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O Informador

Big Brother, o segundo Domingo

As promessas sobre uma nova edição do Big Brother como nunca foi vista na primeira semana logo começou a descambar para mais do mesmo. Após a gala de estreia ter corrido bem, com vários concorrentes a surgirem como mais do mesmo mas mesmo assim a criarem jogo logo nos primeiros dias, o Domingo chega, Manuel Luís Goucha e Cláudio Ramos recebem a Ana Sofia Martins, a Pipoca Mais Doce, para os seus comentários com maior tempo de antena, o que considero positivo. Logo depois ficamos a saber que vamos logo começar a ter direito ao momento Curva da Vida, ao BB Play para gerar discussão em direto na gala, o Cubo com o frente-a-frente, 

António e Rita deixam a rulote mas escolhem o chato das causas, o Bruno, para os substituir pela próxima semana, o que foi muito bem atirado. Bruno já está na pequena casa extra e o público tem a função de eleger dois companheiros de jogo para lhe fazerem companhia e gostava tanto de lá ver a Ana Barbosa e a Ana Morina num trio perfeito e que iria dar boa conversa de contrastes. Depois o frente-a-frente entre Ana Barbosa e Débora a mostrar que estas concorrentes não vieram para brincar ao paz e amor ao Domingo para serem as inimigas de semana. Colocaram as cartas na mesa, disseram o que tinham a dizer uma à outra e são destas concorrentes que se querem no jogo que é o Big Brother. No BB Play passou a película As Plantas, gerando desde logo discussão entre a Ana Barbosa e os concorrentes que considerou com os seus mais próximos como plantas e os que estão a fazer "programa". O bate boca entre a causa Bruno e Ana Morina por olharem para as suas prestrações de forma distante, levando o moço uma simpática e bem linear sova da Morina. Curva da Vida com a Maria da Conceição a dar o momento pesado da noite com o sofrimento enquanto jovem da concorrente para com o que passou com os seus pais, sendo rejeitada com os irmãos pela própria família, tendo começado a namorar aos 16 anos com o marido de sempre e com quem se juntou para fugir de casa, sendo mãe e mais tarde o filho adotou um cachorro que para São foi o amor da sua vida, tendo a sua morte levado a concorrente à depressão, até que decidiu mudar e concorrer ao Big Brother para alterar a sua forma de ver a vida. Uma história de sofrimento partilhada pela concorrente que mostra a razão de determinados comportamentos mais isolados no jogo. O Lourenço, a revelação por ser transexual que emocionou os colegas de casa e o país que aceitou como se tudo estivesse já a ser aceite com toda a normalidade. Rui Pinheiro ganhou uma prova ao longo da semana e escolheu cinco colegas para disputarem consigo a prova do líder, que este ano não estará sempre disponível a todos os concorrentes. Maria da Conceição, Ana Barbosa, João, Aurora e Bruno foram os escolhidos para com Rui tentarem a sorte na prova do líder da semana. A Arena abriu-se para receber os seis concorrentes e a prova foi das mais difíceis dentro do que havia sido feito nas anteriores edições. Uma prova física com a necessidade de fazerem buraco no chão de areia para passarem por baixo de uma barra de metal, colocarem uma boia, subirem uma plataforma de rede, pegarem numa bandeira e voltarem atrás. João foi o mais rápido e venceu assim a liderança e a imunidade para as nomeações que se seguiram. 

Rafael e Aurora foram os primeiros a serem salvos da noite a meio do direto, o que me deixou surpreso por achar e ver com bons olhos se fosse o Rafael a deixar a casa no final da gala. Mais tarde Ana Barbosa e Débora foram também elas salvas, ficando Nuno como o primeiro a sair desta temporada do Big Brother, o que achei injusto por não existir tempo para que os concorrentes mais tímidos se darem a conhecer. 

Nomeações com dois nomes a serem eleitos por cada um em modo cara a cara e com dois concorrentes a nomearem no confessionário. No final da ronda Ana Soares, Bruno, Débora e Maria Conceição foram os quatro nomeados iniciais, no entanto numa rápida votação o público acabou por salvar Maria Conceição, o que aplaudo. O líder João foi chamado para nomear um outro concorrente, tendo escolhido a Ana Morina, que se juntou assim a Ana Soares, Bruno e Débora ao lote de nomeados desta semana. Que saia a calada e de expressões fechadas Ana Soares, já que numa semana não se conseguiu intromar no grupo nem se mostrar ao público.

