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O Informador

Imaculada [Paula Lobato de Faria]

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Autor: Paula Lobato de Faria

Editora: Clube do Autor

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Abril de 2017

Páginas: 312

ISBN: 978-989-724-349-3

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: Esta é uma história inspirada em acontecimentos reais em que a dualidade de ser e de parecer, da lealdade e da traição, do amor e da obrigação nos leva a caminhos imprevisíveis.

Portugal, 1956

Tempo da ditadura de Salazar, da censura e da PIDE. Numa família da alta burguesia, no interior do país, o lema "Deus, Pátria e Família" é sagrado. Mas a vida estremece quando na casa dos Correia bate à porta o amor e o desejo de liberdade.

«Apenas um por cento é baseado em memórias e todo o resto na imaginação, mas muitos leitores vão aqui identificar pessoas que conheceram durante a vida, pois os personagens desta trama são gente comum, de carne e osso», avança a autora nas primeiras páginas do romance.

 

Opinião: Situamos-nos em Portugal no ano de 1956, numa época em que o país vivia entre o medo e a pressão do governo de Salazar onde os comportamentos era controlados a favor da censura. Somos convidados a entrar através da obra de Paula Lobato de Faria no interior de Imaculada, o palacete da família Correia onde muito está prestes a acontecer.

Através duma família tradicional que viveu, como tantas outras, de aparências para que os outros não percebessem os dramas que eram omitidos a bem do futuro, conhecemos Cristiana, a jovem noiva de Miguel, um militar bem parecido e melhor amigo do irmão da sua futura esposa, João, um jovem advogado que namora com a melhor amiga da irmã. Este quarteto não surge de forma espontânea porque a época assim o exigia e o bom nome de cada família teria de prevalecer conjugado com os mais próximos, os mais bem parecidos e os que podiam aliar a sua fortuna e forma de aparecer publicamente para que o futuro sorrisse para os dois lados. Namoros forçados, combinados e arranjados pelo pais para que nada falhasse mas será que com um pouco de liberdade longe dos olhares controladores dos mais velhos o idealismo criado não corre o risco de ser desvirtuado?