Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Informador

Era uma vez um Clube de LeYtura

clube de leitura 6 meses.jpg

 

O grupo Leya criou o Clube de LeYtura onde a subscrição de livros infantis e juvenis é possível para oferecer a todas as crianças e jovens nova literatura de forma mensal para que ganhem hábitos e se tornem bons e regulares leitores. Grandes obras nacionais e internacionais têm sido enviadas para quem já aderiu a esta iniciativa com a finalidade de reforçar os hábitos literários dos mais novos e a intenção é continuar a fazer com que toda esta iniciativa cresça.

No Clube de LeYtura, que já conta com mais de mil subscritores, todos os meses são enviadas duas novas obras lançadas pelo grupo Leya e/outras editoras, destinadas à sua faixa etária (0 aos 13 anos), sendo que as caixas dos envios não contam somente com os livros, mas sim com várias surpresas ligadas aos livros, aos temas e também às épocas do ano, fazendo com que a experiência se torne ainda mais tentadora para os mais novos que aguardam receber os seus novos livros e também as ofertas que se lhes juntam. Neste momento existem dois modelos de subscrição, uma de meio ano, por 54€, onde em seis meses são enviados doze livros, e a versão alargada onde por 108€ são enviados vinte e quatro livros ao longo de todo o ano. Toda esta iniciativa conta com entregas totalmente gratuitas e com descontos bem promissores, já que ao ser subscritor o preço de mercado dos livros reduz cerca de 40%.

Todos os meses as obras são enviadas, com pré conhecimento dos subscritores que podem trocar uma das obras seleccionados por editores, escritores, ilustradores, professores e outros especialistas, que formam o coletivo de curadores do Clube de LeYtura onde os livros do grupo editorial LeYa e de outras editoras ganham destaque e chegam de forma diferente e diversificada a casa de todos para que hábitos de leitura se tornem em momentos familiares. 

Chegou o Livro Vadio

livro vadio.jpg

No próximo dia 23 de Abril, comemora-se o Dia Mundial do Livro e para assinalar a data, as lojas Note! lançam a iniciativa Livro Vadio, pretendendo promover o gosto pela leitura, ao mesmo tempo que criam a oportunidade aos leitores para partilharem as suas leituras com os outros. 

A partir de então, e numa primeira fase em Lisboa e Porto, as lojas Note! convidam os seus clientes a levarem um livro que já tenham para o colocarem na Estante do Livro Vadio onde será possível depois levarem outra publicação que esteja disponível no local, ajudando a uma rotatividade literária. Depois de lerem a escolha, podem regressar à loja Note! e voltar a trocar de livro.

Todos os livros que estiverem inseridos na iniciativa Livro Vadio irão contar com um folha própria, onde cada leitor irá partilhar as suas ideias e opiniões com os leitores que se seguirão, criando assim um género de clube literário dentro do próprio livro. 

Com a ajuda do grupo Leya e da VASP, que disponibilizam centenas de livros para ajudar no arranque do Livro Vadio, esta iniciativa pretende assim de forma a dar o exemplo a criação de uma rentabilização literária e também de momentos de partilha entre os sucessivos leitores. 

A Vendedora de Azevinho | Dilly Court

a vendedora de azevinho.jpg

Título: A Vendedora de Azevinho

Título Original: The Mistletae Seller

Autor: Dilly Court

Editora: Quinta Essência

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Novembro de 2018

Páginas: 416

ISBN: 978-989-780-038-2

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: É Véspera de Natal. O vento faz rodopiar a neve sobre as ruas de Londres. À porta de uma casa em Angel Lane, uma bebé abandonada, embrulhada numa manta, aguarda a sua sorte… 

Angel, cujo nome se deve à rua onde é encontrada, parece destinada a ter uma vida miserável. Embora seja acolhida numa casa cheia de amor, um cruel golpe do Destino atira-a novamente para as ruas da cidade, onde todos os dias luta para sobreviver. 

