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O Informador

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Existem coisas que te tenho de contar assim sem grandes embelezamentos e quando estou naquele estado nervoso num momento de ação com reação imediata.

Então é assim... O teclado do meu portátil já tinha avisado que estava a caminhar para o seu final prematuro, no entanto quando lhe dava a travadinha lá conseguia, com as definições, resolver o problema das teclas que ficavam inativas.

Agora, do nada, as mesmas teclas que costumavam ficar temporariamente sem funcionar, como o b, n, enter e o espaço, entre outras, ficaram de vez sem solução e lá terei de arranjar um teclado alternativo até que algo mais no computador comece a dar sinais de que a necessidade será de troca total.

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Sabes as regras a seguir para seres um bom vizinho?

Não fazer barulho fora de horas.

Não sujar a área comum do prédio.

Praticar a boa educação.

Limpar a tua entrada.

Não deixar sapatos espalhados do lado de fora.

Controlar as necessidades dos animais de estimação no prédio.

Fechar sempre a porta do elevador.

Evitar pedir constantemente artigos alimentares ou de higiene.

Não sacudir tapetes quando os vizinhos debaixo têm janelas abertas.

Evitar o salto alto durante horas.

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Em mês de Dia dos Namorados, a Netflix lançou a série As Inseparáveis, mostrando que o amor pode ser demonstrado de diferentes formas, e nesta produção a amizade que une Kate e Tully ultrapassa tudo e todos, já que nada as detém quando estão juntas.

Baseada na obra literária de Kristin Hannah e sem recorrer ao romantismo base de muitas séries que andam por aí mas também sem dramatizar demasiado, esta autêntica celebração da amizade é focada em duas mulheres que se conhecem na adolescência e continuam juntas aos quarenta. Numa ligação que começa quando Tully se vê obrigada a mudar-se para Firefly Lane, onde tem como vizinhos a família de Kate, com quem aos poucos faz amizade. A partir dai as duas adolescentes não mais se largaram. Numa viagem ao longo de trinta anos, conhecemos o bom e o mau de ambas, do apoio para as birras pelos objetivos em comum mas com etapas a serem vividas de forma diferente mas sem qualquer distanciamento entre as duas. Dos romances e relações falhadas, as conquistas profissionais e as frustrações, a solidão e a maternidade, num desfiar de emoções que vão sendo partilhadas e comentadas dentro do que a real amizade simboliza. 

Sendo contada ao longo de dez episódios por quatro tempos distintos, muito bem percetíveis entre si, As Inseparáveis contam com Sarah Chalke no papel de Kate, a minha preferida das duas, e Katherine Heigl, de Anatomia de Grey, desta vez no papel de Tully. Se a primeira, Kate, procura estabilidade e parece ser focada e dedicada ao que a faz feliz, não dando passos rápidos, sendo vista de forma inicial como a nerd de serviço, já a segunda, Tully, é a querida amiga louca, sem muito questionar, muito derivado a um passado de altos e baixos e sem um equilíbrio familiar.

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Desde cedo que sempre me habituei a descalçar ao chegar a casa, andando de chinelo ou pantufas ao longo das horas em que estou no meu canto, ficando confortável e ao mesmo tempo não andando a espalhar o pó da rua e evitando ainda algum barulho que se possa fazer, embora o calçado de homem acabe por ser mais silencioso que o de senhora. Mas depois existem as pessoas que têm ideias contrárias e andam grande parte do dia dentro de casa com os sapatos com que se passeiam na rua e isso não vai de encontro ao meu modo de pensar e estar.

No entanto a questão pertinente que tenho para comentar contigo, particularmente se viveres num apartamento com vizinhos em cima, de lado e em baixo, é a seguinte... Tens queridas vizinhas que andam em casa de salto alto a passearem-se de trás para a frente em certas horas, inclusivamente de noite, quando já estás deitado, e lá ouves o bater do salto a surgir do fundo até quase embater nos teus ouvidos?

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Cansado, é assim que me sinto! Acordo e adormeço dentro do mesmo ritmo, abro os olhos e percebo bem cedo que o dia está a nascer lá fora, tento ficar mais um pouco na cama mas rapidamente percebo que ficar na ronha não é para mim. Tenho mais um dia pela frente onde nada acontecerá e quando dou por mim já passaram horas, já vi o sol e a chuva e estou de novo pronto para me deitar sem conseguir aproveitar mais um dia, seja ele o início ou o fim-de-semana.