Ao longo da noite ainda foi mostrado o botão de pânico, o botão que pode dar salvação ao concorrente só uma vez no jogo. O concorrente pode ativar este modo de salvação de Segunda a Sexta-feira junto do Big Brother e o primeiro a fazer o pedido ficará validado para essa semana, sendo que nunca sabem por antecipação se serão ou não nomeados pelos companheiros de casa.

Big Brother já estreou

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Estreou a nova edição do Big Brother Portugal, desta vez com Manuel Luís Goucha e Cláudio Ramos na sua condução, dando a esta temporada do reality show a primeira dupla masculina a apresentar um formato do género no nosso país. O suspense foi mantido sobre os apresentadores até à passada Sexta-feira, quando os nomes foram revelados, porque a partir desse dia os ensaios tinham de acontecer para a estreia ser preparada e as fugas de informação iriam acontecer. Agora, a 12 de Setembro de 2021, estreou mesmo o novo Big Brother, numa nova casa, novos concorrentes e novas histórias para serem contadas dentro e fora do que volta a ser a casa mais vigiada do país. Comento a partir daqui a noite de estreia, prometendo que o formato terá um espaço obrigatório aqui pelo blog de hoje em diante sempre que se justificar. 

«Começa agora o novo Big Brother!», foi assim que Manuel Luís Goucha arrancou com esta nova edição do reality show. Com Cláudio de fato azul e camisa folhada e Goucha de branco com flores por toda a fatiota, logo a dupla deu que falar pelas redes sociais, como seria mais que esperado, não fosse esta escolha também sido feita para criar falatório por serem dois homens, homossexuais, amigos de Cristina Ferreira e por gostarem de se vestir de forma extravagante e se apresentarem sem preconceitos em tudo o que se metem. 

Uma casa que arrisco a dizer que é a maior de sempre, construída de raiz, com os concorrentes a parecerem pequenos Sim's dentro do grande espaço. Amplitude, com uma sala e cozinha bem espaçosos, um quintal com direito a piscina e um dos maiores espaços ao ar livre e depois o regresso dos dois quartos ao jogo, o conhecido confessionário e uma casa de banho onde todos se podem ver. Tudo muito bem decorado em modo futuresto e um novo espaço, a arena, onde os confrontos irão acontecer todas as semanas perante os nomeados. 

Goucha e Cláudio no Big Brother

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A nova edição do Big Brother foi anunciada pela TVI logo no início do Verão mas o secretismo em torno do rosto que iria apresentar esta temporada do reality show de maior sucesso mundial existiu. A imprensa lançou vários nomes nas suas páginas, nas redes sociais muito se comentou sobre se seria somente um apresentador ou uma dupla, eles e elas, do canal ou novas contratações. Certo é que o segredo sobre os rostos que irão apresentar o formato aconteceu até quase ao último dia e nem mesmo a produção do programa sabia, até ontem, quem irão receber todos os Domingos para a condução das galas. A dois dias da estreia, e somente com o núcleo duro de Cristina Ferreira a saber os nomes que já estavam há algum tempo confirmados, eis que a Voz anunciou em pleno horário nobre que os anfitriões do reality show são Manuel Luís Goucha e Cláudio Ramos.

Manuel Luís Goucha vinha a ser bem comentado como o possível apresentador pela imprensa, tendo desmentido e desviado o tema, já Cláudio Ramos conseguiu esconder como um bom ator, criando bons argumentos e revelando sempre em direto que estava fora desta nova edição do Big Brother, mostrando estar sem tempo para abraçar o seu Dois às 10 e a grande aposta do entretenimento da TVI a partir de 12 de Setembro. A dois dias da grande estreia a dupla masculina foi anunciada, deixando de existir suspense para o dia de estreia sobre a questão «quem vai apresentar o Big Brother?»

