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O Informador

Breve História de Amor

Breve História de AmorO que dizer sobre Breve História de Amor, o livro que Tiago Rebelo lançou em 2011 e que através de vários mini contos relata várias histórias de amor? Um vazio foi o que senti quando terminei esta leitura que foi prolongada e interrompida para poder entregar-me a outras obras bem mais atraentes e com histórias fortes.

Rebelo é um dos meus autores portugueses preferidos mas com este seu trabalho deixou-me algo desiludido por parecer que estas breves histórias de amor foram feitas só a pensar nas vendas que os seus livros alcançam, deixando de lado os bons romances com que tem presenteado os seus leitores.

Vidas cruzadas e desembrulhadas em poucas palavras, histórias contadas de forma rápida e sem o grande envolvimento habitual, dando a sensação de que qualquer pessoa com o mínimo de jeito para a escrita conseguiria fazer algo do género e melhor. Este livro não revela nada de novo, não consegue comunicar e ao ser tão vazio acabou por não criar qualquer laço comigo. 

Será que Tiago Rebelo quando escreveu estas histórias de amor estava a passar por uma má fase da vida? Não gosto de contos, muito menos de mini contos, mas estas escrituras do autor são tão leves que dão dó perceber que tal livro foi lançado sem qualquer sentido de revelar amores extraordinários, para mais quando as situações descritas são tão banais como beber em demasia e ficar tonto após alguns minutos.

Um livro totalmente desinteressante e que me deixou de pé atrás depois das boas surpresas que o autor me deu no passado com O Tempo dos Amores Perfeitos e Romance em Amesterdão, por exemplo.

Tragédia privada/pública

A ver vamosEduardo Cintra Torres é o comentador regular das páginas do jornal Correio da Manhã, o diário que não tem deixado de lado a morte de André Bessa, filho da jornalista Judite de Sousa. Num pequeno texto bem explícito sobre as notícias que têm vindo a público pelo jornal para o qual trabalha, não está Cintra Torres a tentar passar paninhos quentes sobre o que de mal tem sido feito pelo Correio da Manhã nos últimos dias?

Já passou mais de uma semana sobre o momento do acidente fatal e a publicação continua a encher a sua capa e várias páginas com o mesmo tema. Ora são as últimas conversas com os amigos, o local do acidente, o telemóvel com que estava no momento, o álcool com que a festa foi regada, o apoio que Judite tem tido dos amigos e familiares... Já não chegou o momento de deixarem o assunto para ser tratado por quem de direito e dever tem de o fazer? A última notícia que li, acompanhada de imagens, foi a de que até um drone - veículo aéreo comandado à distância - foi usado para mostrar o local do acidente com fotografias. Um tema que tem de sair das páginas dos jornais e revistas porque há que respeitar a dor, sendo que a família não está disposta a comentar tal facto com a comunicação social, como é normal em tais situações.

Quanto ao texto acima mencionado pela imagem, o seu autor, Eduardo Cintra Torres, mostra os dois lados da moeda de uma figura pública, fazendo-me lembrar outros casos como a situação de Sónia Brazão, o escândalo da Casa Pia com Carlos Cruz, a morte de Carlos Castro, ... Mas aqui a situação é diferente! Existiu uma morte e não está a ser pedido ao dito jornal que faça notícias sobre o caso, querendo é que o mesmo desapareça das bancas para deixar o descanso aparecer para que aos poucos se consiga voltar à vida que se deseja e que os pais nunca irão conseguir atingir como antes. Não existem pedidos de informação pública, não existe nada para contar que possa ajudar a resolver um caso de morte por acidente! Não, aqui não existem famílias a falar para os jornalistas, não existe um julgamento público, existe um pedido de esquecimento social para o bem de todos!

O A Ver Vamos de Cintra Torres bem tenta desculpar o Correio da Manhã e percebo as suas palavras, no entanto não aceito as atitudes que a direcção e redacção do jornal têm tido pelos últimos dias!

Judite e André

As palavras de uma mãe que viu a sua vida mudar em pouco tempo! Primeiro uma separação que a deixou sozinha mas sempre acompanhada pelo seu menino. Agora a perda do único filho, o André! Judite de Sousa, a jornalista e diretora de informação da TVI deixou uma carta pelo seu mural de Facebook onde revela a dor e os múltiplos sentimentos deste momento pelo qual foi obrigada a passar!

Perdi o meu filho. O meu único filho. A luz que dava sentido à minha vida. O meu santo que tantas alegrias me deu. Bom filho, bom estudante, inteligente. Com uma carreira de sucesso. Não sei como vou ultrapassar esta dor. O que sei é que uma parte de mim morreu com o meu André. Interrogo-me sobre o sentido da minha vida. As minhas escolhas, a minha vida focada no trabalho, na escrita, tendo sempre presente que o meu filho era quem mais se orgulhava do que eu fiz e construí ao longo da minha vida. Fiz tudo para que nada faltasse ao meu André, mas não consegui salvar-lhe a vida. Um fracasso e uma tragédia. Estranha vida a minha! Realizada profissionalmente, dramática pessoalmente. O último ano foi penoso. Apenas existía o meu André que me dizia muitas vezes: " Mãe, não vais ficar sózinha". E eu acreditava. Acreditava. Eram palavras ditas pelo meu filho, um jovem ponderado e sensato. 

