Jessica Athayde é, ao lado do seu Júlio, a estrela da capa da revista Visão desta semana com o artigo que mostra o crescimento dos números de adopção de animais de estimação por parte das famílias portuguesas. Eu, que me revejo nestas famílias com animais domésticos, consigo perceber quando a atriz da TVI revela alegremente que «O meu Júlio já passa na passadeira», como se fosse um feito do seu filho. Os animais estão cada vez mais presentes nas casas de todos nós e o canto que antes tinham reservado para si agora já não existe, tendo sido substituído por todo o espaço onde nós, os pais humanos, podemos circular. O poder do amor transmitido nesta união tem revelado uma maior qualidade de vida dos animais que se tornam presença obrigatória nas saídas sociais, quer estejam presentes ou somente em pensamentos transformados em conversas!
Os animais, sejam eles cães, gatos, pássaros ou até espécies exóticas, estão a tomar conta dos lares nacionais de forma bastante expressiva, estando os valores desta partilha de afectos a subir significativamente pelos últimos anos, talvez também pelo modo de vida que tem sido adoptado pelas pessoas. Os animais estão a deixar de ser vistos como os companheiros de quintal que ajudam a proteger a casa e estão a ganhar o seu verdadeiro espaço dentro da habitação, sendo muitas vezes o centro das atenções por parte das famílias que já os consideram como membros.
Não sou pai e sinto-me magoado quando o Tomé tem algum problema ou tem de ir ao veterinário, sabendo que existe uma grande diferença entre os «filhos de estimação» e os verdadeiros filhos, no entanto as dores aparecem e o entendimento de ambas as partes está cada vez mais em sintonia.
Neste momento além de clínicas e lojas especializadas, também já existem centros de beleza e bem-estar para os animais de estimação, sendo que alguns são exclusivamente dedicados a determinadas espécies. A comida está a ficar com uma maior qualidade, os acessórios e brinquedos a ganharem destaque pelas superfícies comerciais e os serviços a especializarem-se nos cuidados para com os companheiros de habitação. Aos poucos ter um animal de estimação torna-se tão essencial como fazer qualquer terapia, isto porque quer se queira quer não, um cão, gato, pássaro ou um simples peixe ajuda a que o humano, que tem a obrigação para consigo, lhe dedique algum do seu tempo, distraindo-se e ficando com uma maior disposição pela partilha e energia que é transmitida pelo companheiro animal.
Os «novos filhos» de estimação estão a conquistar os lares portugueses de forma bastante expressiva e embora não sirvam como um substituto conseguem ser um bom complemento familiar!