Cláudio e Goucha, Goucha e Cláudio são a nova dupla da televisão portuguesa. Se vai correr bem? Disso não tenho dúvidas, o que já prevejo é o falatório que a imprensa irá fazer e ao mesmo tempo a risota que irá ser quando os apresentadores começarem com as suas habituais brincadeiras e picardias positivas em direto. Nas redes sociais uns aplaudiram a escolha e outros criticaram e já começaram a difamar, mas quem conseguia gerar consenso se nem mesmo a Teresa Guilherme, a eterna rainha dos reality shows, nunca conseguiu ser aplaudida pela maioria quando era anunciada para cada nova edição? Gosto dos dois, sempre gostei do Manuel Luís e aprendi a respeitar o Cláudio através da sua luta pelos sonhos conquistados. Agora vão estar juntos através da mão da amiga e diretora Cristina Ferreira que uniu dois dos homens da sua vida em televisão e acredito que o sucesso irá estar do lado de ambos.

 

Desaires de Cristina

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Cristina Ferreira em menos de dois anos saltou da TVI para a SIC e voltou ao canal onde se celebrizou. O público na primeira mudança aceitou e aplaudiu, já na segunda não foi bem assim e o rosto que todos gostavam de ver em qualquer horário regressou à casa mãe mas sem a força de outrora, estando agora a fazer um ano desde que voltou ao ecrã do canal que ajudou a derrubar com a sua transferência para a concorrência e com o seu Dia de Cristina voltou e até agora o que aconteceu foi somente uma subida das audiências do canal em alguns horários mas sem conseguir beliscar a liderança diária que existia há uns anos por parte da estação de Queluz. 

Cristina regressou à TVI cheia de esperança e projetos e o certo é que conseguiu subir alguns horários, no entanto ao mesmo tempo conseguiu deixar cair projetos que andavam a ser líderes, como é o caso do Somos Portugal que viu a equipa liderada por João Baião, na SIC, se tornar na preferência do público nas tardes de Domingo. Também as manhãs dos dias semanais levaram volta com a saída de Manuel Luís Goucha para as tardes com o seu Goucha que ora lidera, ora é derrubado pelo Júlia por serem formatos idênticos e sem grande entusiasmo junto do público. Nas manhãs, como dizia, entraram Maria Botelho Moniz e Cláudio Ramos, amigos fora do pequeno ecrã, mas sem a empatia como dupla necessária. No início parecia que as coisas iam correr bem mas os meses passaram e mais uma vez foi João Baião com a sua Diana a comandarem os números matinais. A química entre dois apresentadores em determinados horários é fundamental e o certo é que Cristina não percebeu que o Cláudio animado é elétrico demais para uma Maria mais séria que se esforça para acompanhar o colega mas a conjugação dos dois soa bastantes vezes a esforço e mais uma vez aqui quem está em casa não aceita tudo o que lhe é dado em televisão nos dias que correm e rejeita a dupla do Dois às 10 semana após semana. Já no final da tarde, o Cristina ComVida, que já devia ter sido colocado nas manhãs de fim-de-semana, continua a marcar pontos negativos e parece ter chegado para ficar. É sabido que existem contratos com a produtora a respeitar, mas será que vale assim tanto a pena manter um buraco nas tardes a prejudicar o acesso ao horário nobre? É que mesmo com a Cristina às 18h00 o formato que se segue tem de fazer um esforço a solo para subir os valores, o que é complicado para um horário tão exigente e onde a concorrência está bem fidelizada, levando o Jornal das 8 por arrasto e somente Festa é Festa vai conseguindo respirar dentro das apostas que Cristina fez desde que chegou ao canal, ajudando as duas novelas inéditas que se seguem a competir pela liderança, Bem Me Quer e Amar Demais. Não esqueço no meio de tanto desaire o Esta Manhã que devagar tem vindo a agarrar o público e liderado nas últimas partes em que o programa está no ar, mas neste campo não existe somente mão da diretora de entretenimento, existindo maior responsabilidade pela parte da informação do canal. Este formato está muito bem conseguido, numa união entre entretenimento e informação, existindo investimento e ideias para se fazer diferente com temas diários em destaque, dando às três primeiras horas do dia um programa com um bom andamento sem cansar na repetição das notícias e dos assuntos que vão sendo debatidos, mostrando que mesmo nos horários com menor público o fazer bem e diferente é fundamental para que a médio longo prazo os resultados sejam alcançados.  

