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O Informador

Sem reação

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Olho para uma página em branco quase todos os dias e por vezes nada tenho para te contar de novo. Outras vezes acabo por iniciar a escrita para logo ou mais tarde publicar um desabafo ou um pensamento nem sempre tão profundo como por vezes a alma me vai indicando.

Por estes dias tenho tanto para contar, mas sinto-me dorido, tanto física como psicologicamente, e estou assim sem grande capacidade para criar um fio condutor para te colocar no ponto da situação. O meu corpo não está a corresponder como pretendido a um certo mal estar que já vem com dias, a mente não tem ajudado a redefinir os objetivos futuros e assim estou, sem sentir e com pouca ou nenhuma vontade de reação perante um presente que machuca de diferentes formas e que se transformará de certo num futuro diferente. 

Aquela insónia

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E do nada, sem que algo fizesse prever, acordei antes das 05h00 quando nem quatro horas e meia dormi e não mais consegui descansar nesta noite.

Acordei a meio do sono, tentei voltar a adormecer só que em vão, acabando por decidir ligar a televisão e fazer maratona de séries na Netflix e HBO. De manhã, o despertador tocou de forma normal, levantei-me como se tivesse descansado tranquilamente, segui com os meus afazeres matinais e sai para o trabalho para mais um dia super normal e sem grandes correrias.

Vida pausada

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Sabes aqueles dias em que sentes que não pertences a lado algum e só te apetece estar contigo, de forma solitária, em que respiras por ser necessário mas nem essa vontade tens? Foi assim que me senti este fim-de-semana, em que estive de folga e que a vontade de me sentir útil na vida e estar ficou bem guardada naquela gaveta profunda. 

Não estive para a vida durante dois dias, mantendo-me distante, vazio, como se não estivesse para ninguém, nem mesmo para mim. Fiquei em pausa por casa, com os livros e a televisão como companhia, e só sai porque foi mesmo necessário e o dever assim apelou, porque se não fosse o caso nem tinha colocado os pés fora das quatro paredes. 

Iniciar 2023 doente

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Ainda na última noite de 2022 senti que me estava a preparar para ficar adoentado. As mudanças de temperatura, a saída de espaços quentes para locais frios e as constantes portas abertas na casa onde passei os dias da passagem de ano fizeram com que esteja a arrancar 2023 com fortes dores de garganta.

Pois é isso mesmo, nas primeiras horas do ano ainda senti um pingo ligeiro a escorrer do nariz mas foi passando, o que veio para ficar mais tempo foram mesmo as dores na garganta que me acompanham ao levantar e deitar. Já estou auto medicado, estando também a comer e beber coisas mais quentes e aconchegantes e a agasalhar-me melhor ao sair de casa, no entanto com este tempo que chegou bem frio nestes primeiros dias de Janeiro, já vamos no quarto dia e ainda por aqui ando com a inflamação.

 

Oh, que sesta boa!

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No passado Domingo aproveitei o dia de folga para dormir uma bela sesta.

A noite anterior foi bem dormida mas ao longo da manhã senti que o corpo precisava de descansar, o que aliado ao mau tempo que se fazia sentir no exterior acabou por se transformar na desculpa perfeita para que depois do almoço colocasse a televisão do quarto a passar músicas de Natal e em menos de nada já estava a dormir. Sozinho em casa, com o silêncio a fazer-se sentir porque o som natalício era baixo e assim foram mais de cinco horas de sesta ao longo de toda a tarde, só acordando quando percebi que alguém estava a chegar e a algazarra familiar voltava a marcar presença.

Desânimo

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Ando desanimado nesta vida de tropeções que mais parece uma autêntica montanha russa de emoções que se atropelam entre si pelo simples facto de não existir explicação plausível para este sentimento turbulento que me faz companhia sem que o tivesse convocado de livre vontade em algum momento. A vontade de reação, essa parece estar na casa do lado, já que por aqui a força para seguir em frente é muitas vezes deixada para trás na espera de que o amanhã será melhor, ou talvez, numa tentativa vã de acreditar que se está bem quando não é isso que acontece. 

Por estes dias a vontade para fazer simples coisas que me ajudam a ocupar o dia a dia de livre vontade parece andar desaparecida. Aquela vontade para ler, escrever por aqui ou pelas folhas que vão ficando guardadas entre páginas, de ver uma série, aproveitar o direto na televisão ou até simplesmente existir neste momento tem de ser forçada, não sentido aquela força para fazer o que quer que seja porque apetece, mas sim por ser uma necessidade para que esteja na minha, ocupado e dentro do que gosto de fazer.

