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O Informador

Expliquem-me... as Boas Festas da Assembleia

 

Será de mim ou os responsáveis pelo gabinete de comunicação da Assembleia da República, pelos vistos grandes fãs dos filmes Star Wars, tiveram uma travadinha quando se lembraram de criar um vídeo natalício inspirado no universo da Guerra das Estrelas?

A premissa deste vídeo meio humorístico, mas sem piada alguma, de boas festas mostra o Pai Natal numa espécie de nave espacial a ser salvo do Darth Corona, unindo assim as celebrações natalícias e o estado atual do mundo com o vírus a atacar a cada esquina. Os Amigos da Assembleia ajudam assim a salvar o Pai Natal e as suas Extra Renas das garras do vírus para que se possa festejar e unir toda uma sociedade. 

E os salários?

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Existem pontos do decreto sobre a quarentena quase obrigatória que não estou a entender e que parece que metade da sociedade ainda nem se preocupou. As medidas de prevenção foram lançadas, os pedidos para se ficar em casa reforçados, estabelecimentos foram encerrados para só ficarem os necessários para o abastecimento alimentar, farmácias e serviços. E a questão que se impõe recai sobre os ordenados de quem foi enviado para casa sem perceber em que condições é que isso acontece.

O Governo mandou os patrões enviarem os funcionários para casa mas não explicou como é que os mesmos vão pagar os ordenados aos colaboradores. Todos sabemos que existe uma grande parte das empresas nacionais que vivem com a prestação de serviços diários onde o dinheiro roda de forma rápida. Serviço feito, serviço pago, dinheiro para poder pagar gastos e ordenados. As coisas funcionam em muitos casos assim. Então agora com o país parado, como é que essas empresas conseguem ter fundos para que os ordenados não faltem?

Quem fica responsável pelo financiamento rápido das empresas que vão passar dificuldades? De onde vem o dinheiro? Vamos todos para casa em que condições? Férias? Ordenados a serem pagos de forma normal sem surgir lucro? Em que ficamos num momento em que além da saúde, também nos sentimos frágeis em termos económicos sem saber que garantais o país nos fornece para acreditarmos que estar em casa além de nos proteger do coronavírus também nos fornece garantias que daqui a umas semanas o poder de compra de bens essenciais para sobrevivência não falta?

Incómodo social

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O Covid19 estava ainda na China e pensava que tudo estava longe e que em pouco tempo iriam arranjar um cura para o vírus. As fronteiras foram ultrapassadas e a Europa começou a ter os primeiros casos e Portugal continuava a ver a situação de fora. Poucos dias depois começamos a ser atingidos com os primeiros casos e comecei a sentir um certo receio. Agora, com centenas de casos positivos no território nacional e sem qualquer perspetiva de acalmar, bem pelo contrário, estou com bastante receio, sentido mesmo incómodo, por ter de andar na rua, mesmo que seja de casa para o trabalho e vice-versa. 

Trabalho de forma diária com o público, embora com horários reduzidos e com ordens para mantermos a distância possível e com os cuidados reforçados de higiene connosco e com os locais onde clientes e funcionários tocam. Tudo bem, mas neste momento não sinto segurança em ter de sair de casa diariamente para ir trabalhar num local onde poucos clientes nos visitam, o que até é bom nesta situação, mas onde basta uma só pessoa com o vírus para que o mesmo nos possa atacar. As empresas privadas, principalmente os grandes centros comerciais, local onde trabalho, têm de pensar que se vários locais públicos fecharam por precaução, também estas empresas têm de tomar decisões, falando com empresas que prestam serviços e precavendo a saúde de todos nós. 

