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O Informador

Comprar livros? Só no Online!

Livros

 

O confinamento trouxe consigo diversas exceções para que o mesmo seja quebrado e que a maioria dos portugueses não entende por darem alguma liberdade para que se possam ter justificações para se sair de casa com alguma regularidade. No entanto existem outras medidas que são também incompreendidas, como é o caso da proibição da venda de livros nos supermercados que já os vendiam de forma habitual. 

Segundo as leis de confinamento ditadas pelo Governo, as livrarias terão, tal como outros serviços comerciais, de estar encerradas pelos próximos tempos. O que não se entende com isto é a proibição dos supermercados, que já tinham espaços de venda literária entre os seus corredores, de ficarem proibidos de venderem livros, porque, ao que parece, poderia servir de concorrência desleal. Esta desculpa serviria muito bem, mas nós, que estamos confinados, não vamos poder ler nestas semanas que estaremos forçosamente fechados em casa? Querem que se comece a bater com a cabeça nas paredes, que se veja televisão de manhã à noite ou se fique viciado em videojogos? Não se entende esta tentativa governamental de abstinência literária em pleno 2021.

Desabafos pandémicos

Receio

 

Os números de novos casos de contágio por Covid19 estão altíssimos e a tendência é a de continuarem. Centenas de casos ativos, serviços hospitalares em rutura, filas de espera em ambulâncias e a escolha entre viver e morrer a começar a ser feita em certos locais do país. Em Março/Abril de 2020 o medo atingiu-me e aos poucos, com confiança, fui compreendendo as circunstâncias e consegui ao longo do tempo aceitar a realidade, tentando um regresso à nova normalidade sem deixar os cuidados de lado.

Agora, Janeiro de 2021, o segundo confinamento acontece, os números de infetados com Covid19 estão bem superiores e não param de ascender a valores que impõem respeito. Nos últimos dias as noticias não nos são agradáveis e de cada vez que sou confrontado com os principais noticiários televisivos, seja o do almoço ou jantar, fico como que apático, sem vontade de comer, gerando sentimentos de revolta, com bastante receio à mistura. Não consigo neste momento ver entrevistas pessoais e que servem como um grito de ajuda de médicos e enfermeiros a demonstrarem o seu dia-a-dia, sem que não me venham as lágrimas aos olhos. Não consigo imaginar como tudo será se existir um caso próximo de Covid19 ou sequer se tiver de me dirigir a um hospital com outra doença e saber que fico em risco de não ser socorrido nas melhores condições por falta de meios. Estamos com milhares de internamentos, bastantes em estado grave, não existem camas e dispositivos disponíveis e os profissionais de saúde além de não serem suficientes estão esgotados. Portugal caminhou em poucas semanas para o desastre social na pandemia e toda esta situação não será resolvida em menos de dois meses.

O Livro dos Baltimore | Joël Dicker

Alfaguara

O Livro dos Baltimore

 

Título: O Livro dos Baltimore

Título Original: Le Livre des Baltimore

Autor: Joël Dicker

Editora: Alfagura

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Maio de 2020

Páginas: 552

ISBN: 978-989-665-067-4

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: Até ao dia do Drama, existiam dois ramos da família Goldman: os Goldman de Baltimore e os Goldman de Montclair.

O ramo de Baltimore, próspero e bafejado pela sorte, mora numa luxuosa mansão. Encarna a imagem da elite americana, abastada e influente, que vive em bairros exclusivos, passa férias nos Hamptons e frequenta colégios privados. Já os Goldman de Montclair são uma típica família de classe média e vivem numa casa banal em Nova Jérsia. É a esta família modesta que pertence Marcus Goldman, autor do romance "A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert". Mas era à família feliz e privilegiada de Baltimore que Marcus secretamente desejava pertencer.

Mas tudo isto se transforma com o Drama.

Oito anos depois do dia que tudo mudou, é a história da sua família que Marcus Goldman decide investigar. Movido pelas memórias felizes dos tempos áureos de Baltimore, procura descobrir o que se passou no dia do Drama, que mudaria para sempre o destino da família.

O que aconteceu realmente aos Goldman de Baltimore?

 

Opinião: Joël Dicker voltou, após o surpreendente e merecido sucesso de A Verdade sobre o caso Harry Quebert, e não deixou de surpreender. O Livro dos Baltimore dá de novo voz a Marcus, o já conhecido autor da obra anterior, que numa história contada em três fases temporais - antes do Drama, um ano após o Drama e oito anos após o Drama -, são lançados diferentes enigmas junto do leitor, enigmas esses que se vão tornando reais ou ainda mais complexos consoante o enredo vai avançando, novos acontecimentos vão sendo relatados e os mais diversos pontos de vista divulgados para que seja difícil descortinar de forma fácil o que aconteceu na verdade entre o Gangue dos Goldman. 