Sinto-me cansado, sem me querer ocupar, no entanto sei perfeitamente que quanto mais desocupado fico pior para o meu próprio pensamento que acaba por seguir por caminhos que não se revelam positivos. O tempo livre que deixo que exista faz-me pensar, sem refletir, mas só pensar e isso de momento é um problema que não me está a ajudar a chegar a levar a lado algum.

Desabafo

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A minha forma de estar na vida nas últimas semanas tem estado alterada, sentindo todo um vazio em meu redor. Já procurei ajuda e iniciei um processo que espero me venha a ajudar a reorganizar a nível mental, no entanto as coisas não acontecem de forma rápida como por vezes desejamos e deixo aqui um acontecimento que me ocorreu e que tentei controlar por saber que a vida tem de seguir e que preciso combater esta minha fase.

Fui ao teatro e optei por ir sozinho, sem procurar companhia para não incomodar os outros que não me têm de acompanhar perante as minhas vontades de fazer o que gosto. Fui até Lisboa, como a sessão foi às 19h00 e estava de folga nesse dia, optei por ir mais cedo, lanchei pela capital e mais perto da hora desci a Avenida da Liberdade de carro para estacionar e ir para o Teatro Nacional Dona Maria II, que para quem não sabe fica no Rossio. 

Tudo parecia bem, com os meus pensamentos solitários como companhia, mas o pior foi quando estacionei e do nada senti aquela vontade de voltar de imediato para trás, para casa com o pensamento, «o que estou aqui a fazer sozinho». Respirei, sentei-me num banco de jardim da Avenida e pensei que tinha de seguir porque tinha um objetivo naquele momento, eu ia ao teatro, sozinho, é certo, mas se tinha marcado era para seguir com a ideia. 

 

Solidão

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Sou simpático por natureza e acredito que transmito à partida um bom sinal de tranquilidade, sem saberem na maioria dos casos, o turbilhão do que me vai passando pela mente. Geralmente tenho na ideia que as pessoas olham para mim e acreditam encontrar um ser sociável e fácil de conquistar e ser conquistado, mas acredita, essas pessoas estão redondamente enganadas. 

Sou de sorriso fácil e aparento até ser uma paz de alma capaz de falar com todas as pessoas, no entanto no meu intímo sou um ser reservado, bastante fechado em mim próprio e com uma grande incapacidade para me entregar aos outros, perdendo bastante por isso. 

Nos últimos tempos tenho sentido de forma notória essa minha incapacidade de socializar de forma duradoura por perceber que estou meio que isolado no mundo. Sou simpático e sei que cativo as pessoas, mas olhando em volta poucos são os que estão ao meu redor para conseguir sentir que estou acompanhado. Posso conhecer pessoas, mas daí a tê-las por perto vai um grande passo e neste momento percebo que falhei nos últimos anos no que toca em conseguir entregar-me aos outros da forma que por vezes os outros se tentam dar um pouco.

Novas sobre a noite passada

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Como vos tinha contado ontem, descobri que sou alérgico à penicilina de uma forma crítica por ter ficado com a pele com alguma vermelhidão, inchada e onde a comichão aguda atacou, não tendo conseguido dormir grande coisa, tendo feito, segundo a medição do relógio, pouco mais de duas horas.

Agora, um dia depois, já com nova medicação, ainda tenho as mãos inchadas, no entanto os outros sintomas parecem ter passado, e acabei por dormir mais de dez horas sem interrupções, o que é um caso bem raro por estes lados, que após as sete ou oito horas de sono acordo e sigo viagem que o dia está para ser vivido. Ontem andei bem todo o dia, sem sinais de sonolência, no entanto após o jantar, acabei por me deitar e deixei que o corpo descansasse sem pensar em mais nada. 

 

Alérgico à penicilina

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Aos 35 anos de idade descobri que sou alérgico à penicilina. Já havia tomado antibióticos com a dita na composição sem sentir qualquer efeito, no entanto desta vez, num tratamento dentário que estou a fazer, eis que ao final de dois dias percebi que não dava mais para aguentar a toma do antibiótico por fazer reação alérgica.

Comecei a ficar com a pele com alguma vermelhidão, mas nas primeiras tomas não fiquei tão alarmado, o pior foi mesmo quando cheguei à terceira noite após a tomada e cujo nem duas horas depois comecei a perceber que para além da pele mais vermelha, estava a ficar com partes do corpo com algum inchanço e cheio de comichão.