E agora que o Inverno se aproxima, Angel treme de frio enquanto tenta vender azevinho a quem passa, na esperança de que alguém se compadeça dela. Podia estar mais confortável, pois possui uma joia valiosa - um anel de ouro e rubi que vinha escondido na sua manta de bebé - mas prefere morrer à fome a abdicar do único laço que a prende às suas misteriosas origens…

 

Opinião: Um romance de Natal para nos fazer companhia no aconchego do lar na época mais familiar do ano. A Vendedora de Azevinho quando chegou até mim tinha mesmo um propósito, ser o livro que me faria companhia nos dias mais natalícios do ano e assim aconteceu. 

Num romance histórico com afeto, amor e força de vontade, encontramos Angel, um bebé nos capítulos iniciais, que foi abandonado na véspera de Natal pela ruas de Whitechapel. Angel foi deixada junto a uma porta, numa cesta, acompanhada de um anel e acaba por ser salva por uma mulher sem filhos mas que a acolheu e cuidou como se Angel fosse sua. Só que como um bom romance, existem sempre os percalços a surgirem no caminho e a vida desta jovem voltou a ser alterada no momento em que a fortuna da sua família quase adotiva se esvai. Angel vê-se de novo obrigada a percorrer as ruas e a lutar pela sua própria sobrevivência, vendendo no mercado até que a sorte lhe volta a bater à porta. 

São várias as reviravoltas na vida desta jovem mulher até ao derradeiro final do romance que acaba por deixar o leitor realizado ao se perceber que tudo termina como desejado, com as conquistas a serem alcançadas com o tempo, a verdade a descoberto e a realização pessoal a desbravar caminho entre pedras que se vão sobrepondo ao longo do tempo mas que ao serem limadas conseguem ficar para trás. 

O Silêncio da Cidade Branca | Eva G. Sáenz de Urturi

o silêncio da cidade branca.jpg

Título: O Silêncio da Cidade Branca

Título Original: El Silencio de La Ciudad Blanca

Autor: Eva G. Sáenz de Urturi

Editora: Lua de Papel

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Julho de 2018

Páginas: 488

ISBN: 978-989-23-4260-3

Classificação: 5 em 5

 

Sinopse: Vinte anos depois, a cidade de Vitoria volta a ser assolada por uma série de assassinatos macabros. São em tudo iguais aos crimes do passado. Mas há um pequeno senão: o suposto assassino está preso. 

Na altura a imprensa chamou-lhes Os Crimes do Dólmen. Porque foi num dólmen que encontraram as primeiras vítimas: dois recém-nascidos unidos num abraço macabro. Seguiram-se várias outras mortes, encenadas com requinte em monumentos históricos. Tinham sido crimes quase perfeitos. Mas o assassino – um arqueólogo brilhante – acabou por ser apanhado, pelo seu não menos brilhante irmão gémeo, então inspetor da polícia. Caso encerrado. Ou talvez não. Na altura Unai era adolescente. Vivia obcecado com os crimes, mas aterrorizado com a perspetiva de ser a próxima vítima. Passados vinte anos, tornou-se um profiler implacável, especializado em assassinos em série. E quando o chamam à Catedral Velha de Vitoria, um calafrio percorre-o. Nos claustros encontra dois cadáveres e a mesma arrepiante encenação: nus, abraçados, com abelhas vivas na garganta… Mas pistas, nenhumas.

Unai, dá início à caçada. E as suas investigações levam-no a mergulhar a fundo na história da cidade, nos seus antiquíssimos mitos, lendas, segredos. Thriller arrepiante, que vendeu meio milhão de exemplares em Espanha, envolve o leitor numa cidade fascinante, Vitoria, que já tinha servido de cenário e inspiração a Os Pilares da Terra, de Ken Follet.

 

Opinião: Nem sempre uma capa consegue representar o que está no seu interior, mas com O Silêncio da Cidade Branca primeiramente fui conquistado pela imagem que me remeteu para uma sinopse que conquistou. Já com esta obra em espera na mesa-de-cabeceira foram poucos os dias em que resisti e assim que a comecei a ler percebi que tudo estava perfeito nesta criação de Eva G. Sáenz de Urturi. 

Um thriller romanceado com uma história espetacular onde a conjugação entre personagens e narração existe de modo perfeito. Nada parece falhar a partir do momento em que Unai é apresentado na primeira pessoa com conhecimento de causa sobre quem é e como tudo foi acontecendo na sua vida para chegar ao presente de forma a ter pela frente uma situação que já dura há mais de vinte anos e que volta a atormentar a sociedade quando tudo parecia estar esclarecido.

