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O Informador

Ainda Bem Que a Minha Mãe Morreu | Jennette McCurdy

Lua de Papel

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Título: Ainda Bem Que a Minha Mãe Morreu

Título Original: I'm Glad My Mom Died

Autor: Jennette McCurdy

Editora: Lua de Papel

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Fevereiro de 2023

Páginas: 352

ISBN: 978-989-23-5677-8

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: Jennette McCurdy tinha seis anos quando fez a sua primeira audição. A mãe queria torná-la uma estrela e ela não a queria desiludir, por isso sujeitou-se às “restrições calóricas” e a vários makeovers caseiros, entre ralhetes do tipo: “Não vês que as tuas pestanas são invisíveis? Achas que a Dakota Fanning não pinta as dela?” Até aos 16 anos era a mãe que lhe dava banho e tinha de partilhar com ela os diários, o e-mail e todo o dinheiro que recebia.

Em Ainda Bem Que a Minha Mãe Morreu, Jennette narra tudo em detalhe – e conta o que aconteceu quando o sonho se realizou. Ao integrar o elenco de iCarly, uma série da Nickelodeon, é projetada para a fama. Enquanto a mãe anda nas nuvens, Jennette mergulha numa espiral de ansiedade e falta de amor próprio, que se manifesta em distúrbios alimentares, vícios e relações tóxicas. Os problemas agravam-se quando, depois de entrar na série Sam & Cat (juntamente com Ariana Grande), a mãe morre de cancro. Seriam precisos anos de terapia, e abandonar os palcos, para a atriz recuperar e decidir, pela primeira vez, fazer o que queria.

Este livro, pontuado de humor negro, conta na primeira pessoa esse trajeto, traduzindo-se numa história inspiradora sobre resiliência, independência… e o prazer de lavar o próprio cabelo sem ajuda.

 

Opinião: Um testemunho real relatado pela própria Jennette McCurdy sobre a forma como ascendeu ao estrelato através de um testemunho doloroso e real perante a forma como desde criança foi colocada num sítio que não desejou por sonho da sua própria progenitora que conduziu a carreira de Jennette desde bem cedo para compensar os seus sonhos e desvirtuamentos através do corpo da filha. Este é um livro poderoso contado na primeira pessoa e que deixa o leitor a pensar sobre quantas Jennettes não existem na indústria do audiovisual e nos dias que correm redes sociais...

Em Ainda Bem Que a Minha Mãe Morreu o leitor acompanha a incapacidade que uma criança tem em conseguir dizer que não quando é empurrada para trabalhos que lhe vão dar a fama, o grande estrelado. Jennette ficou famosa bem cedo sem vontade própria e se num momento inicial o faz para ver a sua mãe feliz, com o tempo esta criança percebe que não é uma criança como as outras, as que não consegue acompanhar por ter uma agenda preenchida e ter sido recomendada pela própria mãe a isolar-se e a seguir as normas impostas para vencer. Que mãe é esta que cria regimes alimentares, retira a liberdade da própria filha e faz forte pressão psicológica e física para que uma simples criança seja vista como um bem precioso no meio artístico, sem que esta mesma criança possa ser simplesmente livre? Que mãe consegue viver anos a menosprezar as vontades e ideias da sua filha para que as imposições que lhe coloca sejam levadas a sério? E que mãe consegue culpabilizar um menor por ser a grande causadora da sua doença? Como disse no início, esta senhora é uma progenitora que viu na sua filha o diamante em bruto para fazer dinheiro e esqueceu tudo o que o bom senso e ideais ditam sobre o bem estar de qualquer ser humano. 

Contínuo por aqui...

Ando meio que desaparecido por estes lados, eu sei e percebo que as vossas visitas se ressentem um pouco também por não existir diariamente algo novo para vos contar, mas acreditem que estou num momento, que já vem de alguns meses para cá, de mudança e transformação, e talvez sinta necessidade de parar, ordenar as minhas ideias, organizar a minha vida de outra forma, mas estar bem comigo e poder também entregar-me aos outros e ao que gosto. Sempre estou por aqui, mais ou menos ausente, e as redes sociais, principalmente o Instagram, continuam a ser a minha principal casa online neste momento. Quero criar, quero renascer e estar bem acima de tudo, e para isso é necessário existir espaço, algum reconhecimento e aprendizagem. 

Sabíamos Tão Pouco Sobre o Amor | Hélder Reis

Planeta de Livros

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Título: Sabíamos Tão Pouco Sobre o Amor

Autor: Hélder Reis

Editora: Planeta de Livros

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Abril de 2023

Páginas: 352

ISBN: 978-989-777-696-0

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: Com o vento a bater-lhe na cara, o olhar no horizonte, Amélia sonhava com uma nova vida, a bordo do paquete Vera Cruz. Deixava para trás o seu Amílcar, sem sequer um beijo de despedida, Verdosa, a sua terra, e o doce sabor das cerejas. Partia rumo ao Rio de Janeiro, uma terra que só conhecia dos livros. Na barriga um filho e a promessa de um futuro.

