O Silêncio da Cidade Branca | Eva G. Sáenz de Urturi
Título: O Silêncio da Cidade Branca
Título Original: El Silencio de La Ciudad Blanca
Autor: Eva G. Sáenz de Urturi
Editora: Lua de Papel
Edição: 1ª Edição
Lançamento: Julho de 2018
Páginas: 488
ISBN: 978-989-23-4260-3
Classificação: 5 em 5
Sinopse: Vinte anos depois, a cidade de Vitoria volta a ser assolada por uma série de assassinatos macabros. São em tudo iguais aos crimes do passado. Mas há um pequeno senão: o suposto assassino está preso.
Na altura a imprensa chamou-lhes Os Crimes do Dólmen. Porque foi num dólmen que encontraram as primeiras vítimas: dois recém-nascidos unidos num abraço macabro. Seguiram-se várias outras mortes, encenadas com requinte em monumentos históricos. Tinham sido crimes quase perfeitos. Mas o assassino – um arqueólogo brilhante – acabou por ser apanhado, pelo seu não menos brilhante irmão gémeo, então inspetor da polícia. Caso encerrado. Ou talvez não. Na altura Unai era adolescente. Vivia obcecado com os crimes, mas aterrorizado com a perspetiva de ser a próxima vítima. Passados vinte anos, tornou-se um profiler implacável, especializado em assassinos em série. E quando o chamam à Catedral Velha de Vitoria, um calafrio percorre-o. Nos claustros encontra dois cadáveres e a mesma arrepiante encenação: nus, abraçados, com abelhas vivas na garganta… Mas pistas, nenhumas.
Unai, dá início à caçada. E as suas investigações levam-no a mergulhar a fundo na história da cidade, nos seus antiquíssimos mitos, lendas, segredos. Thriller arrepiante, que vendeu meio milhão de exemplares em Espanha, envolve o leitor numa cidade fascinante, Vitoria, que já tinha servido de cenário e inspiração a Os Pilares da Terra, de Ken Follet.
Opinião: Nem sempre uma capa consegue representar o que está no seu interior, mas com O Silêncio da Cidade Branca primeiramente fui conquistado pela imagem que me remeteu para uma sinopse que conquistou. Já com esta obra em espera na mesa-de-cabeceira foram poucos os dias em que resisti e assim que a comecei a ler percebi que tudo estava perfeito nesta criação de Eva G. Sáenz de Urturi.
Um thriller romanceado com uma história espetacular onde a conjugação entre personagens e narração existe de modo perfeito. Nada parece falhar a partir do momento em que Unai é apresentado na primeira pessoa com conhecimento de causa sobre quem é e como tudo foi acontecendo na sua vida para chegar ao presente de forma a ter pela frente uma situação que já dura há mais de vinte anos e que volta a atormentar a sociedade quando tudo parecia estar esclarecido.
Olhando para o caminho que vai percorrendo com a sua equipa de investigação ao mesmo tempo que é contado um passado que explica o final de toda a história, Unai é a personagem perfeita desta criativa narrativa que se desenvolve pela cidade de Vitoria, em Espanha. O leitor além de poder conhecer Vitoria, é conduzido ao mesmo tempo numa investigação confusa e onde o verdadeiro suspeito se encontra longe de ser descoberto pelos mais perspicazes leitores deste estilo de enredos. A autora brinca com todas as teorias relatadas em quase quinhentas páginas onde o ritmo não falha em algum momento, mostrando grande capacidade criativa onde não são encontrados erros descritivos e sem lógica, levando tudo a encaixar de forma tão perfeita e com boas explicações que no final o que senti foi mesmo que fui completamente enganado e cai como um patinho na história de um assassino em série sem escrúpulos.