Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Informador

Só Eu Escapei | Teatro Aberto

só eu escapei.jpg

 

Num momento de pandemia a alterar o quotidiano de todos nós, o teatro em Portugal mostra estar bem vivo junto do público, existindo aposta, mesmo com todas as regras implementadas e alteradas de forma constante. No passado dia 07 de Novembro estreou no Teatro Aberto o espetáculo Só Eu Escapei. Com todas as condições implementadas pela DGS, esta nova produção teatral estreou, num horário especial como mandam as regras, pelas 19h00, e trás consigo alertas sociais sobre grandes questões mundiais, o que acaba por ir de encontro ao momento atual pelo qual todos passamos. 

Encontrando quatro mulheres em conversa num jardim de uma casa, Só Eu Escapei reflete sobre o ato de sobrevivência da humanidade, desbravando mudanças pelos mais variados temas que sempre fizeram parte das vivências destas quatro mulheres, nem sempre amigas. A família, as amizades e os empregos são pontos fortes onde todos os desejos e receios se foram abatendo com o tempo. Perante o passado e enfrentando o presente, o desafio destas conversas converge ao mesmo tempo no que está para acontecer no planeta, como se uma série futurista estivesse em exibição pelas palavras de cada uma. O flagelo dos incêndios, a seca, a fome, a perda da essência humana, o desaparecimento da natureza limpa e sã, a camada de ozono e fundamentalmente os descuidos do homem nos tempos correntes que irão afetar gerações vindouras que tarde chegarão para reverter os males que serão de outrora.

Neste texto de Caryl Churchill, autora de Amor e Informação, que foi apresentada em 2014, e interpretação de Catarina Avelar, Lídia Franco, Márcia Breia e Maria Emília Correia, com encenação de João Lourenço, as grandes questões da sociedade estão em debate a quatro vozes como que um alerta sobre os perigos que o presente está a colocar ao futuro perante tanta incapacidade de reação hoje para se pensar no que está para chegar. 

Restrições de fim-de-semana

image-2018-11-23.jpg

 

O Covid19 anda na caça fugaz, como já todos bem entendemos, e com esta ameaça todos ficamos com o dever de manter cuidados para que não sejamos apanhados numa qualquer curva pelo vírus que se alastra pelo Mundo em grande escala. Agora os nossos governantes anunciaram novas regras de controlo e não é que vamos começar a ficar fechados de novo mas com conta e medida?

Já sabíamos que nos 121 concelhos com maior escala de contágio existe o recolhimento obrigatório das 23h00 às 05h00, com exceções evidentes. Agora também estaremos limitados em termos de circulação aos fins-de-semana onde das 13h00 às 05h00 do dia seguinte a ordem é para estar em casa, com saídas a não poderem acontecer com o comércio e restauração a terem de encerrar para que os principais dias de pausa da maioria dos trabalhares sejam aproveitados dentro de casa e sem possibilidade de ajuntamentos. 

Eu, enquanto trabalhador também de fim-de-semana, deverei ver horários trocados de um dia para o outro com este novo ordenamento governamental, passando assim a folgar nas tardes de fim-de-semana, percebendo que este novo alinhamento não será bom a nível económico, mas se a situação assim o exige o cumprimento será importante, se assim todos seguirem as novas regras impostas a partir de agora. 

Momentos de pausa

pausa.jpg

 

A necessidade de existir é uma constante, no entanto nem sempre corpo e mente estão em sintonia para arrancarem numa atividade constante, como tal e porque a existência implica o recarregar de energias ao longo do dia, as paragens momentâneas têm de existir perante o pretexto de não fazer nada para se conseguir seguir em frente logo depois. 

Em momentos do dia a necessidade física e psicológica tem de ser reforçada com pequenas pausas em silêncio e num recanto para que nada seja feito de forma corrida, sem reflexão e ambição. Sempre devemos criar aqueles momentos de silêncio em determinadas horas do dia, sendo como uma paragem para nos alimentarmos, tal qual o cérebro necessita para voltar a recuperar as forças para se rentabilizar ao longo das horas em que estamos acordados. 