Como todo o Drama terá acontecido sem que Marcus, sempre presente, se tivesse dado conta sobre o que se andava a passar e a ser preparado pelos primos com quem passava muito do seu tempo livre? Conhecemos os Goldman de Baltimore e os Goldman de Montclair. Marcus era do núcleo de Montclair mas sempre teve o sonho de pertencer ao Baltimore que ostentavam poder e liberdade perante a parte mais frágil da família. Afinal de contas o que esconde o passando dos Baltimore para se terem valorizado que os Montclair não conseguiram com o tempo? Valeria mesmo a pena pertencer onde não se pertence por direito? É que o tempo dita as regras e avança com as verdades dos factos, já que as conclusões conseguem provar que as premissas e desenvolvimentos com meandros menos bons conseguem deitar tudo a perder. 

Era uma vez... Uma ideia

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Nos momentos em que me encontro no estado meio adormecido, mesmo naqueles minutos antes de fazer a passagem para o sono, por vezes vou pensando no dia que passou mas também são nesses breves minutos que surgem, em algumas ocasiões, ideias e temas que podem surgir como base para futuros textos. 

A mente divaga, quase que acaba por escrever todo o texto que podia ser publicado, idealizando início, meio e fim, acrescentando e tirando partes, e como não anoto esses pensamentos no momento o que acaba por acontecer no dia seguinte é que nada do que foi idealizado ficou na memória tal e qual como surgiu.

Sei que podia perfeitamente esticar o braço, sem ligar a luz da mesa-de-cabeceira, e nas notas do telemóvel apontar o que fui pensamento ou então ligar a luz, sentar-me na secretária do quarto, pegar em papel e caneta e apontar os pontos mais importantes para no dia seguinte refazer toda a lembrança.

Autoridades previnem confinamento

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Nos últimos dias tenho falado da falta de noção que os portugueses têm tido para com o incumprimento das regressadas regras de confinamento e da pouca ação das autoridades, que nesta fase inicial têm de mostrar trabalho para que todos percebem que as regras são mesmo para cumprir. Hoje venho anunciar que em pleno fim-de-semana os avisos à população andam a ser feitos e que o incumprimento já anda a causar avisos e multas junto dos incumpridores, tanto no trânsito como junto dos estabelecimentos abertos.

Aqui pela aldeia já aconteceu a passagem das autoridades pelos cafés que permanecem abertos com serviço de janela, que é como quem diz, num género de take-way assim meio estranho. Uns tinham o postigo aberto mas de esplanada quase montada, com mesas e cadeiras para se sentarem, outros colocavam clientes nas traseiras do estabelecimento e também existia quem entrasse para o interior, como que clandestinamente, sem campainha mas com batidas para se poder entrar. Quem de direito visitou os espaços, avisou população que se mantinha sem máscara nos arredores destes locais, não se sabendo se surgiram mesmo multas ou não, e avisou os proprietários sobre o que estava a ser feito sem autorização. Mesas desapareceram, bancos saíram, traseiras fechadas (até quando) e tudo encerrado a horas certas. Quanto aos desobedientes que andam pela rua sem respeitarem o uso de máscara e os ajuntamentos avisos aconteceram e a promessa de regresso ficou feita. 

As pessoas têm de se respeitar a si e pensarem que se continuarem a agir como se nada estivesse a acontecer nunca iremos sair desta situação que só tem vindo a piorar desde que 2021 iniciou. Não podemos pensar que estamos livre porque nada acontece só aos outros, podendo hoje um dos milhares de infetados em estado grave ser um desconhecido e amanhã ser um dos nossos ou mesmo nós próprios. 

Sem grandes confinamentos

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Primeiro dia de confinamento a meio gás em Portugal continental e eu, que fui para o último dia de trabalho antes de entrar de lay-off, constatei pelas estradas e por passar pelo interior de localidades na deslocação casa/trabalho e trabalho/casa e também pelas imagens que fui vendo ao longo do dia, tanto nas redes sociais como na televisão, que de confinamento pouco existiu nesta Sexta-feira, 15 de Janeiro de 2021.

Alunos nas escolas, com pais a deslocarem-se para deixarem os filhos nos institutos de ensino e mais tarde os voltarem a levar para casa ou transportes públicos cheios com jovens que se deslocam assim para as aulas. Supermercados, farmácias, clínicas, veterinários, igrejas, bancos, oculistas, dentistas, talhos, peixarias, papelarias, padarias e outros tantos serviços abertos como se nada se estivesse a passar. Restaurantes em take-way, cafés e pastelarias a servirem o que os clientes pretendem junto a portas e janelas, esplanadas como que montadas só porque ainda não existiu tempo de serem retiradas, e muitos incumprimentos logo na partida para esta jornada. Encontros em grupo nas esquinas e jardins, pais que esperam na conversa junto dos carros que os filhos saiam da escola, crianças que saem dos autocarros e que de imediato retiram as máscaras. Ou seja, confinamos em termos laborais mas ao que parece existe tanto para se fazer lá fora que a vontade é mesmo a de sair e arranjar uma das várias desculpas possíveis para se poder circular na via pública.

