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O Informador

A Páscoa

Religiosamente é uma época, que tal como as outras me passa ao lado. Familiarmente, a Páscoa já me disse mais do que irá dizer este ano. Antes e ao longo de muitos anos, no Domingo de Páscoa ia com os meus pais, tios e primo almoçar com os meus avós e por lá passávamos o dia em família. Agora isso não poderá mais acontecer e vai ser mais um dia normal, em que deverei almoçar por casa e depois farei as coisas como em outro Domingo qualquer...

O dia de Páscoa já não será mais o mesmo! A tradição de irmos almoçar a casa dos meus avós terminou e já não é mais possível de se concretizar. Este dia não terá nenhum significado nem será feito nada de especial porque as pessoas partiram, perdendo-se assim a tradição.

A Páscoa que passe rápido porque eu sei que não sinto assim tanto esta mudança, pelo menos faço para não a deixar passar para fora, para os outros que me rodeiam. Mas sei que cá por casa se vai andar num ambiente mais triste, mais pesado e com a sensibilidade à flor da pele.

Os coelhinhos e os ovos que me perdoem, mas não quero saber se vão chegar ou não, porque não me fazem falta nenhuma, quem faz já não está!

Casamento de fachada

Existem vários graus de felicidade e o casamento parece-me ser um ato que dá alegria a uma pessoa, dando a dois seres muitos momentos de paixão, ternura, bem-estar... Fazendo-se prever que se estão juntos é porque se amam e gostam de estar em comum acordo, de bem com a vida e a viver um sonho a dois. Mas nem sempre isso acontece desta forma idílica.

Porque será que as pessoas não admitem que o que era bom já está terminado e que vivem em relações e casamentos de fachada? Na rua são unha com carne como se só existissem coisas boas entre os dois, em casa, cada qual faz a sua vida independente como se o outro não existisse e não andasse pelas redondezas. Só porque existem filhos em comum? Tenham paciência, mas isso já não é desculpa para os dias que correm. Ah, talvez porque sozinhos não conseguem aguentar a boa vida que gostam de aparentar aos outros. Mas será preferível viver de forma fantasiosa em falsa harmonia quando isso não acontece e depois andam a dar facadinhas no matrimónio sempre que possível?

O simbolismo de casamento não é isso, qual a necessidade de viver na mentira só porque se tem medo de romper totalmente com o passado e um maior medo de enfrentar o futuro sem a pessoa que esteve ao seu lado, bem ou mal, nos últimos anos? Viver num casamento de fachada é só mesmo para quem tem que aparentar estar bem, feliz e com receio da sociedade.