Sinto-me em baixo com toda esta não rotina, irritando-me facilmente, sem paciência para mim e mesmo para os poucos com quem passo estes dias nublados e sem emoção. Melancolia e inatividade, sentindo-me fraco, com algum cansaço sem nada fazer para tal e sem qualquer vontade de reação. 

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Omar Sy, no papel de Assane Diop, protagoniza a série que a Netflix lançou para atacar os lugares cimeiros entre os mais vistos e automaticamente sofrer renovação para novas temporadas. Recorrendo ao velho e conhecido estilo das personagens que cometem crimes e conseguem desviar as atenções das autoridades, como a conhecida corrida do gato e do rato, Assane é um ladrão com todos os engenhos necessários para roubar e escapar ileso aos seus furtos através de disfarces e labirintos.

Inspirado na conhecida personagem Arsène Lupin, criada por Maurice Leblanc, no início do século XX, e colocando Assane Diope em França no século XXI, este imigrante senegalês luta pela verdade dos seus tempos de adolescência, quando o pai, motorista de uma família rica, foi acusado de roubar um colar com história, sendo preso e acabando por aparecer morto. Em adulto, já como pai, Assane não esquece os percalços que passou pela mentira de uma família milionária e quando percebe que o colar está a leilão no Museu do Louvre, organiza o ataque para vingar a morte do pai e sair ileso.

Com várias referências a Arsène Lupin ao longo dos episódios, já que Diop não esconde a sua admiração pela personagem, a estratégia desta sua vida dupla e de lutas segue os contornos do conhecida ladrão de casaca, num outro tempo, com novas situações e usando novos métodos através da possibilidade que os tempos presentes permitem. 

Com um protagonista carismático e bem entregue a Omar Sy, e com um ritmo acelerado ao longo da série, facilmente se percebem as razões para que os atos sejam aceites, criando um vilão que facilmente é adorado por quem está deste lado para se torcer que todos os planos dêem certo. Mais para o final da temporada é dado a conhecer um pouco melhor o lado familiar, com o fim de um casamento onde ainda existe amor mas incompreensão e um filho que se começa a afastar pela ausência de um pai que não pode explicar o seu presente e que tenta compensar com presentes ligados ao mundo de Lupin e com aparições rápidas que não causam boa impressão.

O Amigo | Sigrid Nunez

Clube do Autor

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Título: O Amigo

Título Original: The Friend

Autor: Sigrid Nunez

Editora: Clube do Autor

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Janeiro de 2021

Páginas: 236

ISBN: 978-989-724-561-9

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: A protagonista desta obra é uma escritora que perde o grande amigo e mentor e se vê forçada a cuidar do seu cão: um enorme dogue alemão. Este livro narra a comovente história de amizade que se cria entre uma mulher solitária e um cão traumatizado pela inesperada perda do dono.

Para enfrentar a dor, começa a escrever. Ao fazê-lo, reflete sobre a literatura e a arte de escrever, além de relembrar o passado. Enquanto os mais próximos temem que esteja mergulhada numa depressão profunda, a mulher, cada vez mais isolada e obcecada com o bem-estar do cão, recusa-se a separar-se do novo amigo, pois encara esse vínculo como a única hipótese de redenção para ambos.

 

Opinião: Num romance apresentado como uma partilha de memórias, O Amigo apresenta reflexões sobre vários temas como o amor, a perda, o luto e a solidão, refletindo estes pensamentos tanto nas relações humanas como para com os animais, pela voz de alguém que gosta do poder da escrita.

Apresentando memórias com o seu melhor amigo e posteriormente com o cão que este lhe deixou após a morte, conhecemos Nunez, uma mulher solitária numa história onde reflete a sua amizade com o melhor amigo falecido e as suas três esposas ao longo dos tempos. Entre semelhanças e quezílias por ciúmes, a contadora de O Amigo vê-se quase que como obrigada pela viúva, a mulher três, a adotar Apollo, um grande dogue alemão que ao ficar sem dono não terá um bom destino no canil onde foi depositado após o falecimento do dono, por alegadamente falta de espaço. Como amiga solitária e cumpridora dos bons costumes, a voz que partilha estas memórias sente-se na obrigação de levar para o seu pequeno apartamento o animal que acompanhou o seu grande amigo ao longo dos seus últimos anos de vida. Enfrentando olhares e o sistema de condomínio onde habita, os tempos frios em que tem de sair para passear o seu novo amigo de quatro patas, esta mulher apaixona-se pelo animal de estimação conforme o tempo passa e a reciprocidade entre o amor humano/animal acontece como nunca pensou ser possível.