Restabelecendo energias a bem da nossa saúde e para o bem-estar para com os outros é fundamental numa vida social corrida, onde convivemos e sentimos a necessidade de dar e receber o melhor de cada um, como tal viver em constante corrida, sem pausas e dias de descanso não transmite nada de bom para quem se quer manter pela tona das águas profundas para as quais os oceanos por vezes nos tentem puxar. 

Café derramado nos livros

blank_book_with_spilled_coffee.jpg

 

Infelizmente no momento não me veio à lembrança o de fotografar o momento posterior ao acontecimento, mas hoje revelo, mesmo que a imagem não seja minha e não mostre assim a realidade, o meu acidente caseiro, querendo contar-te que um dia destes, após o jantar, tirei um café e fui, como quase que habitualmente, desfrutar da quente bebida sentado na cama do quarto. Só que o inesperado aconteceu e no momento de pousar o copo, eis que o mesmo, de forma inusitada, deslizou para o lado e enchi a mesa de cabeceira de cafeína.

Ah pois é, de um momento para o outro tinha tablet, candeeiro, chaves e mais de uma dezena de livros, dos mais de trinta que estão em espera, molhados de café. Bem que tentei rapidamente limpar, sabendo de antemão que dos livros muito dificilmente conseguirei um dia retirar as manchas que se fixaram pela área superior das páginas, como se agora fossem um livros que podem ser apelidados por vacas manchadas, ou melhor, livros manchados.

Acabei por não beber café, fiquei com a mesa de cabeceira limpa, tal como parede e chão, mas com os livros com uma nova cor em certas áreas. Sabes bem como sou esquisito com os livros, não sabes? No entanto desta vez até vi a situação de forma tranquila, resolvi o mal que já estava feito e pelas próximas semanas e meses os manchaditos começam a ser lidos e viajam até aos seus lugares finais ao longo das estantes que estão pelas paredes. Como se costuma dizer, não vale a pena chorar após o leite derramado, desta feita, o café.

Ele anda na caça...

imagem-covid-19.jpg

 

Chegou a Portugal no primeiro trimestre e começou a fazer os seus estragos, obrigando a um recolher social numa fase bem inicial para o controlo ficar apertado e não existir um desmoronamento no campo da saúde. 

Agora, nos últimos meses do ano, o que parecia ter acalmado com o tempo quente, voltou a ganhar força como uma tempestade com ventos bem fortes e o caos parece estar instalado. Desta vez não existe a ordem para que todos fiquemos fechados em casa, já que o sistema económico não aguenta e a mente de cada um não se encontra também capacitada para novo encerramento caseiro. 

Neste momento começo a ver a introdução deste maléfico vírus entre nós como um autêntico sorteio, entre o calha a ti ou calha a mim, em que todos conhecemos alguém que teve ou está com o vírus neste momento como dama de companhia. 

Convites duplos | Só Eu Escapei

08-11-2020

só eu escapei.jpg

 

Dia 07 de Novembro assinala a estreia de Só Eu Escapei no Teatro Aberto, a nova produção com encenação de João Lourenço e da autoria de Caryl Churchill que conta com quatro grandes nomes da representação em palco. Catarina Avelar, Lídia Franco, Márcia Breia e Maria Emília Correia sobem ao palco da Sala Azul de Quarta-feira a Sábado, pelas 19h00, e aos Domingos, pelas 16h00, respeitando os horários de confinamento impostos pela DGS. 

