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O Informador

Maria Isaac lança O Que Dizer das Flores

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Maria Isaac, a autora de Onde Cantam os Grilos, Finalista do Prémio Fundação Eça de Queiroz, está de regresso marcado ao mercado literário com o lançamento de um novo romance, O Que Dizem das Flores. Será na continuação de colaboração com a Cultura Editora que Maria Isaac lança assim a sua nova história que será lançada no próximo dia 20 de Maio.

Dando a conhecer uma pequena vila, de seu nome Mont-o-Ver, a autora procura mostrar ao seu leitor um espaço esquecido e os seus peculiares e célebres habitantes que vivem no presente com alguns mal entendidos do passado que ajudam a atrapalhar a vida de uns e outros num pequeno centro habitacional esquecido entre serras e vales.

Deixo a sinopse de O Que Dizer das Flores para te aguçar o apetite enquanto leitor... 

A saída da Yellow Star Company do Teatro Armando Cortez

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A notícia de que a nova direção da Apoiarte - Casa do Artista decidiu não renovar o contrato que tem mantido ao longo dos últimos anos com a produtora Yellow Star Company para a utilização do espaço do Teatro Armando Cortez surgiu nos meios de comunicação social e acaba por deixar o sector da cultura mais uma vez consciente de que existe mesmo um lado negro por detrás das artes que parece mostrar que por muito que se lute para seguir em frente as dificuldades sempre vão surgindo de algumas partes. 

Como é referido no comunicado enviado às redações, a produtora dirigida por Paulo Sousa Costa tem estado a utilizar o Teatro Aberto Cortez como a sua principal sala de espetáculos e também como escritórios, salas de ensaio e armazém ao longo dos últimos cinco anos e meio. Na sala várias foram as peças levadas a cena, 74 exatamente, com dezenas de sessões cada e milhares de espetadores que esgotaram os mais variados espetáculos. A sala que parecia abandonada e somente utilizada de forma esporádica passou a ganhar vida todas as semanas, quase todos os dias a partir do momento em que a Yellow Star Company se conseguiu instalar, dando vida ao espaço e tornando-o num pilar para o teatro nacional nestes anos. Agora, numa altura em que a paragem forçada devido à pandemia terminou e as artes voltam a surgir nas nossas vidas, a direção da Casa do Artista resolveu terminar o acordo com a produtora e deixou tudo o que existia para trás, dando três meses para que a saída da produtora do espaço aconteça, quando a programação da temporada já estava delineada até ao início de 2022.

Neste momento a direção da produtora começa a procurar um novo espaço, sendo conhecido que dentro da grande Lisboa os espaços teatrais estão todos ocupados por outras empresas da área, sendo possível que numa primeira instância os próximos projetos que venham a cena da Yellow Star Company poderão acontecer fora das salas da capital, até que um novo espaço surja e consiga ter as condições necessárias para poder receber artistas e público nas melhores condições como tem acontecido até aqui. Neste momento e até Julho, no Teatro Armando Cortez será possível ver as peças Monólogos da Vagina e A Ratoeira e para já é aproveitar as duas boas produções que se voltarem não será mais na sala que pertence ao património da Casa do Artista. 

Na Conversa com... Maria Henrique

Luiza de Jesus - A Assassina da Roda

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Imagem: Filipe Ferreira

A completar 30 anos de carreira, Maria Henrique estreia no Teatro da Trindade o monólogo Luiza de Jesus - A Assassina da Roda a 29 de Abril. Em conversa com a atriz sobre este seu novo espetáculo, onde além de atriz está também no papel de encenadora, o passado do país e o futuro da cultura em Portugal ganharam destaque, sendo ainda revelada a vontade de Maria Henrique em voltar pelos próximos tempos também ao mundo do cinema e à televisão. 

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Mais de um ano após ver a vida pelos palcos adiada, como foi para uma atriz passado este tempo de confinamento forçado?

