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O Informador

Quem Matou Sara? | T2 | Netflix

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Se a primeira temporada de Quem Matou Sara? chegou, viu e convenceu de início, já a segunda fornada de episódios deixou logo no primeiro capítulo algo a desejar por se perceber que de um momento para o outro existiu a necessidade de se incluirem novas e relevantes personagens que nem haviam sido mencionadas nos primeiros dez episódios, além de que a procura de encontrarem novos mistérios foi necessária para que conseguissem prender o público para além do "quem matou" inicial.

Nesta segunda temporada da série mexicana os mistérios adensam-se e o cruzamento entre personagens, tempos e locais existe, continuando a mostrar o presente com base nas memórias do passado para justificar o que poderá ter acontecido. Mas como é que essas memórias se alteram com a chegada de novas personagens que nem circulam pelas redondezas logo de início e parecem agora ser fulcrais para o desenrolar de todo o mistério? Se na primeira temporada andaram para trás e para a frente para deixar todo o final em aberto, desta vez o que se pode dizer é que aconteceu o mesmo e no último episódio, quando quase tudo o que diz respeito à premissa inicial parece estar esclarecido, eis que a reviravolta acontece, mas não posso falar muito sobre essas cenas para não levantar spoiler a quem ainda não viu. 

Quem Matou Sara? | Netflix

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A primeira temporada de Quem Matou Sara? chegou, viu e convenceu-me do início ao fim. Vendo a série numa busca constante sobre o real assassino por detrás da morte de Sara, a série mexicana consegue prender por dando várias pistas ao longo dos episódios sobre os possíveis homicidas dentro do grupo mais próximo da jovem. 

Percorrendo os momentos antes do acidente que levou à morte e o presente com a procura da verdade uns anos depois por parte do irmão de Sara, Alex, incriminado pelo crime que não cometeu, a velha questão de sucesso do quem matou é realçada no bom cruzamento entre o passado e o presente, mostrando que a história se pode voltar a repetir mesmo quando se está prestes a perceber quem esteve por detrás do acidente fatal. Afinal de contas quem tem mais a perder se a verdade for descoberta? Que segredos esconde cada um nos tempos atuais sobre o que já passou? Quem estava próximo de quem? Quem temia a verdade? Que omissões eram necessárias para manter o secretismo? 

Exageros de Cristina Ferreira

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Cristina Ferreira anunciou que pelas 21h15 do dia 08 de Março de 2021 iria fazer um comunicado em direto na TVI logo após o Jornal das 8. A promoção do momento apelidado por Revelação arrancou nos intervalos publicitários e a especulação começou por parte do público nas redes sociais, sendo algo previsível para quem está atento às novidades que andam a ser preparadas para estrearem em breve no canal. Tudo fazia crer que este mini evento seria o arranque da divulgação de uma nova novela, de episódios mais pequenos que o habitual, e cujo nome provisório estava a ser avançado como Festa é Festa, e assim foi. E no dia 08, um pouco após a hora prevista, Cristina apareceu em direto e avançou mesmo com a divulgação desta novela que terá bastante comédia e que se baseia na preparação de uma festa de aniversário a uma centenária de uma aldeia do interior de Portugal. 

Como avança o comunicado entretanto revelado pelo canal, «Esta é a história de uma aldeia no interior de Portugal, como tantas outras, ou não, que prepara a melhor festa de aldeia de sempre, no ano em que a maior benemérita/mecenas da mesma aldeia cumpre o seu centenário. Todos querem fazer um brilharete nesse festejo, com vista à herança da idosa, não se poupando a esforços. O neto falido da idosa tem o plano de enviar a sua filha (bisneta da idosa) para a aldeia, no sentido de conquistar a sua bisavó (também de olho no dinheiro). Eis quando, uma jovem da cidade, altamente tecnológica e queque, cai contrariada naquilo que considera um fim-de-mundo, com pouco 5G e canais por cabo. Tem tudo para correr mal, não fosse a meio do processo compreender a beleza da simplicidade da vida…». O grande evento, a Festa, que irá ser preparado ao longo dos próximos meses e que irá estrear dentro de semanas será realizado a 25 de Setembro mas até lá o publico vai ver a união da realidade com a ficção todos os dias em cada novo episódio de Festa é Festa que para a diretora da TVI promete surpreender pela diferença com que tudo será feito e por ser um produto com forte vertente humorística.