Olhando para o caminho que vai percorrendo com a sua equipa de investigação ao mesmo tempo que é contado um passado que explica o final de toda a história, Unai é a personagem perfeita desta criativa narrativa que se desenvolve pela cidade de Vitoria, em Espanha. O leitor além de poder conhecer Vitoria, é conduzido ao mesmo tempo numa investigação confusa e onde o verdadeiro suspeito se encontra longe de ser descoberto pelos mais perspicazes leitores deste estilo de enredos. A autora brinca com todas as teorias relatadas em quase quinhentas páginas onde o ritmo não falha em algum momento, mostrando grande capacidade criativa onde não são encontrados erros descritivos e sem lógica, levando tudo a encaixar de forma tão perfeita e com boas explicações que no final o que senti foi mesmo que fui completamente enganado e cai como um patinho na história de um assassino em série sem escrúpulos. 

A Inglesa e o Marialva | Clara Macedo Cabral

a inglesa e o marialva capa.jpg

Título: A Infglesa e o Marialva

Autor: Clara Macedo Cabral

Editora: Casa das Letras

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Julho de 2018

Páginas: 352

ISBN: 978-989-741-953-9

Classificação: 2 em 5

 

Sinopse: Esta é a história verídica de uma inglesa apaixonada por cavalos que chegou a Portugal nos anos sessenta com o sonho de aprender a tourear. Determinada, aventureira e apoiada por famílias portuguesas importantes, Ginnie Dennistoun - que escolheria o nome artístico Virginia Montsol - não só venceu todas as barreiras como se tornou uma pequena celebridade no mundo fechado, elitista e masculino dos toiros, arrebatando o público com a sua elegância e beleza.

Na Chamusca do Ribatejo, onde passou a residir, Ginnie viveu em segredo um grande romance com o toureiro que fora seu mestre. Mas como se sentiria esta rapariga de vinte e poucos anos, alternando entre a Inglaterra dos Swinging Sixties, da emancipação da mulher, dos Beatles, da construção de uma sociedade mais igualitária, e o Portugal salazarista, pobre e marialva, onde as mulheres deviam ser obedientes e discretas e a sua relação com um homem mais velho era um escândalo?

A Inglesa e o Marialva narra a vida de uma mulher de coragem que, contra tudo e contra todos, incluindo a própria família, venceu os constrangimentos do mundo em que nascera e, nessa viagem, descobriu verdadeiramente quem era.

 

Opinião: Uma jovem inglesa apaixonada pelo mundo do toureio mudasse para Portugal para aprender a arte com os mestres ribatejanos que triunfam nas praças nacionais e dão cartas também internacionalmente. Encontramos-nos nos anos sessenta e conhecemos assim Ginnie Dennstourn, que mais tarde vem a escolher o nome artístico Virginia Montsol, a heroína de A Inglesa e o Marialva, num romance real transformado com pontos de ficção por Clara Macedo Cabral, que veio a ter acesso ao passado desta mulher através de memórias deixadas entre os mais próximos. 

Lembrando o passado de Ginnie e ao mesmo tempo fazendo uso de cartas atuais quando já se encontrava nos seus últimos anos de vida e longe de Portugal, a vida desta sonhadora que quebrou regras é colocada em destaque no meio taurino. Ao mesmo tempo que acompanhamos todo o processo de aprendizagem de Ginnie com o seu professor e eterno apaixonado Alberto, vamos visitando a história da tauromaquia dentro e fora de território nacional. Convivendo com nomes importantes do meio social na altura, como é o caso de David Ribeiro Telles e António Luís Lopes, tal como as suas respetivas famílias e amigos, Ginnie chegou e em pouco tempo entrou nas mais céleres lides pelas praças portuguesas, criando laços com quem se cruzava e acabava por conquistar. Aprendendo a punho com a ajuda de Alberto, pagando as suas contas, comprando cavalos para ensinar e poderem ser os seus companheiros de toureio, Ginnie foi aceite por uns e enfrentou muitos pelo facto de ser estrangeira e querer mudar o mundo com as suas ideias sobre a arte de cavalgar. 