Neste espetáculo o público é convidado a conhecer quatro mulheres que se encontram em conversa num jardim de uma casa. Os empregos que fazem parte do passado, a família, o dia-a-dia e tudo o que aconteceu e marca ainda as transformações destas quatro vidas, dos desejos aos medos pessoais e para com os outros. Como estará o Mundo daqui a uns tempos? Como serão as relações no futuro? A preocupação com o que está para chegar é tema de conversa, mostrando que a opção para esta peça subir a palco neste momento que todos nós enfrentamos não foi por acaso, sendo como um alerta perante os perigos que estão para chegar, num momento de mudanças, preocupações e de uma grande necessidade de dever para com o próximo. 

Perante a premissa apresentada, deixo aqui o convite para se quiseres ganhar a oportunidade de assistir a este espetáculo no próximo Domingo, 08 de Novembro, pelas 16h00, participa nesta hipótese para tentares a sorte e poderes usufruir de um dos cinco convites duplos que estou a atribuir. Este passatempo irá estar disponível até às 09h30 do dia 07 de Novembro, Sábado, e nesse dia serão revelados os nomes dos vencedores nesta mesma publicação, sendo o sorteio feito através do sistema automático random.org. Os premiados serão contactados via email com as recomendações para o levantamento dos bilhetes acontecer nas melhores condições. Para a participação ser válida tens de seguir os passos que se seguem.

Versões da história

duas-versoes-de-uma-historia.jpg

 

No momento em que se ouve uma história que envolve pessoas, os envolvidos na situação devem ser ouvidos de forma igualitária, já que sempre existirão pontos diferentes para uma análise certa sobre a verdade dos factos. Numa história em comum existem sempre duas verdades, diferentes entre si e que revelam as duas perspetivas perante o mesmo tema central.

Saber ouvir, não dar razão e muito menos opinião é a base para se saber estar quando uma situação inesperada nos bate pela porta e os protagonistas da história surgem a contar as suas diferentes versões sobre os mesmos acontecimentos da narrativa a que estão a dar vida. Quando se gosta das pessoas não se deve ficar pela razão de um, mesmo que vos seja mais próximo, tentando sempre entender os dois lados da barricada porque em muitos casos a verdade de um é a mentira do outro e vice-versa.

A Rapariga Invisível | Carlos M. Queirós

Cultura Editora

a rapariga invisível.jpg

 

Título: A Rapariga Invisível

Autor: Carlos M. Queirós

Editora: Cultura Editora

Edição:1ªª Edição

Lançamento: Agosto de 2020

Páginas: 288

ISBN: 978-989-8979-84-1

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: Agosto, Hospital de São João. Rafael Castro está a ser operado a um tumor cerebral. Nos últimos dias, a pequena Eva, uma criança que só ele vê e ouve, como se um sonho lhe tomasse as faculdades mentais, tem sido uma companhia constante. A menina deu-lhe uma missão: salvar Rita Lemos, a mulher que estava em coma havia cerca de dois anos, num eterno sono, numa cama do piso oito.

Será que Eva é uma alucinação própria da doença? O Dr. Pinto Fraga pensa que sim. Mas opinião divergente tem o seu colega Wilson Mendes, vindo do Brasil para provar que o tumor estava a originar que determinados mecanismos cerebrais coincidissem numa espécie de ligação com uma dimensão desconhecida.

Baseado em factos verídicos, A Rapariga Invisível é uma magnífica história misteriosa, assombrosa e tocante. Uma mensagem de esperança. Esperança no amor, na vida, na determinação, no futuro e na coragem de aceitar o desconhecido.

 

Opinião: Fortes dores de cabeça levam Rafael até ao centro hospital da sua zona para uma consulta agendada para o final da tarde. Enquanto aguarda a sua consulta uma voz bem jovem faz-se ouvir em exclusivo para si e a partir desse momento o que parecem adivinhações deste homem para médicos e assistentes não passam de certezas dadas por esta criança que não existe para os comuns mortais mas que na mente de Rafael tem voz, corpo e muito para contar a este homem que necessita urgentemente de ser operado a um tumor cerebral, que acaba por se refletir de forma inexplicada em sons vindos do além. Com estes inusitados acontecimentos, a voz da pequena Eva vai relatando o que vai acontecer logo de seguida, como uma previsão do futuro exato e também mais distante, ditando que Rafael tem ao seu encargo salvar-se e também ajudar Rita, uma mulher do seu passado, que se encontra há dois anos em coma sem qualquer explicação lógica para tal. 

