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O Informador

Convites Duplos | Fernando Tordo & Ary dos Santos: As Histórias das Canções

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No ano em que celebra 70 anos de vida e 50 de carreira, Fernando Tordo realizou concertos únicos em Lisboa e Porto. Agora será a vez do Auditório do Casino Estoril receber o cantor de 1 a 4 de Novembro para a apresentação do espetáculo Fernando Tordo & Ary dos Santos: As Histórias das Canções. 

Ao longo de quatro sessões, o músico e compositor irá reavivar a memória de todos com as composições que criou para José Carlos Ary dos Santos, com quem manteve uma forte parceria e amizade ao longo do tempo. As primeiras músicas compostas por Fernando Tordo e as letras de Ary dos Santos numa colaboração de onde resultaram temas como Cavalo à Solta, Estrela da Tarde e Tourada. Fernando Tordo & Ary dos Santos: As Histórias das Canções é um concerto celebrativo da música portuguesa, preservando memórias, contando histórias e recuperando êxitos. Ao longo de quatro dias Fernando Tordo recordará assim momentos que ficam para sempre na história da cultura portuguesa.

Tu que estás agora a ler este texto podes ganhar convites duplos para as sessão de Quinta e Sexta-feira, pelas 21h30, e Domingo, pelas 17h00. Este passatempo irá estar disponível até às 18h30 de Quarta-feira, 31 de Outubro, para a sessão de dia 01. Já para as sessões de dia 02 e 04 o sorteio encerra pelas 14h00 de dia 02. Nesses mesmo dias serão revelados os nomes dos vencedores nesta mesma publicação, sendo o sorteio feito através do sistema automático random.org. Quem não ganhar para uma sessão pode concorrer para a seguinte. Os premiados serão contactados via email com as recomendações para o levantamento dos convites duplos acontecer nas melhores condições. Para a participação ser válida tens de seguir os passos que se seguem...

A Praia de Manhattan | Jennifer Egan

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Título: A Praia de Manhattan

Título Original: Manhattan Beach

Autor: Jennifer Egan

Editora: Quetzal Editores

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Setembro de 2018

Páginas: 504

ISBN: 978-989-722-452-2

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: Os anos 1940. Anos de guerra e de esforço de guerra nos estaleiros navais de Brooklyn. No mesmo espaço geográfico, os sindicatos e as lutas pela supremacia das várias máfias: italiana, irlandesa, outras. Anna Kerrigan é a figura central do romance. Trabalha nos estaleiros (como centenas de outras raparigas) e deseja ardentemente ser a primeira mulher mergulhadora. Isto num tempo em que a vida das mulheres era ainda muito circunscrita. Mas Anna quer sobretudo saber o que aconteceu ao pai, que desaparecera anos antes, sem deixar rasto. A história começa com Anna pela mão do pai, numa visita a casa do encantador mafioso Dexter Styles, em Manhattan Beach, e é nessa mesma praia que, de certa forma, se encontra o seu princípio e desfecho. Por detrás do incrível bulício das docas e da agitada vida da cidade, a toda a volta, o mar: o mar que tudo liga, e que transforma as personagens, que destrói e dá vida, que esconde e revela. Uma narrativa extremamente cinematográfica que evoca o universo de Há Lodo no Cais - transcendendo-o em fôlego e âmbito.

 

Opinião: A estreia para com a escrita de Jenniger Egan aconteceu com A Praia de Manhattan, um romance que no início prometeu muito mais do que com o seu desenvolvimento conseguiu passar. Não tinha qualquer ideia sobre o que ia encontrar com a leitura desta narrativa, não sabendo nada sobre a autora, mas confesso que pela sinopse fiquei interessado e com algumas expetativas que acabaram por não serem alcançadas. 

A promessa de uma boa história com um bom encadeamento acabou por cair quando comecei a perceber a constante problemática entre a forma de contar a atualidade e recordar o passado. Senti-me baralhado em vários momentos, com a entrada de personagens que nada acrescentam na história e com a pouca descrição que vai sendo feita de locais e situações. 