 

Vais no teu percurso diário, apelidado em Portugal por "passeio higiénico", a ouvir Pabllo Vittar, e encontras uma antiga colega de trabalho que mal te encontra começa a lacrimejar por trabalhar quase diretamente com os doentes de Covid19. Ao seres apanhado de surpresa acabas por sofrer um misto de sentimentos por não poderes reagir como queres e ficares um pouco sem saber o que dizer para a confortares. Se isto não te aconteceu, ficas a saber que a mim já e senti-me tão pequeno no momento!

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A primeira temporada bem sucedida de Bonding deu à série uma nova fornada de episódios, mais longos, tal como havia comentado que deveria acontecer, e com um enredo renovado, onde Tiff e Carter vêm a sua amizade ser beliscada pelas novas vontades e desenvolvimentos que os dois pretendem para o futuro.

Não fugindo do mundo das dominatrix e levando estes novos episódios num caminho mais explicativo sobre esta área profissional do sexo, fruto das criticas que a primeira temporada foi alvo pelas profissionais da área, a segunda temporada de Bonding sofreu, de forma positiva, alterações para que o público ficasse a conhecer um pouco melhor os meandros e a forma sobre como tudo é feito, para que depois sim se possa seguir com a trama, tendo visto este lote de episódios como que a aula que devia ter sido dada antes mesmo de se enfrentar a primeira temporada com ação e sem se perceber ao certo os meandros perante todo o secretismo que envolve as dominatrix dentro da sua área de atuação. Erros foram remediados e explicados, como a retirada da coleira a Carter, já que o parceiro de Tiff não lhe tem de ser submisso, mostrando ao mesmo tempo a responsabilidade e os cuidados que estas profissionais devem possuir perante os seus desconhecidos clientes. Desta vez explicaram, todos fomos convidados a ter aulas para que o realismo exista no que está para continuar e a história não para, congela um pouco, mas acaba por não perder o seu fio base condutor. 

Aqui Tiff opta por ter aulas com uma profissional de sucesso para adquirir novas técnicas, e acaba por levar o seu amigo Carter por arrasto. Mas será que a dupla bem conseguida na primeira fase está agora disposta a seguir caminhos em comum? É que não nos podemos esquecer que Carter é um comediante e sonha com o sucesso nos palcos, querendo ser famoso e alinhar a comédia com as suas aprendizagens em caves e masmorras sexuais. Existirá espaço na amizade para caminhos diferentes entre os dois?

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A meio de Janeiro entrei em modo confinamento e optei por regressar ao andamento diário durante duas horas seguidas para não ficar trancado em casa dias, semanas e meses seguidos e com poucos movimentos, exercitando assim músculos e acabando por descontrair a solo, ficando com os meus pensamentos durante o período que circulo. Neste tempo de rotinas bem restritas já consegui criar um certo conhecimento para o «boa tarde» com algumas pessoas que não conheço mas com quem me costumo cruzar diariamente por circularmos pelos mesmos caminhos, com as devidas precauções e distâncias, apelidando estas passagens como «conhecimentos do passeio higiénico», afinal de contas são estas as únicas pessoas que vou vendo dia após dia nas minhas saídas de casa, já que as restantes horas são mesmo para respeitar o lema «fica em casa». Habitualmente sou muito atento a caras e expressões e é por isso que faço questão de cumprimentar quem se cruza no meu caminho, já que algumas daquelas pessoas vivem certamente sozinhas, sem um «olá» ou um «como está» durante horas a fio. Atentem para com quem se cruzam pelo vosso caminho sempre, principalmente nesta altura em que o isolamento social é maior e todos precisamos de um pouco mais de atenção, mesmo perante quem não conhecemos. Com isto, pretendo também alertar para que confinam mas não percam as boas maneiras quando têm de sair e se cruzam com quem também respeita as regras. 

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