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O Informador

livraria miguel de carvalho.jpg

O ano parece que ainda mal começou e em Portugal já são três as livrarias com história que fecharam portas. Agora é a vez da Miguel de Carvalho, situada na zona baixa da cidade de Coimbra, a anunciar que só estará aberta até ao final do presente mês de Março.

Após a Leitura, no Porto, e a Pó dos Livros e Aillaud & Lellos, em Lisboa, terem encerrado portas, agora é a vez da histórica Miguel de Carvalho. Foi o proprietário do espaço, o próprio Miguel de Carvalho, que anunciou pelas redes sociais da livraria que o espaço está prestes a fechar. «Venho por este meio anunciar o encerramento das portas desta livraria a partir de 31 de Março, portas estas que, ao longo de três espaços comerciais, permitiram atividade livresca desde 1994», sendo assim que o longo e sentido anúncio se inicia. Passando por três espaços distintos ao longo do tempo, a Miguel de Carvalho fechará as suas portas físicas, mas o projeto não morre, continuando de forma online com as suas vendas e também com a organização de eventos. 

Mais uma livraria histórica a encerrar em Portugal, ficando a nossa Literatura de Luto por perder espaços onde as palavras são o sentido de cada vida que não passa pela entrada sem espreitar o interior de um espaço feito ao longo do tempo. Na saída e após a visita, o leitor sai bem acompanhado para horas e dias de viagens por obras com alma. 

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Gosto de ver estas vozes que se levantam sobre o feminismo, apoiando uma luta para com a igualdade de género onde direitos e deveres têm de ser iguais para ambos os sexos. No entanto tamanho alarido por vezes acaba por ser em demasia e existem casos e mesmo atitudes que criam o efeito inverso ao pretendido. 

«Somos mulheres», sim são mulheres e os homens são homens. Há que lutar por novas oportunidades, mas afirmar constantemente que se deve continuar a querer fazer mais e mostrar que nem é de igualdades que se fala em certos temas mas sim de superioridade. Afinal de contas ser igual é a vontade ou ser mais que o sexo oposto é o objetivo?

Fazer o que tanto criticam não me parece lá muito bem, para mais numa sociedade onde ainda existem diferenças, não digo que não, mas este pisar repetitivo no mesmo tema do feminismo diariamente com todos os temas sociais a servirem para se comentar e lançar novo debate acaba por mostrar precisamente o contrário do que querem. Feminismo em demasia tem mostrado que ao andar consecutivamente a seguir a mesma linha consegue-se acabar por provocar a ideia de que essas mesmas pessoas se continuam a sentir inferiores aos homens. Se a sociedade é o que é com as diferenças a prevalecerem não há que lhes dar destaque, mas sim fazer com que as coisas mudem. Bater constantemente no tema, fazer alarido e criar chamadas de atenção de forma sucessiva cansa e cria exaustão para com as vozes que se elevam por este tema, como em qualquer outro. 

um dia uma vida.jpg

A poesia de Ruy Belo está de volta ao Teatro Aberto através da peça Um Dia Uma Vida. Debatendo o sentido da vida nas relações humanas ao longo do tempo, este espetáculo inspirado no poema com o mesmo nome reflete a solidão, o passado, presente e futuro, os comportamentos e transparências humanas. 

Ao longo de Um Dia Uma Vida o público é convidado a acompanhar váiras vidas num só dia, começando pelo amanhecer que poderá traduzir-se pelo nascimento que dá origem a um crescimento sustentado em relações e conhecimentos até que tudo caminha para o final do dia onde o desaparecimento pessoal e coletivo toma lugar.

As relações com os outros, o caminhar sozinho num percurso que nem sempre é fácil, mostrando socialmente e através de artefactos ao longo dos dias que a vida é favorável através de imagens partilhadas pelas redes sociais e sorrisos expressivos quando na verdade, no interior esses mesmos sorrisos transmitem ausência e as ditas imagens de felicidade não passam de uma demonstração positiva do que não existe no interior de cada um. As transparências dos tempos modernos não passam em tantos casos de falsificações acerca da verdadeira personalidade que invade o interior de pessoas que criam ilusões cénicas para apresentarem demonstrações distantes da realidade. 

Um Dia Uma Vida centra-se na vida de várias personalidades onde uma mulher observa junto do espelho a sua amargura causada pelas perdas ao longo do tempo, um pescador que só quer ter a vida que tem, não precisando de conquistar mais para além do que fica para trás, um homem que ao não dormir reflete-se nas ondas do mar e uma jovem que sonha conquistar o mundo através dos novos modelos sociais. 

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