Há um ano atrás quando a pandemia começou eu tinha dois espetáculos de teatro agendados que foram imediatamente adiados sem data certa porque toda a gente foi muito apanhada de surpresa, não é, portanto como devem imaginar tudo isso gera alguma ansiedade. No entanto a minha cabeça nunca parou de trabalhar, de tentar manter-me ativa em termos artísticos, e assim foi, portanto agora um ano e um mês depois prestes a estrear um espetáculo, um monólogo em que faço co-produção com o Teatro da Trindade, em que enceno o espetáculo, em que interpreto, estou sozinha em palco a contracenar com uma data de vozes, a adrenalina é muito grande e a felicidade é gigantesca pelo facto da cultura voltar a estar ativa, dos espetadores poderem voltar a alimentar-se que estão a precisar bastante da cultura e de eu poder voltar a sentir o público bem perto de mim e voltar a subir a um palco.

 

Agora que regressa ao palco da Sala Estúdio do Teatro da Trindade com Luiza de Jesus – A Assassina da Roda, podemos saber como surgiu a ideia para este espetáculo onde para além de intérprete também é a sua própria encenadora?

A ideia para trazer este espetáculo Luiza de Jesus – A Assassina da Roda a cena surgiu quando eu estava a ouvir uma entrevista com a autora, Rute de Carvalho Serra, sobre o lançamento do seu livro, A Assassina da Roda, e fiquei tão fascinada com o tema, fui pesquisar e realmente sabendo que esta mulher existiu , sabendo que é sobre a história do nosso país, sobre um passado que nós não podemos esquecer e sobre o fascinante que esta mulher ou esta personagem e todo o ambiente histórico que a envolve poderá ser pertinente para nós, eu quis fazer questão de tentar conhecer a própria autora e lutar para trazer este espetáculo a cena.

 

Quem é esta Luíza de Jesus?

Penso que esse pode ser um dos principais temas que o espetador pode levar na sua cabeça quando sair do espetáculo, «quem seria afinal esta mulher?». Porque eu tento através da construção desta mulher, desta personagem, mostrar várias camadas possíveis duma personalidade do ser humano e ainda de todo o contexto político, histórico, económico que era vivido em 1772. Nenhum ser humano é linear, a Luiza de Jesus sendo também um ser humano podendo ser alegadamente realmente uma serial killer, quem seria, porque, esse é dos grandes motes que me move a fazer este espetáculo e que eu gostaria que deixasse o publico a pensar porque nunca ninguém é uma coisa só.

 

Com mais de trinta anos de representação, e desta vez sozinha em palco. Este regresso com um monólogo não é uma boa loucura de quem já tanto fez pelos palcos?

Fiz em Janeiro deste ano, em 2021, trinta anos de carreira e eu já tinha pensado muitos antes de surgir este projeto Luiza de Jesus, já tinha pensado que gostaria de fazer alguma coisa diferente, alguma coisa de especial e entretanto surgiu-me este projeto e eu achei que poderia ser pertinente tendo em conta o desafio em todas as frentes que ele é. É uma boa loucura, é uma loucura sã, é uma loucura de quem já fez todo o tipo de espetáculos e adora a versatilidade, adoro comédia, adoro drama, eu gosto acima de tudo de fazer sempre na minha personagem um registo diferente da personagem que eu fiz anteriormente. Por isso, talvez seja o projeto certo na altura certa na comemoração destes trinta anos de carreira.

 

Uma serial killer bem portuguesa nos tempos da Inquisição vai estar em cena, numa balança entre a verdade e a mentira. Como se prepara a Maria para um espetáculo onde estará sozinha entre o bem e o mal e praticamente desnudada perante a transparência destas personagens que vão passando e deixando as suas pesadas vidas?