Neste momento estar em certas lojas não adianta de nada uma vez que não prestamos serviços básicos. Supermercados, mercearias e farmácias sim, agora lojas de sapatos e roupa, perfumarias, stands de automóveis, lavandarias, livrarias... Nada disto tem de permanecer de portas abertas num momento tão complexo como o que estamos a passar neste momento em Portugal e em todo o Mundo. Os grandes empresários que decidam para o bem de todos e reforcem ou ultrapassem as ordens governamentais e façam mesmo com que o país pare, não deixando que tudo continue a meio gás porque não será assim que as coisas tendem a melhorar. 

A proibição das touradas

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Os anos passam e a questão da proibição das touradas continua a ser adiada por existirem várias faixas da sociedade, inclusivamente políticas, que são a favor da tortura em praça pública de animais. Não sou de todo defensor desta teoria de tradição que se deve manter num momento em que se defende cada vez mais o bem-estar animal, com leis que vão de encontro à sua proteção.

As últimas informações dão conta de que o atual Governo tem no seu Programa a intenção de aumentar a idade mínima para assistir a touradas. Indo de encontro às medidas defendidas pelo PAN, o executivo de António Costa quer aumentar assim a idade mínima dos 12 para os 16 anos e quando o Programa de Governo foi anunciado logo começou o debate público sobre a questão.

Sim, já que ainda estamos com anos de atraso em relação à proibição das touradas, que tantos políticos apoiam de pé pelas bancadas onde por vezes conseguem ganhar votos dos aficionados, pelo menos que se tentem educar gerações, mostrando que massacrar animais como forma de arte não está dentro dos comportamentos corretos a tomar. Uma luta inglória entre animal e humano, onde o touro é espetado para mais tarde ser abatido após ser usado como um simples objeto que é criado para sofrer por intenção dos humanos nas suas últimas horas de vida. Que tal colocarem defensores de touradas numa praça ao lado de leões para perceberem se conseguem ficar no mesmo patamar do animal que enfrentam?

Quando um animal ataca um humano de forma violenta o que lhe acontece? É de imediato abatido porque se torna perigoso. Até agora quantos toureiros e seus camaradas das arenas foram presos por matarem animais por terem a desculpa de estarem a proporcionar ao público um espetáculo com tradição?

E chega finalmente o «DUA na Carteira»

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Uns bons anos após o arranque do Simplex, eis que chega o DUA na Carteira, que é como quem diz, o Documento Único Automóvel em modo Cartão de Cidadão, passando assim a ser mais fácil guardar o novo documento com a informação do veículo. 

A novidade foi revelada pelo Ministério da Justiça e o novo cartão automóvel avançará já a partir do próximo dia 01 de Agosto para as novas matrículas. Todos os outros veículos terão de aguardar pelo próximo ano para poderem renovar o seu livrete e passar assim a ser possível guardar o novo cartão de forma mais fácil. Com isto, começara a ser também mais fácil o acesso a todo o conteúdo informativo da viatura, como marca, modelo, matrícula e outras características, simplificando qualquer pesquisa também sobre o nome e morada do seu proprietário. O DUA na Carteira agregará assim as informações do livrete e do registo de propriedade do veículo num só cartão. 

Um avanço que parece já surgir tarde através do sistema Simplex que foi amplamente divulgado há uns anos e que tem tardado a mostrar o seu total desempenho em várias frentes. Primeiro os cartões pessoais que já podiam conter outros dados, agora os cartões dos veículos...

A questão que coloco vai de encontro a tanta papelada que nos continua a ser entregue e exigida em tantos locais de serviço público para tratar de burocracias sem fim. Será que todos esses processos já não poderiam estar também simplificados para não ser necessário entregar tudo e mais alguma coisa quando supostamente está já muito informatizado? Os primeiros anos do sistema já passaram e já é mais que tempo de tudo estar a funcionar a todo o gás e sem todos os atrasos que por vezes os processos em papel exigem. 