Acompanhando a vida de Anna Kerrigan, com 12 anos, que vive com a sua mãe e irmã, e cujo sonho é trabalhar nos estaleiros, mais concretamente como mergulhadora, o que nos anos 40 era complicado para uma mulher, para mais jovem, conseguir entrar num mundo de homens. Ao mesmo tempo que Anna trabalha para ajudar em casa, o sonho desta jovem é perceber o que se terá passado com o desaparecimento do pai que também enfrentou os mares, passando-lhe essa paixão.

Em pequena Anna conheceu Dexter Styles, um homem com poder cujo seu pai temia. Incrivelmente volta a encontrar-se com esta figura já na sua fase adulta e tal como parece ter acontecido com o seu pai, a história de Dexter ao cruzar-se com a de Anna consegue alterar a rota que parecia estar a seguir para alcançar um sonho e objetivo profissional. Ligado aos estaleiros mas também com negócios ilegais na noite, Dexter é o homem que muitos idolatram mas que também tem de ser temido. 

Zé Manel Taxista - Uma Comédia com Brilhantina | UAU

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Zé Manel, taxista, pai de família e adepto ferrenho do Benfica, anda arreliado com o sucesso de Lisboa, que transformou tudo em alojamento local e restaurantes gourmet. O próprio filho, Eusébio Jr., ganha a vida como condutor de tuk-tuk, e Vickie, o mais à frente lá do bairro, safa-se a arrendar partes de casa. Só Luna, a estudante italiana do Erasmus, está encantada com a enchente de estrangeiros e a borrifar-se para a “gentrificação”. Zé Manel tenta defender o prédio onde todos vivem da voracidade turística, até que chega Chico, um esperto entrepreneur, que já foi daquela rua e agora regressa com promessas de fama e dinheiro fácil. A tentação é grande e Zé Manel despista-se… naturalmente.

Maria Rueff celebrizou o seu Zé Manel Taxista há mais de 20 anos e agora, pela primeira vez, a famosa personagem de vários formatos televisivos com Herman José e também da rádio ganha uma nova vida nos palcos nacionais através do espetáculo musical Zé Manel Taxista - Uma Comédia com Brilhantina. 

Através de uma personagem bem conhecida do público e com uma história criada propositadamente para os palcos, Rueff junta-se a jovens atores com provas dadas para receber o público nesta nova jornada do seu Zé Manel, o benfiquista mais ferrenho dos taxistas portugueses. FF, Sissi Martins, Ruben Madureira, Rafael Barreto, Filipe Rico, Marta Mota, Sara Martins e Tiago Coelho compõem o elenco que se divide entre a representação, o canto e a dança do início ao fim. Com texto de Maria João Cruz, Mário Botequilha, Rui Cardoso Martins e Filipe Homem Fonseca, numa ideia de Maria Rueff e com encenação de António Pires, Zé Manel Taxista - Uma Comédia Brilhante conta com banda ao vivo composta por André Galvão no baixo e guitarra, Artur Guimarães nas teclas e Tom Neiva na bateria e percussão. 

Neste espetáculo o público é convidado a acompanhar este pai de família e bom vizinho numa fase em que as alterações provocadas pelo turismo na capital não são aceites. Em poucos anos Lisboa foi invadida pelos famosos TukTuk e por empresas como a Uber, isto ao mesmo tempo que as polémicas em torno do futebol se adensaram, as tascas deram lugar a restaurantes virados para os turistas e o alojamento local virou moda em bairros onde a história e tradição desaparecem. Zé Manel, o taxista que gosta de pratos cheios, um palito na mesa, uma boa bifana e defende o bairrismo e o seu clube como ninguém não aceita tanta alteração e este musical mostra isso mesmo.

O filho Eusébio de Zé Manel vira adepto do Sporting e condutor de um veículo Uber. O prédio onde habitam se prepara para ser transformado em quartos para alugar a quem visita Portugal, despejando os condóminos. Os contratos fraudulentos, os enganos e o caos da mudança que acabam por unir quem se gosta a favor do amor, da amizade, carinho e cuidados de uns para com outros numa sociedade cada vez mais individualista. 

Augusta | Matias Damásio

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Matias Damásio lança o novo disco, Augusta, dedicado à sua avó. Num momento em que o cantor deu uma entrevista a Daniel Oliveira no programa Alta Definição onde revelou vários factos marcantes da sua vida, entre eles o abuso sexual de que foi alvo quando tinha 12 anos de idade por uma mulher mais velha e o que enfrentou até o seu talento ser reconhecido, o artista tem sido assim presença assídua nos últimos dias pelos vários canais de televisão e rádio para dar a conhecer este seu novo lançamento e falar do seu percurso de vida, do passado ao que está para acontecer. 

