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O Informador

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Título: Em Todas as Ruas Te Encontro

Autor: Paulo Faria

Editora: Minotauro

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Janeiro de 2021

Páginas: 136

ISBN: 978-989-90-2711-4

Classificação: 2 em 5

 

Sinopse: A pandemia abateu-se sobre nós enquanto ainda lambíamos as feridas do abalo de 2008. Sem darmos por isso, fomos perdendo muita coisa. Abdicámos da memória individual e colectiva, da proximidade com os outros, da privacidade. Desaprendemos de ver. Resta saber se a pandemia veio pôr a nu que também desaprendemos de amar.

Dois casais de meia-idade veem o mundo correr os taipais à sua volta e tentam cerzir um agasalho para se protegerem até que tome forma o mundo que há-de vir. Sónia, filha de Irene e Carlos, que regressa a Portugal, quando o vírus se espalha aos quatro ventos, ensaia gestos de resistência ao pânico infeccioso. Enceta a busca de um amor para os novos tempos.

Se o encontra ou não é coisa que tu, leitor, serás o último a saber.

 

Opinião: Um romance em tempos de pandemia onde o leitor é convidado a conhecer dois casais, Cláudia e Álvaro e Irene e Carlos, ambos com uma vida estável, e posteriormente Sónia, a filha dos últimos, que regressada de Itália, já em tempos de confinamento, tem de seguir as regras do país, ficar em isolamento por uns dias no quarto até que possa aos poucos refazer a vida ao lado dos pais e usar toda a casa. 

O tempo não é de liberdade e os dias vão passando, até que Sónia decide tomar uma decisão e desconfinar dentro das normais possíveis e ajudando os idosos que não devem sair de casa. Assim conhece e faz novas amizades, um pouco improváveis, com quem partilha memórias do passado e ao mesmo tempo que as recordações de outros são reveladas, Sónia percebe que a distância dos dias de hoje corresponde ao que outras gerações passaram por outras épocas. Recorrendo a memórias que lhe são reveladas entre distâncias e enganos, esta jovem mulher percebe que mesmo estando longe de um possível amor que ficou em Itália, que não chegou a conhecer pessoalmente, resolve estimular o que não percebeu se tinha possibilidades para avançar quando foi obrigada a regressar ao seu país. Com algum mistério encenado com pistas que seguem de Portugal para Itália, Sónia vai dando dicas sobre o que deve ser feito para perceber se o seu apaixonado está no mesmo nível de vontade, acabando por perceber que mesmo distante e sem saber quem está do outro lado, a procura acontece e o amor vivido entre fronteiras e com uma pandemia instalada ganha contornos promissores.

roupão.jpg

 

2021 tem sido uma inconstante em termos de temperatura. Ora vem o frio, ora vem ainda mais frio e ainda existe o frio com muito gelo à mistura. Passamos desde o início do ano já pelas três fases e parece tardar em estabilizar para temperaturas um pouco mais agradáveis.

Agora que o frio já parecia estar controlado sem vestígios de ventos gelados, que já me faziam sentir confortável só de pijama ao serão antes de me deitar para dormir, eis que o gelo volta a fazer-se sentir por estes lados e voltei a resgatar o quente roupão polar preto, comprado há dois anos na Primark, e que faz as minhas delícias quando o tempo arrefece e preciso de algo quente para me aconchegar em casa. 

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As últimas semanas da minha vida, devido ao estado de confinamento que todos atravessamos, têm-me dado mais tempo livre e muito no sentido do "sem nada para fazer", o que não significa que tenha estado mais entretido com os meus interesses de tempos livres dentro de casa. Sim, ao contrário do pensado, mais tempo livre não significa melhor ocupação desse mesmo tempo, não conseguindo arranjar conteúdo decente para passar a maioria das horas extra que agora estão ao dispor como tempos livres.

Se vejo mais horas de séries? Não! Se ando a ler mais? Não! Se dedico mais horas ao blog? Não! Se estou mais tempo a olhar para as redes sociais? Não! Se dedico mais tempo a arrumações? Não! Se faço mais doces? Não! Ou seja, não sei como, mas a verdade é que acho que quando tenho os dias mais compactados com as horas de trabalho a ocuparem metade do dia consigo fazer exatamente o mesmo que agora que estou livre como um passarinho para desfrutar e duplicar ou mesmo triplicar o que geralmente é feito em tempos normais.

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A Netflix juntou ao seu catálogo as quatro temporadas da série australiana Please Like Me, e no início deste complicado 2021 senti necessidade de ver uma produção com algum sentido de humor e arrisquei nesta oferta da plataforma. Se primeiramente fiquei convencido, quando segui para as duas últimas temporadas já não conseguia aguentar Josh, a personagem central, interpretada pelo ator, diretor e autor da série, Josh Thomas. 