As críticas a Fanny

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Fanny, a belle portugaise, conhecida concorrente de reality shows que se iniciou nas lides televisivas com a sua entrada na segunda edição de Secret Story - Casa dos Segredos, nunca deixou de aparecer no pequeno ecrã e na imprensa através de entradas em programas da vida real ou participações em diversos programas, foi das poucas que com o tempo foi sobrevivendo com as suas aparições públicas, sendo ao mesmo tempo um dos rostos mais acarinhados. Com a entrada em 2020 de Cristina Ferreira na TVI, Fanny Rodrigues voltou a ser chamada pela nova direção do canal para ser comentadora das edições do Big Brother. Com a saída de antena de forma temporária do reality show, Fanny foi convidada a integrar o lote de apresentadores do Somos Portugal e a partir da sua estreia no programa dos Domingos à tarde que a crítica por parte do público não deixa de acontecer.

Pessoas, a Fanny pode não ser licenciada em comunicação no entanto e até ao momento não vi uma falha da moça para levar todos os Domingos com milhares de comentários negativos. Existem atores sem formação na apresentação e vice-versa, existem autênticos profissionais sem licenciaturas na área e qual a razão do alvo ser a Fanny? É pimba? É! O seu percurso no Somos Portugal tem corrido mal? Nada! Não tem perfil para poder estar ao lado dos restantes apresentadores do programa? A Fanny encaixa no programa como ninguém, sendo este formato pimba, com cantores que costumam fazer as festas das aldeias e dos bailaricos que tanto caracterizam a rapariga. É uma antiga concorrente de reality shows e então? A Isabel Figueira também chegou ao estrelato da mesma maneira e hoje em dia é atriz e apresentadora. O João Mota entrou na mesma edição do Secret Story com a Fanny e hoje em dia é ator. E as atrizes que do nada viram apresentadoras ou o Marco Paulo que agora se acha o rei da apresentação na SIC?

Atypical | T4 | Temporada final

Netflix

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Atypical chegou à quarta temporada e o seu final foi anunciado de forma antecipada, dando a Robia Rashid, a criadora da série, a possibilidade de criar um final digno e capacitado para dar ao público o merecido, não dando um término em suspenso. Desenvolvida de início perante a premissa do autismo, Atypical desenvolveu-se ao longo das quatro temporadas de forma simples e sensível, mostrando o dia-a-dia de Sam, Keir Gilchrist, entre a família e amigos, sempre dando destaque à sua obsessão com pinguins, fazendo com que queira viajar para a Antártica. 

Perante uma história com níveis de sensibilidade e com temas que não chamam as grandes massas, Atypical é mais uma daquelas séries que atrai quem vê e quer continuar a ver e que mesmo sendo de menores orçamentos que as produções mais caras da plataforma que enchem os tops com temporadas de mais do mesmo e que vão sendo renovadas ano após ano para fazer render o que por vezes não acrescenta nada, acabou por ver pela quarta temporada um final anunciado quem sabe por debater questões delicadas da vida comum, mostrando que, tal como outras séries canceladas, nem sempre o sistema Netflix vai de encontro ao que tanto defende sobre a diversidade de argumentos, provando cada vez mais que o diferente fica para trás para servir mais do mesmo vezes sem fim e com repetições de argumento ao longo de várias temporadas.

Atypical foi sempre levada a sério pelos seus criadores, tendo conseguindo desenvolver uma boa história e capacidade de renovação, dando história a todos os personagens e valorizando em determinados episódios determinadas situações para que outros tivessem destaque na trama. Nesta última temporada as histórias circularam, os finais foram acontecendo, os desenvolvimentos tinham tudo para dar certo se existisse continuação mas tudo teve de terminar, ficando pontas soltas que enquanto imaginativo consegui dar uma sequência positiva por perceber a proximidade entre personagens e a ligação criada entre uns e outros. Esta é daquelas séries que começou, alcançou o público mas depois não se viu apoiada pelas escolhas, talvez por não existirem cenas de sexo abundante, nudismo, crimes e afins, o que tem dado os primeiros lugares entre os mais vistos a outras produções mais caras mas que começam a provar que seguem o mesmo lote básico criativo do é isto e aquilo e assim teremos sucesso e veremos a renovação acontecer. Isto não é o correto, mas o mercado audiovisual segue sempre a mesma linha perante as vendas e pouco existe a fazer para alterar a situação.

 

Lupin | T2 | Reticências a mais...

Netflix

Lupin parte 2

A série Lupin, protagonizada por Omar Sy, no papel de Assane Diop, ganhou segunda temporada após o sucesso alcançado com a primeira fornada de episódios. No entanto após o bom impacto que o início me transmitiu, desta vez fiquei um pouco reticente perante os desenvolvimentos que foram acontecendo, perdendo o interesse pelas aventuras e corridas deste ladrão de casaca moderno pelas avenidas e edifícios mais célebres de Paris. 