Recebi o IRS

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Tenho um comunicado a fazer a toda a sociedade nacional. Sim, hoje tenho algo de bom para vos comunicar! Recebi o meu IRS e tenho que vos dizer que a transferência entre os cofres do Governo e a minha conta foi acima dos valores dos anos anteriores. Uma boa notícia de Abril, numa semana de chuva, em que a Páscoa espreita e o meu estômago, com a ajuda de gripes e alergias, não anda nada bom!

Calma, já existe combustível!

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E acabou a greve dos condutores dos transportes de combustível. Após dias com todos a corrermos para os postos de abastecimento, eis que Governo, sindicato e ANTRAM entram em acordo e a greve terminou, com tudo a voltar a partir de agora à normalidade. 

A greve terminou e tudo ficou combinado para que pelos próximos meses as negociações comecem com a finalidade de valorizar a atividade de motorista de materiais perigosos. A partir de agora e de modo a lutarem pelos seus direitos, as três entidades irão reunir para definirem uma nova tabela salarial, subsídio de risco, formação especial, seguros de vida específicos e exames médicos complementares. 

Após este momento de informação, acrescento-vos que já vi boas pessoas a abastecerem com medo que o mundo terminasse e depois a fazerem as suas compras para a preparação dos dias de Páscoa, isto porque se não existe combustível os supermercados também ficariam a meio gás daqui a uns e poucos dias. 

 

Presidente da RTP sem noção

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Gonçalo Reis é o atual Presidente do Conselho de Administração da RTP e em entrevista ao jornal Público afirmou que «a RTP está a prestar mais serviço público, ao Estado caberá ajustar a Contribuição para o Audiovisual de acordo com a inflação tal como a lei estipula». A minha questão vai no sentido que sempre debati sobre o facto de sermos todos nós, numa taxa com a fatura da luz, a pagarmos a RTP que gasta milhões e ainda contém publicidade, menos que os privados, mas que podia perfeitamente se igualar ao tempo publicitário da concorrência para sobreviver por si. O problema disto tudo está mesmo nos luxuosos ordenados e na quantidade de funcionários que os canais públicos de televisão têm há anos e muitas vezes sem qualquer sentido. Quem paga? O povo que muitas vezes nem passa os olhos pelo canal! Com isto o Presidente Gonçalo Reis ainda quer ter um cheque maior para poder fazer programas em direto por onde lhes apetece só para terem uma vista sobre o Tejo, mesmo que para isso paguem milhões por ano quando o mesmo formato podia ser feito em estúdio e sairia bem mais barato.

Para Gonçalo Reis o Governo devia recompensar a RTP pelo serviço público que tem sido feito nos últimos anos, mesmo com as audiências dos canais públicos a baixarem. A solução para o Presidente seria aumentar a taxa do audiovisual em 2019 nas faturas pagas todos os meses. «O financiamento da RTP é dos mais baixos da Europa. Até a Grécia, a Bósnia ou a Macedónia têm recursos superiores para o audiovisual. Nos últimos anos, com esforço, sacrifício e empenho interno, a RTP lançou novos canais na TDT, abriu os arquivos históricos, aumentou o apoio ao cinema e produção independente, e à divulgação de áreas culturais. Atuando numa situação de concorrência, de mercado, em que as exigências são crescentes, a RTP tem de ter os meios», afirma, e para isso têm de apostar, digo eu, em formatos mais caros que não são vistos e não recolhem assim o interesse publicitário.

Olho para as palavras proferidas e só penso que existe muita falta de noção dentro do canal público. Na programação diária apostem em séries para o horário nobre que ninguém vê e que podem muito bem começar logo após o Telejornal para terminarem no espaço de dez semanas, em alguns casos, perto da meia noite. O day time tem formatos base mas depois andam constantemente a inventar situações para andarem pelo país, o que envolve maiores despesas. Ainda no entretenimento são vários os rostos com salários fixos e que passam semanas a aparecerem com espaços semanais de minutos inseridos nos programas diários. Renovações de contratos com medo da concorrência e criação de programas para segurarem apresentadores só porque sim e não a pensar nos bons valores do canal. 

