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O Informador

Serpa, cidade fantasma

Férias no Alentejo correspondem a descanso, mas também querem dizer que se vai visitar alguns lugares ainda desconhecidos para mim. O destino escolhido para conhecer numa bela tarde de Domingo foi Serpa e...

Esta cidade, que convém dizer que pensei que fosse vila pelo seu tamanho, parece, pelo menos ao fim-de-semana um lugar fantasma. Pois é, esta cidade situada bem perto de Beja parece estar praticamente desabitada ao contrário da sua vizinha. 

Andei a pé dentro e fora das muralhas e pouco ou nada se passa. Para uma cidade, parece que tudo está morto. As casas fechadas, as pessoas inexistentes e com tudo fechado ajudam à festa.

Para piorar a situação ainda pergunto, como o posto de turismo está fechado ao Domingo se este parece-me ser o dia em que possivelmente os locais têm tendência a ter mais visitantes vindos de fora? É que com tudo fechado não se consegue mesmo arranjar pessoas que gostem dos lugares do nosso país. Já tinha notado anteriormente que pelo Alentejo os locais de informação cultural se encontram fechados ao fim-de-semana e agora voltei a provar o mesmo.

Serpa, uma cidade fantasma que bem podia servir de cenário de gravações para um filme em que nada se passa, pelo menos aos olhos dos seus visitantes. Manuel de Oliveira que coloque os olhos nesta cidade e que a mostre num dos seus próximos trabalhos, se o conseguir, claro!

Parece-me que tão depressa não volto a Serpa. Não gostei nada da falta de movimento a que estou habituado nos grandes centros e ainda para mais não consegui visitar nada, pela falta de ideias que parecem existir neste concelho que parece mesmo querer ficar esquecido do mapa. Depois queixam-se que os portugueses não olham para o Alentejo, se a própria região e quem a governa não incentivam, querem que aconteçam milagres?

A Rua Mais Branca

Fica aqui um apontamento engraçado que vi em Serpa. Em várias ruas da cidade podiam ser vistas placas deste género, onde só era alterada a data, fazendo-se eleger as ruas mais brancas, escolhidas possivelmente pela câmara. Uma ideia original que puxava, muito certamente, pelos habitantes de todas as ruas que queriam ver a sua a ser a eleita de cada ano.

Umas horas sem televisão... Desespero!

Como é sabido, as minhas férias já começaram e vim passar uns dias ao Alentejo, mas numa zona assim mais profunda. Chegado ao destino, com televisor e o aparelho de TDT também, nada funcionava. Comprou-se uma antena de rua das modernas e pediu-se a quem sabe para a montar. Conclusão, tudo parecia não dar sinal de vida. Mas...

Algo mudou e passadas algumas horas sem televisão tudo voltou ao normal e comecei a respirar de alívio. Existe uma das coisas habituais que faço quando chego a casa ou ao local onde esteja hospedado... Ligar a televisão! 

Isso mesmo, posso não estar a ver, nem a tomar atenção, mas o que é certo é que tenho que sentir aquela companhia ligada para não me sentir tão só em casa. Quando estou em casa a televisão tem que estar ligada, porque se isso não acontecer, as próximas horas começam logo a não correr bem.

Serei o único a ter esta necessidade televisiva? Parece-me bem que não, mas acho que é a minha paranóia!

Os novos talões do Continente

talões continenteE já não havia nada que não se tivesse que levar para se ir aos supermercados Continente, que agora ainda inventaram mais uns talões de desconto para se poderem juntar ao cartão, aos talões da parceira que existe com a Galp e também aos descontos que enviam para a nossa morada de correio.

Agora quando estamos no ato de pagamento e de receber o talão da despesa e o talão do desconto para o combustível, ainda recebemos talões que fazem lembrar os do MiniPreço, onde de dia tal a dia tal ao comprarmos determinados artigos recebemos descontos de 25% ou 50% em cartão. Ou seja, só temos esses descontos se levarmos estes talões que recebemos generosamente das últimas vezes que fomos ao supermercado. 

Com um cartão e com tantos papéis que temos que levar para ir a esta cadeia de supermercados, o melhor é começar a andar com uma pasta para guardar todos os descontos dentro do carro para não nos esquecermos de nada nos dias exactos em que podemos ser premiados. Se existe um cartão, esse mesmo cartão não devia ser moldado para receber mais informações e não se ter que andar com tanta papelada atrás para se ir ao supermercado? É que já estou a ver as pessoas a demorarem alguns minutos porque têm o desconto para isto e o outro para aquilo, depois um já passou do prazo, o outro não é do produto que se pensava ou então ainda não está dentro da data pretendida.

Ir ao Continente nos dias que correm já é difícil para muitas famílias que não conseguem viver com muito dinheiro para as despesas, mas parece que a intenção é tentar distrair as pessoas a olharem para tanto papel e a acharem que estão a ganhar muita coisa, quando isso não acontece assim e os preços é que sobem quando se fala em descontos.

Amália: Vanessa x Anabela

A peça Uma Noite em Casa de Amália deixou Lisboa e eu tive o prazer de estar na última exibição deste bom espetáculo. No entanto, depois de ter visto a mesma por três vezes com Vanessa a interpretar Amália, agora foi a vez de ver a grande fadista ser interpretada por Anabela. A comparação tem que acontecer, para mal da segunda!

É um facto que a Anabela já foi a menina bonita dos musicais de Filipe La Féria, mas agora também é verdade que este regresso, para mim, não foi na melhor altura e com o espetáculo merecido. Anabela voltou praticamente como substituta de Vanessa, para poder ir pelo país e mesmo ao Brasil mostrar Uma Noite em Casa de Amália, já que a primeira não irá sair da capital por ter outros compromissos profissionais. Só que Anabela não está para a Amália como a Vanessa!