Trabalhar a personagem desta mulher que existiu, desta Luiza de Jesus que existiu é fascinante porque sendo a pessoa a pessoa que existiu, sendo a última mulher que foi condenada à morte, que foi torturada, que foi massacrada, de alguma forma foi também obrigada a confessar todos os seus crimes sob tortura porque na altura a maior parte das pessoas que estava na prisão era torturada para confessar esta balança em que o prato vai mudando tanto vai ficando mais pesado o prato da verdade ora fica mais pesado o prato da mentira, faz com que estejamos aqui num limbo do que é que está certo, do que é que está errado, do que é que se devia ter feito, do que é que se poderia ter feito melhor. Há umas das partes que se fala em cena, porque eu estou sozinha em cena, é um monólogo mas existem várias vozes gravadas, e uma delas é a voz do Intendente Pina Manique, essencial para esta história, em que ele começa o espetáculo por falar com o Cardeal Dom João Cosme da Cunha, inquisidor mor, para lhe pedir mais tempo para estudar o processo e esse tempo não lhe é dado e já na parte final do espetáculo, Pina Manique está bastante incomodado a por estes ses, a pensar será que poderíamos ter feito isto de outra forma, será que me deixei pressionar, será…, ao fim e ao cabo será que os fins justificam os meios, ou seja, quem é que é mais criminoso, se esta mulher foi um monstro e que, na verdade, foi uma serial killer que matou tantos inocentes, tantas crianças, será que não é muito grave a forma criminosa como ela foi atazanada, queimada nas costas, arrastada pelas ruas com a forca ao pescoço, cortaram-lhe as mãos, enforcada à frente do público, humilhada, massacrada e depois da morte queimada e reduzido o seu corpo a cinzas e como é dito pelas personagens da época para que nunca mais aja memória de semelhante monstro, portanto será que os meios justificam os fins? É um monólogo mais existem realmente várias vozes de várias personagens importantes nesta época tão histórica, tão forte e tão pesada do nosso passado português, que é o tempo da Inquisição, a altura em que no caso da Luiza de Jesus, quando ela chega a tribunal a sentença já está escrita, isto é muito importante para que, eu não faço tensões nem de desculpar uma Luiza de Jesus, que poderá ter sido realmente uma seria killer horrível, nem para estar a tentar julgar um inquisidor nem para pensar o que é que poderia ter sido feito melhor ou não. Acima de tudo é para por o espetador a pensar sobre o que é que é certo, o que é que é errado, o que é isto de ser humano, o que é a humanidade, como é que a humanidade se pode revelar no seu melhor e no seu pior. É um espetáculo para deixar a pensar porque nós não poderemos ter um bom futuro se não soubermos de onde vimos. Qual é o nosso passado?

 

Aglomerados pelos horários reduzidos

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Estamos a desconfinar e os horários dos estabelecimentos ainda não estão totalmente dentro do que era o normal antes de tudo isto nos começar a afetar. No entanto o que deteto, como lojista de serviço, é que o encerramento do comércio ao fim-de-semana pelas 13h00 só ajuda a piorar a situação para com o distanciamento, cuidados e níveis de stress.

Existe neste momento um maior acumulado dentro dos centros comerciais e mesmo nas avenidas principais dos grandes centros urbanos nas manhãs de fim-de-semana fazendo com que existam maiores congestionamentos dentro e fora dos estabelecimentos, com filas de metros e metros a aguardarem a sua entrada. Em alguns locais existe espaço exterior para se aguardar, mas se for na rua e estiver um tempo menos bom, por exemplo, quem aguarda tem maior tendência a não respeitar o seu espaço. Existindo uma menor possibilidade de horário para se poder fazer as suas compras com tranquilidade e tempo a concentração tende a aumentar, o stress surge e a confusão aumenta. Compreendo que a ideia é tentar manter a população no recato do lar nas tardes em que mais pessoas estão livres, mas isso não resulta, levando a que os horários disponíveis sofram uma sobrecarga que seria facilmente evitável se os horários de abertura e encerramento voltassem ao normal de outros tempos. 

Aqueles minutos e...

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Adormeces mais cedo que o habitual e dormes tranquilamente toda a noite. Deitaste-te após colocares o despertador para te acordar a uma certa hora só que o certo é que nos minutos antecedentes, aqueles minutos mesmo finais de descanso, percebes que já não estás bem a dormir. Abres os olhos, olhas para o ecrã do telemóvel e percebes que faltam uns ligeiros dez minutos e que acordaste antes do desejado, logo naquele momento em que sabia tão bem ficar a aproveitar o início da manhã, só que a dormir. Ontem aconteceu, hoje aconteceu e amanhã possivelmente voltas a acordar mais cedo que o toque do despertador. O que entendes com este despertar automático? És um autêntico sabichão ambulante dos horários e já nem precisas de tecnologias para te ajudarem a despertar para nada!

Até amanhã!