Chegada ao Brasil, com ajuda da sua querida e livre amiga Júlia, Amélia descobre que é capaz. Capaz de arranjar um emprego e de se destacar como empregada de excelência na loja de moda, capaz de encontrar uma casa para viver, capaz de dizer não à sua tia beata, que a estrangula entre rezas e regras absurdas, capaz de ter o seu filho e capaz de redescobrir o amor. 

Hélder Reis traz-nos o seu primeiro romance, ao som da música brasileira, dos sabores de Portugal e do Brasil, passando pelas épocas dos anos 60 e 70, pelas transformações políticas e sociais em Portugal, pelo glamour das festas do Copacabana Palace, para nos contar a história de Amélia. Uma mulher corajosa e destemida que, a pulso, reconstrói a sua vida, depois de lhe ter sido negado o seu primeiro amor.

 

Opinião: A história de Amélia, uma jovem que deixa a sua aldeia em Trás-os-Montes por vontade familiar conduz o leitor para uma viagem até ao Brasil. No Rio de Janeiro, uma cidade desconhecida para uma portuguesa que pouco conhecia do seu próprio país, grávida e longe do seu amado, Amélia tem de começar tudo de novo e é assim que começa Sabíamos Tão Pouco Sobre o Amor, o primeiro romance de Hélder Reis.

Enquadrada pela história das duas nações separadas pelo Atlântico e mostrando a boa vontade do povo brasileiro em ajudar a portuguesa recém chegada, este é um romance de perseverança e auto vontade para dar a volta por cima mesmo quando tudo parece perdido. Será possível esquecer um grande amor por imposição de terceiros e reencontrar forças para amar, cuidar e sair valorizado? Afinal de contas, é possível amar depois de amar demais? Tudo é possível se existir amor próprio e uma boa capacidade de valorização e conhecimento para se acreditar que o caminho será sempre para melhor. 

Medo de sair magoado

Hoje em dia vivo com o medo de me deixar magoar de novo, vivo a pensar que já dei mais passos do que devia e que as consequências podem ser complicadas para quem não se queria apaixonar tão rapidamente e acabou por ser apanhado pela surpresa dos afectos sem que procurasse o romance.

Sim, estou apaixonado, sim, vivo de medos e receios que as coisas não funcionem e que me volte a magoar por pensar demasiado talvez ou por não querer aos trinta e seis anos de idade andar a brincar aos casais como se tivesse a descobrir o amor. Sei o que quero, acredito que aprendi com os próprios erros do passado, estou a viver as coisas como se tudo fosse novidade e quero tanto, mas tanto, que o futuro esteja a ser construído com alicerces para seguirmos em frente de mãos dadas.

 

Um Muro e Uma Cerca | Elisabete Martins de Oliveira

Cultura Editora

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Título: Um Muro e Uma Cerca

Autor: Elisabete Martins de Oliveira

Editora: Cultura Editora

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Abril de 2023

Páginas: 264

ISBN: 978-989-8860-77-4

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: Pequenos gestos podem mudar o rumo de uma vida.

Elias vive sozinho numa casa demasiado grande, já sem os três filhos, que emigraram, e sem a mulher, que morreu. Quando uma família se muda para a moradia ao lado — entre as muitas que de repente chegaram à Margem Sul do Tejo, desafiando-lhe o sossego —, desenvolve antipatia e desconfiança para com os vizinhos.

Do outro lado, contudo, um rapaz negligenciado pelos pais e pela avidez da vida moderna vai-se aproximando, curioso, apesar das barreiras erguidas por Elias. Com Santiago a começar de forma turbulenta o quinto ano na escola nova, o menino procura consolo e atenção junto do vizinho.

A sintonia entre Elias e Santiago cresce, mas uma notícia perturbadora vem ameaçar-lhes a amizade e trazer ao de cima as vidas difíceis que levam, e os segredos que escondem um do outro.

 

Opinião: Elisabete Martins de Oliveira estreia-se tão bem com Um Muro e Uma Cerca, uma história onde o valor da amizade é transmitido perante a aproximação de Elias, um velho solitário, deixado pelos seus filhos e a viver muito para si, meio que isolado em Fernão Ferro, e Santiago, um jovem negligenciado pelos pais, que sofre de bullying perante os seus pares, e deixado muitas vezes entregue a si próprio. O caminho destes dois seres de gerações distintas cruza-se quando os pais de Santiago compram uma nova moradia ao lado da velha casa de Elias e a criança começa a mostrar alguma curiosidade sobre o senhor que está para lá de um muro e uma cerca, na sua pacata e solitária vida. 

Neste romance a amizade entre um idoso e uma criança é a valorização máxima do poder do cuidado e da proteção. Estas duas vidas cruzam-se no momento em que ambos precisam de apoio e proteção para seguirem em frente e o leitor é convidado a percorrer esta história contada na primeira pessoa de um modo tão emocional como real, já que é de sentimentos e simplicidade de que se fala em Um Muro e Uma Cerca.

Hoje na Wook!