Vanessa entregou-se logo de início a esta personagem que tinha que interpretar e graças a ter uma excelente voz mais rockenha e com boa dicção para o fado, adaptou-se lindamente ao papel de Amália, mostrando que sabe cantar o fado e que consegue subir a notas altas sem qualquer dificuldade. Os temas são bem interpretados, bem puxados e o público fica agarrado. Anabela não consegue, de todo, cantar um bom fado. Este regresso com o fado como protagonista não devia ter acontecido com a artista que mostra assim ser fraca.

É certo que o seu papel estava mais dificultado porque foi assumir uma personagem que já vinha a ser interpretada por outra pessoa, mas Anabela é tão fraca a cantar a música tão portuguesa. Não consegue prolongar as notas, não canta com alma. Tudo parece ser cantado sem qualquer emoção.

Nas partes não cantadas, aí não se nota tanto o desequilíbrio entre as duas escolhas de La Féria, no canto é que está todo o mal.

Anabela voltou e, para mim, perdeu a batalha contra Vanessa no papel de Amália em Uma Noite em Casa de Amália. Aguardam-se os próximos musicais para ver qual será a escolha do produtor, mas parece-me que a Vanessa estará com mais sorte.

Mudei o pneu

Primeiro dia de férias! A manhã seria passada na cama, depois ia ao café ler um pouco até voltar a casa, escrever um pouco e almoçar, mas tudo foi alterado.

Pois é, depois de sair de casa, aí passados uns dez minutos, parei o carro para ir ao café e não é que tinha o pneu furado? Desde que conduzo, isto é a terceira vez que me acontece! Da primeira, tenho que confessar, levei uma hora a mudar o pneu, sozinho, de noite, em Lisboa, numa zona onde tive um pouco de medo. Da segunda, foi de manhã, mudei de carro, fui trabalhar, e deixei o pneu por mudar por quem sabia. Agora, fui eu que voltei a meter mãos à obra e ao contrário da primeira vez, não levei uma hora a mudar para o pneu suplente.

Pois é, agora demorei, aproximadamente, dez minutos a mudar o pneu. Parei o carro num parque de estacionamento, fui ao porta-bagagens retirar o suplente e o material necessário. Coloquei tudo a postos, levantei o carro com o macaco, acho que é assim que se chama, depois desapertei de forma correta, ao contrário da primeira vez em que no lugar de desapertar, apertava ainda mais, tirei o pneu, coloquei o outro, apertei, arrumei tudo, confirmei que estava tudo bem, e segui viagem.

É certo que não fui para longe, tendo ido depois beber o café matinal que já vinha atrasado. Agora o pneu tem que ser substituído, vamos lá ver!

Esta foi a aventura do primeiro dia de férias! Será que os próximos dias vão ser sempre assim com surpresas inesperadas a acontecerem? Espero bem que não, pelo menos deste tipo!

Bruno Nogueira, és o elo mais fraco!

Alguns dos humoristas em Portugal têm feito a sua carreira através do gozo e da laracha fácil sobre os outros, mas por vezes o feitiço vira-se contra o feiticeiro para com essas mentes que se dizem brilhantes.

Apetece-me falar de Bruno Nogueira, o fantástico cérebro do programa da RTP, Odisseia, isto porque depois de andar a fazer vários programas onde acrescenta rótulos aos outros e de atirar piadas fáceis para o seu público fiel, agora parece que o feitiço se virou contra o feiticeiro. 

Com a criação de Odisseia, que só podia ter mesmo aparecido de um cérebro que se acha brilhante e que nunca achei piada, as criticas têm surgido. O formato é uma série sem nexo, onde o seu protagonista se quer mostrar como o conquistador com piada. Neste formato, que a RTP deu luz verde e autonomia para ser criado e colocado no lugar do desvalorizado pela direcção do canal, Estado de Graça, Bruno Nogueira convidou alguns amigos para partirem à aventura. Mas as coisas são tão más, mas tão más neste programa que acabam por afugentar quem passa por esta mistura de cenas, textos e gente rídicula.

A maioria dos críticos não tem deixado espaço para se dizerem coisas positivas sobre o programa e quem o diz é porque deve ser amigo ou tem algo a ganhar com isso. A par disso, o público já mostrou rejeitar esta aposta e mesmo as pessoas do mundo televisivo já deixam escapar comentários sobre o mau programa que é Odisseia.

Bruno Nogueira sempre se achou o senhor que consegue fazer coisas engraçadas e rebuscadas e embora eu nunca tenha achado graça a nada, até o compreendo, porque se tem que ser bom em algo e quando isso não acontece temos que nos valorizar, não é?

Odisseia foi mesmo o último tiro no pé que o humorista deu. Espera-se que exista bom senso para se terminar com este mau projeto o mais rápido possível porque na RTP não se tem que assistir a tudo, muito menos fazer as vontades a quem pode fazer birra!

Não compreendo como se deixa arrancar com programas deste tipo num canal generalista quando existem tantas coisas que podem ser transmitidas e outros formatos de que o público gosta e adere são retirados do ar.

Ainda se o Bruno fizesse caso das críticas que se fazem sentir, mas o pior é que me parece que mesmo ouvindo, sentindo e lendo ainda vai pensar... «eles gostam mesmo desta minha ideia brilhante, para falarem dela, é porque sou mesmo bom nisto».

Enfim, uma Odisseia foi criada sem nexo nenhum, mas com muita auto-estima do seu autor. Este país vai de mal a pior! Esta aposta nem num canal de cabo seria certeira, enfim...

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