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O Informador

Curtas e Diretas #98

As políticas do Google Adsense foram alteradas e quem utilizava este sistema de afiliados pelos blogs do Sapo ficou a chuchar no dedo. O que vale é que existe cada vez mais concorrência, nacional e internacional, num mercado onde as marcas que reinam em Portugal imperam. Há que alterar assim o modo de tentar ganhar um pouco com o blog!

Ser ou Beber Eis a Questão

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Os serões de Quarta-feira do Bar A Barraca agora têm literalmente um novo sabor através do espetáculo da Sociedade Anónima de Actores Quase Sóbrios que convida desde logo o público a beber um shot de boas vindas para aquecer e animar o espírito como forma de preparação para o que está para acontecer de seguida. 

Com os três atores - Isabel Guerreiro, João Ascenso e Sérgio Moura Afonso - em palco e fora dele, em Ser ou Beber Eis a Questão o gosto pela obra de William Shakespeare torna-se na grande perdição de cada noite, visto que fornece o mote para que como dita a boa tradição, o álcool marque presença nestes serões de Quarta-feira. 

Um de três textos de Shakespeare é apresentado em cada sessão, sendo a escolha feita pelo público presente na sala de onde também é eleito de forma que não vos posso contar um Rei - que me calhou a mim na sessão a que assisti - e uma Rainha, onde ambos têm várias funções ao longo do espetáculo para desempenhar. A par disto é necessário eleger qual dos três atores terá de beber mais que os seus colegas. Mas será que só o trio bebe? A questão fica em suspense porque em Ser ou Beber Eis a Questão a curiosidade é o ponto forte e que surpreende do início ao fim do espetáculo.

Os dados são lançados logo de início e ao longo de duas horas divertidas e onde a criação artística toma lugar em momentos de descontração e de puro entretenimento, boas gargalhas estão garantidas, o que o avançar da hora e um bar mesmo ao lado pode sempre dar um bom contributo para que todos entrem de forma mais fácil e rápida no espírito desta apresentação onde pelo menos um terminará menos sóbrio que os outros. 

Este é um conceito que não tinha ainda sido feito entre nós, onde a obra de Shakespeare é apresentada num ambiente libertador, descomplexado e como William gostava, rodeado de álcool, dando a cada representação que vai sendo feita uma imprevisibilidade porque além de estarem três textos que podem ser representados, nenhuma sessão consegue ser igual à anterior, tendo o público um contributo a ser dado para que determinados pontos tenham alterações e o próprio texto possa por vezes ganhar novos contornos, mostrando que uma boa sala faz também o espetáculo.

Antes de entrar no Bar A Barraca somente tinha lido a apresentação, indo um pouco intrigado com o que ia ter pela frente e a surpresa aconteceu numa noite bem passada, de onde sai bem disposto após momentos de descontração pura e onde a base de Romeu e Julieta foi representada dentro do possível com atores que sabem «ser» mas que têm de «beber» e não gostam nada de deixar a questão sobre Ser ou Beber Eis a Questão somente do seu lado.