Augusta é o nome deste novo trabalho onde o tema Voltei com Ela e Teu Olhar assumem lugares de destaque. Letras super bem escritas, trabalhadas e interpretadas, mostrando que o valor que Matias Damásio tem assumido no panorama musical não é mesmo em vão. Dedicado à avó e às mulheres da sua vida e do mundo, este novo disco é assim uma homenagem aos afetos perante quem passa na sua vida e vai ganhando um lugar especial. Para marcar ainda mais a posição que as mulheres têm na sua vida, o cantor convidou Aurea, Pérola e Claudia Leitte para participarem no disco Augusta, celebrando assim a amizade e o talento em língua portuguesa. 

Para quem acreditava que não era possível Matias Damásio continuar a surpreender, fiquem aqui com os seus novos sucessos!

Reflexão do Bem

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Sentar num local confortável e calmo nem sempre é fácil quando se vive em sociedade e num mundo em constante movimento. No entanto sempre é necessário tirar um tempo para o eu, existindo a necessidade de refletir sobre o dia, a semana ou mesmo os acontecimentos, bons ou maus, do último mês.

Parar para pensar, olhar para a agenda e até para as redes sociais onde vários apontamentos sobre a vida pessoal são partilhados por vezes. Encontrar os pontos positivos e que deverão ter tendência para uma repetição com uma maior regularidade, e os traços negativos que deverão ficar no passado sobre o qual perdemos tempo no presente a perceber o que não deve voltar a acontecer para um melhor bem estar pessoal.

Encontrar aquele momento tão pessoal onde a particularidade do silêncio e da solidão ganham valor por contribuírem para um encontro intimo com o eu que existe em cada um, que eleva o ser individual e particular sobre o qual todos somos feitos. Parar e refletir sobre o bem e o mau, o que correu melhor e o pior, o que nos pode estar a magoar ou a criar novos pontos de felicidade que outrora não existiam. A vida está constantemente em mudança e o que é certo é que o que hoje nos dá paz amanhã poderá criar mágoa e vice-versa, sendo necessário estar sempre atento às alterações pessoais mas também dos outros, dos que nos são mais próximos, nos querem bem mas que também nos podem pregar rasteiras quando menos esperamos, naquele exato momento em que tudo parece estar bem mas não está. Ou será que está e somente nós não conseguimos entender a vida desse ponto de vista?

Novas tendências na moda de calçados esta temporada

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Sabemos que os sapatos foram criados para proteger os nossos pés contra as pedras do caminho ou para evitar pisar animais peçonhentos. A história dos sapatos remonta à Pré-História quando o homem usava-os feitos de madeira e palha e às vezes eram levados consigo para serem usados só quando necessário.

Nas civilizações grega e romana, o sapato começou a ganhar status de diferenciador social. Os gregos lançaram diversos modelos e chegaram a criar os primeiros calçados especializados para cada pé. Na Grécia, os escravos eram conhecidos publicamente por não utilizarem nenhum tipo de cobertura nos pés. Em Roma, o sapato era um indicador da classe social do indivíduo: os cônsules usavam calçados brancos, os senadores faziam uso de sapatos marrons e as legiões utilizavam botas de cano curto. Ainda ainda hoje o sapato pode ser considerado um medidor social, por isso homens e mulheres o valorizam tanto.

Na tendência masculina desta temporada, o mais importante é respeitar cada o seu estilo e sentir-se confortável.  Em alta o estilo militar, o estilo pastel (cores suaves), o florido e o listrado, além do sapatênis (estilo oversized), acompanhado com roupas XL.

Já as mulheres continuam com as suas clássicas botas. As botas tornaram-se muito populares hoje em dia, contudo, a sua história é bem mais antiga do que podemos imaginar. Relatos históricos revelam que, ainda na antiguidade, os nossos ancestrais já utilizavam peças confecionadas com pele de animais para se protegerem das intempéries climáticas e do estilo de vida mais rústico e primitivo.