A partir de hoje...

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A partir de hoje, 15 de Janeiro de 2021, pensei que poderia lançar aqui pelo blogue o que se iria apelidar por "Diário de um Confinamento", no entanto e analisando o que será o meu dia-a-dia pelas próximas semanas percebi que esse mesmo dito diário seria tão monótono, repetitivo e sem vida que fica aqui simplesmente o desabafo sobre o que pensei e que não avançará por não fazer sentido algum, já que a vida em confinamento é tão mais do mesmo que nem vale a pena tentar relatar as ligeiras diferenças que irão existir entre o hoje, o amanhã e o que se passará na próxima semana. 

Covid19 não atinge estudantes

Escola Covid19

 

Sexta-feira assinala o segundo confinamento português desde que o Covid19 entrou em Portugal e desta vez só uma mudança me inquieta perante o mandamento governamental de que todos os que não trabalhem em áreas fundamentais para a sobrevivência social que devem ficar isolados em casa ou em outras situações em teletrabalho. O que me questiono é somente sobre o facto dos estudantes, neste confinamento que se prevê de um mês, continuarem a ter as suas aulas presenciais, sejam eles do ensino pré-primário ou universitário.

O Covid19 não anda nos centros escolares? Os jovens não convivem sem máscara assim que saem das instalações escolares? Não são os jovens que também ajudam na transmissão do vírus ao o levarem para casa e o passarem para pais e avós? Percebo que é necessário apostar no futuro do país e a educação é fundamental, mas não seria essencial uma paragem de semanas para depois se começarem a abrir as instituições escolares aos poucos, tal como a economia?

A desculpa governamental é a de que existe pouca incidência de transmissão do vírus nas escolas, só que aqui questiono, por assistir várias vezes a jovens a saírem do portão do recinto escolar e a tirarem de imediato as suas máscaras para conviverem sem entraves, tal como saem dos autocarros de transporte e assim que pousam os pés no chão seguem os seus caminhos para casa sem as máscaras no rosto. 

 

 

Confuso com o Covid19 do Presidente

Marcelo Rebelo de Sousa

 

Revelo que me sinto algo confuso perante a situação do nosso Presidente Marcelo para com os seus testes de Covid19. Segundo dados revelados pelas imprensa, todos os dias o Presidente faz o seu teste rápido ao vírus do momento, e até aí tudo certo. Agora o que não entendi foi como tudo terá sido tratado quando no mesmo dia um primeiro teste matinal lhe apresenta um resultado negativo, o da tarde um resultado positivo e como o Presidente de todos nós tem outras regalias, no dia seguinte fez novo teste matinal que deu negativo de novo.

A questão que aqui coloco é só uma... Se um cidadão comum ao ser detetado como positivo para o Covid19 fica de imediato em isolamento por uns dias, sem contactos e saídas e sem direito a repetir o teste para confirmação, como é que umas horas após o teste positivo Marcelo o voltou a repetir para tentar obter a confirmação do resultado e eis que de vírus nem sinal? Um outro português ficaria em casa e só uns dez dias depois voltaria a repetir o teste, já o Presidente no dia seguinte fica a saber que afinal aquele positivo pode não ser bem assim.

Estranho isto não? Será que a partir de agora quem testar positivo poderá pedir para fazer testes diários até lhe ser transmitida uma boa notícia? Em certas situações o exemplo é dado para que todos o sigam, mas depois existem momentos, como esta dos testes presidenciais ao Covid19, em que a distinção é claramente notória. 

Abaixo o Covid19, Marcelo a Presidente!

Marcelo Rebelo de Sousa

 

Marcelo Rebelo de Sousa bem avisou que não estaria virado para fazer campanha eleitoral para ser reeleito Presidente da República e agora, mesmo na reta final para todos os candidatos darem tudo antes do dia E, de eleições, eis que surgiu o Covid19 e atirou o professor para isolamento no Palácio de Belém.

Marcelo não iria gastar centenas de milhares de euros com a sua campanha para continuar como Presidente, prescindindo também dos seus minutos diários de Direito de Antena e agora, como que um sinal, testou positivo ao vírus do momento e ficará mesmo em casa, a trabalhar dentro do possível, já que se mantém assintomático.

Feitas as contas assim por alto, o nosso Marcelo ficará, se tudo correr dentro do previsto, livre para circular mesmo nas vésperas do dia E, regressando assim ao ativo aquando a sua entrada no local das urnas lá da sua longínqua aldeia, reforçando junto das portuguesas e portugueses o dever de voto em direto em todos os canais televisivos e dando o ar da sua graça no seu regresso. Até lá acredito que o atual Presidente faça um direto algures para que o povo se mantenha atualizado e fique tranquilizado sobre o seu estado viral.