Vencedor do exemplar de Ensaio sobre o Dever (Ou a Manifestação da Vontade)

ensaio sobre o dever.jpg

Rute Simões Ribeiro é a autora de Ensaio sobre o Dever (Ou a Manifestação da Vontade), a obra que foi finalista do Prémio LeYa 2015 sob o título Os Cegos e os Surdos. Este romance não venceu mas acabou por ser publicado através de edição de autor e agora pode ser adquirido por todos pelas livrarias nacionais e também nas lojas online.

Por aqui um exemplar esteve em passatempo para ser atribuído a um dos leitores do blog que tentaram a sua sorte e eis que foi a Ana Paula Casimiro a sorteada através do sistema random.org.

Ganha... Ensaio sobre o Dever (Ou a Manifestação da Vontade)

ensaio sobre o dever.jpg

Existem obras que quase conseguem vencer mas ficam-se pelo caminho e foi o que aconteceu com Ensaio sobre o Dever (Ou a Manifestação da Vontade), da autoria de Rute Simões Ribeiro. A autora concorreu com este seu primeiro romance ao Prémio LeYa 2015 sob o título Os Cegos e os Surdos mas ficou-se por um lugar no quinteto finalista. Não desistindo do sonho de ver a sua obra publicada partiu para uma edição de autor e eis que o seu romance viu a luz do dia para chegar junto dos leitores. Agora a narrativa encontra-se à venda pelas livrarias físicas e online nacionais para que ninguém se possa queixar que tem curiosidade sobre esta obra e não a pode ter.

Quem a poderá receber de forma rápida e sem gastos é um dos leitores do blog. Pois, a autora disponibilizou um exemplar para sorteio junto dos seguidores d' O Informador. Para participares neste desafio basta leres o que se segue...

Leya na 87ª Feira do Livro de Lisboa

Praça Leya.png

A 87ª edição da Feira do Livro de Lisboa começou hoje e a Leya marca a sua presença com a habitual Praça onde mais de 200 sessões de autógrafos com 110 autores, workshops, lançamentos, muita animação para miúdos e graúdos onde até um DJ marcará presença e milhares de livros com boas oportunidades de descontos marcam a sua presença como já é tradição. Para além disto, existirá também um jogo gratuito para todos os visitantes do stand que através dos smartphones poderão ganhar livros. O espaço Praça Leya será assim um misto de literatura e diversão de 1 a 18 de Junho que se espalha ao longo de 14 pavilhões onde estarão as várias chancelas do grupo. 

15 lançamentos, vários workshops, noite de Poesia e muito mais marcam a presença Leya em mais uma edição da Feira do Livro de Lisboa. Ao DJ juntam-se também noites de jazz e outros estilos no palco que mostrará que o evento é muito mais que um encontro literário. Para além disto, não esquecer o espaço do grupo é uma zona mais fresca que a restante feira, já que conta com um sistema de nebulizadores de água para que as temperaturas altas não afastem os visitantes. 

feira do livro de lisboa 2017.png

LANÇAMENTOS, WORKSHOPS E OUTRAS SESSÕES:

 

3 de junho, 19h, Workshop "As Cinco Cores da Comida Saudável", com Vânia Ribeiro (Lua de Papel)

3 de junho, 18h30, lançamento do livro “Ladrões do Tempo” (colecção Jim Del Monaco, nº 9), da autoria de Louro & Simões. O livro será apresentado por Rui Reininho. (ASA BD)

3 de junho , 14h30, encontro da Irmandade da Adaga Negra, grupo de fãs portuguesas da obra de
J,R. Ward (Casa das Letras

4 de junho, 11h30, Workshop "Crianças Saudáveis, Famílias Felizes", com Luísa Fortes da Cunha e Raquel Fortes (Lua de Papel)

4 de junho, 19h, Workshop "Os 100 Melhores Azeites de Portugal", com Edgardo Pacheco, autor do livro com o mesmo título. (Lua de Papel)

6 de junho, 21h, lançamento livro "Ele Está Sempre Contigo", de André Prim (Oficina do Livro)

8 de junho, 21h30, lançamento do livro "Os Conquistadores de Lisboa", de Domingos Amaral (Casa das Letras)

11 de junho, 19h, lançamento do livro "A Dança da Vida", de Gustavo Santos (Oficina do Livro)

14 de junho , 21h30 Noite de poesia & debate com a participação dos poetas Luis Filipe Castro Mendes, Manuel Alegre, Nuno Júdice e António Carlos Cortez, entre outros convidados. Moderação de Ana Sousa Dias.