E agora, a cada ano que passa, as lojas e marcas de sapatos femininos surpreendem cada vez mais as mulheres. A Deichmann que se especializa em sapatos de mulher e que este ano lançou uma nova coleção chamada  STYLE EXPLOSION – a ser lançada este Outono.

Incrível como podemos ver coisas giras e originais, distribuídas entre sete estilos diferentes de sapatos, como as Ugly Sneakers, as Ugly Boots, as Socks Boots ou Plataformas e Botas motoqueiras /roqueiras. Além disso, criaram e lançaram as Pumps (ou sapatos de salto) e botins rasos.

Entre estes artigos da nova coleção Outono/Inverno destacam-se modelos de última tendência como “socks boots”, coisas novas e originais para as mulheres que gostam de inovar e trazer peças originais para as amigas verem e invejarem.

Semanário do desempregado

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É uma verdade, estou desempregado e cansado de o estar, no entanto as candidaturas que envio ou não obtém resposta ou quando respondem através de chamada telefónica para marcarem entrevista logo percebo que alguns dos anúncios não transmitem na realidade o que as empresas procuram, floreando bastante as funções que querem que os candidatos venham a fazer.

Isto é um dos pontos, no entanto já na fase das entrevistas apanhei em poucos dias um pouco de tudo. Numa das entrevistas que seria para entrada urgente e que responderiam logo na semana seguinte deixaram passaram mais de duas semanas, até que enviaram mensagem escrita a informar de que não fui o selecionado. Se era para entrar de imediato logo nos dias seguintes, qual a razão de deixarem passar tanto tempo para darem a conhecer a decisão? Fiquei com a ideia que terei ficado como suplente em espera que o escolhido fizesse os primeiros quinze dias de contrato para perceberem se ficava ou não.

Numa outra entrevista logo percebi que não iria ficar. Não queria e também percebi assim que cheguei ao local que não era mesmo aquele seguimento que queria na minha vida, mas se me tivessem escolhido tinha ido, embora continuasse a procurar.

A que mais me chocou foi mesmo o facto de fazer uma entrevista, ser automaticamente logo passado para a segunda fase, tendo sido dito que era o único que passava diretamente e que iriam escolher mais duas ou três pessoas para seguirem também no processo. Fui na dita segunda entrevista com a direção, tudo parece ter corrido bem, ligaram no dia seguinte a informar que fui selecionado e que começava daí a dois dias. Umas horas depois voltaram a ligar em como tinham optado afinal por outro candidato que vivia mais perto das instalações da empresa. Certo que quem me vai contratar não sabe como sou, mas eu sei que sou mesmo muito exigente com os horários e chegar atrasado só mesmo por um imprevisto que não consiga controlar. Quando me deram aquela justificação, que para mim não tem nexo, sendo somente uma desculpa para colocarem alguém no lugar por «cunha», não resisti e tive de ripostar pela falta de respeito que mostraram naquele momento em que deram para tirar logo de seguida com uma justificação sem sentido. 

Livros que nos agarram

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Existem os bons e os mais fracos, os arrebatadores e os que significam mais um, os que conquistam com tempo e os que nunca lá chegam, mas depois existem os que nos agarram logo pelas primeiras páginas e quando um livro consegue essa proeza é obra. 

As opções eram várias, com vários temas a apelarem para que escolhesse um determinado livro em detrimento de outros que estavam disponíveis. Optei pelo mais recente na lista de espera por achar pela sinopse que estaria perante uma narrativa que me iria conquistar rapidamente e sem que o primeiro impacto me deixasse mais reticente e em espera que a leitura me surpreendesse. E assim foi... As primeiras páginas daquele livro conquistaram e transportaram-me de imediato para uma história bem composta, explicativa e que junta o leitor à personagem central de forma espontânea, sem exigir e forçar qualquer situação. Foi estranho e em literatura é raro as primeiras páginas conseguirem este efeito, sendo mais comum, pelo menos comigo, o conhecimento com o tempo de convivência onde vou percebendo a razão sobre cada situação acontecer, encontrando personagens com passados e presentes que os refletem. Desta vez foi diferente, fiquei completamente no centro da ação e a leitura só podia ter corrido muito melhor por me sentir atraído do início ao fim por uma criação bem elaborada, com excelentes personagens, um bom enredo e uma escrita super fluída que ajuda bastante a quem gosta e quer seguir em frente uma história tão bem trabalhada.