Gala prometeu fogo e logo esfriou...

 

Domingo com todos os portugueses a serem convidados a ficarem mais por casa e Domingo de serão com o Big Brother que começou só mesmo no final de Outubro a ter algum jogo e guerras internas, dando assim maior interesse a quem gosta de um bom reality show de polémica, tricas e mexericos e guerras entre os amigos que já não o são. Agora já em Novembro a provocação da produção para com os concorrentes parece que veio para ficar, no entanto sem grande ação dentro da casa.

A noite de mais uma gala do Big Brother começou com o Pedro no centro de todas as atenções com imagens a passarem sobre a sua estadia na casa e os comentários que os restantes companheiros de casa têm feito. Será que no meio de todas as discussões onde esteve envolvido ao longo das últimas semanas o concorrente é o grande culpado ou o inocente no centro do jogo de todos os outros? A maioria dos não jogadores tem a sua opinião contra o Pedro, a Teresa fez intenção de dar a sua palavra contra o concorrente, o que ficou muito mal. Já para mim este cromo de Alverca sabe bem o que faz na casa, provocando e picando os miolos de quem explode com maior facilidade para que exista ação. Não seria uma pessoa com quem gostasse de lidar, mas não é este o estilo de concorrente que faz falta quase mesmo até ao final de cada edição para existirem ainda mais conflitos? O Pedro faz falta na casa pela controvérsia e a maioria dos não jogadores não entende que é isto que o público quer ver. Custa assim tanto entender que o Pedro é insuportável mas que acaba por ser importante no jogo para existir interesse?

Sai Pedro de cena e entra Rui Pedro em ação com as imagens do passado Domingo, após a gala, onde gritou e berrou aos ouvidos da Joana sobre ir fazer isto e mais aquilo, como voltou a repetir a meio da semana, com ameaças e confrontos que bem queria que fossem verbais mas perante as quais a concorrente ao não reagir conseguiu irritar ainda mais o Rui. Este jogador, que o é, dos poucos por sinal, para mim é intragável, como pessoa com quem também não gostaria nada de conviver e que acho que roça a má educação facilmente, desrespeitando qualquer um com palavras e mesmo atos. Um dos concorrentes mais nojentos que já passou pelos reality shows nos últimos anos pela sua maldade e forma de estar para com os outros, já que a sua palavra tem de ser a razão, não aceitando opiniões e rebaixando todos os que não estiverem do seu lado. 

E os atos da Joana que no Domingo parecia a grande vilã e que ao longo da semana com alguns conseguiu inverter o jogo? Na minha opinião a Joana acaba por ser a rainha desta edição, uma pessoa com quem é difícil de lidar mas que é importante para criar discórdia no programa, sabendo o que tem de ser feito para dar nas vistas, como tal que assim continue no jogo. A Joana é daquelas concorrentes que ou se gosta ou odeia, eu gosto praticamente desde o início e mesmo com os conflitos que tem criado ao seu redor não consigo deixar de gostar. Cada qual com os seus preferidos e se gosto desta vez de uma boa vilã de Cascais, então temos pena, meus caros!

Uma coisa te digo...

livros-lider-banner.png

 

Um dia, talvez daqui a alguns anos, irei reler o livro que mais me marcou na vida, que por sinal assinalou o início da minha passagem para a literatura altura. Poderá não ter tanto significado na altura em que o fizer como teve no passado, mas tenho a certeza de que voltarei atrás no tempo e tentarei entender cada ponto daquela leitura uns bons anos depois.

Pág. 3/3