Greves e más condições prisionais

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O Estabelecimento Prisional de Lisboa continua envolto em polémica com as greves policiais e com as supostas más condições de funcionamento.

Os familiares dos detidos vão mais longe e revelam que o local está empestado de ratos e baratas, tanto nas celas como nas zonas comuns, incluindo as salas de visitas. Quem fala perante a imprensa revela também o desagrado sobre a comida fornecida e a forma de tratamento e tempos entre as refeições.

Más condições, mau ambiente, números de visitas semanais reduzido e com atrasos, dificuldades de controlo perante o número de detidos acima do possível no EPL e o descontentamento de quem controla o local a mostrarem que tudo está mal num sítio onde a calma sempre se torna difícil mas com o descontrolo total o risco acaba por se tornar maior ainda. 

O discurso de António Costa

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Após dias de incêndio com dezenas de mortes, centenas de feridos e muita área ardida, foi declarado um período de luto nacional de três dias e António Costa resolveu falar em direto aos portugueses só que valia mais nem ter aparecido e manter-se calado porque o que fez foi nada dizer. 

O Primeiro-Ministro apareceu para voltar a afirmar que estamos em estado de alerta vermelho, que os acidentes acontecem e que não é hora de demitir ninguém, procurando-se sim soluções para o que aconteceu. Há quatro meses, na tragédia de Pedrógão Grande, foi dito exatamente o mesmo, com a diferença de que agora conseguiu chegar mais longe e afirmar que existem equipas escolhidas pela Assembleia da República e pelo Presidente da República para atuarem no momento e ajudarem a Proteção Civil a coordenar as equipas no combate às chamas, o que na altura parece que não existia.

Onde andaram a senhora Ministra da Administração Interna e os responsáveis das organizações civis ao longo destes quatro meses para nada ter sido alterado neste período? Os erros voltaram-se a cometer, as falhas da conjugação de meios existiram e as entidades competentes, que supostamente tinham percebido onde andam os problemas, estão metidos num buraco bem fundo sem conseguirem criar explicações num novo momento triste onde a força das chamas devastam tudo o que apanham pela frente.

É triste perceber que António Costa nada mudou no seu discurso de que está tudo controlado, mas sobre o qual consegue perceber falhas, mas que este incidente de percurso não é comparado ao de Pedrógão. Não, aqui só morreram pessoas em várias regiões do país e em Junho as mortes estiveram concentradas no mesmo espaço territorial. As famílias que ficaram sem as suas habitações também são outras, só por isso o nosso governante acha que as duas situações não podem ser comparadas e que por isso os cuidados que tomaram após o acidente de Pedrógão não tenham sido colocados em prática. 

Costa ficou muito mal visto neste seu discurso de boas maneiras a tentar disfarçar o estado de calamidade que os incêndios estão a provocar neste momento no país. Apareceu para falar sem nada de concreto afirmar, agradecendo a bombeiros, médicos, enfermeiros, polícia, proteção civil, autarcas e populações que têm combatido os incêndios e o resto? E preferir que essas pessoas não tivessem de ser chamadas se as coisas tivessem sido bem feitas? António Costa apareceu porque sentiu-se obrigado a tal mas depois proferiu um discurso tão amador que acabou por reforçar o que todos sabemos, criando um momento patético. 

Senti vergonha alheia ao perceber o irrisório que foi ver o nosso Primeiro-Ministro frente a uma câmara televisiva a disfarçar descaradamente o que está perante todos nós. Tudo está mal em matéria de proteção da floresta nacional e não há que criar ilusões porque elas não existem, há sim que admitir as falhas e agir rapidamente, não achar que estes momentos não voltam a acontecer tão cedo. É necessário alterar de imediato as regras, fazer rodar cadeiras, arrumar a casa e colocar pessoas competentes e com vontade de agir e sem interesses nos lugares certos.