Vivendo da experiência de Josh Tomas, esta série retrata as vivências de um jovem adulto gay, sem emprego, a partilhar casa com o melhor amigo heterossexual e com visitas regulares de amigos, conhecidos e engates de ambos, sem esquecer que os pais separados de Josh andam sempre por perto, por necessidades mútuas dentro de vários prismas familiares. Josh, após ver o seu relacionamento com Clairie terminar, por esta acreditar que o jovem é gay, decide perceber se existe algum fundo de razão nas ideias da agora amiga e tem a sua primeira experiência homossexual. A partir desta descoberta está aberta a discussão sobre sexo, drogas e poderia até acrescentar rock and roll. A descoberta dos relacionamentos gay, o debate sobre ciúmes, conflitos internos e aceitação familiar é feito através de uma personagem bastante incomum que chega a roçar o ridículo pelos seus atos e forma de estar, cansado mesmo pela sua forma de se expressar e mostrar sentimentos por quem lhe é próximo, mesmo que temporariamente. Se de início a excentricidade é aceite por quem vê e até se diverte, com o desenrolar da história o cansaço reflete-se porque a empatia vai desaparecendo pelos excessivos e demasiados gestos, gritos e caretas que este Josh transmite de forma constante mas que acaba por perder toda a piada por não existir uma evolução consciente e necessária, sendo muito mais do mesmo e criando um humor que acaba por perder o encanto inicial. 

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Os dias de confinamento aqui por casa têm sido passados dentro da mesma base. Todo o dia em casa, numa pasmaceira entre televisão, leitura e escrita, enquanto vou petiscando aqui e acolá. Porém o ponto alto do dia é mesmo a saída após o almoço para o andamento diário onde tenho feito cerca de dez mil passos, o que corresponde mais coisa menos coisa a oito quilómetros.

Todos os dias, quando o tempo permite, e durante duas horas, saio para a rua e percorro os caminhos desertos entre a natureza, afastado de tudo e todos, para me esticar e exercitar, já que nestes tempos do «fica em casa» continua a ser necessário manter o passeio higiénico e o exercício para que o corpo não se habitue a ficar sentado no sofá.

Sorry desculpa

 

Ah e tal, "as desculpas não se pedem, evitam-se!", quem nunca ouviu esta expressão? Já a ouvi muitas vezes, antes mais que nos últimos anos, no entanto o certo é que por estes lados não sou um grande adepto dos pedidos de desculpa, embora já tenha aprendido um pouco a dar o braço a torcer com a passagem dos anos. 

Sou Escorpião, e quem o for ou lidar com tal espécie que se acuse se conhecer estes comportamentos, e dizem que é um problema do signo o facto de ser difícil de dar o braço a torcer, mesmo quando existe consciência que se está errado. Isto é a verdade, por vezes percebo que estive mal em certa situação, mas tento sempre dar a volta à mesma para fazer com que o outro se sinta culpado para que eu não tenha de assumir o erro, apresentando um pedido de desculpa, tentando sim arranjar argumentos para estar do outro lado da questão para que o erro pareça que está a meu favor. Admito que sei que sou assim e esta falha vem mesmo de dentro, sendo difícil de contrariar e assumir de forma fácil, para quem me é mais próximo, que errei e que tenho de pedir desculpa por um ato cometido sem necessidade.

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Não escondo que sou viciado em café e que mesmo em tempos de confinamento não o dispenso por nada, sabendo que o da manhã, logo em cima do primeiro pequeno-almoço entra no meu sistema como uma vitamina para a boa disposição diária e de forma a ajudar a acordar com maior rapidez evitando uma futura dor de cabeça umas horas depois. E foi por não conseguir deixar as cápsulas de café chegarem ao fim, que na primeira quarentena que passamos em 2020 que pesquisei e encontrei a MultiCoffee, uma loja online dedicada, como o próprio nome indica, às mais variadas marcas de café.

Vendendo marcas de café compatíveis com as máquinas Nespresso, Delta Q, Kaffa, Dolce Gusto, entre outras, e também Café Solúvel, Moído e em Grão, Chás, Bolachas e até diversos Consumíveis, a MultiCoffee oferece uma gama bem variada de cafés e seus derivados, a preços, na maioria das vezes, abaixo dos praticados no mercado, e com portes grátis para Portugal continental em compras superiores a 30€, o que não é dificil de atingir para quem não dispensa um bom café várias vezes ao dia.

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Neste social básico dos nossos dias custa perceber que não existe vida pelas ruas e avenidas deste país junto ao mar plantado. Espaços desertos, calçadas vazias, bancos isolados e jardins abandonados. O dia-a-dia rotineiro e movimentado de todos nós deixou de existir e os locais estão desprezados e a mostrarem falta de circulação. Que tristes pensamentos que surgem quando passo devagar junto a certos espaços e percebo o silêncio feito de ausências e perdas diárias que se vão assumindo num tempo que não sabemos quando e como termina. Neste momento vivemos num Portugal abandonado e a viver da solidão num ciclo depressivo. 

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