Com ideia original de Cristina Ferreira e com Roberto Pereira como autor, este projeto conta com nomes bem conhecidos entre o elenco, como Ana Guiomar, Pedro Teixeira, Vítor Norte, Ana Brito e Cunha, Sílvia Rizzo, Manuel Marques, Pedro Alves, Maria do Céu Guerra, Manuel Melo, Inês Herédia, José Carlos Pereira e um lote de jovens atores, onde se inclui Francisca Cerqueira Gomes, a filha de Maria Cerqueira Gomes, cuja contratação tem dado que falar entre jovens atores com formação que se protestaram contra esta aquisição a que apelidam por cunha.

Fate, a Saga Winx | T1 | Surpreendido com as fadas

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Quem me conhece sabe que não sou grande simpatizante de séries com efeitos especiais, no entanto pelo sucesso de Fate, a Saga Winx, e por o zumzum ser forte sobre esta história, lá resolvei em período de confinamento dar a oportunidade a estas fadas e até que correu bem. 

Numa produção bem cuidada, embora alguns efeitos especiais mais complexos, como o do final da temporada, tenham deixado algo a desejar por terem sonhado demais para o que conseguiram fazer, Fate consegue deixar quem está deste lado agarrado a algumas das personagens para além da protagonista Bloom, Abigail Cowen, o que para mim é um ponto positivo, isto por perceber que numa continuação poderão outras personagens ganharem destaque consoante a influência do público, dando alguma diversidade ao que poderá surgir a partir daqui. 

Recorrendo um pouco ao início de Harry Potter e falando justamente da saga logo no primeiro episódio, em Fate também a protagonista vive parte da sua vida, até à adolescência, no mundo normal, distante do espaço ao qual pertence, o reino das fadas. Começando a história de apenas seis episódios com a entrada de Bloom na escola das fadas, Alfea, em Otherworld, e percebendo que existe algum mistério em torno dos seus pais biológicos, recorrendo-se a alguns flashback para contar o passado, a jovem chega, sabendo que já possui alguns poderes mas sem capacidade, por receio, de os usar por não os conseguir controlar. 

Com personagens bem construídas, embora sem grande apresentação por ser tudo muito corrido, senti falta de tempo para desconstruir uma Stella, Hannah van der Westhuysen, por exemplo, que é apresentada como sendo uma suposta vilã contra Bloom para no final da temporada ficar sua grande amiga. A explicação para esta mudança acontecer não é dada e fiquei com a sensação que me escapou alguma coisa por aqui que deveria ter sido melhor explicada, já que não é do nada que se muda de opinião e personalidade. Existe também Terra, uma personagem cujo pai é um dos mentores da escola, mas que ela própria surge como mais do mesmo, uma gordinha simpática e sempre prestável, que se esconde em casa, sem grande convicção dos seus poderes e a questão que coloco neste caso é mesmo, onde já vi isto? Existe também Musa, Elisha Applebaum, a minha preferida, uma personagem que parece calma e meio esquecida de início, no entanto a que mais cresce ao longo dos episódios e em bom. E finalmente Aisha, Precious Mustapha, que acaba por ser um misto entre o bem e o mal que me deixou intrigado até ao final por a ver a proteger Bloom, mas ao mesmo tempo a ter reações um pouco controversas com os seus olhares e saídas de cena inesperadas. 

As Inseparáveis | T1 | Amizade

Netflix

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Em mês de Dia dos Namorados, a Netflix lançou a série As Inseparáveis, mostrando que o amor pode ser demonstrado de diferentes formas, e nesta produção a amizade que une Kate e Tully ultrapassa tudo e todos, já que nada as detém quando estão juntas.