Nesta segunda parte da série Lupin o processo entre gato e rato continua, tal como já vinha a acontecer por ser a base da história, no entanto o enredo criado não me conseguiu cativar, sentindo que levei este conjunto de episódios de arrasto sem a motivação inicial por já não existir a novidade, sabendo de antemão que seria desde logo mais do mesmo e que o final estaria dentro do que aconteceu. 

Dando a volta à situação e lutando para ter a família do seu lado sem os prejudicar e correr o risco de os perder para sempre, Assane vê a sua identidade ser exposta, passando a ser um rosto visível na perseguição. Sem falhar e usando os seus incansáveis disfarces e capacidade de dar a volta a qualquer situação, o objetivo continua a ser o da vingança sobre Hubert Pellegrini, Hervé Pierre, por este ter elaborado um esquema para prender o pai de Assane quando o mesmo era ainda um jovem adolescente. Na corrida entre o tudo ou nada, o ritmo continua a ser bom, a ideia de que a fuga pode não acontecer existe mas, tal como disse anteriormente, o final parece sempre mais que antecipado, não tendo sentido a energia necessária de forma a ficar cativado para pegar e levar todos os episódios em maratona.

Perfeitos Desconhecidos | Força de Produção

Teatro Maria Matos

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Pensas que conheces o teu parceiro e os teus amigos de tão próximos que são mas se fores ao Teatro Maria Matos ver Perfeitos Desconhecidos percebes rapidamente que podes desconfiar que afinal o que sabes e suspeitas nem sempre vai de encontro à verdade que está no outro. 

Num jantar de amigos, em noite de eclipse lunar, a anfitriã propõe um jogo que desde logo promete celebrizar a frase musical, «vai dar merda, vai dar merda», ao longo da noite. Os telemóveis são deixados sobre a mesa, desbloqueados, com som e todas as chamadas serão atendidas em alta voz, mensagens e emails lidos, notificações mostradas e eis que tudo começa até de forma pacífica até que os segredos de uns e as omissões ou os mal entendidos de outros surgem e o que prometia ser um bom momento entre amigos acaba por terminar num círculo vicioso de decadência entre pessoas que se gostam e que percebem que afinal não se conhecem assim tão bem para se considerarem amigos. 

Com Sara Barradas e Filipe Vargas como anfitriões do jantar que conta com as personagens de Carla Maciel, Cláudia Semedo, Jorge Mourato, Martinho Silva e Samuel Alves, Perfeitos Desconhecidos é daqueles espetáculos onde dá para rir, por vezes por se perceber que talvez lá em casa seja assim mesmo que as coisas acontecem, ou até para deixar a lágrima no canto do olho quando a verdade sobre a sugestão deste jogo surge e se percebe que a mesma nem devia ter acontecido. 

Um bom espetáculo com um excelente elenco e boa capacidade para não existirem momentos mortos ao longo de quase duas horas de sessão. Com recurso a vídeo para se conseguir perceber quem está do outro lado do telemóvel, tal como o que é dito, de que forma e as imagens enviadas, estes Perfeitos Desconhecidos têm todos os condimentos necessários para agarrar desde o início o público que se deixar conduzir para a sala por procurar um bom produto de entretenimento teatral. 

Friso que o Teatro Maria Matos e a Força de Produção mantém todos os cuidados de distanciamento e higiene, sendo até esta sala lisboeta uma das melhores para o momento que travessamos, uma vez que as fileiras são distantes entre si, os lugares estão marcados com separação e quem fica atrás ou à frente fica com uma boa distância de segurança. 

 

Elite 4 | Remexeu e abusou...

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E eis que na quarta temporada Elite continua com várias personagens já conhecidas mas ganha um novo fôlego com a chegada de um novo diretor e a sua família de três filhos ao colégio, Ari, Mencía e Patrick e também do príncipe Phillipe, estando estes quatro jovens destinados a mexer com as restantes personagens que transitaram do passado. Numa temporada que parece remexer no que já foi feito para dar de novo quase a mesma história com novos rostos, a nova fornada da série espanhola foi notoriamente realizada para colocar o público a comentar. Bastantes cenas de sexo, destruição pessoal e conflitos são a base da série juvenil que continua a fazer as delícias dos tops mundiais da Netflix. 