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Hoje é dia de descontos loucos na Wook. É isso mesmo, este Domingo existem milhares de livros em português e inglês com descontos que vão até aos 30%, tudo na Wook e num período de 24 horas onde tens de colocar o teu carro de compras online a mexer para que esta promoção não te escape e fique adiada por mais uns dias. De certeza que alguns dos livros que tens mantido debaixo de olho estão em promoção e por isso aproveita para que dentro dos próximos dias te façam companhia ai por casa.

 

Procuro emprego

Comecei a semana passada a procura de novo emprego. Após mais de quatro anos e meio de empresa, e com quase dezoito anos de trabalho, é tempo de arregaçar as mangas e procurar um novo desafio profissional. 

Neste momento, e para os mais atentos e que me conhecem ou seguem nas redes sociais, trabalho em loja de centro comercial, só que aos trinta e seis anos de idade o cansaço de trabalhar aos fins-de-semana e fazer horários da noite, diga-se até às 22h00, começa a pesar por não existir planeamento para que consiga ter uma vida dentro dos horários e dias de pausa semanais fixos como a maioria das pessoas. Gosto do que faço sim, mas andar constantemente a mudar de horários, tanto entro às 09h00, como às 10h00, 11h30 ou 13h00 e faço sempre oito horas de trabalho como manda a lei, para perceberem a que horas saio da loja. Isto de Segunda-feira a Domingo com duas pausas rotativas que nãl calham assim tanto ao fim-de-semana como seria desejado. 

Gosto do que faço, gosto de trabalhar com o público e na área comercial, tendo também já passado pela parte administrativa de outra empresa, e neste momento necessito de algo que para além de me dar horários fixos, mesmo que me tenha de deslocar, coisa que não me importo por gostar de conduzir, me consiga dar alguma estabilidade na vida para ter rotinas fixas, conseguir planear a minha vida a médio prazo sem andar a olhar para o calendário e a pedir para ter folgas neste ou naquele Domingo, por exemplo, como se tivesse a mendigar o que devia ser meu. 

É normal o ser humano

É normal o ser humano sentir receios.

É normal o ser humano começar algo de novo com toda a força e depois começar a pensar se é mesmo esse o caminho a seguir.

É normal o ser humano colocar vários entraves na frente da corrida.

É normal o ser humano sentir que as coisas não vão funcionar.

É normal o ser humano hesitar e pensar em voltar atrás.

O Filho, no Teatro Aberto

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As fragilidades da saúde mental na adolescência são colocadas em debate através do novo espetáculo do Teatro Aberto, O Filho, de Florian Zeller.

Estreou no passado Sábado, 15 de Abril, na sala lisboeta, a peça O Filho que conta com Cleia Almeida, Paulo Oom, Paulo Pires, Pedro Rovisco, Sara Matos e Rui Pedro Silva num elenco encenado por João Lourenço e com coreografia do Cifrão.

A peça O Filho relata o confronto com que Nicolau, um adolescente de 17 anos, se debate quando os seus pais Ana e Pedro se separam e este segue para uma nova relação, com Sofia, de onde tem um outro filho. Pedro resolver recuperar o filho para a sua nova família a partir do momento em que percebe que Nicolau entra num estado depressivo, de profunda tristeza, faltando à escola e sem conseguir definir o seu caminho por não estar bem consigo próprio. Entre a dor de Nicolau e o desespero de Pedro por se sentir culpado pelas marcas físicas e psicológicas do filho existe Sofia que teme pelo bem estar do seu pequeno filho quando em convívio com o irmão, tal como de Ana que se sente impotente perante o estado de Nicolau. Este espetáculo convida assim ao debate dos problemas mentais tão presentes na nossa sociedade perante o sentido da vida de cada um de nós. 

Chega aquele momento...

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No percurso profissional existem momentos em que é necessário refletir e perceber que é necessário procurar novos pontos para seguir em frente.

Estou com trinta e seis anos de idade, com mais de dez anos numa empresa que encerrou por incêndio, um ano em outra que sai por vontade própria e agora quatro anos e meio no terceiro empregador, no entanto está a chegar o momento de dizer chega. É isso mesmo, muito ligado ao atendimento comercial com trabalho administrativo pelo meio, agora sinto que preciso de algo mais, entrar num projeto onde me sinta valorizado e que ao mesmo tempo onde consiga olhar para os meus horários e perceber que tenho uma vida normal. Tenho trabalhado aos fins-de-semana, deixando muito da minha vida pessoal de lado por isso e existem alturas em que é necessário perceber que para além de precisar de me sentir útil junto do empregador também tenho de perceber que sou valorizado e consigo ter uma vida dentro do normal, com horários definidos e onde possa ter planos a longo prazo sem ter de esperar para saber se estou de castigo a trabalhar quando a grande maioria da população está de pausa. Não me importo de trabalhar mais horas que o habitual, não me importo de fazer dias extra, não me importo de levar trabalho para casa, desde que tudo seja recompensado e me sinta ao mesmo tempo valorizado por isso.