Baseada na obra literária de Kristin Hannah e sem recorrer ao romantismo base de muitas séries que andam por aí mas também sem dramatizar demasiado, esta autêntica celebração da amizade é focada em duas mulheres que se conhecem na adolescência e continuam juntas aos quarenta. Numa ligação que começa quando Tully se vê obrigada a mudar-se para Firefly Lane, onde tem como vizinhos a família de Kate, com quem aos poucos faz amizade. A partir dai as duas adolescentes não mais se largaram. Numa viagem ao longo de trinta anos, conhecemos o bom e o mau de ambas, do apoio para as birras pelos objetivos em comum mas com etapas a serem vividas de forma diferente mas sem qualquer distanciamento entre as duas. Dos romances e relações falhadas, as conquistas profissionais e as frustrações, a solidão e a maternidade, num desfiar de emoções que vão sendo partilhadas e comentadas dentro do que a real amizade simboliza. 

Sendo contada ao longo de dez episódios por quatro tempos distintos, muito bem percetíveis entre si, As Inseparáveis contam com Sarah Chalke no papel de Kate, a minha preferida das duas, e Katherine Heigl, de Anatomia de Grey, desta vez no papel de Tully. Se a primeira, Kate, procura estabilidade e parece ser focada e dedicada ao que a faz feliz, não dando passos rápidos, sendo vista de forma inicial como a nerd de serviço, já a segunda, Tully, é a querida amiga louca, sem muito questionar, muito derivado a um passado de altos e baixos e sem um equilíbrio familiar.

Lupin | T1 | Vingar o passado

Netflix

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Omar Sy, no papel de Assane Diop, protagoniza a série que a Netflix lançou para atacar os lugares cimeiros entre os mais vistos e automaticamente sofrer renovação para novas temporadas. Recorrendo ao velho e conhecido estilo das personagens que cometem crimes e conseguem desviar as atenções das autoridades, como a conhecida corrida do gato e do rato, Assane é um ladrão com todos os engenhos necessários para roubar e escapar ileso aos seus furtos através de disfarces e labirintos.

Inspirado na conhecida personagem Arsène Lupin, criada por Maurice Leblanc, no início do século XX, e colocando Assane Diope em França no século XXI, este imigrante senegalês luta pela verdade dos seus tempos de adolescência, quando o pai, motorista de uma família rica, foi acusado de roubar um colar com história, sendo preso e acabando por aparecer morto. Em adulto, já como pai, Assane não esquece os percalços que passou pela mentira de uma família milionária e quando percebe que o colar está a leilão no Museu do Louvre, organiza o ataque para vingar a morte do pai e sair ileso.

Com várias referências a Arsène Lupin ao longo dos episódios, já que Diop não esconde a sua admiração pela personagem, a estratégia desta sua vida dupla e de lutas segue os contornos do conhecida ladrão de casaca, num outro tempo, com novas situações e usando novos métodos através da possibilidade que os tempos presentes permitem. 

Com um protagonista carismático e bem entregue a Omar Sy, e com um ritmo acelerado ao longo da série, facilmente se percebem as razões para que os atos sejam aceites, criando um vilão que facilmente é adorado por quem está deste lado para se torcer que todos os planos dêem certo. Mais para o final da temporada é dado a conhecer um pouco melhor o lado familiar, com o fim de um casamento onde ainda existe amor mas incompreensão e um filho que se começa a afastar pela ausência de um pai que não pode explicar o seu presente e que tenta compensar com presentes ligados ao mundo de Lupin e com aparições rápidas que não causam boa impressão.

Bonding | T2 | Aulas sexuais

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A primeira temporada bem sucedida de Bonding deu à série uma nova fornada de episódios, mais longos, tal como havia comentado que deveria acontecer, e com um enredo renovado, onde Tiff e Carter vêm a sua amizade ser beliscada pelas novas vontades e desenvolvimentos que os dois pretendem para o futuro.