Sofro de Acrofobia

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É um facto que nem sempre fez parte de mim mas que ao longo dos últimos anos surgiu para não mais me deixar. Sofro de acrofobia, que é como quem diz, medo das alturas. Mas o meu medo nem sempre surge, dependendo muito do local e do que poderá estar por baixo da plataforma que me suspende. 

Geralmente é a partir de uma altura correspondente mais ou menos a um terceiro andar de um prédio que sinto a tremura com a ansiedade ao estar, por exemplo, numa varanda. Ao ficar numa varanda de imediato o cérebro começa a elaborar situações possíveis de acidente. Ou que a estrutura não aguente e exista uma queda total do espaço ou começo a olhar para as barras e pensar que podem estar mal pressas e se alguém se encostar poderá cair e ir desta para melhor. Outro dos locais onde geralmente sinto algum atrofio é junto ao mar, numa encosta rochosa que geralmente serve de miradouro que fica suspenso numa rocha onde nem se consegue ver nada em baixo a não ser água. Não dá, porque assim que me aproximo da ponta para espreitar, logo tenho de recuar por sentir que perco o controlo sobre os pensamentos que voltam a caminhar num sentido sobre o que pode acontecer de mal. Imaginemos uma plataforma que tenha de passar mas toda em vidro. Não, não, não! Posso passar mas não olho para baixo e caminho o mais rapidamente possível. Claro que se a distância entre o piso onde estou e o chão for curta não me causa problema algum, mas acima de um certo número de metros já surge um problema. 

Assistir a vídeos sobre alturas é daquelas coisas que me irritam, por exemplo, especialmente por não perceber qual o receio que sinto ao ver uma imagem. Começo a torcer-me todo e a encher-me de calores ao ver imagens de alguém a enfrentar pontes loucas em vidro, varandas bem altas, etc. Não sou eu que estou naqueles vídeos, mas mesmo assim tenho receio que alguma coisa descambe, tal é o meu medo sobre a queda de uma certa altura. 

Não vejam a série A Maldição de Hill House

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Já lá vai o tempo em que era apreciador de séries e filmes de terror. No entanto há uns dias encontrei em destaque na Netflix a série A Maldição de Hill House, que gira em torno de uma casa que se alimenta da morte, vivendo das almas de quem lá viveu e conseguiu levar ao limite até à morte. 

Realizada por Mike Flanagan, esta série conta a história de uma jovem família que recupera casas para as recolocarem à venda. Com Henry Thomas e Timothy Hutton nos papéis centrais entre um elenco composto por nomes como Carla Gugino, Michiel Huisman, Elizabeth Reaser, Kate Siegem e Victoria Pedretti, esta família vive e viveu entre demónios. Do passado na mansão ao presente atormentado, a família Crain, mesmo tendo fugido da casa assombrada, sempre fica com o trauma sobre as figuras que fizeram da sua infância um martírio, principalmente quando as noites se aproximavam e os sons, as visões e os chamamentos eram constantes. 

Figuras bizarras como um homem mal trapilho cujos pés não tocam no chão, uma mulher bonita mas louca, a velha rabugenta, a criança de olhar penetrante, o miúdo da cadeira de rodas, o monstro da cave e a mulher do pescoço partido são alguns dos personagens mais terríveis presentes nesta série que assusta mas que ao mesmo tempo parece ter sido como um aperitivo de terror, não sendo um produto forte e que cause verdadeiros sustos para que se fique a pensar em cada imagem e som por alguns momentos. Cada aparição é um susto, mas nada de relevante para quem gostar de terror no seu verdadeiro sentido. 

Para além disso, existem ainda factos que parecem por vezes não fazerem sentidos, com erros básicos. Destaco em termos de produção o facto da cor da imagem ser alterada muitas vezes dentro de uma cena, existindo mesmo a mudança de filtro do nada, sem justificação e na maioria dos casos quando a imagem está fixa. Depois em termos de história surgem aqueles básicos do «mais do mesmo» em que personagens saem sozinhos para o confronto, num estilo mais que batido dentro do género de produção que é apresentada. 

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