valores do ser humano, a razão da sua existência e da luta diária pelo bem são contados neste manuscrito de Paulo Coelho que passa pelos momentos de solidão, julgamento, ansiedade, inimizade, beleza, coragem... ao longo deste seu último desabafo através das palavras.

Depois de há dois anos ter lido O Aleph, agora foi a vez de voltar a pegar na escrita deste brasileiro e ter Manuscrito encontrado em Accra como a minha leitura que poderá voltar a sê-lo sempre que me apetecer, já que cada capítulo envolve aproximadamente cinco páginas, tendo cada um uma mensagem bem específica para ser passada e não existindo um seguimento entre si, fazendo com que o possa ler espontâneamente sempre que quiser reflectir sobre algo.

Uma obra que aconselho para quem gosta de filosofar e pensar nos momentos da vida e da sociedade que nos rodeia.

O chamamento do Manuscrito Encontrado em Accra

AcraAté agora só li um livro de Paulo Coelho, O Aleph, e, embora tenha gostado, pensei que só voltaria a ler algo do autor quando fosse puxado por uma força inexplicável para o fazer. Parece-me que chegou a altura de voltar em algo novo do autor.

Inesperadamente e uma vez que não pensava mesmo ler tão cedo algo de Paulo Coelho, este Manuscrito Encontrado em Accra chamou-me de uma das estantes de uma livraria lisboeta e daí até o trazer comigo foi um ápice.

Pensava em adquirir algo mesmo diferente, tanto que até já tinha pré-encomendado pela internet o novo livro de Ken Follet, Triplo, mas não tinha ainda feito o pagamento. Agora a vontade de ler algo que me leve a pensar surgiu assim de repente e lá vou eu à aventura para descobrir o tal manuscrito que foi encontrado em Accra. Com esta leitura espero que volte a pensar em determinados assuntos que prevejo que sejam retratados no livro, quem sabe para me ajudar a encontrar pequenos pontos de mim que ainda andam escondidos no meu interior.

Nos próximos dias começarei a ler assim o Manuscrito Encontrado em Accra e depois, claro está, partilharei a minha opinião sobre o livro!

Sinopse de Manuscrito Encontrado em Accra

14 de julho de 1099. Enquanto Jerusalém se prepara para a invasão dos cruzados, um grego conhecido como «O Copta» convoca uma reunião com os jovens e velhos, homens e mulheres da cidade.

A multidão, formada por cristãos, judeus e muçulmanos, chega à praça do palácio de Herodes pronta para ouvir um discurso inflamatório sobre como se preparar para o combate, mas não é isso que o Copta tem a dizer. 

Tudo indica que a derrota é iminente, e que o mundo, tal como o conhecem, está prestes a chegar a um fim. Mas o grego apenas quer instigar as pessoas a buscarem a sabedoria existente na sua vida quotidiana, forjada a partir dos desafios e dificuldades que têm de enfrentar. 

O verdadeiro conhecimento, acredita, está nos amores vividos, nas perdas sofridas, nos momentos de crise e de glória e na convivência diária com a inevitabilidade da morte.

Na tradição de clássicos intemporais como O Profeta, de Khalil Gibran, Manuscrito encontrado em Accra, de Paulo Coelho, é um convite à reflexão sobre os nossos princípios e a nossa humanidade.

As máscaras do cinismo

«O cinismo é um mecanisco de defesa usado por aqueles que tem medo de serem feridos no amor, no trabalho, na vida.»

Paulo Coelho

O cinismo, tal como Paulo Coelho afirma é usado para tapar os desgostos com a vida no seu geral, mas mais que isso, é também usado por pessoas fracas que se querem mostrar fortes e combatentes perante tudo e todos. 

Cada vez conheço mais pessoas que usam da sua forma de argumentação cínica para esconderem o que são verdadeiramente e para não deixarem transparecer aos outros a vida que têm no seu seio familiar. Enfrentam quem se lhes opõe com teorias, por vezes absurdas e em que elas próprias não acreditam, mas como têm que mostrar que são o oposto dos outros, têm que o fazer.

O cinismo é-me transmitido por pessoas fracas de mente, mas capazes de tudo para sobreviverem e serem bem vistas em sociedade, escondendo os seus reais desejos e sentimentos para não se magoarem a elas próprias.

A mim, desde que perceba com quem estou a lidar, não me afecta se a pessoa é cínica ou não, desde que não me afecte, cada qual faz e diz o que lhe bem apetece.

Máscara de gelo esconde coração de fogo

A primeira impressão quando se olha para muitas pessoas é a de não ter bom coração, ser uma pessoa fria e tal e tal. Com o passar do tempo, por vezes, essa primeira imagem quebra-se e o que pensávamos ser uma pessoa mal humorada, revela-se um coração mole capaz de nos fazer companhia quando é necessário e ser uma boa amiga. Sei que por vezes é essa a sensação que transmito pelos primeiros contactos com os outros, mas que depois os consigo conquistar, quando quero, claro!

Uma máscara de gelo poderá ser o meu disfarce implantado para não criar um fácil acesso aos outros até mim, mas lá no fundo sei que tenho um coração em chamas, capaz de conquistar quem quero e como quero. Sei bem o que valo, embora sinta várias vezes tonturas através do meu estado de espírito que me levam a ter altos e baixos emocionais, fazendo de mim um ser impulsivo.

Ao conhecer-me percebo que embora simpático posso conseguir deixar os outros com várias reticências em relação à minha pessoa, reticências essas que também acontecem para que não pisem o risco logo nos primeiros impactos.

A diferença entre ser uma pessoa fria ou quente não existe, isto porque a mesma personalidade pode ter as duas versões no seu interior. Não existem pessoas completamente más ou completamente boas, existem pessoas que são uma mistura de ambas as coisas, são frias como gelo e quentes como fogo. Todos nós conseguimos estar no expoente máximo da perfeição e no limite para sermos uma nódoa, para isso basta sentir o que é necessário para podermos ser amados ou odiados pela restante sociedade que depois nos aplaude ou condena pelos nossos atos positivos ou negativos.

Esconder o nosso coração de fogo através de uma máscara de gelo é, para mim, a forma de não mostrar a pessoa que sou!

Atrás da máscara de gelo que as pessoas usam, bate um coração de fogo. Não se assuste com as aparências.

Paulo Coelho