Não fugindo do mundo das dominatrix e levando estes novos episódios num caminho mais explicativo sobre esta área profissional do sexo, fruto das criticas que a primeira temporada foi alvo pelas profissionais da área, a segunda temporada de Bonding sofreu, de forma positiva, alterações para que o público ficasse a conhecer um pouco melhor os meandros e a forma sobre como tudo é feito, para que depois sim se possa seguir com a trama, tendo visto este lote de episódios como que a aula que devia ter sido dada antes mesmo de se enfrentar a primeira temporada com ação e sem se perceber ao certo os meandros perante todo o secretismo que envolve as dominatrix dentro da sua área de atuação. Erros foram remediados e explicados, como a retirada da coleira a Carter, já que o parceiro de Tiff não lhe tem de ser submisso, mostrando ao mesmo tempo a responsabilidade e os cuidados que estas profissionais devem possuir perante os seus desconhecidos clientes. Desta vez explicaram, todos fomos convidados a ter aulas para que o realismo exista no que está para continuar e a história não para, congela um pouco, mas acaba por não perder o seu fio base condutor. 

Aqui Tiff opta por ter aulas com uma profissional de sucesso para adquirir novas técnicas, e acaba por levar o seu amigo Carter por arrasto. Mas será que a dupla bem conseguida na primeira fase está agora disposta a seguir caminhos em comum? É que não nos podemos esquecer que Carter é um comediante e sonha com o sucesso nos palcos, querendo ser famoso e alinhar a comédia com as suas aprendizagens em caves e masmorras sexuais. Existirá espaço na amizade para caminhos diferentes entre os dois?

Please Like Me | T1 a T4 | Da surpresa ao cansaço

Netflix

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A Netflix juntou ao seu catálogo as quatro temporadas da série australiana Please Like Me, e no início deste complicado 2021 senti necessidade de ver uma produção com algum sentido de humor e arrisquei nesta oferta da plataforma. Se primeiramente fiquei convencido, quando segui para as duas últimas temporadas já não conseguia aguentar Josh, a personagem central, interpretada pelo ator, diretor e autor da série, Josh Thomas. 

Vivendo da experiência de Josh Tomas, esta série retrata as vivências de um jovem adulto gay, sem emprego, a partilhar casa com o melhor amigo heterossexual e com visitas regulares de amigos, conhecidos e engates de ambos, sem esquecer que os pais separados de Josh andam sempre por perto, por necessidades mútuas dentro de vários prismas familiares. Josh, após ver o seu relacionamento com Clairie terminar, por esta acreditar que o jovem é gay, decide perceber se existe algum fundo de razão nas ideias da agora amiga e tem a sua primeira experiência homossexual. A partir desta descoberta está aberta a discussão sobre sexo, drogas e poderia até acrescentar rock and roll. A descoberta dos relacionamentos gay, o debate sobre ciúmes, conflitos internos e aceitação familiar é feito através de uma personagem bastante incomum que chega a roçar o ridículo pelos seus atos e forma de estar, cansado mesmo pela sua forma de se expressar e mostrar sentimentos por quem lhe é próximo, mesmo que temporariamente. Se de início a excentricidade é aceite por quem vê e até se diverte, com o desenrolar da história o cansaço reflete-se porque a empatia vai desaparecendo pelos excessivos e demasiados gestos, gritos e caretas que este Josh transmite de forma constante mas que acaba por perder toda a piada por não existir uma evolução consciente e necessária, sendo muito mais do mesmo e criando um humor que acaba por perder o encanto inicial. 

Bridgerton | T1 | Aristocracia sem preconceitos

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Bridgerton é o romance de época, inspirado na obra literária de Julia Quinn com o mesmo nome, que a Netflix estreou na passagem de 2020 para 2021, e que desde logo esta aventura pela aristocracia inglesa ganhou o seu êxito junto do público mundial que levou a que poucas semanas após a estreia a mesma já tenha visto a renovação para segunda temporada ser feita. 