Numa junção entre o romance e as traições com bastantes cenas de nudez e onde os crimes e os interessem ganham destaque, a quarta temporada de Elite reúne em oito episódios um núcleo de personagens que demonstram que é em torno do sexo que tudo se pode resolver para se atingirem fins. Com atores com idades um pouco acima dos 20 anos mas a darem vida a personagens de 18, como tem vindo a ser hábito nas séries do género para facilitar todo o processo legal e ao mesmo tempo mostrar corpos definidos, Elite continua a trazer consigo a ousadia inserida no luxo, em vidas que parecem perfeitas mas que ao mesmo tempo escondem grandes problemas. Nesta temporada especifica olho para o enredo criado por Carlos Montero e Dario Madrona como que a percorrer um caminho paralelo do que pode ser considerado porno, mostrando demais e criando demasiadas cenas em determinados episódios em que parece que todos seguem as mesmas leis, levando a que as cenas sexuais surjam em demasia em tão poucos minutos seguidos, o que pode não correr bem no futuro junto da ideia de que "o que é demais enjoa".

Depois e falando da história rotativa que pode acabar por cansar por prender personagens e ao mesmo tempo apresentar novos núcleos como substituição. Elite parece ser daquelas produções que ao servirem poucos episódios por temporada acaba por não cansar, no entanto ao final de quatro temporada os mais atentos conseguem perceber que determinadas personagens estão rotuladas para seguirem um caminho sempre mais do mesmo. Os que se apaixonam e são usados, os traidores, os vadios e os problemáticos, sem querer falar nos conquistadores, os que estão sempre prontos para se meterem entre casais formados, os mal feitores e os vingadores. 

Criativos TVI em falha

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Cristina chegou no ano passado ao canal de onde não devia ter saído e que ajudou a derrubar para voltar para o salvar. Praticamente um ano depois apresentou apostas, subiu determinados horários mas não conseguiu o que pretendia, assumir a liderança que foi tirada com a ajuda da própria apresentadora quando se mudou para a concorrência. Falhas foram cometidas, apostas certeiras e outras completamente ao lado, desgaste de formatos onde alteraram nomes, cenários e apresentadores mas as ideias, formas de fazer e equipa continuam a funcionar da mesma forma e um ponto que volto a destacar negativamente no canal e que parece que ninguém consegue olhar para essa área com capacidade de apontar dedos e fazer mudar.

Onde anda uma boa e forte promoção aos produtos do canal? Onde anda a equipa responsável pelo departamento criativo do universo TVI que falha há anos e nenhuma direção que tenha passado pelo canal tem conseguido arrumar a situação para que percebam que falta fazer diferente. Não sabem promover e deixam tudo para ser falado e mostrado nos intervalos sobre estreias e especiais praticamente para a véspera, como se o público só visse o canal e bastasse ver um anúncio uma única vez para saberem que um determinado programa está prestes a estrear. Onde andam as mini promos de segundos a anunciarem uma cena do episódio da novela da noite? Onde estão os apresentadores dos talk shows a falarem sobre os próximos convidados de forma apelativa e com essas micro promos a passarem nos intervalos sem realizarem anúncios gerais como se quisessem dizer vejam o programa porque vale a pena? Os rodapés não funcionam só por si, sendo necessário colocar imagens nas laterais do ecrã ao longo dos programas para chamar o telespetador para o que vem mais tarde ou nos dias seguintes. É necessário a equipa criativa funcionar em boas condições porque não basta estrear formatos que podem ter potencial se depois mal são promovidos e o canal até mostra algum desmérito por determinadas apostas que parece que querem ver fracassadas logo à partida. 

Cristina como diretora pode estar a cometer falhas e não digo que não porque algumas apostas são mais do mesmo e não trouxeram nada de novo, mas se também estão em espera que o público adivinhe que determinados convidados chamativos vão aparecer sem os fazerem anunciar também estão muito bem enganados. Neste momento é necessário arriscar, saber promover intensamente, mostrar uma imagem de equipa e não de membros que parecem divididos por escalões a remarem pela sua sobrevivência, e fazer diferente, mostrar o mesmo mas com outro embrulho e não seguir as linhas do que é feito do outro lado.