Esta conversa vai longa. Pretendo apenas, por este meio, agradecer as muitas mensagens e emails que recebi nas últimas 48 horas. Nâo tenho palavras para expressar a minha gratidão. A todos. Do fundo do meu coração.

Não existem palavras de reconforto neste momento para um mãe que tem de ver o seu filho partir por razões inaceitáveis!

José Rodrigues dos Santos lança livro em França e esquece Portugal

Um título enorme mas foi o que me ocorreu de momento! Então o senhor José Rodrigues dos Santos, jornalista e pivô da RTP e autor de grandes obras literárias de sucesso em Portugal e pelo mundo, lançou um novo livro e optou por o publicar primeiramente em França, deixando o seu país para trás?

La Clé de Salomon (A Chave de Salomão) é o nome da obra que o romancista acabou de editar por terras francesas e que já começou a dar que falar pelo país. A questão incompreendida é qual a razão que levou o jornalista a optar desta vez por deixar o seu país, que sempre tem recebido os seus livros com agrado e colocado os mesmos entre os mais vendidos, para trás? Sei que gosta de lançar por cá as suas mais recentes obras em Outubro a pensar na época natalícia, mas isto não é de mau tom para com os seus leitores assíduos, como é o meu caso? José Rodrigues dos Santos tem feito sucesso internacional, mas foi Portugal que sempre o apoio e não vejo razões, a não ser financeiras, para este lançamento ter acontecido primeiro por lá e depois por cá!

Fiquei desiludido por perceber que isto aconteceu, mas infelizmente os negócios são assim, mesmo tendo que deixar as suas origens para trás! Sim portugueses, o senhor Santos prefere os euros franceses... Estou literalmente indignado!

La Clé de Salomon

Assim, quando uma equipa de pesquisadores do CERN está prestes a observar com sucesso o Higgs Bosson, mais conhecido como a partícula de Deus, o corpo de Frank Bellamy, chefe da CIA, é encontrado nas instalações do famoso laboratório em Genebra. Nas mãos da vítima, os investigadores encontram uma misteriosa mensagem: «A chave Tomás Noronha.»
Designado culpado, o criptologista torna-se por algumas horas o principal alvo da CIA, estando ao mesmo tempo determinado a vingar Bellamy. Para provar a sua inocência, Tomás tem apenas uma solução: para resolver o crime coloca em risco a sua vida. Assim começa uma investigação que irá tirar o fôlego com novas descobertas científicas do herói. 
«A alma existe? Será que à vida depois da a morte?»
Nesta sequela para A Fórmula de Deus, José Rodrigues dos Santos provou mais uma vez que é um dos grandes mestres do suspense. A Chave de Salomão é um romance que, além da ação, usa a ciência para entender as ligações incríveis que permanecem entre a mente, a matéria e o grande enigma da existência.

Manifestantes contra Polícia

A greve aconteceu por todo o país, mas em Lisboa, em frente ao Parlamento, as manifestações fizeram-se e em clima bem pesado.

Depois de horas com manifestantes de um lado e polícias do outro, as forças de autoridade enfrentaram a população em fúria e fizeram-os dispersar do local onde nas últimas horas arrancaram pedras da calçada, incendiaram caixotes do lixo, arrancaram sinais de trânsito e atacaram polícias e comunicação social. Ao final da tarde a polícia saiu do seu posto e enfrentou os milhares de manifestantes. A coisa não correu bem para todos, claro está!

Depois de horas a desafiarem a autoridade, os manifestantes foram atacados e com razão. O que leva as pessoas a estarem horas a fio a protestar de forma agressiva contra algo em vão? Será que por estarem a gritar palavras cruéis contra os membros do governo que estes vão mudar os seus planos de austeridade para com o país? Claro que não! Porque as pessoas acham que é com violência que têm que resolver os seus problemas? Protestem de forma calma... Já bastava a greve e a marcha contra as medidas implementadas e o estado de Portugal, não era necessário cair-se no erro de se querer fazer o mesmo que na Grécia ou na nossa vizinha Espanha.

Agora quero ver o que os manifestastes que foram agredidos pela polícia vão fazer e mostrar na comunicação social nas próximas horas. Vamos ver o desfilar dos coitadinhos que só estavam a passar na rua e que levaram pancada assim sem mais nem menos. E ainda vão queixar-se que foram agredidos porque atiraram pedras às forças de autoridade. Mas quem tem mesmo que impor o respeito nestas situações não são essas forças de autoridade? Pois é, estes aguentaram muitos provocações e falta de bom senso dos manifestantes, mas um ser humano é um ser humano e não é de ferro! Manifestar o descontentamento não é agredir o próximo!