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Chego a casa já noite feita! Coloco a chave e destranco a porta. Entro devagar e volto a fechar a porta, mesmo ao lado o cão dorme o seu quadragésimo sono do dia, tentando que este seja duradouro por toda a noite e sem sobressaltos. Mal abre os olhos na escuridão enquanto me descalço sem ligar qualquer luz. Sigo direito ao quarto sempre sem ligar qualquer luz. Coloco a mochila no seu lugar habitual, encosto a porta, sigo até à mesa de cabeceira e ligo o candeeiro. Volto a sair do quarto, encosto a porta e vou até à casa de banho, ligo a luz, encosto a porta para fazer a higiene do final do dia, visto o pijama entretanto, deixo a roupa no cesto para ser lavada, abro a porta, desligo a luz e regresso ao quarto. Sempre tudo com o mínimo de barulho possível. Já no quarto, puxo a roupa da cama para trás e deito-me, deixando-me finalmente esticar por debaixo dos lençóis. Desligo a luz do candeeiro da mesa de cabeceira e viro-me para o outro lado. Até amanhã!

Convites duplos | Só Eu Escapei

29.04.2021 pelas 19h00

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O Teatro está de volta e o espetáculo Só Eu Escapei regressou também ao Teatro Aberto para terminarem a sua temporada interrompida. Com encenação de João Lourenço e da autoria de Caryl Churchill este trabalho conta com quatro grandes nomes da representação em palco. Catarina Avelar, Lídia Franco, Márcia Breia e Maria Emília Correia voltam a subir ao palco da Sala Azul de Quarta-feira a Sexta-feira, pelas 19h00, respeitando assim os horários de confinamento impostos pela DGS.

Neste espetáculo o público é convidado a conhecer quatro mulheres que se encontram em conversa num jardim de uma casa. Os empregos que fazem parte do passado, a família, o dia-a-dia e tudo o que aconteceu e marca ainda as transformações destas quatro vidas, dos desejos aos medos pessoais e para com os outros. Como estará o Mundo daqui a uns tempos? Como serão as relações no futuro? A preocupação com o que está para chegar é tema de conversa, mostrando que a opção para esta peça subir a palco neste momento que todos nós enfrentamos não foi por acaso, sendo como um alerta perante os perigos que estão para chegar, num momento de mudanças, preocupações e de uma grande necessidade de dever para com o próximo.

Perante a premissa apresentada, deixo aqui o convite para se quiseres ganhar a oportunidade de assistir a este espetáculo na próxima Quinta-feira, 29 de Abril, pelas 19h00, participa nesta hipótese para tentares a sorte e poderes usufruir de um dos dez convites duplos que estou a atribuir. Este passatempo irá estar disponível até às 09h30 do dia 28 de Abril, Quarta-feira, e nesse dia serão revelados os nomes dos vencedores nesta mesma publicação, sendo o sorteio feito através do sistema automático random.org. Os premiados serão contactados via email com as recomendações para o levantamento dos bilhetes acontecer nas melhores condições. Para a participação ser válida tens de seguir os passos que se seguem.

 

E o susto?!

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Ia a conduzir na minha pacata vida, após as horas de trabalho a caminho de casa, e eis que de um momento para o outro, em plena noite, mesmo colado a mim ouço o som bem conhecido das buzinas da GNR e as luzes azuis a se refletirem nos espelhos e vidros do carro. Logo o pensamento naquele micro segundo de susto é só um... Que raio fiz eu para me mandarem parar?

Afinal não fiz nada, somente os agentes do veículo devem ter recebido alguma passagem de informação e no exato momento em que lançam o alarme ultrapassam-me e ganham velocidade pela estrada fora para não mais os ver. Certo que foram à vida deles, mas o susto ficou mesmo comigo que até devo ter dado um salto do banco numa estrada sem veículos e onde até o luar ficava para trás das costas. 

Citações | 40 | Acordei e percebi...

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Dormi e sonhei que a vida era bela. Depois, acordei e...

Emma Donoghue em A Dança das Estrelas

Quantas vezes não gostávamos de acordar e perceber que afinal o sonho não era um sonho e estava a ser sim a bela e ideal realidade dos novos tempos. Quanto não dávamos neste momento de grande tensão social para que os sonhos noturnos recheados de liberdade não se tornassem na verdade?

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