15 de junho, 18h30, pré-lançamento do livro “Museu do Pensamento”, de Joana Bértholo (Caminho)

Todos os Dias Morrem Deuses [António Tavares]

todos os dias morrem deuses.jpg

Autor: António Tavares

Editora: D. Quixote

Lançamento: Abril de 2017

Edição: 1ª Edição

Páginas: 176

ISBN: 978-972-20-6247-3

Classificação: 2 em 5

 

Sinopse: 1953. Este é um ano rico em acontecimentos: Eisenhower é eleito Presidente dos EUA, Churchill ganha o Prémio Nobel da Literatura, os Rosenberg são acusados de espionagem e executados, Tito torna-se o timoneiro da Jugoslávia… 

E, porém, os factos que atraem o protagonista deste romance - um jovem jornalista sem dinheiro que deambula por uma Lisboa de cafés e águas-furtadas - são claramente delicados em tempo de censura, pois prendem-se com as múltiplas conspirações que rodeiam a morte e a sucessão de Estaline na União Soviética. 

Não só é preciso que escreva com pinças para fintar o regime, como a informação que lhe chega de fora é escassa e contraditória, obrigando-o a dar largas à sua imaginação…

Muitos anos depois, de regresso à aldeia onde nasceu e a que o liga a memória da mãe, sente o rasto da velhice na metáfora de uma fogueira que vai consumindo o que ainda lhe sobra desse passado e relembra as mulheres que o marcaram e os deuses que ajudou a criar na sua prosa diária.

 

Opinião: Decorre o ano de 1953 e encontramos-nos em Lisboa, na vida de um jovem jornalista responsável pela área internacional de um jornal nacional. Os acontecimentos do Mundo que marcaram a História daí em diante têm de ser relatados, nem sempre como acontecem, mas sim como convém, tendo o cuidado com o controlo da época, tal como com a criação floreada por vezes de certos temas que não chegavam com grandes bases a Portugal para serem noticiados à sociedade. Era necessário criar história dentro do que era possível fazer, nem que para isso se inventasse um pouco com o que acontecia do outro lado do planeta e que estava bem distante para se confrontar a notícia com a verdade dos factos. 

A premissa de Todos os Dias Morrem Deus é boa, no entanto não a vi com um bom desenvolvimento, tendo os factos históricos desfilados muito rapidamente e sem grande pormenorização, sendo feito algo corrido sem conseguir dar destaque à História como devia ter acontecido. O leitor fica com aquela ideia que, sim isto aconteceu, ok, talvez se fique com a noção que já se devia ter, mas não se levam os acontecimentos mais além, para as repercussões, por exemplo, que uma decisão levou junto da população. 

Atual leitura... Todos os Dias Morrem Deuses [António Tavares]

todos os dias morrem deuses.jpg

A escrita de António Tavares já não me é estranha. Em 2015 li O Coro dos Defuntos, obra vencedora do prémio Leya. Agora, ano e meio após o primeiro contacto com as criações do autor, eis que irei pegar em Todos os Dias Morrem Deuses para ver se a experiência de quatro estrelas em cinco volta a ser repetida ou ainda melhorada. 

Nesta narrativa tudo acontece a partir de 1953, ano em que vários acontecimentos importantes aconteceram em Portugal e no Mundo e onde um jovem jornalista se cruza com as conspirações da época para conseguir fugir da censura. Uns anos depois as memórias fazem-se sentir num regresso à aldeia que o viu nascer!

Um romance que espero ser inspirador sobre uma vida que enfrentou várias épocas sociais e que no final da corrida consegue fazer uma retrospetiva sobre tudo o que foi passando.