Bridgerton tem neste seu início a apresentação à sociedade de Daphne Bridgerton. Através da aprovação da rainha e com a finalidade de arranjar um bom casamento, Daphne é apresentada e desde logo os solteiros com idade para cansarem avançam para ganharem um lugar junto da jovem para que consigam ser os escolhidos e futuros pretendentes. Sem grande interesse nos interessados, Daphne cruza-se com o solteiro mais cobiçado das redondezas e que trás segredos consigo, o Duque de Hastings, e desde logo fica interessada. Combinações entre os dois para se protegerem mutuamente sem qualquer interesse por parte do Duque por algo mais, o certo é que a paixão fala mais alto e o casal acaba mesmo por se envolver nas preparações do casamento. Ideias dispares para seguirem após o enlace, Daphne e o Duque nutrem um sentimento em comum, porém se para a duquesa existe a vontade de ser mãe, já o Duque tem uma promessa consigo para não seguir a linhagem familiar. Uma guerrilha de cama, segredos sobre como fazer para contrariar a vontade do Duque e quezílias entre ambos a darem origem a conflitos e verdadeiros dramas, mas como quase tudo na vida se resolve, o melhor é ver a temporada até ao fim. 

Com muita intriga e fofoca, com uma parte bem interessante sobre uma escritora anónima que publica os mexericos da aristocracia e que serve ao mesmo tempo como uma narradora que todos conhece para que possa comentar, explicar e especular sobre o futuro, esta série conta com bailes de apresentações e revelações onde o romance paira e as invejas fazem-se notar entre famílias que se procuram unir através de ligações matrimoniais. Num conjunto bem completo entre conhecidos que organizam festas sexuais com finalidades particulares e interesses pessoais, onde a troca de parceiros e a homossexualidade estão em destaque entre interesses sociais e favores que ficam em dívida, nesta série existe também o destaque para a corrupção, os interesses para não se perder o poder social e a imagem que se deixa passar perante os restantes, tal como a forma como a igualdade para com a cor da pele se fazer notar, visto existirem várias personagens de origens raciais diferentes, mas todos sendo apresentados de igual forma, não criando para a sociedade da época símbolos de desigualdade, o que é de louvar. 

The Crown | T4 | Temporada no feminino

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A quarta temporada de The Crown chegou, vi e venceu pelo quarto ano seguido, arriscando mesmo a dizer que este foi o melhor lote de episódios da série que tem conquistado os seus seguidores na plataforma de streaming Netflix.

Nesta continuação da série que retrata o reinado de Isabel II, os tempos chegaram na atual temporada a outros rostos, sendo esta quarta temporada muito disputada entre três figuras femininas marcantes, a rainha, a princesa Diana e Margaret Thatcher. Numa temporada que destaca bastante o poder da mulher na sociedade e o ganho de forças num universo político marcadamente masculino, Margaret Thatcher, excelentemente interpretada por Gillian Anderson consegue puxar para si toda a atenção quando surge em cena, impõe-se como Primeira-Ministra, asfixiando e concentrando em si muito do poder, mesmo quando vozes sonantes se impõem contra o seu modo de atuar. Ao mesmo tempo Isabel II, Olivia Colman, continua em sentido a comandar todas as tropas e uma família cada vez mais desgovernada numa desorientação que não passa somente pela base e continuação. Ao mesmo tempo o príncipe Carlos, Josh O'Connor deixa passar para fora o seu romance proibido com Camila, Emerald Fennell, mas é com a jovem Diana, tão bem representada e cuidada pela atriz Emma Corrin, com quem casa e segue a sua vida com bastantes desaires no que se pretende ser um casamento feliz e representativo dentro da família real no sentido de continuação do reinado.

A história criada por Peter Morgan é conhecida de todos nós, com momentos a ganharem um maior destaque perante outros, por exemplo, achei que parte da cerimónia do casamento de Carlos com Diana seria destaque mas ficamos somente com os preparativos da festa e com a princesa a sair do seu quarto para o grande dia, ficando com um certo sentimento de que faltou ali aquele grande episódio, mas totalmente compreensível já que esta série retrata o reinado de Isabel II que será sempre o centro da ação de The Crown, embora exista um certo interesse nesta quarta temporada em valorizar os episódios dedicados a Diana.